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Um homem entregou o próprio filho, um adolescente de 14 anos, à polícia após encontrar uma sacola com 13 porções de cocaína debaixo do colchão no quarto do garoto. O fato aconteceu em Carmo do Cajuru, em Minas Gerais. 

“Não tive outra alternativa. Ia fazer o quê, esperar que ele se afundasse ainda mais nessa sujeira? Aprendi que tudo o que um homem fizer, seja coisa boa ou ruim, ele tem que assumir. Vai ser assim com ele também”, disse Geraldo Moreira Bastos, em entrevista ao Jornal Aqui.

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O adolescente não tinha passagem pela polícia e disse em seu depoimento que pegou a droga para vender. O menino disse que ganharia R$ 200 como pagamento. 

“Eu sou um homem simples, mas meu filho sempre teve tudo o que precisava. Não crio filho para ser bandido, para ganhar a vida vendendo drogas. Tudo o que temos é fruto de trabalho e, por isso, levei ele para a Polícia. Foi para o bem dele”, garante.

O adolescente foi levado para a delegacia de Divinópolis, onde a ocorrência foi registrada. O Conselho Tutelar foi acionado e deve acompanhar o caso. 

Uma audiência de custódia foi marcada para esta terça-feira (19), e definirá quais medidas serão aplicadas ao adolescente.

“Faria tudo novamente e quero apenas que aprenda com essa lição para mudar tudo o que está errado na vida dele”, pontuou o pai. 

Um homem vietnamita dedicou centenas de horas e milhares de dólares para transformar um velho micro-ônibus em um tanque de madeira para seu filho, um passatempo incomum para um país que viveu uma prolongada guerra.

A cada fim de semana, Truong Van Dao, tira da garagem o antigo micro-ônibus de 16 lugares para percorrer seu bairro na província de Bac Ninh, a leste da capital Hanói, com seu filho de três anos sentado, orgulhosamente, no topo do tanque.

Van Dao investiu US$ 11 mil na conversão do veículo de madeira, inspirado no modelo francês EBR105 com uma réplica de canhão de 2,8 metros.

"Meu filho e eu nos divertimos passeando no tanque, que não tem nada a ver com armas, ou guerra", disse à AFP.

"Eu não o vejo como um veículo normal. Eu renovei o veículo como um tanque para deixá-lo mais interessante", acrescentou o carpinteiro de 31 anos.

Dao e dois colegas demoraram três meses para transformar o veículo. Preservaram o motor principal e o piso do micro-ônibus, mas mudaram o interior para dar espaço às engrenagens.

Mesmo que a cobertura de madeira não tenha sido complicada para o carpinteiro, ele teve dificuldades para fazer as oito rodas se moverem simultaneamente.

"A parte mais difícil foi fazer as quatro rodas subordinadas se moverem", comentou.

Por isso, a velocidade máxima que o veículo pode alcançar é de 25 quilômetros por hora.

Os tanques no Vietnã estão associados ao momento histórico em que os comunistas invadiram a entrada do Palácio da Independência de Saigon, em 1975, o que pôs fim a um período sangrento de conflitos com França, Estados Unidos e China.

A vida realmente muda após o nascimento dos filhos, não é mesmo?! Alexandre Nero concedeu uma entrevista ao veículo O Globo e falou sobre o assunto de forma bem sincera e aberta.

Segundo ele, após o nascimento dos filhos, a sua vida mudou completamente. O ator, vale pontuar, é pai do Noá e Inã.

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- Parei com todas as drogas lícitas ou ilícitas, faço exercício, cuido da alimentação, passei a fazer análise seriamente. Era um cara muito explosivo, não tinha paciência com criança, comecei a ler sobre pedagogia. A estabilidade profissional e financeira é o lado bom. A parte física é a pior. Comecei a malhar para segurar meu filho no colo, agachar para brincar no chão. Eu não conseguia.

Nero também falou sobre o medo que sente em relação aos filhos após perder o seu pai e sua mãe ainda jovem:

- Tenho que me controlar para que esse medo não me paralise ou eu vire aquele pai que não deixa ir na piscina. Me sinto um tremendo analfabeto emocional em relação a eles.

A entrevista de Meghan Markle e do seu marido, o príncipe Harry, à Oprah Winfrey segue dando o que falar. Um ano após as declarações do casal, o assunto novamente veio a tona através do pai da duquesa, que concedeu uma entrevista ao canal Remarkable Friendship, no YouTube.

Durante a sua participação, ele falou sobre o processo que a sua filha mais velha, Samnatha Markle, está movendo contra Meghan por considerar que a mesma fez declarações falsas e maliciosas. Segundo Thomas Markle, será um prazer depor contra a esposa de Harry.

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"Eu ficaria mais do que feliz. Estou tentando há quase 4 anos ver minha filha e seu marido ruivo em um tribunal cara a cara", disse ele.

Thomas ainda opinou sobre o resultado do processo e declarou estar ao lado do time da rainha: "Me surpreende que eles vão à Oprah Winfrey por horas e se sentam lá expondo coisas que não deveriam expor a ninguém e acho que é tão desrespeitoso com a rainha. Eu basicamente estou no time da rainha. E tenho um grande respeito por todos os membros da realeza".

Ele ainda continuou e afirmou que a filha deveria aceitar um acordo para encerrar o caso: "Há tantas mentiras óbvias que são imediatamente contestáveis que não consigo imaginar Meghan indo ao tribunal com isso. Ela não pdoe defender as coisas que disse".

Gusttavo Lima voltou a falar sobre o processo de paternidade que vem enfrentando na Justiça. O cantor está sendo acusado pela farmacêutica Eloá Soares de ser pai de uma jovem de 17 anos de idade. Em entrevista para o colunista Leo Dias, ele declarou que tinha 15 anos em 2004 e contou como vivia na época.

"Não tem nem como, sabe? Você faz um filho com 15 anos de idade? Você faz filho com 15 anos de idade, sim, mas as contradições são gigantescas. Em 2004 eu ainda morava com os meus pais e eu nunca tinha saído de casa. Eu fui à Franca (São Paulo), pela primeira vez, em 2009 ou 2010", contou o cantor.

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"Sempre fui muito simples e vivia ao lado do meu pai, irmão e mãe. Eu nunca fui a qualquer cidade para participar de aulas de música ou festivais [como Eloá afirma]. Acho que a maior prejudicada nesta história toda é a adolescente e não a mãe. Ela com certeza deve estar sofrendo muito com esta exposição. Farei um teste de DNA, mas eu acho impossível. Isso não tem nexo", completou.

Segundo a farmacêutica, o caso com o cantor teria começado em 2004, quando os dois estavam matriculados em uma escola de música.

"Um tempo depois, ele me ligou e a gente se encontrou. Na época, ele dirigia e disse que tinha um ano a mais que eu, mas depois descobri que era mais novo. Foi quando eu fiquei grávida", disse.

Uma médica veterinária de Santos, litoral de São Paulo, homenageou o pai, que morreu na última semana em decorrência de complicações causadas pela Covid-19. O pai escreveu um bilhete se declarando para a filha pouco antes dele morrer e ela fez questão de imortalizá-lo com uma tatuagem. 

A veterinária de 24 anos não quis se identificar, mas contou que o pai ficou doente em outubro do ano passado e sofreria sequelas desde então. O pai tinha 61 anos e sofria de artrite reumatóide e início de fibrose pulmonar. Ela contou ao G1 que ele ficou dois meses internado em um hospital de São Paulo, mas acabou não resistindo. 

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“Eu decidi tatuar esse bilhete na última segunda-feira, mas já ia fazer algumas outras tatuagens que eu e a minha mãe passamos com ele”, disse. No bilhete, o pai escreveu: “meu sangue B, sempre estarei com você, tenho tanto orgulho de você, te amo”.

De acordo com a veterinária, o pai demonstrava o amor que sentia de formas diferentes, sem dizer “eu te amo todos os dias”. “Lembro do dia em que ele me deu esse bilhete [o da tatuagem] e um vaso de flores com um girassol”. 

O girassol é uma das três tatuagens em homenagem ao pai, “o girassol marca muito a minha história com ele, e foi a flor que estava no caixão quando ele foi cremado”, afirmou. 

A terceira tatuagem representa os dois meses em que ela e a mãe tiveram juntas durante o internamento do pai. “By your side until your last heartbeat”, que significa “Ao seu lado até seu último batimento cardíaco”, escrita com a letra da mãe dela. 

“Antes, as orações eram por cura, mas como o sofrimento foi aumentando, chegou um momento em que as orações se tornaram por misericórdia”, confessou. 

Há alguns dias, a imagem de Sandro Lúcio Nascimento Rocha, de 21 anos, ganhou destaque nas redes sociais. Morador de Calculé, localizado no Sertão da Bahia, ele foi aprovado em medicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA), através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e resolveu compartilhar a conquista com o pai, que é trabalhador rural. No vídeo, que tem emocionado internautas, o, agora, estudante de medicina, aparece atravessando a roça para contar ao pai sobre a novidade. Confira o momento:

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 Sandro conta que não imagina a proporção que o vídeo tomaria, pois, inicialmente, foi compartilhado apenas no grupo de familiares. "O pessoal começou a compartilhar nos grupos do WhatsApp, no status do WhatsApp e começou a colocar nas redes sociais. Depois, aquelas grandes páginas do Instagram começaram a repostar e, assim, foi (...) quando eu vi aqueles números, aquelas reproduções, visualizações, então, pra mim, a ficha ainda não caiu de que tudo isso aconteceu. Primeiro, pela aprovação, e depois por essa repercussão desse vídeo", conta.

A conquista não foi imediata

Durante toda vida escolar, Sandro frequentou escolas públicas. Com os pais agricultores, ele foi aluno, durante todo o fundamental, da escola do campo. Diferente do pai e da mãe, seus maiores incentivadores, que são analfabetos, o estudante sempre permaneceu no caminho da educação. "Meu pai falava que ele 'ia' trabalhar na roça, iria dar duro mesmo para pra que eu não precisasse ir pra roça e sim estudar. Então, ele fazia as atividades do campo e eu ia estudar. Minha mãe também. Ela me incentivou muito, me deu muito apoio", ressalta.

Não é à toa que o jovem levou a notícia para o genitor no local de trabalho. Sandro conta que a ação tem um significado muito grande. "Naquele momento foi um mix de emoções e de muita alegria e felicidade. É uma história. Passa um filme na cabeça de tudo, de onde eu comecei, das dificuldades, das barreiras, dos momentos de superação e de estar dando um retorno para o meu pai de todo o esforço que ele fez”, frisa.

Apesar da dedicação de sempre aos estudos, Sandro conseguiu ingressar no curso de medicina na quarta tentativa no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e Sisu. Ele relatou à reportagem que, em 2020, chegou a iniciar na graduação de ciências biológicas. No entanto, continuou em busca da formação desejada.

Questionado sobre o porquê escolheu medicina, o recém-universitário é categórico. “Eu escolhi medicina por conta da minha vó patena. Ela tinha alguns problemas de saúde como hipertensão, diabetes. Então, eu aferia a pressão dela, verificava a glicemia, aplicava insulina e, nisso, fui tomando gosto por essa atividade e vendo que eu poderia auxiliá-la nesse processo de alguma forma e isso me deixava muito feliz . Foi ‘aí’ que falei: ‘Ah eu quero pra mim Medicina'”, relembra.

Expectativa pela aprovação

Mesmo com a certeza de uma boa preparação e nota obtida no Enem, o jovem menciona que sentiu receio diante da oscilação da nota de corte no Sisu. "Fiquei naquela expectativa. Será que a nota de corte do Sisu vai ser baixa? Vai ser alta? Vai permanecer igual aos anos anteriores? E o Sisu é aquele negócio, um momento um pouco triste, porque as notas durante cada atualização vai oscilando e você tem que ficar na expectativa", ressalta.

E complementa: "Aí fica fica naquele loop né? Sobe e desce, sobe e desce. Mas deu tudo certo", conta aliviado. Passado o momento da aprovação, os planos dele são focar nos estudos e se tornar um bom profissional. "Quero ser um profissional que tenha caridade para com as pessoas, que tenha amor pela profissão que é a medicina (...) Então, exercer a arte da medicina é poder aliviar a dor do outro no momento em que a pessoa mais precisa".

Resiliência

Para os estudantes que desejam cursar medicina, Sandro salienta para que nunca desistam dos sonhos e não esqueçam do propósito. "Diante de todas as dificuldades, diante de todas as barreiras, tenham resiliência para continuar no caminho. Às vezes, a gente vai encontrar uns "nãos", algumas portas vão se fechadas, mas se tivermos perseverança, força de vontade conseguiremos e encontraremos várias outras portas abertas" ressalta. 

Além disso, ele reforça a necessidade de empenho, de realização de exercícios, conhecer a prova e estratégias para a avaliação e foco dos estudos. "É muito difícil passar em medicina sem estudar", finaliza o jovem. 

 

O humorista Rafael Cortez revelou, no último final de semana, que vai ser pai pela primeira vez. No Instagram, o comediante celebrou a gravidez da namorada, Marcella Calhado. Publicando uma foto com a companheira, o ex-CQC se derreteu ao contar a novidade aos seguidores. "Vem aí o maior amor da minha vida. Eu sempre soube, mesmo diante das minhas maiores dúvidas, vazios e dificuldades, que um dia eu seria… pai! E isso vai acontecer: a Má tá grávida!", iniciou.

"Sim, essa mulher incrível, amiga e parceira, carrega em seu ventre um pedacinho meu - aliás, um pedacinho nosso! Com a chegada do fruto do nosso amor, começarei uma nova fase da minha existência. E eu já tenho certeza que será a melhor das jornadas que já vivi até aqui. É uma benção e tanto! Ando contente, emocionado, sensível, choroso, assustado, ansioso, apaixonado; tudo isso ao mesmo tempo. Mas, acima de tudo, estou feliz!! A despeito de toda maldade e incoerência do mundo, a Má e eu daremos o nosso melhor por quem está chegando. Além de todo nosso amor, é claro", completou.

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Na publicação, Rafael contou que Marcella está na 14ª semana de gestação. Os dois serão pais de uma menina, que irá se chamar Nara. Assim que a notícia foi compartilhada, famosos como Felipe Andreoli, Tatá Werneck, Catia Fonseca, Pedro Mariano, Sophia Abrahão, Paloma Bernardi, Marlei Cevada, Mariana Xavier e Victor Sarro festejaram com a postagem.

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Nesta sexta-feira (25), um vídeo repercutiu nas redes sociais e tem emocionado os internautas. Nas imagens, Sandro Lúcio Nascimento Rocha, 21 anos, morador de Caculé, no Sertão da Bahia, aparece atravessando a roça para dar a notícia ao seu pai, um trabalhador rural, de que passou no vestibular de medicina, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O jovem é filmado por um amigo enquanto caminha pela roça já emocionado em contar a conquista ao pai. No áudio o homem comemora: "Um jovem do Sertão da Bahia, o mais novo estudante de medicina, vai lá dar um abraço no seu pai.”

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Entre lágrimas e muita emoção, o jovem encontra o pai enquanto o mesmo trabalha no cultivo do solo. No encontro, Sandro dá um abraço apertado no pai e logo os dois dividem o choro de alegria e emoção pela conquista.

Com uma pontuação acima da média no SISU, 738,52 pontos, o estudante conquistou uma vaga em medicina na UFBA, localizada no campus Vitória da Conquista (BA), a mais de 200 km de distância da cidade em que vive hoje.

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Desde quarta-feira (16) passada, os irmãos Priscila, Saimon e Danter passam o dia cavando a terra na Servidão de Frei Leão, na região do Morro da Oficina, em Petrópolis. Eles buscam pelo pai, Ely José Soares de Menezes, de 62 anos. A única pausa no trabalho duro e sofrido aconteceu sábado (19), quando foram enterrar a mãe, Solange. O casal estava em casa quando foi soterrado pelo deslizamento provocado pelas fortes chuvas de terça-feira (15) passada.

A alguns quilômetros dali, cerca de 40 voluntários e parentes de Gabriel Vilareal da Rocha se dividem para explorar dezenas de quilômetros do Rio Piabanha em busca do jovem de 17 anos, que estava num dos ônibus arrastado pela enxurrada. Mais de 150 pessoas morreram na tragédia.

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A procura por familiares sumidos é um drama que acompanha muita gente em Petrópolis. Alguns, como Priscila e os irmãos, não têm mais esperança de encontrá-los com vida. Outros, como Alex de Melo Rocha, tio de Gabriel, mantêm a crença de que ao final terão boas notícias.

No caso de Priscila Neves Ouriques, a busca cansativa dela e dos irmãos é para colocar um ponto final na tragédia que se abateu sobre a família. "A gente está nessa busca incansável. Quando achamos minha mãe já foi um alívio. A gente tem que achar meu pai também, não queremos deixar ele aí jogado", disse ela, no fim da manhã deste domingo. "A gente não quer ter essa sensação de que não lutamos até o final."

Priscila não acredita que encontrará o pai com vida. Ainda assim, ela e os irmãos têm conseguido atuar no trabalho de busca por corpos do início ao fim do dia. "É muita oração, a gente pede muito a Deus pra nos dar forças", contou Priscila. "Estamos deixando nossos sentimentos de lado e focando só na busca. Só depois que a gente achar que vamos ter aquele momento pra desabar."

Alex, por sua vez, conseguiu mobilizar voluntários para ajudar nas buscas pelo sobrinho. O pai de Gabriel, Leandro da Rocha, já estava desde quarta-feira percorrendo a margem do Piabanha em busca do filho. Desde sábado, ele ganhou o auxílio de amigos e voluntários.

"O Corpo de Bombeiros tem pouca gente, e a gente entende que eles estejam focando onde há pessoas soterradas. Nós resolvemos montar esse grupo para buscarmos por conta e descer o rio", declarou Alex. "Antes estávamos procurando no IML, nos hospitais, e depois formamos esse grupo."

Somente no sábado os cerca de 40 voluntários percorreram 14 quilômetros do rio, que tem 80 de extensão. "Hoje nós dividimos o grupo. Um começou em Corrêas, e outro em Nogueira. Estamos expandindo o máximo possível", contou. Segundo Alex, a família tem esperanças de encontrar Gabriel com vida. "Enquanto não encontrarem o corpo, teremos sempre esperança", disse. "A gente não pode se conformar com isso, achar que morreu, que está perdido. Vamos procurar até achar."

O Corpo de Bombeiros informou que todos os pontos onde há relatos de possíveis vítimas estão cobertos pelos militares. E, em nota, fez um apelo: "O Corpo de Bombeiros entende a dor dos familiares, mas orienta a população, inclusive, a não ficar próxima das áreas de busca. O solo está instável e põe em risco a vida destas pessoas."

Geovane aceitou receber a reportagem sob a condição de não mostrar o rosto. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

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Na manhã desta sexta-feira (18), toda a comunidade do Engenho Roncadorzinho, no município de Barreiros, se reuniu para receber as comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. As visitas acontecem uma semana depois do assassinato de Jonatas de Oliveira dos Santos, de 9 anos, filho presidente da Associação local de camponeses, Geovane da Silva Santos. Abalado, Geovane não fez qualquer aparição pública durante o evento, mas resolveu quebrar o silêncio sobre o caso, em entrevista concedida ao LeiaJá.

Na noite do dia 10 de fevereiro, o camponês teve a casa invadida por sete homens encapuzados. De acordo com ele, sua família acordou com um estrondo oriundo dos fundos da casa. "A mulher disse que estava cansada e tinha se deitado. Eu também. O menino ficou assistindo televisão no sofá e também dormiu. Aí foi quando ouvi um estalo e pensei 'oxente, a parede caiu', pulei da cama e vi só a poeira. Dois homens já vieram na minha direção, gritando 'é polícia' e atirando", lembra.

Geovane cobra rigor na análise do depoimento dos suspeitos. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Geovane, então, foi atingido no ombro. "Quando ele deu o tiro em mim, vi logo o sangue pegando na sandália. Eu digo: 'meu Deus, agora eu vou ter que sair daqui'. Consegui fugir e fui pedir socorro na casa do meu cunhado. Minha filha de menor disse que outros cinco homens entraram pela frente", relata. Em cerca de 15 minutos, o camponês retornou para sua residência, em busca da família. "Voltei e já me deparei com minha esposa chorando e a criança 'estirada'", completa.

Quando foi alvejado, o pequeno Jonatas estava escondido debaixo da cama, ao lado da mãe. "Ela pediu aos homens que não atirassem, que só estava o menino e a mulher lá, mas não tiveram nem dó nem piedade", lamenta.

Motivação do crime

Na última quarta-feira (17), a Polícia Civil prendeu dois suspeitos e apreendeu um menor pelo homicídio de Jonatas. Os investigadores acreditam que a ordem de execução do homicídio partiu de um quarto homem, preso desde 2018 por outros crimes. O grupo atuaria com tráfico de drogas na região. Durante o inquérito, os suspeitos alegaram que a motivação do crime seria a suposta negativa de Geovane de vender suas terras para o grupo. Segundo eles, um dos  integrantes da quadrilha tinha interesse em criar cavalos na área, mas diversas propostas de compra foram recusadas.

Geovane nega esta versão dos fatos. "Eu não tenho terra para vender. Ainda vai ser julgado na Justiça. Como vou vender um negócio que eu não tenho? E não chegou ninguém me procurando para vender terra. Peço que examinem com mais rigor o que eles falaram para a polícia. Não faz sentido nenhum", afirma.

A casa onde ocorreu o atentado. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

A Polícia Civil não descarta a possibilidade de motivação do crime ligada ao conflito agrário existente no local. "Hoje temos essa motivação, essa relação com esse grupo criminoso. Porém, outras linhas de investigação estão sendo percorridas. Nós temos 60 dias para concluir esse inquérito e esperamos destrinchar todas as linhas até a conclusão do procedimento. Nós não descartamos nenhuma linha", afirmou o delegado Marcelo Queiroz, da DHP-Palmares, em coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil na última quinta (17).

Novas rotinas

Nascido e criado no Engenho Roncadorzinho, Geovane está afastado da casa em que morava. Embora as rondas policiais tenham passado a fazer parte da rotina da comunidade, o clima geral é de tensão e medo de que novos atentados ocorram. "Digo que a gente mora numa casa de cupim. São casas sem segurança nenhuma, se dá uma chuva, elas ficam logo cheias de rombos [boa parte das moradias são feitas de pau a pique]", comenta.

O tranquilo cenário do arruado, envolto por pequenas plantações e cursos d'água, contrasta com a desconfiança dos moradores à mais despretenciosa abordagem de forasteiros. A ampla circulação de jornalistas no local na última semana explica a mudança. Poucos querem dar entrevista, na tentativa de evitar riscos maiores. "Eu vou e volto do engenho a trabalho todos os dias. Estou com medo. De noite não consigo dormir, ninguém aqui consegue. A gente fica se comunicando uns com os outros em grupos, monitorando qualquer desconhecido que apareça", comentou uma moradora, que prefere não se identificar. 

Comunidade se mobiliza por segurança e justiça para Jonatas. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Com se não bastassem as perdas do filho e da rotina no campo, Geovane também precisou se afastar da esposa e dos filhos. Tamborilando os dedos no braço do sofá ou sacudindo as pontas dos pés contra o chão, ele vem sendo acolhido por parentes, amigos e vizinhos, com os quais conta para vencer a passagem dos minutos, horas e dias. "Eu espero que a polícia desvende o caso, depois eu penso no que vou fazer da minha vida. Isso não vai trazer a vida do meu filho de volta, mas precisa ser feito, para evitar de acontecer com outras pessoas do lugar onde vivemos", apela. 

Tragédia anunciada

Para os moradores o Engenho Roncadorzinho, a brutal morte do pequeno Jonatas era uma tragédia anunciada. No ano passado, a casa da família já havia sido alvo de invasões seguidas de roubos, sempre durante a madrugada. O Engenho foi propriedade da Usina Central Barreiros, atualmente uma Massa Falida sob administração do Poder Judiciário, que o arrendou. A comunidade existe há 40 anos, desde que faliram as usinas nas quais os agricultores trabalhavam ou eram credores.

No local, vivem 400 trabalhadores rurais posseiros, dentre os quais estão cerca de 150 crianças. Nos últimos anos, a escalada da violência contra a comunidade envolve ameaças e violências que, segundo os agricultores, são promovidas por empresas que exploram economicamente a área. De acordo com a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape), que acompanha a comunidade, há denúncias de intimidações, destruição de lavouras e contaminação de cacimbas e fontes de água com aplicação intencional de agrotóxicos.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) também oferece apoio aos trabalhadores e vem expondo os abusos contra a comunidade de Roncadorzinho. Segundo a instituição, o Estado de Pernambuco não vem tomando qualquer medida efetiva no sentido de solucionar o conflito existente no local. 

Um pai de aluno foi baleado nesta quinta-feira, 17, durante um arrastão em frente a uma escola particular na região do Morumbi, na zona Sul de São Paulo. Logo cedo pela manhã, quatro criminosos em duas motos passaram pela rua Olavo Leite para roubar as pessoas que estavam levando as crianças na escola.

Informações preliminares dão conta de que o homem teria reagido ao assalto e foi baleado com dois tiros. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Municipal do Campo Limpo, mas ainda não se tem informação sobre o estado de saúde dele. O caso foi registrado no 89º Distrito Policial do Portal do Morumbi.

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A direção da Escola Mais divulgou nota dizendo-se consternada com o que ocorreu em frente a sua unidade Vila Andrade, no bairro do Morumbi. "Este é um momento de tristeza para nossa comunidade e estamos empenhados em dar todo o suporte necessário à família, às crianças, a todos os nossos estudantes e colaboradores", disse.

"Nossa maior preocupação neste momento é com a o estado de saúde da vítima, que teve atendimento de emergência e foi levado ao hospital - imediatamente após à ocorrência, acionamos ambulância, polícia e protegemos nossos alunos dentro da escola, prestando apoio psicológico a eles e aos nossos funcionários", continuou a escola, lembrando que a vítima é pai de dois alunos.

A Escola Mais reforçou que vinha pedindo mais policiamento na região, por causa do aumento da criminalidade. Na quarta-feira, 16, o Estadão mostrou em uma reportagem que pais e mães de alunos de colégios tradicionais do Morumbi estão apreensivos com os assaltos que estão ocorrendo nos horários de entrada e saída dos estudantes.

"Lamentamos que as ocorrências de violência sejam frequentes no entorno de escolas do bairro do Morumbi, o que demonstra um problema grave de segurança pública na região. A Escola Mais informa que já havia procurado a Polícia Militar e solicitado reforço da ronda escolar no entorno da unidade. Estamos contribuindo com a polícia com todas as informações disponíveis e para ajudar na investigação e reconhecimento dos criminosos", disse a escola.

O aumento da criminalidade na região foi provocado por bandidos que aproveitam as filas de carros que se formam nas ruas próximas de escolas particulares para assaltar motoristas e passageiros. Como o fluxo de veículos é intenso, e muitas vezes provoca congestionamento, os bandidos aproveitam para assaltar as pessoas que estão à espera dos filhos.

O 89º Distrito Policial, na região conhecida como Portal do Morumbi, registrou 1.699 roubos em 2021. É o patamar mais elevado desde 2014. Já no 34.º DP, na Vila Sônia, foram registrados 1.439 roubos, maior número desde 2019.

Aos 19 anos, MC Loma confirmou que está grávida de nove semanas em um vídeo publicado na noite dessa quarta-feira (9). A cantora disse que está feliz, mas reforça o cuidado pois a gestação é considerada de risco.

"Foi um choque para mim no começo, mas fiquei feliz", afirmou no pronunciamento. Ela rebateu os boatos sobre o pai da criança e apontou que eles não são namorados.

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"Eu tô grávida, mas eu sei quem é o pai do meu filho. O pai até já sabe, já até falei para ele. Eu sou uma pessoa solteira, não namoro. Então, foi de um ficante que eu fiquei e eu engravidei", detalhou a jovem.

Pai anônimo
A cantora prefere não expor o pai do bebê, mas garantiu que publicar toda evolução gestacional com os fãs nas redes sociais.
"Ele é uma pessoa anônima. A gente teve essa conversa já pelo fato de eu ser uma pessoa pública. Eu e ele decidimos que eu não vou expor ele, nem ele vai se expor. Vocês só vão ver eu e o bebê", acrescentou.
Gêmeos
Com apoio a família, a cantora contou que foi surpreendida quando descobriu a gravidez, ainda na segunda semana de janeiro. Ela havia tomado pílula do dia seguinte e como tem a menstruação desrregulada, não imaginava que estivesse grávida.
Loma confirmou as suspeitas em dois testes de farmácia e um de sangue com todos resultados positivos. A artista está na torcida para um menino e comentou sobre a probabilidade de ter gêmeos, já que a avó e a mãe tiveram irmãs gêmeas.
Ela disse que sofre com o descolamento da placenta, quadro que torna a gestação de risco. A agenda de shows dos próximos três meses foi suspensa para o tratamento.

 

 

Lucas Souza, marido de Jojo Todynho, foi até as redes sociais se pronunciar sobre a polêmica envolvendo a ausência de seu pai no casamento com a cantora. Segundo o oficial do exército, ele foi criado apenas pela mãe - Marcia Antocevicz - e não tem contato próximo com o pai.

"O sr. Renato (Souza, pai biológico) tem um histórico de alcoolismo, de drogas... Ele é um exemplo negativo como pai. Graças a Deus, eu e meus irmãos fomos criados longe desse homem. A gente só teve a educação da minha mãe", disse.

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Lucas ainda contou que o senhor só veio à público por querer palco e mídia, e que chegou a receber mensagens de ameaça do pai. "Minha mãe tem uma medida protetiva contra ele", completou.

O marido de Jojo Todynho disse, ainda, que chegou a chamar o pai para o casamento, com a autorização da mãe, mas o comportamento dele decepcionou.

"Liguei, mandei convite. Esse camarada aí começou a chamar pessoas que eu não conheço. Amigos deles, amigos que usavam drogas com eles. Que durante a minha infância era incentivado a usar drogas por esse pessoal. E no meu casamento só chamei pessoas próximas. Quem realmente gosto. Não vou fazer casamento para parente distante que eu nem conheço, que sequer me manda uma mensagem", destacou.

E finaliza: "Parem de dar palco para esse camarada, que inventa mentira e que vai se complicar na Justiça".

Segundo o jornal Extra, a mãe de Lucas também se pronunciou na web. "Eu convivi com ele por 12 anos e foi a pior coisa que aconteceu na minha vida. Foi um relacionamento abusivo, eu fui traída, fui esfaqueada. Tudo o que você imagina aconteceu na minha vida. E ele sempre na bagunça, sempre na folia, nunca quis saber dos filhos. E até hoje eu tenho medida protetiva contra ele, vários boletins de ocorrência, até fiz mais um essa semana", disse.

A Justiça de São Paulo condenou três pessoas acusadas de manter uma criança de 12 anos acorrentada e dentro de um barril de ferro em Campinas, interior de São Paulo. O crime aconteceu em janeiro do ano passado, quando o menino foi encontrado pesando 25kg e comendo suas próprias fezes.

O pai da criança, a madrasta e a filha da madrasta foram condenados a oito anos de reclusão em regime fechado. Eles responderão por tortura contra a criança, mediante sequestro de forma continuada durante situação de calamidade publica (pandemia da Covid-19) e valendo-se de relações domésticas. 

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Além dos oito anos, o pai também foi condenado a 15 dias em regime aberto pelo crime de abandono de intelectual.

No ano passado, um vizinho dos réus ouviu a vítima chamar pedindo comida e água. Ele foi até o corredor em que a criança estava e se deparou com o menino acorrentado dentro de um barril que estava coberto com telha de amianto e uma pia.

O menino estava nu e em meio a fezes e urina, desnutrido e machucado. O vizinho acionou imediatamente a polícia militar. A criança foi libertada e os acusados, presos. Outras testemunhas relataram que o garoto sofria constantes agressões físicas e verbais e que denunciaram o fato ao Conselho Tutelar.

Além disso, a criança não frequentou a escola durante o ano de 2020. A juíza Patrícia Suarez Pae Kim destacou que o pai e a madrasta da vítima, a pretexto de educá-la, agiram com requintes de crueldade e que a alegação de que a conduta criminosa teria sido praticada apenas uma vez não procede. “Já seria absurdo que uma criança fosse acorrentada pelas mãos e pelos pés, dentro de um tambor, sob o sol quente, mesmo que fosse uma vez apenas”, pontuou.

“As lesões presentes nos braços e tornozelos da criança, bem como o inchaço de suas pernas, indicando ter permanecido suspenso por longos períodos, comprovam que o menino era castigado daquela maneira habitualmente", ressalta a juíza.

A magistrada pontua que os inúmeros relatórios médicos juntados aos autos comprovam que a criança estava em estado de desnutrição por conta da ação dos acusados.

“Diante do farto acervo probatório dos autos, patente o cometimento dos crimes de tortura, de forma continuada, por todos os acusados, e o de abandono intelectual pelo pai, sendo a condenação medida que se impõe”, concluiu.

Parece que não é só Maria que está repercutindo fora do Big Brother Brasil 22. O pai dela, Carlos Câmara, também já está sendo visto pelo povo. De acordo com informações do jornal carioca Extra, Câmara é funcionário público da Comlurb, trabalhando como gari.

Além de trabalhar na empresa de limpeza pública, ele presta serviço como massagista em uma sauna gay do Rio de Janeiro. Trabalhando no local há 17 anos, Carlos Câmara dá expediente por lá uma vez na semana. Recentemente, Maria contou uma curiosidade envolvendo seu pai.

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Na semana passada, a atriz da novela Amor de Mãe contou no BBB que já ficou com a mesma mulher que o pai. "Meu pai viu eu beijando um camarote inteiro. Tanto homem como mulher. Inclusive, nesse dia eu e ele ficamos com a mesma mulher", disse a artista. Ela disse que foi nesse dia que Carlos Câmara ficou sabendo da sua bissexualidade.

Um bebê de apenas três meses morreu asfixiado após o seu pai dormir sobre ele. O fato aconteceu no último domingo (16) em Avaré, São Paulo. À polícia, os pais relataram que a criança foi colocada para dormir na cama entre eles.

Durante a noite, o pai acabou se virando e dormindo sobre o recém-nascido. O casal afirma que, quando acordou, encontrou o bebê sem vida. O Samu foi acionado, mas a criança já chegou morta ao pronto-socorro.

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Segundo a TV Tem, a Polícia Militar de São Paulo não constatou sinais aparentes de violência no bebê, que teve o seu corpo encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), que fará o exame necroscópico. Depois dos esclarecimentos, os pais foram liberados, mas a Polícia Civil deve investigar o caso, que foi registrado como morte suspeita/acidental.

Você imagina que o caminho que te leva até um amor incondicional possa estar em uma página nas redes sociais? Foi isso que aconteceu quando a fisioterapeuta Estefanny Patrycia da Silva Nazário, de 24 anos, e o frentista Filipes Lopes Barbosa da Silva, de 30 anos, de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco, viram imagens do menino Luiz Filipe, de sete anos, no perfil do Instagram da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja).

A curiosidade que levou o casal a conhecer Luiz Filipe era a oportunidade que ele precisava para ter um recomeço após a morte do pai biológico, vítima da pandemia do coronavírus, em maio de 2020. A adoção, realizada pela Vara Regional da Infância e Juventude da 4ª Circunscrição, foi pioneira no estado em casos de órfãos decorrentes da Covid-19, utilizando-se a ferramenta Busca Ativa.

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O acolhimento de Luiz Filipe precisou ser cercado de cuidados especiais. Além do diagnóstico inicial de retardo mental grave, a criança chegou à instituição com resultado positivo para o Covid-19. A juíza Sheila Cristina Torres, titular da Unidade, conta que a chegada da criança precisou ser cercada de adaptações, o que mobilizou toda a equipe da casa de acolhimento. “Quando Luiz Filipe foi recebido na instituição, tinha o diagnóstico de Covid-19. Então os profissionais tiveram que fazer uma grande mobilização para acolhê-lo da melhor maneira possível, além de separá-lo das outras crianças para evitar o contágio. E no início da pandemia não havia uma estrutura preparada para esses casos”, revela a magistrada. 

A partir do momento em que ele foi institucionalizado, a equipe da casa de acolhimento começou a conduzi-lo para os tratamentos médicos e, com o desenvolvimento que foi sendo apresentado pelo menino, o quadro foi reavaliado como autismo leve. Sem ter nenhum parente que assumisse a guarda do menino, o processo de destituição do poder familiar foi concluído e ele foi inserido no Projeto Família, em que são divulgadas as imagens de crianças e adolescentes que vivem nas 77 instituições de acolhimento de todo o estado e estão prontas para serem adotadas.

Enquanto todas essas mudanças vinham acontecendo na vida de Luiz Filipe, o casal Estefanny e Filipes estava sendo conduzido para o encontro com o filho, mesmo sem ter a previsão do que estava por vir. “Nós já queríamos adotar, mas não tínhamos tomado nenhuma iniciativa até o momento, estávamos somente com o desejo que existia desde muito antes. Então assistimos a um filme chamado ‘Instant Family’, que aborda a questão da adoção. No filme, aparece uma página virtual com fotos de crianças e adolescentes, e me surgiu a curiosidade de saber se havia isso aqui no Brasil. Foi quando pesquisamos no Instagram e encontramos o perfil da Ceja. Saímos lendo a legenda de cada foto e vídeo e encontramos Luiz”, lembra Estefanny.

 “Quando vimos o vídeo eu já me encantei por Luiz pelo fato dele ter uma alegria, um brilho. Mesmo sem conhecê-lo, a gente imaginava a dificuldade de uma criança que estava no sistema de abrigo e, apesar de ele estar passando por tudo isso, ele parecia sempre tão feliz. A partir daí houve o desejo de adotá-lo, de conhecê-lo, de ter ele aqui mais perto”, revela a mãe. Apesar de na rede social já haver informações gerais sobre as condições de saúde das crianças, foi a partir do primeiro contato com a Vara da Infância que eles tiveram conhecimento do diagnóstico de autismo do menino. “A vida é incerta, então se fosse uma gestação biológica, se fosse um bebê que tivesse sido gerado dentro de mim, eu não poderia escolher se ele viria com uma condição atípica ou não”, diz a mãe.

Para o pai Filipes Lopes, eles enxergaram o menino além de suas necessidades especiais. “A gente não viu a condição do autismo como um obstáculo ou dificuldade. A gente viu a criança. O olhar dele, o coração dele e o quanto ele poderia agregar à nossa vida, à nossa família, e o que a gente poderia agregar à vida dele também. Vimos o amor em si”, conta o pai. 

Estágio de convivência 

Como eles ainda não possuíam cadastro no Sistema Nacional de Adoção (SNA), iniciaram um curso de pretendentes à adoção, na modalidade EAD, e receberam a visita dos profissionais para a realização do estudo psicossocial necessário à habilitação no SNA. Após a habilitação, teve início o processo de aproximação do casal com o menino. “A gente foi criando lembranças, conhecendo Luiz, querendo ter ele mais perto, trazê-lo para casa. Mas sempre com as profissionais da Vara nos acalmando para que as coisas acontecessem no tempo certo e o processo fosse bem-sucedido. Graças à cautela delas e à nossa paciência, deu tudo certo e a convivência de fato começou no mês de setembro” diz Estefanny.

“Foi um processo rápido e cada nova etapa era uma vitória. Fomos passando por cada fase com muita expectativa e ansiedade, mas sabendo que cada etapa do processo era importante”, completa Filipes.  

Ao final do estágio de convivência, a psicóloga do Núcleo de Apoio Psicossocial da Vara Regional da Infância e Juventude de Vitória de Santo Antão, Ana Flávia de Oliveira Maia Souza, afirma em seu relatório que o casal Estefanny e Filipes se manteve com um “olhar fixo nas possibilidades, nas capacidades a serem desenvolvidas, investindo na persistência e lidando com os recursos disponíveis para proporcionar toda a estimulação possível para a criança”.   

O documento destaca que “ao término dos 180 dias do estágio de convivência para fins de adoção, foi possível observar que Luiz Filipe se apresenta muito à vontade na companhia dos adotantes, além de ir se apropriando cada vez mais do seu espaço físico e emocional nessa família. 

Durante esse período, a criança apresentou avanços importantes no desenvolvimento da sua autonomia, linguagem verbal, postura corporal e regulação emocional. Tais conquistas são evidentes e sinalizam que Luiz vem sendo estimulado a ir mais adiante, recebendo o incentivo e amor que toda criança necessita para transpor satisfatoriamente as fases de desenvolvimento, internalizar valores, princípios e caminhar no aprendizado de lidar com suas emoções diante das diversas situações da vida”.

Setença da adoção

No final de dezembro de 2021, em audiência realizada de forma virtual, foi dada a sentença que confirmou a formação da família definitivamente. A juíza Sheila Cristina Torres celebra o sucesso na adoção de Luiz Filipe como um desafio vencido por toda a equipe. “Foi a primeira adoção de uma criança com necessidades especiais realizada pela Vara Regional da Infância e Juventude da 4ª Circunscrição. Todo o processo foi conduzido com muito carinho e empenho, e a adoção dele foi muito emocionante para todos nós, especialmente quando a gente viu a ligação que se estabeleceu entre ele e os pais”, comemora a magistrada. 

A mãe e o pai contam que a convivência da família tem proporcionado momentos de amor acima de tudo. “A evolução de Luiz tem sido muito linda, desde o início ele foi muito bem acolhido por todos da família. Ele tem sido luz, ele tem sido maravilhoso. E mesmo com os momentos de dificuldade, com os momentos em que ele está mais sensível ou estressado, em 90% do tempo Luiz está bem, brincando, beijando, abraçando', destacou. 

"Luiz é um poço de carinho e de amor e isso supre tudo, vai além daqueles 10% de dificuldades, onde ele está chorando ou em alguma crise, com birras ou trelas de toda criança. Quando a gente senta no sofá ou deita na cama abraçadinhos, é muito amor que transborda ali naqueles momentos”, descreve Estefanny.

“Temos dificuldades como qualquer pai e mãe, independente do filho ser biológico ou não. A cada dia é uma experiência nova, é um aprendizado novo. Tem sido um processo de muito aprendizado, mas também têm sido momentos de muito carinho e muito amor. Temos o apoio de nossa família e de nossos amigos, o que tem sido de muita importância e muita ajuda para todos nós”, conclui Filipes.

Projeto Família

Mesmo não possuindo ainda o cadastro no Sistema Nacional de Adoção (SNA), é possível que pretendentes à adoção manifestem o interesse em adotar uma criança ou um grupo de irmãos ao conhecê-los por meio das redes sociais da Ceja, como aconteceu com o casal Estefanny e Filipes, e o menino Luiz Filipe.

A secretária-executiva da Ceja, juíza Hélia Viegas, explica que, ao identificar uma certa dificuldade na vinculação de casais não habilitados no SNA ou que possuíam um perfil diferente do perfil da criança inserida no Projeto Família, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) editou a Resolução 01/2020, no intuito de ampliar as possibilidades de adoção. “Para viabilizar a adoção, mas com muita responsabilidade, nós previmos nessa Resolução a possibilidade de se formalizar o pedido de adoção direta dirigida, daquela criança ou adolescente inserida no Projeto Família, sem uma prévia habilitação ou já com a habilitação, mas sem necessidade de mudança no perfil”, esclarece a magistrada. 

Para garantir que a adoção aconteça com todos os requisitos exigidos pelo SNA, a pessoa interessada em adotar terá de passar pelos critérios e fases obrigatórias no processo de habilitação. “A pessoa terá de se submeter a um estudo prévio, com avaliação interdisciplinar pela equipe técnica do Judiciário ou da rede de assistência ao Judiciário, composto por profissionais como psicólogos e assistentes sociais da cidade onde ela reside. 

"Necessariamente, precisa haver essa prévia avaliação, ou seja, tudo é feito com muita responsabilidade, de maneira a garantir a segurança daquela criança ou adolescente para que ela tenha, de fato, uma família que esteja preparada para tê-la como filha ou filho”. 

Busca Ativa

A ferramenta Busca Ativa foi utilizada de forma pioneira pelo Judiciário pernambucano, sendo fundamental para o sucesso de adoções fora do padrão escolhido pela maioria dos adotantes. De novembro de 2016 a dezembro de 2021, foram inseridas 517 crianças e adolescentes no Projeto Família, para a realização da busca ativa de adotantes por meio da divulgação de suas imagens nas redes sociais da Ceja. 

Nesse período, 203 foram adotadas ou se encontram em estágio de convivência ou de aproximação com as suas novas famílias. Esperam para serem adotados, atualmente, 117 crianças e adolescentes em todo o estado. Nesses cinco anos, 197 foram desligados ou suspensos do Projeto Família por motivos como maioridade e modificação da situação jurídica, por exemplo.

*Da assessoria

Um homem que é contra a vacinação e, consequentemente, não tinha se imunizado contra a Covid-19 foi proibido temporariamente de ver o seu filho de 12 anos. O fato aconteceu na região de Québec, no Canadá.

O pai havia entrado na Justiça canadense com um pedido para que seu tempo de visitação fosse estendido. No entanto, o juiz determinou que a visitação paterna neste momento e com o homem sem estar vacinado não seria o melhor para a criança.

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Segundo o site Le Devoir, este julgamento é o primeiro caso de perda de direitos por conta da falta de vacinação. Com a determinação judicial, o pai fica impedido de ver o seu filho até o mês de fevereiro deste ano - a não ser que ele decida se vacinar contra a Covid-19.

A mãe da criança, que se colocou contra o pedido do seu ex-marido para ficar mais tempo com o seu filho, foi quem mostrou ao juiz que o homem era contra a vacina e fazia postagens antivacina nas redes sociais.

Isis Valverde gerou comoção, nesta quarta-feira (12), ao homenagear o pai. No seu perfil do Instagram, a atriz lamentou os dois anos da morte de Rubens Valverde, compartilhando imagens pessoais. Na publicação, a mineira falou da saudade que sente pelo patriarca da família.

"Hoje olhei sua foto e senti uma saudade imensa de te abraçar. Sempre que voltava de qualquer viagem a gente dava um jeito de se ver. Me lembrei que hoje faz dois anos que não tenho mais você fisicamente comigo. Te amo tanto que falta espaço aqui dentro. Sempre comigo", escreveu ela. Rubens Valverde morreu em 2020, aos 65 anos, após sofrer um infarto durante uma trilha de moto.

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