Alvo da Operação Caixa de Pandora, deflagrada nesta sexta-feira (14) pela Polícia Civil, o vereador e candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Manoel Neco (PDT) afirmou em coletiva à imprensa que está sendo vítima de uma "tremenda armação". Para ele, é possível que a ação tenha um cunho político, visto que a votação para o segundo turno acontecerá no próximo dia 30.
"A 15 dias da eleição é de surpreender uma operação desta. Está cheirando a uma tremenda armação contra um candidato pobre. [...] O povo sabe que o adversário não quer um pobre assumindo a prefeitura", argumentou o pedetista. Sem fazer acusações diretas, Neco pontuou que não tem o que temer e destacou a ação da defesa para apurar as acusações que pesam diretamente contra ele.
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O candidato também disse que pretende manter as atividades de campanha no ritmo normal. "Minha campanha vai continuar a todo vapor, porque sou candidato do povo", afirmou.
A polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão no início da manhã de hoje na casa dele, em Cajueiro Seco. Outros 47 foram expedidos, sendo 19 deles contra parlamentares. A operação investiga membros da Câmara de Vereadores da cidade por peculato, abandono de cargo público, falsificação de documentos e associação criminosa.
O candidato concorre à prefeitura de Jaboatão no 2º turno contra o candidato Anderson Ferreira (PR). No primeiro turno, o pedetista obteve 30,09% dos votos válidos, enquanto o rival ficou com 34,28%.
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Vice de Neco não é investigado pela Operação
O candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Manoel Neco (PDT) não é alvo da Operação Caixa de Pandora como circulou na imprensa mais cedo. Em sua defesa, Belarmino Silva pontuou que na realidade o Belarmino investigado tem o Souza no sobrenome e é vereador da cidade. "Nem vereador eu sou. Somos pessoas idôneas e de mãos limpas. Eles nos caluniam e difamam", alfinetou.
Após a coletiva, a assessoria de Neco divulgou uma nota. Veja na íntegra:
1. Há décadas se dedica a Jaboatão e a melhoria de vida dos jaboatonenses, especialmente dos mais carentes;
2.Tem ficha-limpa;
3.Durante anos de vida pública como delegado de polícia, deputado estadual e vereador por 8 mandatos, tem pautado sua atuação na ética e zelo pela coisa pública;
4.Recebeu com surpresa a notícia da operação;
5.Estará à inteira disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos e contribuir para rápida apuração do caso;
6.Lamenta que operações como essa sejam usadas com fins eminentemente eleitorais e como forma de impedir sua legítima e iminente vitória nas urnas;
7.Não se intimidará nem se curvará ao poder político e econômico por trás desse episódio;
8.Seguirá sua campanha normalmente, com apoio dos seus eleitores e em busca de uma nova Jaboatão.