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Crianças desnutridas no Malauí estão em grave risco devido ao pior pico de cólera no país africano, alertou a ONU nesta terça-feira (7), pedindo mais de US$ 50 milhões (cerca de R$ 259 milhões) para combater a doença.

Cerca de 4,8 milhões de crianças - uma em cada duas - precisam de ajuda alimentar, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Entre agora e o final de março, o estado de desnutrição de mais de 213.000 crianças menores de cinco anos vai piorar, e mais de 62.000 delas sofrerá de desnutrição aguda, disse Rudolf Schwenk, representante do Unicef no Malawi.

"Uma criança gravemente desnutrida corre 11 vezes mais risco de morrer de cólera do que uma criança bem alimentada. Um surto de cólera pode resultar em sentença de morte para milhares de crianças no Malauí", disse ele a repórteres em Genebra, em coletiva de imprensa online.

O Malauí vive a epidemia de cólera mais mortal de sua história, com 1.500 mortes, 197 delas de crianças, desde março de 2022. Mais de 50.000 pessoas, incluindo mais de 12.000 crianças, foram afetadas, segundo os últimos dados disponíveis.

Mas o Unicef, que forneceu remédios, água potável e informações sobre prevenção e tratamento do cólera, está ficando sem recursos e, por isso, pede doações no valor de 52,4 milhões de dólares.

"Para prevenir novas epidemias de cólera, temos que apoiar o país com investimentos significativos em infraestruturas sanitária, de água e saneamento", acrescentou Schwenk.

Sem avisar, a polícia dispersa com gás lacrimogêneo os retardatários em frente aos bares de uma favela da capital do Malauí para impor o toque de recolher. "E como faço para viver?", lança Yvonne, uma jovem prostituta.

Seu bordel está propositadamente localizado bem próximo a um dos bistrôs mais movimentados da zona 25, em Lilongwe. Desde o início das restrições decretadas pela Covid-19 e das batidas policiais diárias, os clientes vão embora às 20h.

"Meu trabalho começa ao anoitecer, quando todos se vão", lamenta a jovem de 25 anos com um vestido vermelho justo e dreads loiros para destacar sua tez clara em uma mesa, bebendo um refrigerante junto com uma amiga. Nesses tempos de crise, não pode pagar outra coisa.

País muito pobre, o Malauí foi até janeiro um dos últimos a não ter optado pelo confinamento para combater a pandemia.

Em abril de 2020, a Justiça proibiu as restrições para tentar salvar uma economia frágil, baseada principalmente no emprego informal. No início deste ano, porém, devido ao aumento das infecções, o presidente Lazarus Chakwera ordenou um toque de recolher noturno, limitou a venda de álcool e fechou as escolas por três semanas.

Segundo dados oficiais, o Malauí tem quase 33.000 casos de covid-19 e cerca de mil mortes, para 18 milhões de habitantes.

No mês passado, dezenas de profissionais do sexo foram às ruas para protestar contra as restrições sanitárias, que as privam de seu sustento.

"É injusto. Por causa das novas normas, não ganhamos dinheiro", acusam.

- "Pagar o colégio" -

"A prostituição é um trabalho de verdade. Pagamos nossas contas, nossos aluguéis, mandamos nossos filhos para a escola com esse dinheiro", explica à AFP Zinenani Majawa, do sindicato de profissionais do sexo.

De acordo com a organização, que milita para estender a abertura dos bares até meia-noite e nos finais de semana, o país tem mais de 20 mil prostitutas.

Neste pequeno Estado do sul da África, a lei pune o rufianismo (cafetinagem), mas não a prostituição.

Em Chipoka, uma cidade portuária que já foi próspera às margens do lago Malauí, Joyce Banda, de 58 anos, conta à AFP que passou por altos e baixos durante seus 33 anos como prostituta. Mas nada comparado aos problemas causados pela pandemia.

"Temos filhos para alimentar. Temos que nos lavar e lavar nossas roupas. Como vamos comprar sabão, se os bares fecham às 20 horas?", questiona angustiada.

"Onde vamos encontrar clientes?", pergunta Martha Mzumara, também prostituta.

Nem todos neste país conservador se compadecem.

"Eu as considero um pouco egoístas. Muitas empresas foram afetadas, várias fecharam. No Malauí, temos sorte de as grades estarem abertas", opina o juiz Madalitso Banda, da coalizão de defensores dos direitos humanos.

A Ordem dos Advogados do país, a Law Society, acredita que as regras são "justificadas" no contexto de uma pandemia global.

"Alguns direitos podem ser limitados para salvaguardar outros", afirma a diretora Martha Kaukonde.

Tradicionalmente consumidos como um lanche, eles foram transformados pela pandemia do coronavírus em um prato de resistência: os ratos se tornaram um ingrediente essencial na alimentação da população mais pobre do Malauí, ameaçada pela fome.

Ao longo dos 320 quilômetros de estrada que separam Blantyre e Lilongwe, as duas maiores cidades do país, dezenas de vendedores oferecem aos viajantes espetos de carne do roedor.

No meio do caminho, no distrito de Ntcheu (centro), Bernard Simeon virou um dos "chefs" informais. "Caçamos os ratos para viver. Nós usamos como complemento da dieta diária e vendemos aos viajantes para complementar a renda", explica o agricultor.

"Já era difícil antes do coronavírus, agora se tornou muito mais difícil", desabafa. Localizado na África austral, Malauí é considerado um dos países mais pobres do planeta. Mais da metade dos quase 18 milhões de habitantes sobrevivem abaixo da linha de pobreza.

Como no restante do continente, as medidas de saúde adotadas para frear a propagação de covid-19 - mais de 5.400 casos e quase 170 mortos no balanço oficial mais recente - afetaram a economia, amplamente informal e rural, e a população.

O Banco Mundial projeta uma queda de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Uma federação industrial local (ECAM) registrou a perda de 1.500 empregos por dia, em média, e calculou que o número acumulado pode alcançar 680.000 até o fim do ano.

O governo do ex-presidente Peter Mutharika, que perdeu a eleição de maio, havia prometido um programa de ajuda urgente aos mais pobres que nunca foi adotado. O sucessor, Lazarus Chakwera, ainda trabalha no próprio plano de subsídios.

A crise de saúde e econômica aumentou a insegurança alimentar de vários malauianos, obrigados a adotarem medidas alternativas para saciar a fome.

- Assado em espetos -

"Normalmente, contamos com meu marido e seu trabalho", afirma a esposa de Bernard Simeon, Yankho Chalera. "Mas quando os tempos são duros, temos os ratos porque não conseguimos comprar carne".

Assados no espeto e salgados, os ratos são tradicionalmente consumidos entre as refeições em localidades do centro do país.

"Quando era criança, nos ensinavam a caçar ratos a partir dos três anos", recorda o ex-deputado e músico de sucesso Lucius Banda. "No vilarejo, esta atividade não é considerada una obrigação, e sim um entretenimento, tanto para meninos como meninas", contou.

A variedade mais popular na região é cinza, de cauda curta, e conhecida entre os amantes da gastronomia pelo nome "kapuku".

"Continuo comendo (ratos), mais como recordação da infância do que outra coisa", explica Luciius Banda.

As autoridades de saúde recomendaram há alguns meses o consumo de rato, uma alternativa à carne que se tornou inacessível. "É uma fonte valiosa de proteínas", alega Sylvester Kathumba, nutricionista chefe do Ministério da Saúde.

E, como a epidemia afeta em especial "pessoas com baixa resistência imunológica, recomendamos uma dieta rica", explica o diretor de alimentação da secretaria de Saúde do distrito de Balaka, Francis Nthalika.

O interesse renovado nos pequenos roedores, que são alimentados com sementes, frutas ou ervas, provoca preocupação entre os defensores do meio ambiente, devido aos métodos utilizados na caça.

Para retirar os ratos de suas tocas, os caçadores costumam queimar a mata. "Ao fazer isso, os caçadores destroem o ecossistema", lamenta Duncan Maphwesesa, diretor da ONG Azitona Development Services, no distrito de Balaka.

"Entendemos que as pessoas pobres precisam viver", mas "não percebem que provocam um impacto no meio ambiente e que, assim, participam no aquecimento global", conclui.

Nesta semana, a cantora barbadiana Rihanna surpreendeu seus fãs ao ser fotografada ajudando na construção de um hospital no Malaui, país da África Oriental. Nas imagens que circulam na internet, a cantora aparece ajudando os trabalhadores locais a buscar areia e água com um balde sobre a cabeça.

No Twitter, os fãs elogiaram a ação da artista. Entre eles, um seguidor escreveu "se eu já gostava, agora amo", e outra disse "Rihanna é uma das artistas mais preciosas do mundo, falo com tranquilidade".

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Crédito da imagem: Reprodução - Twitter

Em 2018, Rihanna foi nomeada Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária de Barbados, seu país natal. A indicação ocorreu devido ao engajamento da cantora na promoção da educação, turismo e investimentos na região.

A primeira-ministra de Barbados, Mia Amor Mottley, afirmou em comunicado que a artista possui um profundo amor pelo país. "Isso se reflete em sua filantropia, especialmente nas áreas de saúde e educação. Ela também mostra seu patriotismo na forma como ela retribui a esta nação e continua a valorizar a ilha como sua casa", declarou.

A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, juntamente com duas instituições da Organização Nacional das Nações Unidas (ONU), liderou uma missão ao Malauí, na África Oriental, para orientar o país africano sobre a criação de sistemas de alimentação escolar.

As instituições discutiram também a importância da educação nutricional para a formação não só de alunos, como também de professores.

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“Essa iniciativa pode ter um impacto duradouro no Malauí porque o treinamento de professores em educação nutricional vai contribuir para transformar a percepção da população sobre a importância da nutrição”, explica o diretor-adjunto do Centro de Excelência contra a Fome da ONU, Peter Rodrigues.

Além de promover a capacitação dos professores, a parceria entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil e o Malauí terá iniciativas de hortas escolares, que fazem parte das atividades de educação nutricional. Ações de cultivo também estão contempladas pela política nacional do país africano.

Na última segunda-feira (10), a cantora Madonna exibiu o resultado das obras do Hospital Mercy James Center, no Malauí - Africa, que conta com a intervenção artística do grafiteiro Eduardo Kobra.  Os grafites estão enfeitando as salas dos pacientes com mais cores e traços fortes e traz a imagem de Nelson Mandela.

No Instagram, a artista destacou, “muito animada para a abertura do novo hospital pediátrico Mercy James na terça! Palavras sábias de Nelson Mandela e arte maravilhosa de Kobra!”, disse. O espaço que foi financiado por sua organização de caridade receberá o nome de um de seus quatro filhos adotados no país.

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A estrela americana da música pop Madonna estava no Malauí nesta terça-feira (11) para inaugurar uma ala pediátrica em um hospital, financiada por sua organização de caridade e que receberá o nome de um de seus quatro filhos adotados no país.

A unidade pediátrica Mercy James do hospital Queen Elizabeth de Blantyre, segunda maior cidade do Malauí, com capacidade para 50 leitos, foi construída em dois anos e inclui três salas de cirurgia.

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Esta é a primeira unidade especializada em pediatria no país.

Fontes do governo confirmaram que Madonna, de 58 anos, está em Blantyre para a cerimônia de inauguração desta terça-feira, que deve contar ainda com a presença do presidente Peter Mutharika.

No início do ano, a artista americana adotou duas gêmeas de quatro anos, Esther e Stella, de um orfanato de Mchinji, no centro-leste do país, perto da fronteira com Zâmbia.

Madonna já havia adotado um menino, David Banda, em 2006 no mesmo orfanato e três anos depois, também no Malauí, a menina, Mercy James, ambos de 11 anos.

Em 2006, a cantora criou a fundação Raising Malawi, que trabalha em particular com os órfãos do país africano e na construção de hospitais.

Ao menos cinco pessoas morreram no domingo (16) ao norte do Malauí no naufrágio de uma embarcação com excesso de passageiros a bordo, enquanto a busca por desaparecidos prosseguia nesta segunda-feira (17).

Victor Jamisi, porta-voz da polícia, confirmou a morte de cinco pessoas no naufrágio, provocado por "ventos violentos" na tarde de domingo.

A polícia informou que 54 pessoas foram resgatadas. As vítimas pertenciam a uma congregação protestante (CCAP) e retornavam de uma celebração de Páscoa.

A adoção de gêmeas pela estrela americana do pop Madonna no Malauí gerou críticas de várias organizações de caridade no país africano, onde a cantora já havia adotado uma menina, em 2006, e um menino, em 2009.

Na terça-feira, o tribunal de Lilongwe autorizou Madonna a adotar duas meninas gêmeas de quatro anos, Esther e Stella, de um orfanato de Mchinji, no centro-oeste do país, perto da fronteira com a Zâmbia.

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As duas crianças vivem no mesmo orfanato que David Banda, o menino que a cantora adotou em 2006. Após David, ela adotou em 2009 uma menina, Mercy James.

Em 2006, Madonna criou a fundação "Raising Malawi" e afirma ter entregue milhões de dólares para financiar orfanatos e outras instituições de proteção a órfãos no Malauí.

"Ela deveria ter uma abordagem diferente para ajudar as famílias pobres com crianças em vez de adotar", disse à AFP Maxwell Matewere, diretor da "Olhos para as crianças", uma instituição de caridade no Malauí.

"A maioria das famílias gostaria de criar seus próprios filhos em casa se tivessem apoio financeiro", acrescentou.

"Madonna dá a impressão de que no Malauí há um mercado de crianças pobres prontas para adoção", acrescentou Ken Mhango, diretor para o Malauí da Rede Africana para a Proteção e Prevenção do Abuso Infantil (ANPPCAN).

De acordo com a decisão do tribunal, Madonna se sentiu "obrigada" a adotar estes crianças. De acordo com a juíza Fiona Mwale, que concedeu a permissão, o trabalho de Madonna nos orfanatos a fez se sentir "obrigada a preencher o vazio na vida" das crianças e "abrir a elas sua casa".

Vida de luxo

Ela poderá dar a estas crianças uma "casa de luxo, espaçosa e confortável em um bairro rico" nos Estados Unidos, diz a decisão.

A magistrada acrescenta que, embora Madonna, de 58 anos, tenha "ultrapassado a idade considerada normal para ter filhos", ela passou com sucesso em um exame médico para provar a sua boa saúde.

As duas meninas foram colocadas em um orfanato após a morte de sua mãe logo após o parto. Seu pai saiu de casa para se casar novamente e sua avó não tinha lugar para elas.

O pai das gêmeas, identificado pelas iniciais A.M, concordou com a adoção das filhas, "renunciando permanentemente" a seus direitos parentais, sem compensação financeira.

A cantora, presente no tribunal na terça-feira cercada por uma escolta policial e guardas-costas, ainda não comentou estas novas adoções.

Mãe de quatro filhos, a cantora é vista pela imprensa como uma das maiores doadoras para projetos infantis nesse território africano. O Malauí é considerado pela ONU um dos 20 países menos desenvolvidos do planeta.

No final de janeiro, enquanto a justiça havia anunciado estudar um pedido de Madonna, a cantora negou qualquer projeto de adoção, assegurando que visitava o Malauí apenas para supervisionar sua fundação, que inclui um centro cirúrgico para crianças no Hospital Queen Elizabeth, em Blantyre, centro financeiro do país.

Após as adoções no Malauí em 2006 e 2009, suas frequentes estadias neste pequeno e pobre país da África austral geraram polêmica.

Em 2013, a então presidente Joyce Banda criticou seu comportamento arrogante perante as autoridades e o fato de exigir tratamento VIP e supervalorizar sua ajuda ao país.

Mas desde a saída da presidente Banda, em 2014, as relações da artista com o novo presidente, Peter Mutharika, melhoraram, com este último afirmando que seu governo seria "sempre grato por sua paixão pelo país".

A estrela americana do pop Madonna foi autorizada nesta terça-feira pela Justiça do Malauí a adotar gêmeos no país africano onde já adotou uma menina, em 2006, e um menino, em 2009.

"Posso confirmar que Madonna obteve o direito de adotar duas crianças", indicou à AFP Mlenga Mvula, porta-voz do tribunal de Lilongwe, informando que se trata de duas meninas gêmeas de quatro anos, Esther e Stella.

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Segundo Mvula, as duas crianças vivem no mesmo orfanato que David Banda, o menino que a cantora adotou em 2006, na cidade de Mchinji (centro-oeste).

Após David Banda, ela adotou em 2009 uma menina, Mercy James.

Madonna criou a fundação "Raising Malawi" em 2006 e afirma ter entregue milhões de dólares para financiar orfanatos e outras instituições de proteção a órfãos no Malauí.

Mãe de quatro filhos, a cantora é vista pela imprensa como uma das maiores doadoras para projetos infantis nesse território africano. O Malauí é considerado pela ONU um dos 20 países menos desenvolvidos do planeta.

No final de janeiro, enquanto a justiça havia anunciado estudar um pedido de Madonna, a cantora negou qualquer projeto de adoção, assegurando que visitava o Malauí apenas para supervisionar sua fundação, que inclui um centro cirúrgico para crianças no Hospital Queen Elizabeth, em Blantyre, centro financeiro do país.

Após as adoções no Malauí em 2006 e 2009, suas frequentes estadias neste pequeno e pobre país da África austral geraram polêmica.

Em 2013, a então presidente Joyce Banda criticou seu comportamento arrogante perante as autoridades e o fato de exigir tratamento VIP e supervalorizar sua ajuda ao país.

Mas desde a saída da presidente Banda em 2014, as relações da artista com o novo presidente Peter Mutharika melhoraram, com este último afirmando que seu governo seria "sempre grato por sua paixão pelo país".

Madonna deu ao seu show beneficente 'Tears of a clown' um tom fortemente político em Miami na segunda-feira (2). Ao falar sobre Trump e Britney, Madonna declarou já ter tido intimidade com ambos: 'Vocês lembram que eu beijei a Britney, certo? Adorei aquilo, cada segundo' e continuou 'Já estive na cama de Trump. Mas, calma, ele nem estava no quarto. Foi quando tirei fotos para uma campanha da Versace na casa dele, em Palm Beach, anos atrás. E os lençóis não eram 100% algodão egípcio', alfinetou. 

Em seguida, Madonna, estava vestida de palhaça, cantou a música 'Toxic', de Britney, que fazia aniversário no dia, enquanto exibia imagens de Trump junto de algumas de suas frases polêmicas como “Se Ivanka não fosse minha filha, eu provavelmente sairia com ela” e “Vou levantar uma muralha na fronteira com o México, e os mexicanos é que vão pagar por isso”. 

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A letra de 'Toxic' fala de uma dependência emocional e carnal de um homem “perigoso”, “tóxico”. Com esta atitude, Madonna ataca a figura do presidente eleito que, apesar de ser uma figura controversa, foi capaz de agradar parte considerável do eleitorado dos Estados Unidos. A diva pop ainda deixou evidente seu descontentamento em relação ao machismo da população americana: 'Espero ver uma mulher à frente da Casa Branca um dia'.

Confira o vídeo:

Polyanna Pinto mora no Maláui, na África, e está em busca de hospedagem no Rio durante a Olimpíada. Até aí nada diferente de milhares de turistas que tentam driblar os preços abusivos cobrados na cidade, ainda mais inflacionados no período olímpico. Mais do que amante dos esportes, entretanto, ela tenta acompanhar a filha de 18 anos, Ammara Pinto, que disputará os 50 m livres. As duas sofreram um baque em abril, com a morte do patriarca da família e maior incentivador da carreira da filha. Em busca do sonho olímpico, a atleta recorreu a um site de crowdfunding (financiamento coletivo).

A mãe conta que Ammara nada desde os 6 anos, faz parte da Confederação Africana de Natação Amadora e treina 12 jovens. O pai da atleta, Dean Pinto, presidia a Malawi Aquatic Union (MAU). Foi ele quem levou Ammara e a irmã Zahra - que esteve nos Jogos de Pequim, em 2008 - para o esporte. Pinto morreu há quatro meses dos Jogos, de malária, deixando um vácuo no suporte psicológico e financeiro à nadadora.

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Classificada para a Rio-2016 pelo critério da universalidade - garante aos 206 membros do Comitê Olímpico Internacional o direito de escolher uma vaga masculina e uma feminina nos esportes da natação e atletismo -, Ammara recorreu à internet para patrocinar sua preparação. Foi a irmã Zahra quem criou uma página no site Go Fund Me e levantou recursos para custear os treinos em um centro de alta performance na África do Sul. Desde 22 de junho foram arrecadados US$ 2.350 (R$ 7.600) com a participação de 59 colaboradores.

A meta de Ammara é bater seu próprio tempo na modalidade (registra 30s20, enquanto o recorde da prova é de 23s73) e encontrar um patrocinador disposto a apostar em seu talento e treiná-la para buscar um índice olímpico que a classifique para a Olimpíada de 2020, em Tóquio. No site, a nadadora conta um pouco de sua história nas piscinas. Invicta em competições em seu país nos últimos quatro anos, ela quebrou recordes e é considerada a nadadora mais rápida do Malauí.

"Minha família e eu fomos abatidas pela tragédia da morte de meu pai. Ele era meu herói, meu mentor e motivador. Sem ele, essa experiência (de participar dos Jogos) se tornou extremamente difícil", escreveu na página "Olympics for Ammara Pinto".

No último dia 5, ela fez uma postagem de agradecimento no site. "Estou treinando na África do Sul duas vezes por dia em piscina aquecida: às 6h30 e às 17h. Meus treinadores são incríveis e estão fazendo um ótimo trabalho."

O Malauí participou de oito Olimpíadas, mas nunca ganhou medalhas. O boxeador Peter Ayesu registra o melhor resultado, ao ser semifinalista no peso pena em Los Angeles-84.

O cantor é um assassino, o baixista, um ex-ladrão e, junto com outros presidiários, eles integram a "Zomba Prison Project", uma banda muito particular formada em uma prisão do Malaui que surpreendeu ao obter uma indicação ao Grammy 2016.

"Ainda não estamos acreditando. Não pensávamos que um grupo de prisioneiros pudesse ser indicado" ao prêmio mais importante da indústria fonográfica americana, explica o baixista Stefano Nyerenda, de 34 anos, que cumpre pena de 10 anos por roubo.

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O cantor Elias Chimenya foi condenado por assassinato e as letras das músicas são escritas por Thomas Binamo, um guarda prisional.

O primeiro disco do grupo, "I have no everything here" (Aqui não tenho tudo) foi lançado em janeiro do ano passado e foi indicado ao prêmio de melhor álbum do ano na categoria World Music.

"Quando ouvi a notícia, pensei: 'mas o que é um Grammy?'", lembra o encarregado dos prisioneiros do Malaui, Little Dinizulu Mtengano. Em seguida, correu para a prisão de alta segurança de Zomba, no sul do país, para dar a notícia aos detentos.

Os membros do grupo ficaram surpresos. "Estou muito feliz, é bom para o ânimo dos prisioneiros", explica Dinizulu Mtengano à AFP.

O impulsionador do projeto é um produtor americano Ian Brennan. Em 2013, passou duas semanas nesta prisão, trabalhando com 60 detidos e guardas para, ao final, selecionar 16 músicos para compor o álbum.

O resultado é um disco com 20 canções, a maioria em chewa, principal idioma local, gravados dentro da prisão em um estúdio improvisado situado ao lado de uma carpintaria barulhenta.

Algumas das músicas foram inspiradas na própria vida dos prisioneiros, com títulos como "I kill no more" (Eu não mato mais) e "Prison of Sinners" (Prisão de pecadores).

"A música me ajuda a relaxar e a aceitar a situação", afirma Elias Chimenya, de 46 anos, autor e intérprete de "Jealous Neighbour" (Vizinho ciumento).

"Espero que não morram na prisão", afirma este prisioneiro, condenado à prisão perpétua por um assassinato que cometeu nos anos 1980. "Eu gostaria de sair e começar uma carreira musical", desabafa de sua cela nesta prisão superlotada, onde vivem quatro mil detidos, apesar da capacidade para apenas 300.

Baldes para fazer música

A prisão já contava com um grupo de músicos formado apenas por homens. Mas o álbum indicado ao Grammy inclui também mulheres, que diante da falta de instrumentos usam o que têm em mãos, como baldes e tubos.

"Quando os prisioneiros chegam aqui não sabem nada" de música, explica Thomas Binamo, o guarda que também escreveu as letras de algumas canções.

"Ensinamos a cantar, a tocar o teclado, a percussão e a guitarra até que se tornem músicos; a música pode aliviá-los", assegura.

O produtor Ian Brennan, que trabalhou em muitas prisões dos Estados Unidos, disse estar surpreso porque em Zomba "não há limites estritos entre detidos e guardas".

Também repudia as críticas pela voz dada aos criminosos. "Alguns detidos foram declarados inocentes e logo liberados. Mas alguns que trabalham no álbum estão aqui para o resto de suas vidas", explica.

Os músicos detentos receberam uma pequena quantia para gravar o álbum e dividem o lucro das vendas.

"A indicação ao Grammy é motivadora e nos tornou conhecidos no Malaui e lá fora", comemora Thomas Binamo, autor da letra de "Please, don't kill my child" (Por favor, não mate meu filho).

"Levar o prêmio seria a cereja do bolo", afirma, enquanto os membros da banda, com seus uniformes brancos da prisão, ensaiam uma nova canção em um estúdio iluminado com uma única lâmpada.

Agora será preciso esperar até 15 de fevereiro para conhecer o veredicto dos Grammy em Los Angeles, uma cerimônia na qual os presos não poderão assistir, mas que talvez conte com a presença de alguns outros membros do grupo em liberdade.

O governo do Malauí criticou duramente a cantora Madonna por desejar ser tratada como uma estrela em sua viagem recente ao país africano. Pela primeira vez, Madonna não teve acesso à área VIP do aeroporto da capital do Malauí, Lilongwe, e teve que passar pela área destinada aos turistas.

O governo do Malauí divulgou um comunicado de quatro páginas no qual considera "estranho e deprimente" comprovar que a estrela americana deseje que o país africano se veja obrigado "para sempre a expressar sua gratidão" porque ela adotou dois filhos malauianos. "A bondade, em seu conceito comum, é gratuita e anônima. Se não pode ser gratuita e silenciosa, não é bondade, é outra coisa, se parece com chantagem".

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A cantora viajou na semana passada ao Malauí, um dos países mais pobres da África, com os quatro filhos, dois deles adotados no país, para visitar várias escolas construídas por sua iniciativa. "Madonna é como qualquer outro visitante do país", afirma o comunicado.

O governo também criticou duramente os projetos da cantora no país e exigiu que ela seja "decente e diga a verdade". "Que proclame aos quatro ventos que mandou construir escolas no Malauí, quando de fato apenas contribuiu para construir várias salas, não é com compatível com as maneiras de alguém que merece ser recebido oficialmente".

Madonna abandonou há dois anos um projeto de construção de um colégio para meninas, calculado em 15 milhões de dólares, alegando que construiria escolas que receberiam mais crianças. De acordo com Trevor Neilson, que administra os projetos da cantora, as escolas já estão abertas e são centros de ensino regularizados. "Vamos continuar financiando programas de ajuda às crianças do Malauí", disse Neilson, que chamou Madonna de "filantropo mais importante" do país africano.

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