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O ex-arcebispo australiano Philip Wilson, condenado a um ano de detenção por encobrir abusos sexuais contra crianças, não irá para a cadeia, após um juiz lhe conceder nesta terça-feira (14) progressão para prisão domiciliar.

Philip Wilson, de 67 anos, foi condenado em maio passado por acobertar os abusos do padre pedófilo Jim Fletcher nos anos 70 no estado de Nova Gales do Sul.

Nesta terça-feira, o juiz Robert Stone anunciou que Wilson não precisará cumprir a pena na prisão, diante de sua idade avançada e das más condições físicas e mentais.

Mas Wilson deverá utilizar uma tornozeleira eletrônica, segundo o jornal Newcastle Herald.

Wilson foi padre em Nova Gales do Sul até ser nomeado pelo Papa João Paulo II como bispo de Wollongong, em 1966, e cinco anos depois se tornou arcebispo de Adelaide.

Renunciou ao posto de arcebispo em julho, após o premier australiano, Malcolm Turnbull, pedir ao Vaticano para afastá-lo do cargo.

Uma mulher de 48 anos foi condenada a 12 anos e seis meses de prisão por "alugar" o próprio filho para exploração sexual de pedófilos na internet. O padrasto da criança também foi condenado a uma pena de 12 anos de reclusão. O caso aconteceu no sul da Alemanha.

A criança tinha apenas 9 anos quando o julgamento foi iniciado, no mês de junho. Atualmente, a criança vive com uma família adotiva. Um espanhol também foi condenado a 10 anos de prisão por abusar do garoto. Outros cinco homens foram indiciados pelo tribunal no mesmo caso. 

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Berrin Taha, de 48 anos, e Christian Lais, de 39 anos - mãe e padastro, respectivamente, são alemães e vivem em Staufen, perto de Freiburg. O casal foi considerado culpado de estupro, agressão sexual de menor, prostituição forçada e distribuição de pornografia infantil. Durante o julgamento, foi revelado que o próprio casal também abusou sexualmente do garoto por pelo menos dois anos.

O papa Francisco aceitou nesta segunda-feira (30) a renúncia do arcebispo de Adelaide, na Austrália, Philip Edward Wilson, condenado em julho passado a 12 meses de prisão por ter acobertado casos de pedofilia na Igreja Católica.

A notícia foi comunicada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, após o Pontífice ter sido pressionado pelo primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, e até pelo Conselho Nacional de Padres do país a afastar Wilson.

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O agora ex-arcebispo de Adelaide, de 67 anos, é o mais alto prelado da Igreja Católica a ser condenado por crimes ligados a pedofilia. Ele foi sentenciado em primeira instância por ter acobertado abusos sexuais contra quatro menores de idade cometidos pelo padre James Fletcher nos anos 1970.

O sacerdote foi condenado em dezembro de 2004, mas morreu na cadeia, 13 meses depois. A Justiça da Austrália deve definir em agosto se Wilson cumprirá a pena em uma penitenciária ou em regime de prisão domiciliar. Ele chegou a dizer que não renunciaria ao cargo.

No último sábado (28), o Papa já havia afastado um cardeal, Theodore McCarrick, arcebispo de Washington (EUA), que é acusado de ter violentado um menor de idade 45 anos atrás. Além disso, outro cardeal, o australiano George Pell, terceiro na hierarquia do Vaticano, é réu por abusos supostamente cometidos nas décadas de 1970 e 1990.

Da Ansa

Um padre de 70 anos, Paolo Glaentzer, foi flagrado abusando de uma menina de apenas 10 dentro de um carro em Prato, nos arredores de Florença, centro-norte da Itália.

O episódio ocorreu na última segunda-feira (23), no estacionamento de um supermercado. Um transeunte percebeu algo estranho no veículo e foi até lá. Ao ver o que estava ocorrendo, abriu a porta do carro e puxou a criança para fora.

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A confusão acabou atraindo a atenção de moradores, e o padre esteve à beira de ser linchado, mas a polícia interveio e o prendeu em flagrante, sob a acusação de violência sexual agravada.

Glaentzer, colocado em regime de prisão domiciliar, é padre em uma igreja da diocese de Florença, na divisa com a província de Prato. Interrogado pela polícia, ele disse que "ignorava" a idade da vítima. "Pensava que ela tinha alguns anos a mais, tipo 14, 15 anos", declarou.

No entanto, o próprio sacerdote entrou em contradição ao afirmar que conhece a família da menina, que é acompanhada por serviços sociais, há "cerca de 10 anos" e que inclusive jantava na casa dela "uma vez por mês". Ele também confessou que abusara da criança "ao menos três vezes".

"Desde o momento da prisão até hoje, pensei no que ocorreu e percebi que errei", afirmou.

Da Ansa

Jim Starlin, criador do personagem Thanos, foi a mais nova personalidade a sair em defesa de James Gunn, diretor de "Guardiões da Galáxia", retirado do projeto pela Disney após o resgate de tweets antigos que faziam piadas com estupro e pedofilia.

"Depois de gastar um tempo pensando sobre a controvérsia de James Gunn/Disney, eu cheguei à conclusão de que o Rato foi enganado. Sim, os tweets de mais de uma década de James Gunn foram errados e estúpidos, mas eles claramente foram feitos em tom de piada provocativa. Todo o escândalo veio de um plano de dois nomes grandes da Breitbart [site de extrema direita], John Nolte e Mike Cernovich, em resposta à demissão de Rosanne Barr por seus tweets cheios de ódio e racismo. A Disney aceitou um argumento podre e fez uma péssima decisão", declarou o roteirista e ilustrador.

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Desde a demissão, diversas nomes da indústria saíram em defesa do diretor, incluindo os atores de "Guardiões da Galáxia", Dave Bautista e Sean Gunn, irmão de James . Uma petição online para que a Disney recontrate o diretor já supera 250 mil assinaturas.

James Gunn foi demitido da direção de "Guardiões da Galáxia Vol. 3" após o resgate de tweets que faziam piadas com estupro e pedofilia. O diretor  se pronunciou sobre a demissão, dizendo compreender as decisões do estúdio e pedindo desculpas por mensagens que tenham sido ofensivas. 

A "Marvel Studios" ainda não se pronunciou sobre as alterações na produção do longa, que deveria iniciar filmagens no fim do ano.

O filme da equipe cósmica da Marvel tem previsão de lançamento em 2020. 


Um banco de dados deve ser criado para disponibilizar aos brasileiros as informações sobre condenados por pedofilia e crimes relacionados. A medida passará a valer, caso o projeto do deputado Francisco Floriano (DEM-RJ) que tramita na Câmara Federal, seja aprovado tanto por esta quanto pelo Senado. 

Pelo texto, o cadastro deverá ter informações sobre nome completo; endereços residencial e de trabalho; crime pelo qual foi condenado; e fotografia do pedófilo.

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De acordo com Floriano, o projeto traz ao Brasil o direito de “defesa social”, já adotado nos Estados Unidos. “Pais poderão tomar conhecimento da existência de pedófilos condenados residindo próximo à sua própria residência ou à escola de seus filhos, com a possibilidade de identificá-los fisicamente.”

O banco de dados seria nacional e permitiria pesquisa por código postal ou área geográfica. Quem consultar os dados, também deverá fazer cadastro que permita sua identificação e localização.

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Com a Agência Câmara

O Vaticano admitiu afastar de suas funções o diácono chileno Luis Rubio, acusado de abusar sexualmente de menores na localidade de Las Cabras, no centro do Chile, revelou nesta sexta-feira o arcebispado da cidade de Rancagua.

Rubio foi denunciado por conduta imprópria e abuso sexual de menores quando exercia o cargo de diretor de um colégio nesta localidade em 2013. Um ano depois, o arcebispo de Rancágua o afastou do cargo enquanto se investigava o caso.

Os resultados da investigação foram enviados ao Vaticano, onde quatro anos depois se recomendou sua expulsão.

A Congregação para a Doutrina da Fé, instituição do Vaticano que investiga casos de pedofilia de religiosos, "comunicou que o pedido de dispensa de suas obrigações solicitada pelo diácono Luis Alberto Rubio González lhe foi imposta".

O caso de Rubio veio à tona em maio passado, quando o Canal 13 revelou uma suposta rede de abusos sexuais integrada por padres e religiosos autodenominada "A Família", após denúncia de uma fiel.

Rubio foi entrevistado e admitiu ter "cometido um erro, mas não um crime".

No total, 14 sacerdotes e religiosos de Rancagua foram suspensos enquanto as autoridades eclesiásticas investigam o caso da "Família". A Procuradoria de Rancagua também abriu uma investigação sobre mais este escândalo envolvendo a Igreja chilena.

O papa Francisco aceitou em maio a renúncia de cinco bispos chilenos, em meio a denúncias de encobrimento de dezenas de casos de pedofilia cometidos por religiosos.

Após uma investigação, Francisco reuniu os bispos chilenos e criticou duramente o grupo pelo tratamento dado às denúncias.

Após ter comentários sobre pedofilia e estupro divulgados na redes sociais, o cineasta James Gunn, diretor da franquia Guardiões da Galáxia, foi demitido pela Disney, que enviou comunicado à imprensa sobre a decisão.

"As atitudes ofensivas e as declarações descobertas no feed do Twitter de James são indefensáveis e inconsistentes com os valores do nosso estúdio, e cortamos nossa relação de negócios com ele", disse o presidente do Conselho de Administração dos Estúdios Disney, Alan Horn, no documento publicado pelo site The Hollywood Reporter.

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Ao ser exposto, Gunn chegou a apagar a conta no Twitter e tentou se justificar. "Muita gente que acompanha minha carreira sabe que, quando comecei, eu me via como um provocador, fazendo filmes e contando piadas que eram ofensivas e tabu. Como discuti publicamente muitas vezes, assim como eu evoluí como pessoa, o mesmo aconteceu com meu trabalho e meu humor", afirmou na época.

Atualmente, o cineasta estava escrevendo o roteiro de Guardiões da Galáxia 3, que tem previsão de lançamento para 2020.

O sacerdote Jorge Laplagne foi afastado de suas funções após o arcebispo de Santiago iniciar uma investigação contra ele por pedofilia, em uma nova acusação de abuso na Igreja chilena.

Laplagne, que era encarregado de duas paróquias em bairros residenciais da capital chilena, foi denunciado por abuso sexual de um menor há 13 anos, segundo um breve comunicado divulgado na noite desta sexta-feira pelo arcebispado, que recebeu a notificação há duas semanas.

"Diante disto, o Arcebispado de Santiago instruiu uma nova investigação prévia. Enquanto durar o processo - cujo prazo máximo será de 60 dias - o sacerdote foi afastado do ofício de pároco de San Crascente e Nuestra Señora de Luján, e não pode realizar atos públicos próprios do ministério sacerdotal", indicou a nota.

O arcebispado tinha conhecimento das denúncias contra o padre, que já tinham sido investigadas em 2010. Contudo, naquele momento, "não pude acreditar na veracidade dos fatos denunciados", detalhou no comunicado.

O novo caso veio à tona horas depois de o reconhecido sacerdote Oscar Muñoz ser enviado à prisão preventiva por um tribunal da cidade de Rancagua, 120 km ao sul de Santiago. Muñoz é acusado de abuso sexual e estupro de cinco menores entre 2002 e 2018. Alguns deles seriam parentes do clérigo.

Agora, o Ministério Público avalia incluir outros dois casos que envolvem Muñoz.

Os abusos aconteceram nas cidades de Santiago e Rancagua, onde o sacerdote aproveita a proximidade com as vítimas e suas famílias para levá-los à sua casa, onde - segundo o MP - ocorreram os delitos.

A prisão de Muñoz, que se estenderá pelos seis meses que durará a investigação, foi um golpe duro para a Igreja chilena, já que o clérigo ocupava até este o ano o cargo de chanceler do Arcebispado de Santiago, uma posição elevada na hierarquia.

Muñoz tinha se denunciado por abuso sexual de menores diante das autoridades eclesiásticas em janeiro passado e foi suspenso em seguida. O MP obteve detalhes do caso após fazer operações de busca e apreensão em escritórios da Igreja em junho.

O papa Francisco aceitou em maio a renúncia de cinco bispos chilenos em meio à crise enfrentada pela Igreja local pela sequência de escândalos sexuais de religiosos denunciados nos últimos anos.

O reconhecido sacerdote chileno Oscar Muñoz, que ocupou cargos de responsabilidade no Arcebispado de Santiago, foi detido nesta quinta-feira (12) pela Procuradoria por cometer abusos sexuais contra sete menores, em um novo escândalo de pedofilia que atinge a Igreja chilena.

Muñoz, de 56 anos, foi detido pela polícia sob acusações de ter cometido "abusos sexuais reiterados" e de ter tido "relação sexual com menor com circunstância de estupro" desde 2002 nas cidades de Santiago e Rancagua (sul), indicou o procurador de Rancagua, Emiliano Arias, encarregado do caso.

"Todos os crimes cometidos e que serão formalizados contra esse sacerdote não prescreveram, estão vigentes, portanto, a responsabilidade é plena", explicou Arias a jornalistas após reunião com o arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati.

Muñoz ocupou os cargos de vice-chanceler e chanceler no Arcebispado de Santiago desde 2011, posição hierárquica da qual foi despojado há dois meses, depois que, em janeiro, dias antes da visita do papa Francisco ao Chile, admitiu ter abusado de um menor.

O caso foi investigado pela Igreja chilena, que posteriormente remeteu o processo à Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, instituição que investiga abusos cometidos por religiosos

Os abusos de Muñoz foram revelados após o expediente do caso ter sido um dos arquivos apreendidos pela Procuradoria chilena em uma surpreendente operação realizada em escritórios dos Arcebispados de Santiago e Rancagua, em junho.

A apreensão ocorreu durante a segunda visita do arcebispo Charles Scicluna ao Chile, que, por ordem do papa, estava investigando dezenas de casos de pedofilia cometidos por padres e o seu acobertamento. Scicluna testemunhou perante a Justiça chilena antes de retornar ao Vaticano.

O procurador Arias afirmou que também investiga a hipótese de encobrimento dos abusos de Muñoz poderia envolver altos funcionários da Igreja chilena, incluindo os dois últimos arcebispos de Santiago, Francisco Javier Errazuriz e Ricardo Ezzati.

"O Arcebispado de Santiago reitera a disponibilidade de colaborar com a Justiça em tudo o que for necessário", manifestou o arcebispo Ezzati.

Muñoz será transferido na sexta-feira para Rancagua, onde será julgado. A polícia chilena habilitou um e-mail para receber novas denúncias sobre esse caso.

A Igreja chilena tem sido atingida por escândalos de abuso sexuais a menores cometidos por dezenas de sacerdotes que levaram o papa Francisco a criticar duramente o tratamento da hierarquia eclesiástica chilena às denúncias de pedofilia.

O papa aceitou a renúncia de cinco bispos chilenos acusados, quatro deles, de encobrir ou ignorar os abusos sexuais de menores.

O papa Francisco aceitou nesta quinta-feira (28) a renúncia de mais dois bispos chilenos citados em denúncias de pedofilia. Tratam-se do bispo de Rancagua, monsenhor Alejandro Goic Karmelic, e do bispo de Talca, monsenhor Horacio Del Carmen Valenzuela Abarca.

O Vaticano nomeou como substitutos Luis Fernando Ramos Perez e Galo Fernandez Villaseca, até então bispos auxiliares da capital Santiago.

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As novas duas renúncias se somam às outras três anunciadas em 11 de junho, também no âmbito das denúncias de abusos sexuais, do bispo de Osorno, Juan Barros Madrid; do bispo de Puerto Montt, Cristián Caro Cordero, e do bispo de Valparaíso, Gonzalo Duarte García de Cortázar.

Em maio, o papa Francisco teve um encontro no Vaticano com 34 representantes da Igreja no Chile, que, na ocasião, anunciaram uma demissão em massa devido ao escândalo. O Papa, no entanto, não aceitou a renúncia coletiva.

Enquanto o Pontífice enfrenta a situação dentro da cúria, no Chile seguem as investigações sobre as denúncias de pedofilia, conduzidas por enviados especiais do Papa, como Charles Scicluna e Jordi Bertomeu, que já recolheram dados e relatos de vítimas, dando origem a um dossiê de 2,3 mil páginas.

Mas uma outra reportagem realizada pela Televisão Nacional do Chile apontou que há evidências de crimes sexuais em mais dioceses em todo o Chile, o que pode agravar a crise no Vaticano.

O programa "Informe Especial" da emissora viajou até Aysén, a 1.700 km de Santiago, e constatou lá a maior quantidade de abusos sexuais: 400, em cinco anos. Porém, o bispo ítalo-chileno Luis Infanti negou que tenha recebido acusações contra os sacerdotes da região. A crise na Igreja Católica do Chile começou em decorrência de denúncias realizadas por vítimas do padre chileno Fernando Karadima, já condenado pelo Vaticano por pedofilia. As vítimas acusaram também o bispo de Osorno, Juan Barros, e o arcebispo emérito de Santiago, Francisco Javier Errázuriz, de acobertar os crimes. Somente quando os enviados especiais do Papa ao Chile aprofundaram as investigações, o Vaticano começou a aceitar as renúncias e a adotar medidas punitivas. 

Da Ansa

Um homem foi preso em flagrante por pedofilia na noite de sexta-feira (8) no bairro da Boa Vista, área central do Recife. Os policiais receberam uma denúncia e, ao chegarem na rua da União, flagraram o acusado de 55 anos abusando do menor, de apenas 13 anos de idade.

O caso aconteceu por volta das 21h. Policiais militares da Companhia Independente de Apoio ao Turista (CIATUR) prenderam o homem em flagrante. O acusado, a vítima e três testemunhas foram levados à Central de Flagrantes da Capital, na Zona Norte do Recife, para serem tomadas as medidas cabíveis. 

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O sacerdote chileno Ramón Iturra, da localidade de Constituición (sul), foi suspenso nesta quarta-feira (6) pelo Vaticano depois de ter sido denunciado - no ano passado - por abusos sexuais a um menor de idade, cometidos entre 1987 e 1988, informou a Igreja.

A Santa Sé declarou verossímil a denúncia feita contra o presbítero Iturra e ordenou "a medida cautelar, que é a proibição de exercer publicamente o Ministério Sacerdotal, até a sentença definitiva", segundo comunicado da Diocese de Linares, cidade localizada a 300 quilômetros ao sul de Santiago.

Iturra foi acusado por Cristián Alcaíno, ex-acólito da paróquia de Constituición, de ter abusado sexualmente dele quando tinha 11 anos. Alcaíno comunicou o caso à Diocese de Linares que, segundo o bispo Tomislav Koljatic, foi repassado ao Vaticano em junho de 2017.

Depois disso, Alcaíno não obteve resposta, pelo qual entregou uma carta com sua denúncia ao Papa Francisco e ao bispo de Malta Charles Scicluna, que chegou ao Chile em abril deste ano para investigar o suposto encobrimento dos abusos sexuais cometidos pelo influente padre Fernando Karadima.

Além da suspensão de Iturra, o Vaticano ordenou "ampliar a investigação a outras paróquias onde este sacerdote exerceu seu cargo ministerial" e solicitou "a colaboração de qualquer pessoa que possa fornecer antecedentes pertinentes ou relevantes nesta causa".

Scicluna voltará ao Chile na semana que vem junto com o sacerdote Jordi Bartomeu para visitar Santiago e Osorno.

O Papa Francisco recebeu neste sábado um grupo de cinco sacerdote chilenos vítimas de abusos do padre daquele país Fernando Karadima, anunciou o Vaticano.

"Às 16h locais, o Santo Padre Francisco irá celebrar a Eucaristia com o grupo de sacerdotes chilenos que se hospeda desde ontem na Casa Santa Marta (residência do Papa), dando início, assim, aos encontros previstos", diz um comunicado do Vaticano.

"O objetivo desta reunião convocada pelo Papa é se aprofundar na realidade vivida por parte dos fiéis e do clero chileno", continua o texto.

"Com a ajuda destes cinco sacerdotes, o Papa busca solucionar a ruptura interna da comunidade. Assim, poderá começar a reconstrução de uma relação saudável entre os fiéis e seus pastores, uma vez que todos tiverem consciência de suas próprias feridas", acrescenta.

Há mais de uma semana, o Vaticano antecipou, em outro comunicado, que, "com este novo encontro, o Papa Francisco quer mostrar sua proximidade dos sacerdotes vítimas de abuso, acompanhá-los em seu sofrimento e ouvir suas opiniões, com vistas a melhorar as atuais medidas preventivas e a luta contra os abusos na Igreja."

Há algumas semanas, o Papa recebeu outras três vítimas de Karadima.

O arcebispo australiano Philip Wilson, de 67 anos, foi considerado culpado de encobrir crimes de pedofilia cometidos por um outro sacerdote católico. Wilson é o religioso de maior escalão da Igreja Católica a ser processado judicialmente em um caso sobre abusos sexuais e corre o risco de pegar uma pena de dois anos de prisão.

    Wilson foi julgado nesta terça-feira (22) por um tribunal de Newcastle, na Austrália. O arcebispo de Adelaide sempre negou todas a acusações. No mês passado, sob juramento, Wilson disse que, nunca, nenhum coroinha lhe relatou que havia sofrido abusos sexuais por parte do padre James Fletcher nos anos 1970.

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    Wilson, que também é vice-presidente da Confederação Episcopal Australiana, ficará em liberdade sob a condição de se apresentar ao tribunal no próximo dia 19 de junho, quando será lida sua sentença.

    O arcebispo foi acusado de ter mantido em segredo os crimes de pedofilia cometidos contra quatro crianças pelo sacerdote Fletcher, na década de 70, quando ambos serviam a mesma diocese.

    Fletcher morreu na prisão, em 2006, aos 65 anos, após ser condenado a oito anos de cárcere por abusos contra um coroinha de 13 anos, entre 1989 e 1991.
    Já Wilson, que foi diagnosticado com os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer, disse não se lembrar de uma conversa de 1976 com uma das possíveis vítimas de Fletcher que teria relatado os abuso.

    A defesa do arcebispo tentou, por quatro vezes, arquivar o processo, alegando as condições de saúde do religioso como um fator adverso. A condenação foi dada há apenas três semanas após o envio a julgamento do cardeal George Pell, tesoureiro do Vaticano e número três no comendo clerical, que também será processado na Austrália por abusos sexuais.

A sentença de Wilson também tem sido vista no país como um precedente crucial para os outros processos sobre pedofilia derivados das investigações da Comissão Nacional de Inquérito sobre crimes sexuais cometidos por membros da Igreja Católica.

Da Ansa

RIO DE JANEIRO - No dia em que mais de 200 pessoas foram presas em todo o país numa operação de combate à pedofilia, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, nesta quinta-feira (17), uma medida que poderá fortalecer o combate a esse tipo de crime. Em discussão única, os deputados estaduais autorizaram a criação de uma Delegacia Especializada em Crimes de Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes.

O projeto de lei 4.020/18 do deputado Rosenberg Reis (MDB) será votado em redação final apenas porque recebeu uma emenda que sugere alteração do nome inicialmente proposto para a delegacia. "Um relatório feito pela Polícia Civil revelou que mais de mil crianças e adolescentes sofreram algum tipo de violência sexual no Rio de Janeiro entre janeiro e agosto de 2017. O perfil do abusador é difícil de definir, mas a maioria possui algum vínculo com a família da vítima", salientou o parlamentar.

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Segundo o texto, caberá à delegacia especializada registrar, investigar, abrir inquérito e adotar todos os procedimentos policiais necessários para a defesa de crianças e adolescentes contra abusos sexuais, exploração sexual, exposição indevida, pornografia infantil, pedofilia e outros tipos de conduta que os coloquem em situação de risco.

Balanço

A segunda etapa da Operação Luz na infância foi realizada em 284 cidades, abrangendo o Distrito Federal e mais 24 estados. De acordo com o Ministério da Justiça, cerca de 250 pessoas foram presas e centenas de computadores e celulares foram apreendidos. No Rio de Janeiro, foram 26 presos.

A Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (17) a Operação Luz Na Infância contra uma rede de pedofilia em Pernambuco. Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em domicílios e estabelecimentos comerciais da Região Metropolitana do Recife (RMR).

De acordo com as informações iniciais da polícia, durante as apreensões, foi encontrado vasto material com pornografia infantil. Até o momento, quatro pessoas foram presas em flagrante.

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O material apreendido está sendo encaminhado à sede do Departamento da Criança e do Adolescente (DPCA), no Recife, onde passará por perícia. "Há possibilidade dos pedófilos terem participado de atos sexuais com crianças e adolescentes", diz o chefe de Polícia Civil Joselito Kehrle.

As investigações tiveram início ainda em março de 2018. Kehrle acredita que os envolvidos compartilhavam o material pela internet, contando com pessoas até de fora do país.

A Arquidiocese de Sydney, na Austrália, vem publicando regularmente anúncios em seu jornal semanal, o "Catholic Weekly", pedindo doações dos fiéis para ajudar a pagar as despesas legais do cardeal George Pell, réu por pedofilia.

A publicação já divulga o anúncio com sua conta bancária desde o fim do ano passado, mas, em seu último número, incluiu um artigo lembrando que quando Pell "se afastara do cargo de prefeito da Secretaria de Economia do Vaticano", 12 meses atrás, "muitos apoiadores queriam contribuir" para pagar seus advogados.

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A equipe de defesa do cardeal inclui o famoso advogado Robert Richter e, segundo estimativas da imprensa local, custaria dezenas de milhares de dólares para cada dia de audiência nos tribunais. A Arquidiocese de Sydney, no entanto, diz que não está envolvida na destinação das doações recebidas pelo fundo pró-Pell.

Uma porta-voz do prelado, Katrina Lee, afirmou que o Vaticano não deu nenhuma contribuição financeira. Pell, de 76 anos, se tornou réu por pedofilia no último dia 1º de maio, por crimes supostamente praticados nos anos 1970 e 1990. Ele se diz inocente.

O caso tramita no Tribunal de Melbourne, que decidiu arquivar mais da metade das acusações por falta de provas e devido ao falecimento de um denunciante. O australiano é acusado de ter molestado garotos em uma piscina de Ballarat, onde era padre, na década de 1970.

Além disso, teria abusado de dois coristas na sacristia da Catedral de Melbourne, no fim dos anos 1990, quando era arcebispo. "Homem-forte" do papa Francisco e responsável pelas finanças da Santa Sé, Pell é o mais alto prelado católico a ser julgado por pedofilia.

Da Ansa

Professor de Física do Instituto Técnico de Barueri, na Grande São Paulo, Edmilson Farias foi preso nesta quinta-feira (3) sob acusação de pedofilia. Ele é suspeito de abusar de meninas de 8 a 10 anos. A violência era filmada por sua namorada, Miriam, que também foi presa. O acusado, segundo a polícia, confessou os crimes.

Imagens dos estupros das crianças foram apreendidas pela Delegacia de Combate à Pedofilia, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia apurou o caso após um envelope marrom com um pendrive chegar à delegacia. Ele continha seis vídeos com imagens dos abusos - três contra crianças. Segundo a delegada Kelly Cristina Sacchetto de Andrade, as vítimas eram dopadas com o medicamento Dormonid, que ele misturava com leite e achocolatado. Comprimidos foram apreendidos.

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Além do pendrive, havia uma carta dizendo que Farias estaria cometendo o crime com a namorada. De acordo com o texto, uma das vítimas era parente de Miriam. No pendrive, também havia fotos com as meninas e imagens de pedofilia da internet. Ele nunca havia sido preso ou denunciado. Miriam é cuidadora de crianças.

O Setor de Atendimento de Crimes contra Infante, Idoso, Pessoa com Deficiência e Vítima de Tráfico Interno de Pessoas, da 16.ª Vara Criminal de São Paulo, decretou a prisão dos dois. Até a noite desta quinta, cinco vítimas haviam sido localizadas, entre as quais uma sobrinha de 30 anos, que teria sido abusada quando tinha 8.

Uma vítima conta que foi levada à casa do suspeito, que colocou um filme para que ela assistisse. Depois, relata ter dormido e só acordado no dia seguinte, sem saber o que houve.

A reportagem não conseguiu falar com os suspeitos. Em nota, a Fundação Instituto de Educação de Barueri, à qual o instituto está vinculado, informou que instaurou processo administrativo interno e afastou Farias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma das vítimas do escândalo de pedofilia no Chile se encontrou com o papa Francisco neste sábado (28) e afirmou que o pedido de perdão do Pontífice "não é suficiente".

A conversa entre o líder da Igreja Católica e José Andres Murillo, que chegou no Vaticano ontem (27), aconteceu duas semanas depois do Papa admitir que cometera "graves erros de avaliação" sobre as denúncias de abuso sexual no país.

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"Falei por duas horas com o Papa. De maneira muito respeitosa e franca, expressei a importância de entender o abuso como um abuso de poder e a necessidade de assumir responsabilidade, atenção e não apenas perdão", explicou Murillo em uma publicação no Twitter.

O chileno e outros dois - Juan Carlos Cruz e James Hamilton - são vítimas de pedofilia por parte do padre Fernando Karadima, 87 anos, condenado pelo próprio Vaticano por violência sexual contra menores. Além disso, os três acusam o bispo de Osorno, Juan Barros, 61, de ter acobertado os casos.

Em janeiro, Jorge Mario Bergoglio visitou o Chile e chegou a dizer que as denúncias contra Barros eram "calúnias", o que provocou a ira das vítimas e críticas até do cardeal Sean O'Malley, líder da comissão antipedofilia criada pelo pontífice.

No entanto, durante seu retorno a Roma, Francisco pediu desculpas por ter contestado os relatos das vítimas, e, pouco depois, mandou o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, para aprofundar as investigações. Depois de ler um relatório produzido pelo religioso de 2,3 mil páginas, com depoimentos de 64 vítimas e parentes de pessoas afetadas por casos de abuso sexual, o Papa reconheceu que subestimara as denúncias e convidou Cruz, Hamilton e Murillo para uma reunião. "Espero apenas que seja útil, que ajude a mudar o que é necessário para que o mundo seja um lugar onde se possa cuidar dos outros, acompanhar e não maltratar. E que a Igreja Católica seja aliada e não esteja entre aqueles que abusam", finalizou Murillo.

Até o momento, o Papa não tomou nenhuma ação concreta relativa ao Chile e não se pronunciou mais sobre o caso específico de Barros. Ontem (27), o Vaticano afirmou que nenhuma informação oficial sobre as conversas será divulgada, por "expresso desejo" de Francisco. Entenda o caso Os casos de pedofilia envolvendo Fernando Karadima começaram na década de 1980, quando Juan Barros era seminarista e homem de confiança do padre. Além disso, era secretário particular do então arcebispo de Santiago, Juan Francisco Fresno.

Juan Carlos Cruz, vítima de Karadima, garante que Barros o viu ser abusado pelo padre. "Como se eu pudesse ter feito uma selfie enquanto Karadima abusava de mim com Barros em pé ao lado dele, vendo tudo", ironizou Cruz após as declarações do Papa no Chile de que não havia provas contra o bispo, que nega as acusações.

Os denunciantes de Karadima ainda afirmam que Barros, no papel de secretário do arcebispo de Santiago, ignorava as acusações contra o padre. 

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