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Líderes árabes pediram neste sábado que a Organização das Nações Unidas (ONU) adote ações fortes para conter a violência na Síria. Eles temem que a revolta no país possa se transformar em uma guerra civil, em meio ao fracasso do plano do enviado especial Kofi Annan.

O próprio enviado da ONU alertou contra uma guerra sectária no país, afirmando que o presidente sírio, Bashar al-Assad, é essencial para a resolução do conflito. Em uma reunião na capital do Qatar, Annan disse que a possibilidade de uma guerra civil com uma preocupante dimensão sectária cresce a cada dia.

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"A situação está complicada e é preciso que todos os envolvidos no conflito ajam com responsabilidade se querem interromper a violência. Mas a principal responsabilidade é do governo sírio e do presidente Assad", comentou Annan.

Mais cedo, o comitê ministerial da Liga Árabe pediu que Annan estabeleça um cronograma para seu plano. "Nós pedimos que Annan estabeleça um cronograma para sua missão, porque é inaceitável que os massacres e o banho de sangue continuem enquanto a missão segue indefinidamente", disse o primeiro-ministro do Qatar, o xeque Hamad bin Jassim al-Thani.

"Nós exigimos que o Conselho de Segurança da ONU remeta o plano de Annan ao Capítulo VII, para que a comunidade internacional possa assumir a responsabilidade", acrescentou al-Thani, se referindo às resoluções previstas pela organização em casos de ameaça contra a paz, que incluem o uso de força militar.

O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, também disse que pediu ao Conselho de Segurança ações fortes para proteger os civis na Síria, mas não levantou a questão de uma intervenção militar.

Quase 300 observadores da ONU estão na Síria desde o início de um acordo de cessar-fogo costurado por Annan, em abril, que é parte de um plano de seis fases, o qual determina também que o Exército se retire de determinadas cidades.

"Eu disse a Assad que ele precisa agir imediatamente para implementar todos os pontos do plano, além de adotar ações ousadas e visíveis para mudar radicalmente sua postura militar e honrar os compromissos para retirar armas pesas e interromper a violência", disse Annan.

Hoje, os governos dos Estados Unidos e da Rússia concordaram com a necessidade de trabalharem juntos para tentar interromper a onda de violência na Síria. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, telefonou para o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov. "A mensagem dela foi que de é preciso começar a trabalhar junto para ajudar os sírios com a estratégia de transição política", disse um representante do governo dos EUA sobre a conversas dos dois. As informações são da Dow Jones.

O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, sinalizou neste domingo que está mediando a disputa diplomática entre Arábia Saudita e Egito, citando a questão como uma "fase".

Riad, neste sábado, convocou seu embaixador no Cairo, depois de protestos fora da embaixada saudita, sobre a prisão de um advogado egípcio de defesa dos direitos humanos.

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A agência de notícias saudita SPA disse que a embaixada no Cairo, bem como consulados da Arábia Saudita nas cidades de Alexandria e Suez estavam fechados.

Arabi disse, em comunicado, que está em contato com os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita e do Egito, respectivamente, príncipe Saud al-Faisal e Mohammed Kamel Amr. As informações são da Dow Jones.

A China e os países árabes concordaram nesta terça-feira com a necessidade de encontrar uma "solução política" para o conflito sírio, disse o enviado chinês Zhang Ming no Cairo, após se reunir com funcionários da Liga Árabe. "Todos nós reconhecemos que existe uma grande convergência entre a China e os países árabes para uma solução política que resolva a crise na Síria", disse Zhang após o encontro com representantes da Liga de 22 países, informa a agência France Presse (AFP).

Sob pressões dos países ocidentais, após ter bloqueado ao lado da Rússia por duas vezes resoluções que condenavam o governo sírio no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a China anunciou neste mês um plano de seis pontos para a Síria, pedindo um fim imediato à violência. O plano pede a abertura imediata de um diálogo entre o governo e a oposição e rechaça a interferência estrangeira "para a mudança de regime" na Síria.

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As informações são da Dow Jones.

Os Estados Unidos estão analisando como uma força internacional de paz poderia operar na Síria, disse no final da tarde desta segunda-feira o secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney. Segundo ele, tal força poderia ser administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) ou pela Liga Árabe. O governo sírio rejeita totalmente a possibilidade de que uma força militar internacional de paz entre em seu território. Carney não disse nada a respeito de um envolvimento dos EUA nessa força.

As informações são da Associated Press.

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O chefe sudanês da missão de observação da Liga Árabe para a Síria, Mohammed Ahmed Mustafa al-Dabi, renunciou ao cargo neste domingo, horas antes do encontro de ministros das relações exteriores para avaliar a proposta do envio de uma nova missão ao país, incluindo monitores das Nações Unidas. O grupo, reunido no Cairo, também avalia a proposta de expulsar embaixadores sírios de capitais árabes.

A Liga Árabe tem encabeçado os esforços regionais para encerrar os 11 meses de rebelião contra o regime do presidente Bashar Assad. Um plano foi posto em andamento em dezembro, com o qual Assad havia concordado, e um grupo de observadores foi enviado à Síria para checar se o regime estava cumprindo com o prometido. Mas no mês passado, quando ficou claro que o regime de Assad desrespeitava os termos do acordo e que as agressões contra os manifestantes continuavam, a Liga Árabe retirou a missão de observação do país.

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Autoridades da Liga disseram ainda que o grupo vai pedir aos grupos de oposição na Síria que eliminem diferenças e se unam sob um só guarda-chuvas, para aumentar a pressão contra o regime. A Liga avalia a possibilidade a reativar a missão de observação, expandindo-a para incluir monitores de países não-árabes, de nações muçulmanas e as Nações Unidas. Mas é provável que os sírios não aceitem uma nova missão.

Os ministros das Relações Exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo - Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e Bahrein - também propõem a expulsão de embaixadores sírios de todas as nações da Liga Árabe. Os ministros querem ainda que as nações árabes retirem seus embaixadores de Damasco. As informações são da Associated Press.

A Liga Árabe pretende retomar sua controvertida missão de observadores na Síria, disse na noite desta quarta-feira o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon. Ban afirmou na sede da ONU que o secretário-geral da Liga, Nabil Al-Arabi, o informou por telefone sobre o plano para reviver a missão e pediu que ela seja conjunta entre a Liga Árabe e a ONU.

As informações são da Dow Jones.

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A Liga Árabe suspendeu a sua missão de observação na Síria neste sábado, em razão da crescente violência no país, informou o subchefe do organismo, general Ahmed Ben Heli. Ele afirmou que centenas de observadores que ainda permanecem em território sírio interromperam suas atividades e permaneciam no hotel em Damasco, capital do país, aguardando novos avisos.

A missão de monitoramento da Liga Árabe está no país para verificar se o regime do presidente Bashar Assad estava se comprometendo com o plano de acabar com a violência e abrir o diálogo com a oposição.

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Segundo grupos de oposição, cerca de 80 pessoas foram mortas no país nos últimos três dias. Neste sábado, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-Araby, e o primeiro-ministro do Catar, Hamad bin Jassim al-Thani, viajaram para Nova York para pedir o apoio das Organizações das Nações Unidas (ONU) a um plano para colocar um fim nos conflitos na Síria. As informações são da Associated Press.

O Marrocos apresentou, na noite desta sexta-feira, um rascunho de resolução ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a violência política na Síria e realizar uma transição política pacífica no país, com a renúncia do presidente Bashar Assad.

O projeto de resolução, com forte apoio dos países europeus e árabes, pede ao Conselho de Segurança que apoie o plano da Liga Árabe para que Assad renuncie e ocorra uma transição pacífica de poderes. A proposta de resolução deverá ser debatida durante dias no CS da ONU e existe a chance de que seja vetada pela Rússia e a China. A Rússia disse que não apoiará qualquer resolução que peça a renúncia de Assad.

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"Acredito que finalmente temos a chance de abrir um novo capítulo na Síria", disse o embaixador da Alemanha na ONU, Peter Wittig. "Nós queremos apenas transformar os pedidos dos países árabes em um pedido do Conselho de Segurança", disse o embaixador francês na ONU, Gerard Araud. Nos últimos dois dias, a violência entre desertores e tropas do regime autocrático de Bashar Assad deixou mais de 70 mortos na Síria, principalmente em Homs e em Damasco, numa escalada das hostilidades.

As informações são da Dow Jones.

A missão de observadores da Liga Árabe na Síria foi prorrogada por mais um mês, afirmaram hoje autoridades da organização de 22 membros. A decisão foi tomada durante um encontro de ministros árabes de relações exteriores no Cairo, onde resolveram acrescentar mais membros à missão e fornecer mais recursos. As autoridades, que falaram em condição de anonimidade porque não têm autorização de conversar com a imprensa, disseram que as Nações Unidas vão treinar os observadores.

A decisão era amplamente esperada, depois que a missão, tecnicamente problemática, expirou na quinta-feira. Muitos participantes do movimento de oposição da Síria reclamam que os observadores da Liga Árabe não foram capazes de conter o derramamento de sangue no país durante os dez meses de repressão violenta por parte do governo. As informações são da Associated Press.

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O Ministério de Relações Exteriores da Síria disse nesta terça-feira que seu país "rejeita absolutamente" qualquer plano para o envio de tropas árabes para o país, apesar do aumento do número de mortos durante os dez meses de violentos conflitos.

O líder do Catar, xeque Hamad bin Khalifa Al Thani, disse no domingo que tropas árabes poderiam ser enviadas para a Síria para encerrar a violência. Essas foram as primeiras declarações de um líder árabe pedindo o envio de tropas para o território sírio.

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"A Síria rejeita as declarações de autoridades do Catar sobre o envio de tropas árabes para piorar a crise...e abrir caminho para a intervenção estrangeira", diz o documento.

O Catar, que já teve relações próximas com Damasco, tem sido um duro crítico da repressão de Assad. O governo do Catar retirou seu embaixador da Síria para protestar contra os assassinatos. Desde o início da Primavera Árabe, mais de um ano atrás, o Catar tem tido um papel agressivo, elevando sua influência na região.

"O povo sírio rejeita qualquer intervenção estrangeira em seus assuntos, sob qualquer nome, e vai enfrentar qualquer tentativa de violação da soberania da Síria e da integridade de seus territórios", disse o ministério de Relações Exteriores em comunicado.

O governo afirma que terroristas estão por trás do levante - e não pessoas que querem reformas - e que gangues armadas estão agindo em nome de uma conspiração estrangeira para desestabilizar o país.

"Seria lamentável que o sangue árabe caísse no território sírio para servir a interesses conhecidos", diz o comunicado, sem maiores explicações.

O documento da chancelaria pede que a Liga Árabe interrompa o que chamou de "campanha de mobilização na mídia" e que a organização "ajude a impedir a infiltração de terroristas e a entrada de armas" em território sírio.

A agência de notícias estatal Sana disse nesta terça-feira que um "grupo terrorista armado" lançou granadas propelidas por foguete contra um posto de verificação do exército na noite de segunda-feira, matando seis militares, a cerca de 9 quilômetros de Damasco.

Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 400 pessoas foram mortas nas últimas três semanas, número que se soma aos mais de 5 mil mortos desde março. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, advertiu nesta sexta-feira que a Síria pode estar se encaminhando para uma guerra civil. Também nesta sexta-feira, forças de segurança sírias fizeram mais disparos contra milhares de pessoas que foram para as ruas em apoio aos militares desertores que mudaram de lado para tentar derrubar o presidente Bashar Assad.

Durante os 10 meses de levante, a maior parte da violência teve origem em atos das forças de segurança que atiraram contra manifestantes desarmados. Mas nos últimos meses soldados desertores têm atacado integrantes do Exército sírio e alguns membros da oposição pegaram em armas contra o regime, aumentando ainda mais a violência.

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Mas Assad parece manter um firme controle do poder, apesar da crescente pressão internacional para que interrompa a repressão e deixe o cargo. Elaraby disse à Associated Press que o regime de Assad não está cumprindo ou está cumprindo parcialmente o plano da Liga Árabe assinado no mês passado para encerrar a repressão.

"Estamos muito preocupados porque há certos compromissos que não foram cumpridos", disse ele, no Cairo, onde fica a sede da Liga. "Se isso continuar a acontecer, pode virar uma guerra civil."A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 5 mil pessoas foram mortas desde o início do levante, em março. As informações são da Associated Press.

Um comitê consultivo da Liga Árabe pediu a retirada imediata de uma missão de observação da Síria, dizendo que a violenta repressão aos protestos da população continua apesar da presença de monitores no país. O porta-voz do Parlamento Árabe, Salem al-Diqbassi, solicitou que o presidente da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, "imediatamente retire os observadores árabes, considerando o prosseguimento das mortes de civis inocentes pelo regime sírio".

As ações do governo de Damasco são "uma clara violação do protocolo da Liga Árabe, que deve proteger a população síria", disse Diqbassi em um comunicado. "Nós estamos vendo um aumento na violência, mais pessoas sendo mortas, incluindo crianças, (...) e tudo isso com a presença de monitores da Liga Árabe, o que está enfurecendo a população árabe", acrescentou.

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O Parlamento Árabe é um comitê consultivo de 88 membros formado por parlamentares de cada país integrante da Liga. Os comentários de Diqbassi foram feitos enquanto a Liga Árabe se prepara para enviar uma nova equipe para a Síria na terça-feira. "Cerca de mais 20 observadores se dirigirão para Damasco a partir da Arábia Saudita, Bahrein e Tunísia", afirmou Adnan al-Khodeir, diretor de operações da Liga.

Uma primeira equipe de 50 monitores chegou à Síria na segunda-feira, como parte de um plano árabe endossado pela Síria em 2 de novembro que exige a saída do exército do governo de cidades e distritos residenciais, a suspensão da violência contra civis e a libertação de pessoas detidas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que mais de 5 mil pessoas foram mortas durante a repressão do governo às manifestações contra o regime do presidente Bashar al-Assad, que insiste que a violência tem sido instigada por "gangues terroristas armadas" com ajuda estrangeira. As informações são da Dow Jones.

Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas da província síria de Idlib, noroeste do país, e em outros 74 locais após as orações desta sexta-feira (30), informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres.

São os maiores protestos dos últimos meses no país. Há informações de que as forças de segurança mataram pelo menos 22 pessoas em confrontos ocorridos em todo o país, apesar da presença de um grupo de monitoramento da Liga Árabe. Segundo o Observatório e outro grupo de defesa dos direitos humanos, os Comitês de Coordenação Local, as pessoas foram mortas em manifestações nas províncias de Idlib, Deraa e Hama, bem como em Douma, subúrbio de Damasco.

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Rami Abdul-Raham, que preside o Observatório, disse que as maiores concentrações ocorreram nas províncias de Idlib e Hama, locais onde mais de 250 mil pessoas foram para as ruas. Grandes grupos também se reuniram na província de Deraa e no subúrbio de Douma, nas proximidades de Damasco.

Tanto os números de mortos quanto de manifestantes foram fornecidos pelos grupos locais de defesa dos direitos humanos. Não foi possível confirmá-los de maneira independente.

A presença do comitê de monitoramento da Liga Árabe parece ter dado energia aos manifestantes, que protestaram também em áreas anteriormente calmas. Os ativistas dizem que a grande participação popular prova a decisão do povo em desafiar o governo do presidente Bashar Assad.

Para os ativistas, o povo quer mostrar a contínua e abrangente divergência contra o presidente aos 100 membros do grupo que viajam pela Síria para averiguar se Assad está implementando o prometido cessar-fogo.

A missão da Liga Árabe na Síria tem sido bastante criticada. Ainda assim, a presença dos cerca de 100 observadores é importante, disse o ativista Haytham Manna, que vive em Paris. "Quer gostemos ou não, a presença dos observadores tem um efeito psicológico importante porque encoraja as pessoas a promoverem protestos pacíficos contra o regime", ele disse. A permissão para que ocorram protestos pacíficos é um dos pontos do acordo firmado entre o governo de Assad e a Liga Árabe.

Os observadores começaram a missão na terça-feira na província de Homs, onde tiraram fotos de casas e locais destruídos, visitaram famílias de vítimas da violência e fizeram anotações. Depois, eles se espalharam em pequenos grupos para outras províncias.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A missão de monitoramento da Liga Árabe enviada à Síria é alvo de críticas de opositores e de outros governos por causa da escolha do chefe do grupo. Há informações de que forças de seguranças sírias abriram fogo nesta quinta-feira contra dezenas de milhares de manifestantes que estavam do lado de fora de uma mesquita num subúrbio de Damasco, perto de um prédio municipal que era visitado por membros da Liga Árabe, em missão de monitoramento. Segundo ativistas, pelo menos quatro pessoas foram mortas.

Rami Abdul-Rahman, líder do Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, disse que cerca de 20 mil pessoas protestaram do lado de fora da Grande Mesquita, no subúrbio de Douma, quando as tropas abriram fogo. Alguns monitores da Liga Árabe visitavam um prédio municipal perto da mesquita, disse ele.

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De acordo com o Observatório, 16 pessoas foram atingidas por disparos das forças de segurança e mortas até o momento nesta quinta-feira, a maioria em subúrbios de Damasco. Já os Comitês de Coordenação Locais, outro grupo ativista, disseram que 28 pessoas foram mortas. A diferença dos dados divulgados não pôde ser verificada porque a Síria proíbe jornalistas estrangeiros e restringe a atuação da mídia local.

Líderes opositores pediram que a Liga Árabe remova o líder sudanês da missão de monitoramento, pois ele foi a principal autoridade do "regime opressivo" do presidente Omar al-Bashir, que é alvo de um mandado de prisão internacional por genocídio em Darfur.

O presidente da missão, tenente-general Mohamed Ahmed Mustafa al-Dabi, é leal a al-Bashir e já serviu como chefe da inteligência militar sudanesa.

Segundo a Anistia Internacional, sob o comando de al-Dabi, a inteligência militar no início dos anos 1990 "foi responsável por prisões e detenções arbitrárias, desaparecimentos, tortura e outros maus-tratos de várias pessoas no Sudão".

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, exigiu "acesso sem obstáculos" para os observadores da Liga Árabe a todos os pontos da Síria. Isso inclui não apenas cidades como Homs, mas "também a possibilidade de falar livremente com representantes da oposição, da sociedade civil e com prisioneiros do regime", diz um comunicado do Ministério.

Westerwelle "espera uma ampla abordagem da missão de observação e uma imagem clara e sem rodeios da situação". As informações são da Associated Press.

Uma missão com 50 observadores da Liga Árabe (que reúne 23 nações) está na Síria para acompanhar um acordo que pretende encerrar a onda de violência no país. A comissão se reúne hoje (27) com representantes do governo de Homs. Na cidade, 34 pessoas foram mortas durante choques entre manifestantes contrários ao governo e forças de segurança apenas ontem (26).

Homs tem sido um dos principais focos de resistência dos militantes que exigem a saída do presidente sírio, Bashar Al Assad. Desde março, ele é alvo de protestos e reações populares. Os choques entre ativistas e forças do governo mataram mais de 4 mil pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

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Assad é acusado de promover ações que levaram a uma série de violações de direitos humanos, como assassinatos, torturas, prisões políticas, inclusive de crianças e adolescentes. Nos últimos meses, a Liga Árabe assumiu a intermediação das negociações. Mas só ontem a comissão de observadores conseguiu seguir viagem rumo à Síria.

O Brasil, por sua vez, acompanha as negociações e apoia as iniciativas da Liga Árabe. Em pouco mais de duas semanas, o embaixador Cesário Melantonio Neto assumirá a função de emissário especial do Brasil para o Oriente Médio, junto a Turquia e o Irã. Pela frente, o diplomata, com mais de 40 anos de profissão, prevê ainda um longo período de tensão na região, aliado às articulações para evitar o agravamento da violência.

De acordo com o embaixador, o desafio do Brasil é manter a posição não intervencionista e a defesa do diálogo como alternativa de negociação. Nos últimos dias, ainda como embaixador brasileiro no Cairo, Melantonio Neto esteve às voltas com as eleições parlamentares no Egito e as negociações para encerrar o impasse na Síria.

A Liga Árabe aprovou em uma reunião realizada hoje no Cairo um pacote de sanções contra a Síria, a fim de pressionar o presidente Bashar al-Assad a acabar com a violenta repressão ao levante popular.

O primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Hamad bin Jassim al-Thani, disse que 19 dos 22 países membros da Liga Árabe votaram para proibir as autoridades proeminentes do regime de Assad "de viajar para nações árabes", bem como para congelar suas contas bancárias nestes países.

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Os integrantes do bloco deixarão de lidar com o Banco Central da Síria e suspenderão o comércio com o governo de Damasco, exceto de itens alimentícios, segundo ele. Foi solicitado ainda que os bancos centrais árabes monitorem as transferências para a Síria, exceto as remessas de sírios que moram no exterior para as suas famílias.

O Iraque se absteve da votação e se recusou a implementar as ações aprovadas neste domingo, enquanto o Líbano "se desvinculou da decisão", de acordo com o premiê.

A Liga estabeleceu sexta-feira como prazo para Damasco aceitar uma missão de observadores, parte de um acordo de reforma com o qual a Síria havia concordado anteriormente.

A Síria protestou contra a decisão da Liga Árabe de suspendê-la do órgão e o nível das sanções impostas contra o regime de Assad. A violência que toma o país, contudo, não mostrou sinais de arrefecimento, com as forças de segurança matando pelo menos 11 pessoas, seis na região central de Homs, segundo ativistas. As informações são da Dow Jones.

A Liga Árabe deve votar neste domingo um pacote de sanções contra a Síria, que incluem a suspensão da cooperação com o banco central sírio e a interrupção dos voos para o país. A votação acontecerá no Cairo.

Se o grupo de 22 países for em frente com as sanções, será um grande golpe para o regime de Bashar al-Assad, que se considera uma potência do nacionalismo árabe. A Síria enfrenta crescente pressão internacional para encerrar a repressão do levante popular contra Assad, que teria matado mais de 3.500 pessoas, segundo a ONU.

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A União Europeia e os Estados Unidos impuseram várias rodadas de sanções contra o regime, incluindo a proibição das importações de petróleo da Síria. O jornal estatal Al-Thawra trouxe na primeira página da edição deste domingo uma manchete dizendo que a Liga Árabe pede "sanções comerciais e econômicas contra o povo sírio". A publicação acrescentou que a medida "sem precedentes contraria as regras da cooperação árabe".

Não está claro se as sanções terão sucesso em pressionar a Síria para acabar com a violência que custou a vida de dúzias de sírios, semana após semana. Muitos temem que o país esteja à beira de uma guerra civil. Neste domingo, ativistas relataram ferozes confrontos entre soldados e desertores do exército na cidade de Homs, área central da Síria. Ainda assim, Iraque e Líbano já expressaram reservas sobre as sanções recomendadas pela Liga Árabe. A Síria é um ponto geográfico e político de importância no coração do Oriente Médio e faz divisa com cinco nações.

A Síria vem enfrentando dias de violência, apesar do prazo final estabelecido pela Liga Árabe para o fim da repressão aos manifestantes contrários ao governo do presidente Bashar Al Assad. Se os confrontos não terminarem até a meia-noite de hoje (19), horário local (20h em Brasília), a Liga Árabe ameaça apresentar sanções contra a Síria, que já foi suspensa da organização.

Uma fonte diplomática síria disse que Damasco aceitaria o envio de observadores para monitorar um acordo de paz, mas sob certas condições. A liderança da Liga Árabe informou que está analisando a proposta enviada pelo governo Assad.

Grupos de oposição continuam céticos em relação à atitude das autoridades e temem uma guerra civil. Segundo ativistas, pelo menos 11 pessoas morreram em confrontos na sexta-feira.

A Liga Árabe confirmou nesta quarta-feira a suspensão da Síria na organização e deu ao governo do presidente Bashar Assad três dias para que interrompa a repressão e receba uma missão observadora da entidade. Se rejeitar a determinação, o governo sírio poderá enfrentar sanções econômicas dos outros países árabes.

A suspensão - anunciada sábado e confirmada hoje - é uma medida incomum na Liga para um país com o perfil político da Síria na entidade e no mundo árabe.

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As informações são da Associated Press.

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