Durante um evento da Ericsson em São Paulo nesta quarta-feira (21), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que brasileiros irão poder comprar smartphones baratos já no próximo mês. As reduções de preços estão relacionadas a Lei do Bem, que segundo o ministro será aprovada em breve.
A lei deveria ter sido regulamentada em outubro, porém mesmo com o atrás, o ministro afirmou que há garantias de que a mesma será despachada antes do final do ano.
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Segundo Bernardo, a Positivo teria anunciado o lançamento dos primeiros smartphones a R$ 220. Valor 10% superior ao preço sugerido pelo governo.
"Existe demora. Nesta questão dos smartphones temos que fazer um trabalho de convencimento na parte fiscal, algo que não é fácil. Mas, com certeza, vai sair. Estamos a ponto de resolver isso", afirmou o ministro.
Paulo Bernardo também reforçou o fato de que o governo deixará de arrecadar R$ 500 milhões por ano pela Lei do Bem, e R$ 6 bilhões na desoneração da construção de redes, no período em que a redução fiscal estiver em vigor.
Desoneração
Segundo o ministro das Comunicações, a Lei do Bem cortará cerca de 9,25% de tributos das empresas que já estão instaladas no Brasil. Já as novas empresas poderão se beneficiar com a redução de cerca de 15% do IPI. O objetivo do governo é baratear custos de produção e de venda.
"Na verdade, este será um benefício para o consumidor. Na hora de vender que eles deixarão de colocar os impostos. Acho que vai melhorar bastante os preços por aqui", finalizou.
130 milhões de smartphones
Paulo Bernardo também se mostrou otimista em relação ao futuro do mercado móvel no país. Segundo o ministro, o Brasil terá 130 milhões de smartphones em 2014, graças a novos investimentos em rede no território nacional.
Atualmente, cerca de 16% dos brasileiros possuem um telefone inteligente.
O presidente da Ericsson para a América Latina, Sérgio Quiroga, declarou que a previsão da companhia é que o tráfego em aparelhos móveis irá dobrar anualmente até 2018. Segundo Quiroga, a previsão é de que o país tenha mais de 6,6 bilhões de assinaturas móveis no mundo.
"A infraestrutura no Brasil está em condições complicadas, mas estamos com sinal verda para desonerar impostas na construção das redes. Precisamos de de criatividade para conseguirmos realizar tudo o que queremos, já que o país é grande e tem diversidade geográfica. Quase 60% dos território nacional, por exemplo, fica em regiões de difícil acesso", comentou o ministro.