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A vereadora do Recife e pré-candidata a deputada federal Liana Cirne Lins (PT), protocolou uma notícia crime no Supremo Tribunal Federal, contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo delito de incitação do crime de terrorismo, nesta quinta-feira (14). Durante coletiva de imprensa, a professora de direito da UFPE deixou claro que a motivação da denúncia foi o assassinato do petista Marcelo Arruda, cometido pelo bolsonorista Jorge Garanho. Segundo ela, a declaração feita por Bolsonaro dizendo "meus eleitores sabem o que fazer", influenciou diretamente na atitude criminosa do seu apoiador.

"Nós entendemos e é fundamentado juridicamente que o presidente Jair Bolsonaro deve responder pelo crime de terrorismo nos termos do artigo segundo da lei antiterrorismo. Isso porque a incitação ao crime configura ato preparatório, e na lei antiterrorismo nós temos uma exceção penal. De um modo geral, atos preparatórios não são puníveis mas, na lei antiterrorismo, os atos preparatórios são passíveis de punição. Isso porque o maior propósito da lei antiterrorismo é justamente prevenir que o ato terrorista aconteça", enfatizou a vereadora.

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No evento, após explicar sobre a lei Lei n. 13.260/2016 e o  art. 287 CP, que trata da apologia ao crime, Liana questionou Bolsonaro sobre qual foi sua intenção ao publicar aquela manifestação. "Nós pedimos que o presidente preste esclarecimentos, preste informações sobre o teor da sua manifestação do dia sete julho, ou seja, a de que os seus apoiadores sabiam o que fazer. Ao que ele estava se referindo? O que ele quer dizer quando afirma que não se trata de uma invasão como aconteceu no capitólio. Mas saber fazer antes das eleições. Então, o que especificamente ele quis dizer?".

A pré-candidata também acrescentou que a declarações feita por Bolsonaro durante seu governo, contra feministas, antiracistas, ativistas ambientais, entre outros, declaram a descriminação contra pessoas ou grupos que tenham qualquer divergência política contra o presidente. "Nós achamos que o crime de terrorismo tem intenção de fazer a população entrar em pânico e ter medo de participar de atos políticos. E isso é um direito democrático e fundamental de qualquer cidadão previsto no artigo quinto da constituição federal", enfatizou.

Por fim, Liana espera que, após a denúncia, o STF encaminhe o caso para o procurador geral da república, para que o presidente se manifeste.

Nesta terça (1), o deputado estadual Joel da Harpa (PP) lançou uma nota em que defende a atuação dos policiais militares na repressão a um protesto a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, realizado no último domingo (30), no Centro do Recife. A ação, que deixou feridos transeuntes, manifestantes e até a vereadora do Recife Liana Cirne Lins (PT), não foi autorizada pelo governador Paulo Câmara (PSB). 

No texto, Joel da Harpa alega que o policial que disparou o spray de pimenta no rosto da parlamentar estava tentando protegê-la, pois ela poderia se ferir, devido à sua proximidade com a viatura. "Se observarmos os vídeos, o policial, na verdade, salvou a vida dela e evitou uma tragédia pois a mesma estava colada na viatura, a qual estava em movimento", escreveu o deputado, sem apresentar qualquer prova para confirmar sua versão dos fatos.

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Em um vídeo publicado nas redes sociais de Liana Cirne, é possível assistir ao momento em que ela se aproxima da janela da viatura, na tentativa de dialogar com os policiais. Um deles, então, dispara o spray de pimenta diretamente no rosto da vereadora, que cai no chão e é socorrida por assessoras. Depois do incidente, Liana precisou ser socorrida para a UPA de Torrões, na zona oeste da capital pernambucana.

A conduta dos policiais está sendo investigada pela Secretaria de Defesa Social (SDS). "Na tarde de ontem estivemos nas duas unidades operacionais para conversar com a categoria e colocar toda a nossa equipe à disposição. O que ouvimos confirma nossa opinião de que a tropa estava cumprindo sua missão e, mais uma vez, está sendo injustiçada", coloca a nota do parlamentar.

No posicionamento oficial, ainda é dito que os manifestantes “atearam fogo em pneus, jogaram pedras contra os policiais o que resultou na necessidade de uma ação mais dura com o uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes". Não há registros ou imagens que comprovem a afirmação. A ação da polícia também deixou dois homens, que não participavam da manifestação, cegos. Eles foram alvejados no rosto por tiros de balas de borracha.

Na tarde deste domingo (29), de segundo turno da eleição municipal do Recife, a vereadora eleita Liana Cirne Lins (PT) acusou o prefeiturável João Campos (PSB) de compra de votos.  Na publicação postada em seu Twitter, a petista afirmou ainda que o candidato da situação é um “natimorto da política”.

“É chocante o que aconteceu em Recife, hoje. O PSB colocou pessoas COMPRANDO VOTOS em quase todos os colégios eleitorais. Não demos conta da quantidade de denúncias. Nunca vi uma eleição tão podre quanto esta, de 1989 até hoje. @JoaoCampos é um natimorto da política. Podre”, comentou Liana.

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A Secretaria de Defesa Social (SDS) registrou 13 ocorrências por crime eleitoral no Recife, a exemplo de carreatas e boca de urna. Os envolvidos fizeram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e responderão em liberdade. 

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