Tópicos | Operação Panatenaico

O desembargador federal Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mandou soltar o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PCdoB), que estava em prisão temporária. Agnelo, o ex-assessor do presidente Michel Temer, Tadeu Fillipelli, e o também o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) foram capturados na Operação Panathenaico - inquérito sobre desvios de quase R$ 1 bilhão nas obras do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para a Copa 2014.

Na sexta-feira, 26, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília acolheu manifestação da Procuradoria da República e da Polícia Federal e prorrogou por mais cinco dias o decreto de prisão dos três.

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"A decisão foi técnica, isenta, extremamente bem fundamentada, demonstrando o respeito ao Estado de Direito, ainda que em épocas onde ele é mais atacado", disse o advogado Daniel Gerber, que defende o ex-governador.

A edição desta quarta-feira, 24, do O Diário Oficial da União (DOU), traz a exoneração do peemedebista Nelson Tadeu Filippelli do cargo de assessor especial do gabinete pessoal do presidente Michel Temer. Filippelli foi preso na terça-feira, 23, pela Polícia Federal na Operação Panatenaico, por suposto envolvimento em desvios de dinheiro nas obras de reforma do Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Além de Filippelli, foram presos também na mesma operação os ex-governadores do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR). As obras no estádio, que teriam sido superfaturadas em quase R$ 1 bilhão, foram feitas para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

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Depois de ser preso pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Panatenaico, o assessor especial da Presidência e ex-vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (PMDB), será exonerado. O ato foi assinado pelo presidente Michel Temer, assim que chegou ao Planalto, nesta terça-feira (23).

De acordo com o Palácio do Planalto, a exoneração será publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (24).

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Ele é o terceiro assessor de Temer afastado do governo. Antes dele, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures foram afetados por denúncias. Filippelli, que também já foi deputado, tinha gabinete no terceiro andar do Planalto e atuava fazendo o contato com empresários e parlamentares.

Filippelli, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, é suspeito de integrar uma organização criminosa que desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR) também foram presos. A prisão é temporária, por cinco dias.

 

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (23), os ex-governadores do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR). Também foi apreendido o ex-vice governador Tadeu Filippelli (PMDB), que atualmente é assessor especial do presidente Michel Temer. Eles são suspeitos de integrar uma organização criminosa que desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

Arruda já está na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Já Agnelo está preso em casa e será encaminhado ao mesmo local.

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A arena inicialmente custaria cerca de R$ 600 milhões, mas o custo final chegou a R$ 1,575 bilhão. Segundo os investigadores, a fraude envolveria os R$ 900 milhões a mais da obra. De acordo com a PF, a obra do estádio contou com o financiamento da Terracap, estatal distrital que não tem esse tipo de operação financeira prevista no rol de suas atividades. Os demais estádios da Copa do Mundo receberam recursos do BNDES.

Dentro da Operação Panatenaico, a PF também cumpre mandados contra agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do Governo do Distrito Federal. Ao todo, 80 policiais estão envolvidos ação, divididos em 16 equipes, cumprindo 15 mandados de busca de apreensão, 10 de prisão temporária, além de três conduções coercitivas.

A ação é fruto da delação premiada de executivos da construtora Andrade Gutierrez, que ganhou a licitação para as obras do Estádio de Brasília junto com a Via Engenharia. A PF acredita que  agentes públicos, com a intermediação de operadores de propinas, tenham realizado conluios e, assim, simulado procedimentos previstos em edital de licitação.

A PF cumpre mandados de prisão  contra os ex-presidentes da Novacap Maruska Lima e Nilson Martorelli, o ex-secretário Extraordinário da Copa do Mundo Cláudio Monteiro, os empresários Jorge Luiz Salomão e Sérgio Lúcio Silva Andrade, e o dono da construtora Via Engenharia, Fernando Márcio Queiroz.

Os advogados Wellington Medeiros e de Luís Carlos Alcoforado foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimentos. Os agentes fizeram busca e apreensão de documentos no escritório deles, assim como nas  residências de todos os investigados com mandados de prisão. O Ministério Público Federal pediu ainda que fosse decretada a indisponibilidade dos bens dos investigados.

Panatenaico

A operação foi batizada como referência ao Stadium Panatenaico, sede dos jogos panatenaicos, competições realizadas na Grécia Antiga que foram anteriores aos Jogos Olímpicos. A história desta arena utilizada para a prática de esportes pelos helênicos, tida como uma das mais antigas do mundo, remonta à época clássica, quando estádio ainda tinha assentos de madeira.

A construção foi toda remodelada em mármore, por Arconte Licurgo, no ano 329 a.C., e foi ampliado e renovado por Herodes Ático, no ano 140 d.C., com uma capacidade de 50 mil assentos. Os restos da antiga estrutura foram escavados e restaurados, com fundos proporcionados para o renascimento dos Jogos Olímpicos de 1896.

Um dos alvos de mandado de prisão temporária nesta terça-feira, 23, o ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filipelli (PMDB) é, atualmente, assessor especial do presidente Michel Temer. Mandados de prisão também foram direcionados aos ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT)

Em nota, a Polícia Federal informou que a Operação Panatenaico, deflagrada na manhã desta terça, tem por objetivo investigar uma organização criminosa que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para Copa do Mundo de Futebol de 2014.

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Orçadas em cerca de R$ 600 milhões, as obras no estádio custaram ao fim, em 2014, R$ 1,575 bilhão. O superfaturamento, portanto, pode ter chegado a quase R$ 900 milhões. Entre os alvos da operação estão agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do Governo do Distrito Federal.

Da madeira ao mármore

O nome da operação é uma referência ao Stadium Panatenaico, sede dos jogos panatenaicos, competições realizadas na Grécia Antiga que foram anteriores aos jogos olímpicos. A história desta arena utilizada para a prática de esportes pelos helênicos, tida como uma das mais antigas do mundo, remonta à época clássica, quando estádio ainda tinha assentos de madeira.

A construção foi toda remodelada em mármore, por Arconte Licurgo, no ano 329 a.C. e foi ampliado e renovado por Herodes Ático, no ano 140 d.C., com uma capacidade de 50 mil assentos. Os restos da antiga estrutura foram escavados e restaurados, com fundos proporcionados para o renascimento dos Jogos Olímpicos. O estádio foi renovado pela segunda vez em 1895 para os Jogos Olímpicos de 1896.

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