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O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, não poupou as palavras para criticar o governador Paulo Câmara, neste sábado (3).  Durante o "Pernambuco Quer Mudar", o auxiliar ministerial do presidente Michel Temer falou que votou na última eleição no pessebista afirmando que não tinha a expectativa de que o governo Câmara fosse igual ao do ex-governador Eduardo Campos, mas que ao menos achava que seria mantido. "Foi pior do que imaginei", disparou.  

Fernando Filho falou que, durante esses anos, o governador vem perdendo aliados. "Pessoas que deixaram de acreditar o que foi um dia a esperança de um Pernambuco mais forte", lamentou. 

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O ministro contou que recebeu relatos de diversos prefeitos de que o Governo de Pernambuco começou a "bater" neles e em outros deputados que estariam "animados" com o projeto do grupo da oposição. 

O filho do senador Fernando Bezerra Coelho também falou que só tinha duas certezas. "Uma que estaremos juntos e a outra que vamos ganhar esta eleição". Ainda afirmou que "eles", em referência ao governo, gostam de fazer terrorismo. "O governo pode muito, mas o governo não pode tudo".  

Ele ainda garantiu que durante a andança do grupo no Estado não haverá espaço para "xingamentos" e nem falar mal dos outros. "Eu atendi o chamado de vocês de vir a Caruaru. Não é a minha região, sou um deputado sertanejo, mas não vai faltar a minha presença (...) vamos mostrar a esse que está aí com quantos votos se elege um governador".

O governador Paulo Câmara (PSB) elevou o tom ao falar do processo de privatização da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), uma das empresas sob a tutela da Eletrobras, nesta segunda-feira (2). Durante uma reunião com representantes das Frentes Parlamentares em Defesa da Chesf, o pessebista endossou a tese dos colegiados de judicializar o processo caso o Governo Federal não abra o diálogo sobre a venda dos ativos da estatal. 

“A partir do momento que não tem respostas claras temos que solicitar as respostas nos meios cabíveis. Cabe uma judicialização desde que não haja mais o entendimento. Esperamos que haja, por parte do Governo Federal, a clareza de sentar à mesa e tirar  as dúvidas de todos nós”, cravou. Paulo Câmara lembrou que ele enviou para o presidente Michel Temer (PMDB) uma carta, subscrita pelos demais governadores do Nordeste, questionando alguns pontos da privatização da Eletrobras e sugerindo que a Chesf fosse retirada do pacote, mas até o momento não receberam nenhuma resposta.

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“A carta foi protocolada no dia 5 e até hoje não houve um sinal de diálogo. Será que nos governadores não merecemos um telefonema? Uma reunião? Isso mostra que nós estamos certos com as nossas preocupações”, disparou. “O processo que envolve a privatização da Eletrobras envolve outras questões que estão por trás, como o aumento da conta de energia e a utilização do Rio São Francisco. Não podemos aceitar um processo sem ter clareza de qual é o objetivo dele”, acrescentou.

Além de cobrar diálogo, o governador frisou que o processo não é transparente. “O que está se vendo é que há uma clara intenção de fazer a venda para tapar o rombo das contas públicas, isso vai afetar a rede elétrica, a economia e o Rio São Francisco. Isso é impedir projetos futuros de desenvolvimento”, observou. “Este debate é muito sério e precisa ser feito com respeito a população. Gostaria muito de estar errado, me mostre que estou errado… Se este filme não for bem feito pode ocasionar estragos para a população. A Cemig é um exemplo claro de como vai ser este processo. Este é o jogo. Um empréstimo com juros, num setor estratégico”, complementou.

Durante a reunião, ele recebeu uma carranca, símbolo da região, para "espantar o espírito maligno da privatização" e um dossiê com o impacto da privatização da empresa. O governador reforçou também o apoio dele às articulações das Frentes. No próximo dia 19, a Frente da Câmara dos Deputados vai se reunir com a produradora-geral da República, Raquel Dodge, para tratar sobre o assunto. Já o colegiado na Alepe pretende entrar com uma ação civil pública contrária à venda da Chesf. 

A deputada estadual Laura Gomes (PSB) não poupou críticas ao governo do presidente Michel Temer (PMDB) diante da possibilidade de privatização da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), com a venda de ativos da Eletrobras. Ao discursar durante uma audiência pública que acontece na manhã desta segunda-feira (4), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre o assunto, a parlamentar ponderou que a "gestão impopular" do peemedebista não tem "legitimidade" para realizar a transação.

"A população foi atacada de surpresa pelo governo mais ilegítimo que já tivemos. Não podemos permitir que o governo Temer nos imponha esta privatização", cravou Laura. A deputada é do PSB, mesmo partido do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho.

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Para a pessebista, "a Chesf não interessa só ao Nordeste, mas ao Brasil e a todo o mundo". Ela também elencou as justificativas pelas quais é contra a privatização. "Vai aumentar a energia, o valor estimado a receber de R$ 20 bilhões vai nem de longe tapar o tombo das contas federais, o patrimônio é avaliado em mais de R$ 400 bilhões investidos  em mais de 50 anos, e, por fim, privatizar a Chesf é privatizar o Rio São Francisco. Não aceitamos a entrega de graça do patrimônio brasileiro. Não admitimos entregar a Chesf a quem nada fez por ela", salientou.

Segundo Laura Gomes, o debate contra a proposta do Governo Federal é um "debate pluripartidário" e "precisamos virar carranca, boneco de vitalino, maracatu" para defender a empresa estatal.  

O debate na Alepe é organizado conjuntamente pelas Comissões de Justiça, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente. Além de Laura, participam deputados federais membros da Frente em Defesa da Chesf da Câmara,  como Danilo Cabral (PSB) e Luciana Santos (PCdoB), além dos que compõem frente estadual sobre o assunto, o deputado Lucas Ramos (PSB), e o senador Humberto Costa. 

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou nesta quinta-feira (14), ao participar da cerimônia de inauguração do navio André Rebouças, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), que a Petrobras sob a liderança da presidente Dilma Rousseff (PT) levará o país para “outro patamar” de desenvolvimento. 

Segundo ele, a petista foi uma das responsáveis pela decisão de reativar a produção da indústria naval no Brasil e, por isso, “abriu novas fronteiras” para a geração de emprego e renda em diversos estados. Fazendo com que “os nordestinos mostrassem que são capazes de fazer o Brasil crescer”.

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“Nós abrimos uma nova fronteira (na indústria naval) e uma delas é aqui em Pernambuco. Graças a essa decisão política pudemos voltar a gerar emprego e renda para os trabalhadores (...). Essa decisão transformou homens que cortavam canas em metalúrgicos”, frisou. 

“Políticas públicas constroem e fazem a diferença. A Petrobras é e será uma empresa estrategicamente importante e necessária. Com ela estamos vencendo desafios importantes e, cumprindo a orientação da vossa excelência (Dilma Rousseff), haveremos de levar o Brasil a novas conquistas”, acrescentou Braga. 

A segurança no abastecimento de energia elétrica pode ser ampliada, desde que o consumidor pague mais por isso, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo ele, o País tem uma folga de energia suficiente para atender à demanda, mesmo em momentos como o atual, em que os reservatórios das hidrelétricas estão baixos. Mas, se o desejo for ir além disso, a conta recairá sobre a sociedade.

"Se quisermos ter uma sobra de energia para garantir uma segurança ainda maior que a que temos hoje - e a que temos hoje é grande e sólida -, teremos de pagar por isso", disse Lobão. "Se 126 mil MW de capacidade instalada nos bastam hoje, uma segurança maior seria termos 130 mil MW, 150 mil MW, 200 mil MW. Quanto custaria isso? A quem? Ao consumidor. À sociedade brasileira."

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O ministro disse que o planejamento do governo para o setor elétrico segue as melhores práticas internacionais. "Ninguém faz melhor que o Brasil", afirmou. "Estamos sujeitos a pequenos incidentes? Estamos, como outros países também."

Apesar disso, Lobão reconheceu que há um risco mínimo de desabastecimento, caso a seca se prolongue. Na semana passada, Lobão havia dito que esse risco era "zero".

"Claro que há uma taxa mínima de risco, se as condições forem absolutamente adversas, se não vierem chuvas." Segundo ele, porém, o governo não espera que isso ocorra. "Se eu não estou contando com um quadro absolutamente adverso, tenho de entender que o risco praticamente não existe", disse Lobão.

O ministro não fez comentários sobre as causas dos apagões que atingiram o País nas últimas semanas. Assim como outros membros do governo, o ministro prefere utilizar os termos "acidente" ou "incidente" para ocasiões em que o fornecimento é interrompido.

Segundo o ministro, esses incidentes acontecem em todos os países. "Não é uma deficiência no sistema elétrico brasileiro", afirmou. "Nosso sistema é firme, sólido e robusto, mas eventualmente, diante de circunstâncias excepcionais, ele pode sofrer abalos."

O ministro comparou as queda no fornecimento de energia a acidentes aéreos. "O avião não foi feito para cair, mas ele sazonalmente cai. Mas não vai se dizer que todo ano tem de cair. Assim é o sistema elétrico brasileiro."

Rombo. Lobão afirmou que o governo ainda avalia a possibilidade de fazer novos aportes nos fundos setoriais que bancam o programa de desconto da conta de luz. Os recursos são necessários para que o custo da compra de energia no mercado de curto prazo e das usinas termoelétricas não seja repassado ao consumidor.

Segundo fontes do setor, essa conta deve chegar a R$ 10 bilhões este ano, o que significaria um reajuste de 10% na tarifa. O governo reservou R$ 9 bilhões do Orçamento para este fim. Ainda assim, o rombo entre receitas e despesas será de R$ 5,6 bilhões neste ano, o que representaria reajuste adicional de 4,6% na conta, segundo cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

No ano passado, o Tesouro aportou R$ 9,8 bilhões nos fundo setoriais para bancar os custos extras que as distribuidoras tiveram com a compra de energia.

A devolução desse dinheiro seria feita em até cinco anos, de forma parcelada, para diluir um reajuste de 10% na conta de luz. Mas o repasse não deve começar neste ano para não comprometer o desconto de 2013, uma das principais bandeiras políticas do governo Dilma Rousseff. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As entidades sindicais e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, se reúnem nesta quarta-feira, 17, para discutir a retomada das negociações do acordo coletivo 2013-2014 do grupo Eletrobras. "Essa reunião tem como objetivo abrir um canal de negociação", disse o diretor da Associação dos Empregados da Eletrobras, Emanuel Torres. Todas as empresas do Grupo Eletrobras estão em greve por tempo indeterminado desde a madrugada desta segunda-feira, 15.

As Federações Nacionais dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (Fenatema), ligada à Força Sindical, e dos Urbanitários (FNU), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), participarão do encontro. De acordo com Torres, em torno de 90% dos empregados do Sistema Eletrobras, cuja força de trabalho é composta por 28 mil funcionários, estão parados no momento.

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Ele afirmou que os funcionários da área operacional que trabalham desde esta segunda-feira devem ser rendidos ainda nesta terça-feira. "O turno de uma equipe é de oito horas. Se não há rendição, eles trabalham 24 horas ininterruptas. Essa condição começa a colocar em risco as pessoas", afirmou. As equipes de manutenção novamente não saíram a campo para realizar os serviços de rotina nos ativos de geração, transmissão e distribuição.

A greve acontece por conta do impasse nas negociações entre a administração da Eletrobras e as entidades sindicais. Enquanto a estatal federal propõe reajustar os salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre maio de 2012 e abril de 2013, o que significa um aumento de 6,49%, os sindicatos pleiteiam reajuste atrelado ao índice do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o que seria um aumento de 6,88%, mais 4,3 ponto porcentual relativo ao crescimento médio do consumo residencial nos últimos meses. "A Eletrobras nos ofereceu o reajuste pelo IPCA e disse que não poderia nos oferecer nada mais além disso", afirmou.

O deputado federal, Mendonça Filho (DEM), declarou que o esvaziamento da Companhia Hidro Eletrica do São Franscisco (Chesf) é um processo em curso no Governo Federal após a audiência desta quarta-feira (28) com o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. "A Chesf já perdeu autonomia. Um plano de enxugamento com demissão voluntária iria significar perda de pessoal qualificado, de excelência técnica e efetivar o esvaziamento", criticou Mendonça.

Durante a audiência, Zimmermann declarou que a renovação das concessões para o setor elétrico obedecerá regra única e que as empresas terão que passar por um processo de enxugamento de custos para se adequarem as exigências do governo. De acordo com Mendonça, o ministro não descartou um processo de demissão voluntária na Chesf.  

Para  desonerar o setor elétrico, Mendonça sugeriu ao ministro que o governo abra mão de impostos federais como os 9,5% do Pis/Cofins e contribuições sobre lucro. "Se é tão urgente desonerar o setor elétrico, porque não começar por aí, ao invés de sacrificar empresas com a importância da Chesf”, questionou.

Mendonça reforçou que o esvaziamento da Chesf significa perda no planejamento e nos projetos de engenharia no setor de energia, que sempre foram referência nacional. A mudança nas regras de concessão para empresas de energia vai impor à Chesf uma perda de R$ 7,3 bilhões em ativos não amortizados, investimentos feitos ao longo dos anos com hidrelétricas e linhas de transmissão. 

O parlamentar argumentou que o setor elétrico precisa de transparência, estabilidade e regras claras que não mudem de acordo com o humor dos governantes. "O país está pagando um preço alto pela falta dessas regras", disse Mendonça ao lembrar que a própria presidente Dilma (PT) chegou a afirmar, antes de ser eleita, que no Governo do PT não existiriam apagões no país. 

“A gestão petista do setor elétrico mostra exatamente o contrário. Os apagões  são frequentes e o setor, claramente, precisa de correção de rumo”, defendeu Mendonça.

Com a convocação requerida pelos deputados Mendonça Filho (Democratas/PE) e Vanderlei Macris (PSDB/SP) e aprovada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle no início de novembro, foi marcada uma reunião com o ministro interino de Minas e energia, Márcio Zimmermann. A audiência, que inicialmente estava marcada para o dia (21), foi transferida para às 10h desta quarta-feira (28) e busca esclarecimentos do governo federal para os apagões e o corte de fornecimento de energia elétrica em várias regiões do país.

As explicações devem ser dadas em duas audiências públicas em conjunto com quatro comissões da Câmara dos Deputados para explicar as falhas recorrentes no sistema de distribuição de energia elétrica. Márcio Zimmermann será questionado por deputados das comissões de Minas e Energia, Defesa do Consumidor, Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e Fiscalização Financeira e Controle.

A primeira se dará com o ministro de Minas e Energia e a segunda com representantes da Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da ANEEL, Grande Furnas, Eletrobrás e Chesf com data ainda a ser marcada. O debate com o ministro deve discutir problemas como os investimentos previstos para o setor elétrico até 2021. Segundo especialistas, os investimentos futuros estão comprometidos por causa das novas regras do setor para renovar as concessões.

“A decisão do governo significa transferência de recursos do Nordeste, uma região pobre, para a Eletrobrás diminuindo a capacidade de investimentos da Chesf e a própria sustentabilidade da Companhia”, criticou Mendonça. A mudança nas regras vai impor à Chesf uma perda de R$ 7,3 bilhões em ativos não amortizados, investimentos feitos ao longo dos anos como hidrelétricas e linhas de transmissão, que ainda não geraram a remuneração necessária para cobrir o custo de implantação.

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