Tópicos | Operação Caixa de Pandora

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou inviável habeas corpus no qual a defesa do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda buscava o direito de produzir novas provas em ação penal a que ele responde na Justiça do DF. Arruda foi denunciado por suposta prática dos crimes de falsidade ideológica e corrupção de testemunha em razão de fatos decorrentes da Operação Caixa de Pandora As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu suspender as ações penais referentes ao esquema de corrupção revelado pela Operação Caixa de Pandora, caso que levou à prisão do então governador Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM), em fevereiro de 2010. A decisão cautelar, tomada pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca na sexta-feira passada, vale até a conclusão do julgamento sobre um recurso apresentado pela defesa de Arruda.

A defesa do ex-governador alega que as conversas gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, delator do esquema conhecido como "mensalão do DEM" foram editadas e pediu que fosse realizada uma perícia no material. Os advogados também pedem que sejam anuladas as decisões judiciais e provas produzidas no processo que investiga Arruda.

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A Quinta Turma do STJ começou a analisar o recurso de Arruda na quinta-feira passada. O ministro Reynaldo Fonseca, relator do processo, atendeu o pedido da defesa de Arruda apenas no que diz respeito à perícia. O julgamento, no entanto, foi suspenso depois de pedido de vista do ministro Felix Fischer.

A decisão cautelar tomada por Fonseca atinge todos os réus dos processos penais oriundos da Caixa de Pandora, inclusive Arruda.

O ex-governador foi preso em fevereiro de 2010 sob a acusação de coagir testemunhas e obstruir as investigações sobre o esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. Ele foi liberado dois meses depois.

Em acordo de delação premiada com a Polícia Federal durante a operação Caixa de Pandora, em 2009, Durval denunciou um esquema de corrupção envolvendo o alto escalão do governo do DF e que culminou na queda de Arruda e de seu vice, o empresário Paulo Octávio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante o detalhamento da Operação 'Caixa de Pandora', na manhã desta terça-feira (18), a delegada Patrícia Domingos revelou ter encontrado listas de eleitores na casa de vereadores investigados, inclusive na residência do candidato a prefeito Manuel Pereira da Costa, o Neco.

No documento constavam o nome, telefone, Whatsapp, endereço, local de votação e o número do título do eleitor. Na casa de Neco os policiais também apreenderam R$ 177.550 mil. Parte do dinheiro estava escondida na lixeira do banheiro.

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Com uma das comissionadas do candidato foram encontrados R$ 95 mil e quatro pacotes da campanha de Neco. Um funcionário ligado ao vereador Miguel do Socorro portava R$ 272.157 em cheques e diversas notas promissórias. 

Listagens com informações sobre eleitores também foram encontradas com o vereador Luciano Luiz de Almeida, o Lalá do Povão. Com o secretário de finanças, Gladistone Freitas Cordeiros, os agentes apreenderam R$ 8.980.

Troca de voto por procedimento médico

Outro fato chamou a atenção dos investigadores da Operação 'Caixa de Pandora'. Na casa de Sebastião Virgílio Vieira, o enfermeiro Vieira, foram encontrados receituários médicos assinados, remédios e agenda com marcação de cirurgia. 

“Com esse matrial, existe a suspeita de uma troca de voto por vários tipos de cirurgia”, afirmou a delegada. Por conta dessas apreensões, outros crimes podem ser atribuídos aos investigados. 

“A gente trabalha com a possibilidade de repassar essas informações para outras esferas, ou apurar em demais inquéritos, porque nós achamos na casa de vários vereadores listagem com nome de eleitores, o que nos causa estranheza que vereadores tenham dentro de casa lista manuscrita com essas informações”, concluiu.

Armas

Os policiais também encontraram armas durante as investigações. Sebastião Virgílio Vieira portava um revólver calibre 38, Edmilson Monteiro da Silva (pastor Edmilson) um rifle e um revólver 38, e Carlos José de Souza (soldado Souza) uma pistola 380. Eles pagaram fiança e vão responder em liberdade.

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A Polícia liberou mais detalhes sobre a Operação Caixa de Pandora, realizada nesta sexta-feira (14) em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O objetivo da ação foi cumprir mandados de busca domiciliar contra suspeitos de envolvimento em esquema de abandono de cargo público, peculato, falsificação de documento público e associação criminosa. Vários políticos e candidatos nas atuais eleições são investigados.

Os 48 mandados de busca domiciliar resultaram na apreensão de R$ 303.783,00 em espécie. Desse valor, só R$ 177 mil foi recolhido da casa do candidato à prefeitura de Jaboatão, Neco (PDT). Também foram apreendidas, em outras residências de vereadores, uma pistola calibre 380; um rifle calibre 22 e um revolver .38, além de dezenas de computadores, aparelhos celulares e centenas de documentos.

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Durante a ação, três pessoas foram autuadas por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento. Dois vereadores do município de Jaboatão pagaram fiança e responderão em liberdade. 

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O candidato a vice na chapa de Anderson Ferreira (PR), Ricardo Valois, também é investigado na Operação Caixa de Pandora, deflagrada na manhã desta sexta-feira (14) pela Polícia Civil. A operação investiga os crimes de peculato, abandono de cargo público, falsificação de documento público e associação criminosa com atuação na Câmara de Vereadores de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Nesta manhã, 354 policiais civis foram acionados para cumprir 48 mandados de busca e apreensão domiciliar. Entre os alvos, 19 são vereados e cinco deles foram reeleitos nas eleições deste ano.  Neco (PDT), que é candidato a prefeito e está no segundo turno contra Anderson Ferreira, também teve a casa investigada e acusou a operação de ser uma armação.

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Por nota, a Coligação muda Jaboatão, de Anderson Ferreira e Ricardo Valois, disse ter certeza que a justiça será feita. No texto, a coligação diz também apoiar a investigação e a rigorosa apuração procedida pelo Ministério Público e pela polícia. 

Alvo da Operação Caixa de Pandora, deflagrada nesta sexta-feira (14) pela Polícia Civil, o vereador e candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Manoel Neco (PDT) afirmou em coletiva à imprensa que está sendo vítima de uma "tremenda armação". Para ele, é possível que a ação tenha um cunho político, visto que a votação para o segundo turno acontecerá no próximo dia 30.

"A 15 dias da eleição é de surpreender uma operação desta. Está cheirando a uma tremenda armação contra um candidato pobre. [...] O povo sabe que o adversário não quer um pobre assumindo a prefeitura", argumentou o pedetista. Sem fazer acusações diretas, Neco pontuou que não tem o que temer e destacou a ação da defesa para apurar as acusações que pesam diretamente contra ele. 

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O candidato também disse que pretende manter as atividades de campanha no ritmo normal. "Minha campanha vai continuar a todo vapor, porque sou candidato do povo", afirmou. 

A polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão no início da manhã de hoje na casa dele, em Cajueiro Seco. Outros 47 foram expedidos, sendo 19 deles contra parlamentares. A operação investiga membros da Câmara de Vereadores da cidade por peculato, abandono de cargo público, falsificação de documentos e associação criminosa.

O candidato concorre à prefeitura de Jaboatão no 2º turno contra o candidato Anderson Ferreira (PR). No primeiro turno, o pedetista obteve 30,09% dos votos válidos, enquanto o rival ficou com 34,28%.

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Vice de Neco não é investigado pela Operação

O candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Manoel Neco (PDT) não é alvo da Operação Caixa de Pandora como circulou na imprensa mais cedo. Em sua defesa, Belarmino Silva pontuou que na realidade o Belarmino investigado tem o Souza no sobrenome e é vereador da cidade. "Nem vereador eu sou. Somos pessoas idôneas e de mãos limpas. Eles nos caluniam e difamam", alfinetou.

Após a coletiva, a assessoria de Neco divulgou uma nota. Veja na íntegra:

1. Há décadas se dedica a Jaboatão e a melhoria de vida dos jaboatonenses, especialmente dos mais carentes;

2.Tem ficha-limpa;

3.Durante anos de vida pública como delegado de polícia, deputado estadual e vereador por 8 mandatos, tem pautado sua atuação na ética e zelo pela coisa pública;

4.Recebeu com surpresa a notícia da operação;

5.Estará à inteira disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos e contribuir para rápida apuração do caso;

6.Lamenta que operações como essa sejam usadas com fins eminentemente eleitorais e como forma de impedir sua legítima e iminente vitória nas urnas;

7.Não se intimidará nem se curvará ao poder político e econômico por trás desse episódio;

8.Seguirá sua campanha normalmente, com apoio dos seus eleitores e em busca de uma nova Jaboatão.

 

A Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (14), cumpre mandados de busca domiciliar contra suspeitos de envolvimento em esquema de peculato, abandono de cargo público, falsificação de documento público e associação criminosa em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Entre os alvos está o candidato a prefeito da cidade Manoel Neco (PDT).

Dos 48 mandados de busca e apreensão domiciliar expedidos pela 2ª Vara Criminal de Jaboatão, 19 estão sendo cumpridos em endereços ligados a parlamentares da Câmara de Vereadores do município. A própria Câmara também é um dos endereços das diligências policiais. 

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No momento em que a Polícia Civil chegava à residência de Neco, o candidato dava entrevista à Radio Folha. “Estou proibido de entrar no meu quarto, ainda não lavei o rosto, minha esposa está aqui chorando copiosamente”, disse ao vivo. 

Participam da operação 354 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. As investigações tiveram início há cinco meses e foram efetuadas pela Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP). Os materiais apreendidos estão sendo encaminhados ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DEPATRI), em Afogados, Zona Sul do Recife.  

Neco tem 71 anos, é delegado aposentado e bacharel em direito. Ele foi presidente da Câmara dos Vereadores de Jaboatão, entre 1991 e 1992. Em seguida, em 1995, Neco foi eleito deputado estadual pelo PSB e retornou à Câmara de Jaboatão em 2000, onde permanece até os dias atuais. O vereador voltou a ser presidente da Câmara em 2011/2012. 

Neco concorre à prefeitura de Jaboatão no 2º turno contra o candidato Anderson Ferreira (PR). No primeiro turno, ele obteve 30,09% dos votos válidos, enquanto o rival ficou com 34,28%.

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