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A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT), em conjunto com outras centrais sindicais, marcou mais um protesto em apoio ao “Dia Nacional de Mobilização e Paralisações”. O ato está marcado para a próxima sexta-feira (10), na Praça do Derby, localizada na área central do Recife. 

Esse é apenas uma das mobilizações marcada para o mês de agosto. Na mesma data, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a organização Via Campesina iniciam a marcha dos movimentos populares em direção à Brasília. O grupo pretender chegar ao Distrito Federal no dia 15 de agosto, prazo para os partidos inscreverem, até às 19h, seus candidatos na Justiça Eleitoral. A ideia é intensificar o apoio ao ex-presidente Lula 

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Um dia depois, 16 de agosto, também será dada a largada dos candidatos em busca de votos. Essa é a data liberada para que os candidatos possam começar a campanha nas ruas com os comícios, carreatas e panfletagens. Não será permitido fazer showmício. 

 

O reajuste concedido para servidores da Receita Federal deve arrefecer um dos maiores movimentos da categoria dos últimos anos. Desde o início de 2016, auditores e outros funcionários do fisco fazem paralisações e operações padrão. Cargas se avolumaram nas alfândegas e fiscalizações deixaram de ser feitas, derrubando ainda mais a arrecadação de tributos do governo. Até a divulgação de dados pela Receita foi pela metade nos últimos meses.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita (Sindifisco), Cláudio Damasceno, a reivindicação salarial da carreira tributária - que inclui auditores e analistas - foi totalmente atendida. "Ainda temos a questão sobre as prerrogativas do cargo de auditor fiscal e outras questões não remuneratórias que pretendemos continuar a discutir com o governo e o Congresso Nacional", afirmou. Ele admite, porém, que a tendência é que as paralisações sejam suspensas após o reajuste.

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Auditores e analistas terão aumento de 21,3% até 2019, além da criação de um bônus de eficiência que será pago de acordo com metas de produtividade. O salário inicial passará para R$ 18.296 já em dezembro (que será pago em janeiro) e R$ 19.211 a partir de janeiro de 2017, alcançando R$ 21.029 em 2019. No final da carreira, poderá chegar a R$ 27.303 em 2019.

Somados aos vencimentos, o bônus será de R$ 7.500 para auditores e R$ 4.500 para analistas nos pagamentos relativos a janeiro e fevereiro. A partir de fevereiro, o valor será de R$ 3 mil para auditores e R$ 1.800 para analistas e variará de acordo com o cumprimento de metas, que serão estabelecidas pelo governo em até 60 dias.

Quase mil obras públicas estaduais e municipais estão paralisadas em Pernambuco, segundo levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do estado e divulgado hoje (28) pelo órgão. O orçamento dos contratos é de mais de R$ 5 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão já pagos. A justificativa mais utilizada pelos governos para as paralisações foi a falta de repasses de verba federal.

O levantamento – disponível na íntegra na internet - foi realizado a partir de prestações de contas enviadas ao Tribunal de Contas de Pernambuco relativas ao ano de 2015. Foram incluídas na lista tanto obras que o próprio governo declarava como paralisadas, bem como aquelas com indícios de paralisação, quando por exemplo o valor repassado para o empreendimento era irrisório. Mais de 1,4 mil contratos de 184 municípios foram identificados como parados e os entes públicos responsáveis receberam um ofício do TCE para que explicassem o motivo e as medidas adotadas para retomar as obras.

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As últimas respostas chegaram no mês passado, segundo o auditor das contas públicas Pedro Teixeira, responsável pelo levantamento. Dos 1.422 contratos, 393 estavam reiniciados ou concluídos e 131 apresentaram outras providências que possibilitaram a regularização das obras. Outros 10 empreendimentos surgiram depois do envio de ofícios, e em 291 casos não houve resposta ao TCE, o que totalizou 911 obras paralisadas. “Nada impede que tenham retomado alguma obra das apresentadas com algum receio da repercussão do levantamento”, pondera Teixeira.

Cento e vinte e três municípios constam na lista como realizadores das obras, além de 10 órgãos da prefeitura do Recife e 35 do estado de Pernambuco. O governo estadual é o ente no topo da lista de contratos parados, tanto com relação ao volume de recursos como número de obras. “A grande maioria das respostas foi quanto à dificuldade no repasse de recursos federais. A gente sabe que Pernambuco teve uma pujança entre 2012 e 2014, e isso mudou completamente quando os recursos começaram a rarear por conta da crise econômica. E o estado normalmente é quem mais recebe recursos federais, então é o que tem mais obras paradas”, diz o auditor responsável.

Só a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) tem 36 obras paradas, orçadas em cerca de R$ 432 milhões, dos quais R$ 102 milhões já pagos. A Secretaria das Cidades de Pernambuco tem 12 contratos que somam R$ 1,13 bilhão, com R$ 93 milhões já repassados pelo governo estadual aos contratados. Já a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tem 27 empreendimentos paralisados, com R$ 560 milhões orçados e R$ 137,5 pagos aproximadamente. 

Procurado pela Agência Brasil, o governo do estado de Pernambuco respondeu em nota que "nos últimos dois anos, em que pese a crise econômica nacional, tem feito todos os esforços para concluir as obras em andamento", e que um exemplo do esforço é a Barragem de Serro Azul (que deverá abastecer 10 municípios do agreste), em Palmares, citada pelo Tribunal de Contas como uma das obras paralisadas, mas que será inaugurada no próximo dia 20 de dezembro.

UPAs e Minha Casa Minha Vida

Entre as obras consideradas pelo TCE de maior relevância social ou as mais caras estão a construção de Unidades de Pronto Atendimento, de residências do Minha Casa Minha Vida e projetos de saneamento em diversos municípios do interior , além de obras hídricas, de mobilidade e a construção de presídios no estado. Também constam na lista obras da Copa do Mundo com contratos rescindidos por abandono pela contratada e que aguardam nova licitação. Entre elas o corredor de transporte público Leste-Oeste, no Recife, e o Ramal da Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata.

Segundo Pedro Teixeira, o levantamento é um diagnóstico que servirá como diretriz para as inspeções do órgão no próximo ano. “Em 2017 essas obras vão ser inspecionadas pelas equipes de auditoria do tribunal e eles vão confirmar se estão sendo feitas ações para modificar isso. Se comprovar que as obras permanecem paradas os entes deverão ser acionados pelo tribunal e, em caso extremo, até solicitar a devolução do recurso se essa obra não atingiu o objetivo final”, explica.

Quanto à falta de repasses federais, Pedro Teixeira informou que, como a União não é de jurisdição do TCE, “muito provalvemente” o órgão estadual repassará as informações coletadas ao Tribunal de Contas da União (TCU). “Para que ele tome sua atitude quanto à falta de repasse, um compromisso que foi assumido e não está sendo cumprido”.

Obras paradas desde 2013

Um dos dados destacados pelo TCE de Pernambuco neste levantamento são obras paralisadas desde 2013: 54 contratos estão nessa situação. Outros 297 estão parados desde 2014. “Esses dados já foram remetidos às Inspetorias Regionais para que façam o monitoramento das obras inconclusas e, caso necessário, a responsabilização dos agentes públicos pelo dano causado ao erário”, informou a assessoria de comunicação do Tribunal de Contas, em texto divulgado à imprensa. Ainda segundo o texto, em relação ao ano de 2013 houve um aumento de mais de sete vezes no valor dos contratos com obras paralisadas, que passou de R$ 740 milhões para R$ 5,3 bilhões.

A volta para casa, nesta quarta-feira (15), na Região Metropolitana do Recife (RMR), pode ser caótica para quem precisa do transporte público. Além da paralisação por tempo indeterminado dos rodoviários, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) garante: se não houver policiamento mínimo nas estações, param as atividades a partir das 16h. 

“Até agora, não tivemos nenhum posicionamento oficial da CBTU, nem da Polícia Militar. Paramos as atividades no último domingo e, até agora, parece que nada aconteceu. (Mesmo com a greve dos ônibus) a gente para, mesmo assim. Quando o metrô para, há reforço do Grande Recife nos ônibus. Acho difícil isso acontecer amanhã”, revelou o presidente do Sindmetro-PE, Diogo Morais. O motivo da paralisação é mais um jogo na Arena Pernambuco, às 22h, entre Náutico e Flamengo. 

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Os metroviários aguardam, através de documentação, a resposta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Polícia Militar quanto à exigência de mais segurança nas estações da RMR. O clima de violência foi acentuado, na manhã desta terça (14), quando um PM foi baleado na estação de Jaboatão Centro. Um suspeito abordou o policial, pegou a arma e atirou na vítima, fugindo do local. 

De acordo com a assessoria de comunicação da PM, a corporação se reunirá, ainda hoje à tarde, para definir o esquema de policiamento para o jogo. Diogo Morais afirmou, por fim, que uma assembleia geral deve ser convocada, para a próxima semana, no intuito de avaliar a necessidade ou não de greve. 

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Silvio Costa Filho (PTB), afirmou, nesta quarta-feira (8), em nota, que os protestos promovidos pelos policiais civis e militares no estado são “reflexo de uma política estadual de segurança pública que tem deixado de lado a valorização destes profissionais”. Segundo ele, a falta de valorização dos servidores amplia o índice de violência em Pernambuco. 

“Eles estão submetidos a precárias condições de trabalho e longas jornadas, ao mesmo tempo em que são rigorosamente cobrados pelo cumprimento das metas do Pacto pela Vida e amargam os piores salários do país”, diz o texto. “O resultado deste modelo de gestão traz desvantagens não só para os policiais, mas para o conjunto da população de Pernambuco, que tem convivido com o aumento da violência no Estado”, acrescenta. 

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O líder da oposição afirma também que a pauta de reivindicações das polícias civil e militar “converge em vários pontos, que têm sido sistematicamente ignorados” pela gestão. “O Governo do Estado precisa dar respostas objetivas a estas categorias, valorizar o diálogo, apresentar um plano que garanta ao menos uma pauta mínima de atendimento a estas reivindicações. A Bancada de Oposição se coloca à disposição para contribuir com este entendimento”, pontua o petebista. Ainda no texto, ele elenca uma série de “ausências” da gestão quanto às categorias, como o número reduzido de efetivo, a sobrecarga de trabalho e a falta de equipamentos adequados. 

Desde 2013, os trabalhadores das redes de fast-food no mundo inteiro têm feito paralisações para pressionar as empresas a aumentar os salários de seus funcionários. Em maio do ano passado, o protesto foi realizado em 150 cidades americanas e em mais de 30 países, incluindo o Brasil. Enquanto lá fora os empregados pediam um salário mínimo de US$ 15 por hora, aqui a reivindicação já era pelo fim da jornada móvel flexível, que não tem amparo legal no País. Os funcionários relatam que só recebem pelas horas efetivamente trabalhadas, embora fiquem à disposição da empresa por mais de oito horas.

Na semana passada, uma decisão histórica do Walmart colocou o McDonald’s e seus concorrentes diretos na berlinda. A rede varejista anunciou que iria aumentar os salários de meio milhão de funcionários para US$ 9 por hora até abril e US$ 10 por hora até fevereiro do ano que vem, a um custo total de US$ 1 bilhão. Com isso, os salários pagos pelo maior empregador dos Estados Unidos ficariam, inicialmente, US$ 1,75 acima do salário mínimo federal.

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O McDonald’s tem resistido à mudança. Em seus relatórios financeiros, a empresa alega que são seus franqueados os responsáveis pelas condições de trabalho e não a matriz. "O impacto de campanhas de organizações e de ativistas sindicais no sentido de promover percepções adversas em nossas marcas pode comprometer a capacidade da empresa de aumentar seus lucros e faturamento", disse a companhia em documento enviado recentemente à Securities and Exchange Commission (SEC). No quarto trimestre de 2014, a companhia registrou queda de 21% no lucro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Juízes do Fórum Advogado José Barbosa de Araújo, localizado no prédio da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no bairro do Engenho do Meio, farão uma paralisação de advertência nesta quinta-feira (9). No local, funcionam 23 Varas do Trabalho e a crítica sobre a estrutura do local é geral. 

Segundo os profissionais, há falta de segurança, os elevadores estão quebrados e a infraestrutura, precária, põe em risco todos que lá trabalham. Os juízes já solicitaram vistorias técnicas de urgência para o Corpo de Bombeiros e para a Defesa Civil, e também exigiram obras estruturais imediatas. 

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O ato de reivindicação será realizado a partir das 9h. "Não há condições de se continuar nesse local sem uma ação imediata. Em caso de acidente, por exemplo, sequer temos rota de fuga. O risco é iminente e não podemos compactuar com isso", afirma o presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho (Amatra VI), André Machado.

Diariamente, as Varas do Trabalho recebem aproximadamente 3 mil pessoas; todas as audiências e acordos programados para o dia esta quinta-feira serão remarcados para o dia mais próximo na agenda do Fórum. Em assembleia, porém, os juízes alertaram para a possibilidade de paralisação por tempo indeterminado, caso as obras estruturais não sejam retomadas no prazo máximo de 15 dias. 

Os profissionais também criticam a situação do Fórum do Trabalho de Olinda, no qual é apontada a necessidade de obras de drenagem e retaludamento da encosta, que está prestes a cair, segundo os juízes. O local fica na PE-15, na Cidade Tabajara.

Responsável pelas principais reivindicações sobre o passe-livre na Região Metropolitana do Recife (RMR), a Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco (FLTP) divulgou, nesta segunda-feira (28), uma nota em apoio à greve dos rodoviários. Em nota, o grupo afirmou que estará nos atos de ruas organizados pelos trabalhadores. 

No texto, os integrantes da Frente lamentaram as jornadas de trabalho e a remuneração da categoria, afirmando que a patronal, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana-PE), “parece estar de brincadeira com os motoristas e cobradores e chegou a oferecer 2,5% de aumento”. Para o movimento, a condição de trabalho dos profissionais é péssima e o ticket alimentação de R$ 5,70 “não dá nem pra uma coxinha e um refrigerante”. 

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O primeiro dia da greve dos rodoviários já pôde ser sentida pela população recifense. Em diversos pontos da capital, principalmente nos Terminais Integrados, houve confusões, ônibus depredados e, acima de tudo, a falha de um serviço que já é historicamente falho. No TI do Barro, revoltada pela demora nos veículos, a população quebrou os vidros e ateou fogo em um ônibus da linha BR-101/Cajueiro Seco, além de fechar momentaneamente a BR-101, no sentido Macaxeira. 

Para divulgar o balanço da paralisação e definir os rumos da greve, os rodoviários convocaram uma coletiva de imprensa para as 15h desta segunda-feira, no Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere), no bairro de Santo Amaro. 

O Aeroporto Internacional dos Guararapes será, mais uma vez, palco de manifestação dos policiais federais de Pernambuco. Em mais uma etapa das mobilizações que a categoria realiza por todo o país, os grevistas realizarão um “panfletaço” e uma caminha nos setores de embarque e desembarque, a partir das 10h desta quarta-feira (12). 

Representantes da categoria prometem usar narizes de palhaço, em alusão ao tratamento que a classe afirma receber do Governo Federal. De acordo com o calendário nacional de paralisações estabelecido pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a greve desta semana encerra o ciclo de paralisações de advertência.  

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“Se o governo não acenar com uma resposta positiva, teremos que tomar uma atitude definitiva”, adiantou o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco (Sinpef), Marcelo Pires. Nesta terça (11), os profissionais protestaram no centro do Recife, no cruzamento das avenidas Martin Luther King e Rio Branco, com faixas e entrega de panfletos sobre a mobilização. À tarde, a categoria se manteve concentrada na Superintendência Regional da PF, no bairro do Recife.

Histórico – No dia 7 de fevereiro, policiais federais realizaram o que chamaram de “algemaço” no Aeroporto, ao literalmente pendurarem as algemas em analogia à desistência dos jogadores de futebol ao abandonar a carreira (“pendurar as chuteiras”). Na pauta dos protestos estão o sucateamento da Polícia Federal, a redução no quadro de efetivos e o congelamento salarial. 

O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu neste sábado que a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos "pare com essa farsa" e coloque um fim às paralisações do governo, aprovando incondicionalmente o orçamento federal. "Pare com essa farsa. Encerre essa paralisação agora", afirmou Obama em pronunciamento semanal na rádio.

O governo norte-americano suspendeu todas as operações, exceto as essenciais, no início da semana, depois que os parlamentares se recusaram a aprovar o orçamento do governo sem antes adiar a nova lei de saúde, conhecida como 'Obamacare'.

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O Senado dos EUA já aprovou a proposta orçamental e "há republicanos e democratas suficientes na Câmara dos Representantes dispostos a fazer o mesmo e acabar com essa paralisação imediatamente", declarou o presidente. "Mas a extrema direita do Partido Republicano não deixará o seu porta-voz John Boehner votar sim ou não no orçamento", disse.

Obama afirmou que não fará nada em troca da reabertura do governo ou da elevação do teto da dívida pública. Os EUA devem atingir o limite de endividamento em 17 de outubro e o Congresso precisa aprovar um aumento desse teto ou Washington não será capaz de cumprir os pagamentos. E as autoridades já alertaram sobre os efeitos desastrosos de um calote. "Por imprudente que seja uma paralisação do governo, a crise econômica que virá com o calote seria dramaticamente pior", disse Obama.

O presidente norte-americano informou, ainda, que sempre trabalhará com alguém de qualquer uma das partes em maneiras de impulsionar a economia, criar novos postos de trabalho e colocar a situação fiscal em ordem para o longo prazo. "Mas não sob a sombra dessas ameaças à nossa economia", alertou ele. Para enfatizar seu ponto de vista, Obama leu duas cartas de pessoas prejudicadas pelas paralisações, ambos moradores de regiões politicamente conservadoras do país.

Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, lamentou neste sábado que as paralisações do governo tenham comprometido as atividades dos Estados Unidos no exterior, mas afirmou que são temporárias e não prejudicarão os compromissos no longo prazo.

"Para todos os nossos amigos e inimigos assistindo em todo o mundo, deixe-me ser claro: não confunda isso...como nada mais que um momento de política", disse ele durante coletiva de imprensa em Bali, ma Indonésia. "Nada diminuirá nosso compromisso com a Ásia", acrescentou.

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Ontem, o presidente Barack Obama cancelou sua viagem para o encontro anual da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico, que reunirá as 21 economias da região, devido às paralisações do governo em seu país.

Segundo Kerry, este é um momento "lamentável" e de "idiotice política", mas os compromissos de segurança marítima e as negociações comerciais na região estão intactas. "Eu não encontrei um líder aqui que tenha me questionado sobre o compromisso de longo prazo dos Estados Unidos", afirmou o secretário de Estado, acrescentando que o cancelamento da ida de Obama à Ásia não deve ser visto como falta de comprometimento. "Não há um líder aqui que não tomaria a mesma decisão", disse ele.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Aderindo ao Dia Nacional de Paralisações, motoristas e cobradores do transporte coletivo de Fortaleza paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira (30). Por volta das 8h, todos os sete terminais da capital cearense estavam fechados.

A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) informou logo após, às 10h, que os terminais da Parangaba e Conjunto Ceará voltaram a funcionar normalmente. A situação que não é encontrada nos demais terminais da cidade, onde no Antônio Bezerra e no terminal da Lagoa passageiros embarcam pelo lado externo, pois entradas e saídas estão bloqueadas. E terminais da Messejana, Siqueira e Papicu permanecem sem a fluidez no transido de ônibus.

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A Etufor também informou que está tentando garantir a circulação dos ônibus fora dos terminais. A recomendação do órgão é que a população utilize o Bilhete Único para não precisar passar pelos terminais.

Já segundo a coordenadoria da Central Sindical e Popular (CSP - Conlutas), as reinvindicações são as de redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, além de mais investimentos na saúde, educação e transporte público.

30 de agosto: Categorias aderem ao Dia Nacional de Paralisações

A Central Sindical e Popular (Conlutas), centrais sindicais, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), movimentos estudantis e populares estarão realizando neste dia 30 de agosto, o Dia Nacional de Paralisações e Mobilizações.

No Ceará, os seguintes setores anunciaram mobilizações:

- Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza e área metropolitana;

- Trabalhadores rodoviários urbanos de Fortaleza e do transporte de passageiros interestadual;

- Servidores Federais;

- Trabalhadores das universidades;

- Judiciários do Estado;

- Servidores municipais de Juazeiro do Norte e Limoeiro do Norte;

- Bancários

Haverá a partir das 11 horas, desta sexta-feira (30/08), uma caminhada pelo Centro de Fortaleza, com saída da Praça da Bandeira, que reunirá as categorias paralisadas.

Depois de desafiar a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de que motoristas e cobradores deveriam voltar normalmente às suas atividades na manhã desta quarta-feira (3), a Oposição dos Rodoviários, desta vez em parceria com o Sindicato, está mostrando que tem poder de mobilização. Em diversos pontos da cidade, ônibus estão sendo estacionados, interrompendo o serviço. Na Rua da Aurora, cerca de 20 ônibus estão parados. Para evitar um que o centro do Recife pare, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) faz bloqueios nos cruzamentos da Rua Princesa Isabel com a Cruz Cabugá, com a própria Rua da Aurora, no Cais de Santa Rita e na Rua João Lyra, para não deixar que outros coletivos interrompam o fluxo nas principais vias.

Na assembléia ocorrida na sede do Sindicato dos Rodoviários, na Rua Araripina, em Santo Amaro, nada foi decidido. Segundo o presidente da entidade, Patrício Magalhães, não houve quantidade suficientes de filiados para que fosse tomada alguma atitude. No entanto, ficou definido que no período da tarde, os que estiveram presentes irão aos terminais para convocar outros membros da categoria e realizar uma nova assembléia às 17h, no mesmo local.

Um dos participantes do encontro desta manhã, o motorista Severino Ramos afirmou que o racha que existia dentro da categoria acabou. Segundo ele, Sindicato e Oposição dos Rodoviários estão agora unidos pela causa. A informação ainda não foi confirmada oficialmente pelas entidades.

Com informações de Débora Míriam e Damares Romão

 

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CEARÁ - O atendimento aos pacientes do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) está precário por conta da paralisação dos funcionários da saúde. Leitos das clínicas e das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão bloqueados e o Centro Cirúrgico está com a atividade bastante reduzida.

Os pacientes com casos de menor complexidade estão sendo encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Gonzaguinhas. Os setores mais prejudicados com a falta de enfermeiros são as UTIs e internações eletivas.

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A categoria realizarou uma manifestação em frente ao Hospital Geral de Fortaleza, na manhã desta segunda-feira (8), para cobrar uma posição da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) sobre a nova Cooperativa vencedora da licitação, a Coosaúde. Houve também um encontro dos profissionais com o secretário Arruda bastos na sede da Sesa. 

Desde o mês passado, os enfermeiros cooperados que trabalham para o Governo do Estado estão paralisados devido ao atraso de três meses no pagamento da produção. Eles também reclamam do fim do contrato com a Coopearativa dos Profissionais de Enfermagem do Ceará (Coopen) com a Secreatria de Saúde do Estado (Sesa).

 

 

Só neste ano, inúmeros grupos de trabalhadores entraram em greve. Bancários, metroviários, policiais, rodoviários, professores, funcionários públicos, entre outras categorias, paralisaram suas atividades em protesto contra os patrões, empresários ou contra o poder público. As reivindicações desses grupos são diversas, que vão desde campanhas salariais, até melhoria nas condições de trabalho.

A sociedade se divide em opiniões. Uns são a favor das greves, com a justificativa de que os trabalhadores precisam lutar por melhorias para suas carreiras. Já há pessoas que criticam veemente as paralisações, alegando que as greves prejudicam intensamente quem precisa dos serviços prestados pelos grevistas.

As greves não iniciaram somente na época contemporânea. No contexto de um mundo ingressando no capitalismo, mais precisamente no período da Revolução Industrial, na Inglaterra, por volta do século 19, as condições de trabalho das indústrias levaram os trabalhadores a iniciar protestos. De acordo com o professor de história, Luís Manuel Domingues (foto), várias pessoas perderam seus empregos por causa de máquinas que foram instaladas nas empresas, e por isso realizaram um grande movimento. “Os operários quebraram as máquinas. Eles não tinham ideia de que a decisão vinha dos patrões”, conta o professor.

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Luís Manuel também destaca a diminuição da jornada de trabalho - que chegava a 16 horas -  como um dos pilares das reivindicações. As condições precárias de trabalho foram outros alvos de grandes paralisações. Isso acontecia em vários países, como nos Estados Unidos, em 1872, no dia 1º de maio, quando inúmeros grevistas foram assassinados, e por isso, a data marca o Dia do Trabalhador. “O Brasil também passou por fortes paralisações, como a primeira greve geral, em 1917, quando socialistas conseguiram mobilizar trabalhadores de todo o país na busca pela redução da jornada de trabalho para oito horas, direitos para mulheres, em que muitas tinham que parir no emprego porque não eram liberadas, e muitas outras reivindicações”, relata o professor. Outro movimento forte foi a greve dos metalúrgicos, em São Paulo, de 1978 a 1980, que teve como um dos líderes o ex-presidente Lula.

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Ideologias dos grevistas

Para o professor Luís Manuel, a greve não alcança o objetivo de imediato. “É um processo de longo tempo e de luta”, comenta ele. “É a necessidade pelo avanço do trabalho que leva os grupos a parar, inclusive nos dias atuais”, completa Luís Manuel.

Uma das categorias que resolveu parar de trabalhar foi a dos professores de universidades federais. O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), Jaime Mendonça (foto), já passou por inúmeras paralisações em sua carreira profissional. Ele classifica a greve como “a última ação de reivindicação de um trabalhador”. De acordo com Mendonça, é um movimento difícil de ser feito, porque necessita da adesão de um bom número de pessoas e resulta em discussões com os empregadores.

Para o também grevista e diretor da Adufepe, Irani Júnior, é certo que a sociedade como um todo sofre com a paralisação de uma determinada categoria. “Sabemos que a sociedade sofre, mas, é necessário que haja valorização de uma categoria, e no futuro todos perceberão que é importante lutar pelas reivindicações de um grupo”. O também professor Audísio Costa destaca o caso da paralisação dos professores em prol da educação. “Sem educação não há desenvolvimento, e por esse motivo lutamos por uma educação bem feita, com boas condições de trabalho e valorização da carreira do docente”, defende Costa.


Sobre a ideia de que no serviço público é mais viável realizar uma greve, o docente Daniel Rodrigues se opõe ao pensamento. “Só porque se trata de um serviço público não é mais simples fazer uma paralisação. Claro que o nível de estabilidade de funcionário público no emprego é maior, mas também existem dificuldades, como a demora dos governos para atender as nossas reivindicações”. Segundo Rodrigues, uma das causas dos trabalhadores de instituições privadas não realizarem greves é a possibilidades de demissão. Todavia, o professor de história Luís Manuel aponta outras causas. “O crescimento econômico brasileiro aumentou a demanda por trabalhadores, e quem para pode perder seu cargo para outro trabalhador que está pronto para assumir a função”, completa.

No que díz respeito a organização das greves e a liderança dos grupos trabalhistas, na segunda metade do século 19 os sindicatos começam a atuar na sociedade. “Os sindicatos também foram resultados de uma luta demorada dos trabalhadores. Eles começaram atuar depois da Revolução Russa e da Segunda Guerra Mundial”, conta o professor de história. Porém, existem trabalhadores que apontam os sindicatos como grupos de interesses políticos e econômicos. Um professor da rede privada de ensino de Pernambuco, que preferiu não se identificar, é um dos que não concordam com o trabalho dos sindicatos. “Eles lucram muito com isso. Quem está no sindicato quer se manter no cargo por interesses e quem está fora tem vontade de entrar”, diz o trabalhador não identificado.

Quando a greve é ilegal

A greve é um direito do cidadão garantido por lei na constituição brasileira. Todavia, existem condições de paralisações que são consideradas ilegais e a população precisa ficar atenta para não ser prejudicada. De acordo com o advogado Theobaldo Pires, uma greve é ilegal quando deixa de seguir etapas. “Tem que existir um aviso prévio ao empregador que vai ocorrer a greve, com uma antecedência de 72 horas”, explica o advogado, sobre uma das etapas.

Pires também destaca o princípio de continuidade dos serviços públicos. Ele explana que não pode ocorrer greve total no serviço público, porque a regularidade de atividades dos serviços deve ser mantida. O poder judiciário definiu que o mínimo para a manutenção da legalidade do movimento grevista é de 30%. Abaixo isso, a paralisação é considerada ilegal, e há casos que o poder judiciário solicita acréscimo na quantidade.

Existem serviços, dentro do âmbito público ou privado, que em hipótese alguma pode parar totalmente. São os chamados serviços essenciais, como o tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis, assistência médico e hospitalar, transporte coletivo, compensação bancária, funerários, entre outras atividades.

Theobaldo Pires também faz um alerta. Os trabalhadores não são obrigados a aderirem a uma greve da sua categoria. “Quem não quer participar não pode sofrer qualquer tipo de violência por não fazer parte de uma paralisação. Inclusive, se for constatado que alguém está cometendo o ato, essa pessoa pode ser demitida por justa causa. Isso é considerado abuso do direito de greve”, relata o advogado.   

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