Tópicos | Lenha na fogueira

A Coligação Pernambuco Vai Mais Longe, comandada pelo candidato a governador Armando Monteiro (PTB), rebateu, por meio de nota, às críticas feitas pelo ex-governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), feitas no último sábado (12), durante a inauguração do QG socialista. No texto enviado à imprensa, a chapa afirma que Campos não tem encontrado "o eixo" do discurso dele e tem se tornado "ambíguo, agressivo e contraditório".

Para os partidos liderados por Armando, a "nova política" tão frisada pelo socialista não passa de "uma farsa", já que ele tem presente no palanque às "velhas raposas". O texto também acusa a Frente Popular de Pernambuco de usar "abusivamente" a máquina pública e pede respeito à população pernambucana.

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No sábado, durante o ato de inauguração, Campos alfinetou os adversários locais afirmando que o governo de Pernambuco “não é uma brincadeira de filho de rico. É para quem tem coragem para enfrentar a corrupção, a velha política".

O ex-governador Eduardo Campos não está encontrando o eixo do discurso, tanto no plano nacional, como no local.

No nacional, no afã de colocar-se no jogo, tem exercitado um discurso ambíguo, agressivo e contraditório. Bate em Dilma, poupa Lula, esforça-se para agradar ao setor produtivo, resvala para propostas demagógicas e populistas, pouco responsáveis do ponto de vista fiscal, brada contra as velhas raposas, e tenta desconstruir a imagem do Governo Dilma, do qual participou até ontem, chegando a investir de forma deselegante contra adversários até no plano pessoal.

No plano regional, ao lado de todas as velhas raposas da política de Pernambuco, que estão em seu palanque, tenta impor um candidato aos pernambucanos sem lastro político, cuja escolha foi orientada de forma unipessoal, apenas por critérios de subordinação e obediência cega.   

Para tentar salvar esta candidatura, que não tem tido aderência na população, recorre agora a velhos preconceitos, reeditando fórmulas gastas, tentando atingir figuras que há pouco tempo endossava publicamente, com juízos de reconhecimento à sua trajetória, idoneidade e competência.

Como resultado de tudo isto, a "farsa" da nova política não vem encontrando ressonância. Sua candidatura presidencial definha, dada à escassez de apoios e baixíssimos índices nas pesquisas.

Em Pernambuco, em que pese o abusivo uso das máquinas, a utilização de métodos nada republicanos, de ameaças e intimidações dirigidas às lideranças em todas as regiões do estado, o seu ex-auxiliar, afilhado e contraparente, não decola. 

Temos certeza de que no próximo dia 05 de outubro Pernambuco, fiel à sua história, vai pronunciar-se de forma independente, repudiando o familismo e a tentativa de manutenção do poder a qualquer custo. 

É preciso respeito ao povo de Pernambuco.

Coligação Pernambuco Vai Mais Longe: PTB, PT, PDT, PRB, PSC e PTdoB

Apontada pelos ativistas como a "herdeira legítima" que "honra a herança política" do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, a vereadora Marília Arraes (PSB) abraçou a causa do Movimento Ocupe Estelita. A foto da parlamentar foi divulgada há pouco na página da ONG Direitos Urbanos. 

Alguns ativistas comentaram a postagem assegurando ser "oportunismo político" da vereadora aderir ao movimento e apontam as "brigas de família" como o motivo da adesão. Outros louvam o gesto e afirmam que "toda ajuda é bem-vinda".

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"Está certa, Marília! Estamos todos evoluindo e participando de uma construção que é Coletiva! Quem se considera um agente político inteiramente formado desde o berço não tá com nada. A formação se dá na relação com a realidade", disse Renato Pataquá em um dos comentários. "O apoio dela é interessante, mas vamos tratá-lo de maneira sóbria. Essa moça não tá honrando herança política nenhuma. Está é peitando o primo dela. Eles estão num cacete danado há algum tempo", rebateu Igor Gomes, fazendo menção ao ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB).

O clima dentro do PSB e entre Campos e Marília não é dos melhores, desde que ela denunciou uma possível influência e falta de diálogo dentro da legenda. A prima de Eduardo Campos abriu mão da candidatura à deputada federal porque o PSB não disponibilizou bases eleitorais para possibilitar a eleição dela.

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