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Um aplicativo lançado nesta semana pela Marinha do Brasil garantirá o monitoramento, em tempo real, de embarcações durante suas movimentações. O Navseg precisa ser baixado pelo condutor do barco, o qual deverá registrar e compartilhar seu plano de viagem na ferramenta online. 

Com a viagem náutica registrada no Navseg, a Capitania dos Portos, vinculada à Marinha, receberá, a cada 15 minutos, informações sobre a posição da embarcação. Assim é possível localizá-la mais rapidamente em caso de necessidade de socorro ou salvamento, tanto no mar quanto em rios e lagos.

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Os clubes náuticos e marinas cadastrados no aplicativo também receberão notificações automáticas, por e-mail, informando o início e a conclusão da viagem. 

O aplicativo substituirá o Aviso de Saída, um documento que é preenchido em papel pelo navegador e entregue à marina ou à Capitania dos Portos. O Navseg pode ser baixado para os sistemas iOS e Android. 

No dia do lançamento do aplicativo, em 13 de agosto, 2.600 pessoas já haviam feito seu download, de acordo com a Marinha. 

“Por meio desse aplicativo, a Marinha vai poder monitorar a posição da embarcação a cada momento durante a sua navegação. Se a embarcação tiver uma emergência, uma necessidade de atendimento, a Marinha já sabe onde a embarcação está. Isso vai poupar tempo e esse tempo é precioso na hora do atendimento”, afirma o diretor de Portos e Costas da Marinha, vice-almirante Sergio Renato Berna Salgueirinho.

O Navseg foi desenvolvido pelo Centro de Análises de Sistemas Navais da Marinha, em parceria com o Ministério do Turismo, e busca aumentar a segurança de embarcações de esporte, recreação, pesca, turismo náutico, transporte de cargas e de passageiros. 

“Além de ajudar a preservar vidas humanas e aumentar a segurança da navegação no nosso país, o aplicativo também significa ampliar o adequado aproveitamento de um dos maiores potenciais turísticos do Brasil. E, com 35.000 km de vias navegáveis e 8.500 km de costa, temos muito a avançar neste segmento”, afirma a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes.

 Pesquisadores do Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) trabalham no desenvolvimento de drones e embarcações autônomas que possam monitorar a costa brasileira, identificando danos ambientais. A iniciativa se dá por meio de pesquisa financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que destinou R$ 1,3 milhão a 15 projetos selecionados pelo edital Entre Mares.

A equipe da Ufal supõe que o monitoramento do litoral com sistemas fixos de controle, executado atualmente, não é capaz de realizar a fiscalização. “O grande problema destes sistemas é que eles são estáticos, mas os oceanos não. Acreditamos que veículos aéreos e marítimos seriam capazes de monitorar eventos que acontecem na costa brasileira e que estão suscetíveis à dinâmica dos mares por causa das  correntes marítimas, da mudança dos ventos, das alterações climáticas e de todo tipo de fenômenos meteorológicos fora da normalidade”, comenta Heitor Savino, cientista do Instituto de Computação da Ufal, que lidera o grupo de pesquisa.

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O interesse dos pesquisadores na questão aumentou depois do desastre ambiental do derramamento de óleo nas praias brasileiras ocorrido em 2019. “Para possibilitar a análise e avaliar a saúde dos mares, é necessária uma grande quantidade de dados com adequada dispersão espaço-temporal. Por isso, com aplicação de sistemas de veículos autônomos confiáveis é que poderemos ter certeza da localização da fonte de substâncias liberadas e conseguiremos fazer a análise da sua dispersão no oceano”, explica Savino.

De acordo com a Ufal, atualmente, o litoral do país é monitorado por estações maregráficas que mantém 189 boias em todo o país, além de outras 21 boias fixas ofertadas pelo programa Predição e Pesquisa em Matriz Atracada no Atlântico Tropical (PIRATA). Os pesquisadores defendem que, com os drones, o Brasil seria capaz de acompanhar a rotina de uma faixa marítima de até 24 milhas náuticas, o equivalente a cerca de 44 km de mar territorial e zona contígua.

Neste contexto, a pesquisa tem por estratégia realizar primeiro a identificação de um determinado evento ambiental e, depois, enviar drones aéreos em missão de rastreamento. Com os dados gerados por eles, poderiam ser deslocados ainda drones aquáticos, em missão de busca. “Nosso trabalho se propõe a criar instrumentos que possibilitem a visualização e a identificação de acontecimentos estranhos na água do nosso oceano. Estas informações serviriam como subsídios para que  instituições e autoridades possam tomar as providências necessárias para a contenção dos danos”,conclui Savino.

Rastrear e monitorar comportamento dos clientes dentro das lojas por meio do smartphone, é isso que promete a tecnologia desenvolvida pela startup brasileira Gauzz. O aplicativo utilizará sensores espalhados nas lojas com o objetivo de captar sinal Wi-Fi dos celulares, e com isso criar um banco de dados analítico para os donos dos estabelecimentos, que poderão saber quais os setores mais visitados pelos clientes.

As opiniões divergem sobre esse assunto. Em uma loja nos Estados Unidos, em que um sistema semelhante foi implantado, várias pessoas sentiram sua privacidade invadida. No entanto o fundador da Gauzz, Thiago Balthazar, afirma que a tecnologia não consegue acessar nenhuma informação do usuário, o que ela capta realmente é a sequencia numérica dos rastreadores que estão na loja. Mas para os que ainda tiverem certo receio, basta desligar o Wi-Fi. No Brasil, os testes estão sendo feitos em um shopping do interior de São Paulo, em Sorocaba. 

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