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O presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer comentários sobre o processo sucessório na Argentina neste domingo (18) dizendo que o "retorno da turma do Foro de São Paulo na Argentina" está deixando o país cada vez mais populista e parecido com a Venezuela.

Segundo o presidente brasileiro, se a chapa liderada por Alberto Fernández e que conta com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice vencer, "o povo saca, em massa, seu dinheiro dos bancos".

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A manifestação, ocorrida por meio de sua conta no Twitter, também teve um complemento bíblico: "Provérbios 28:19: Quem lavra sua terra terá comida com fartura, quem persegue fantasias se fartará de miséria".

Pouco tempo após Bolsonaro postar o comentário em seu perfil no Twitter, um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), compartilhou o post com a seguinte afirmação: "Nós que estamos aqui de fora olhando o que está acontecendo com a Argentina nem acreditamos. Mas ainda creio que a Argentina não naufragará em outubro", disse o deputado.

No dia 11, o atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi derrotado nas eleições primárias com mais de 15 pontos de vantagem obtidos pelo candidato peronista Alberto Fernández, que tem como companheira de chapa a ex-presidente Cristina Kirchner. As eleições prévias na Argentina servem para definir chapas presidenciais e eliminar candidatos com menos de 1,5% dos votos. A eleição está programada para ocorrer em 27 de outubro.

Desde a divulgação dos resultados, Bolsonaro tem feito comentários frequentes sobre a Argentina, atacando o candidato kirchnerista. Ainda hoje, em breve pronunciamento, em solenidade na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, voltou a falar no processo sucessório do país vizinho. "Pedimos a Deus que a Argentina saiba proceder através do povo para não retroceder", disse.

Em entrevista aos dois principais jornais argentinos, o Clarín e o La Nación, Fernández não respondeu diretamente ao presidente brasileiro, mas deixou um recado nas entrelinhas.

"Bolsonaro começou um debate em que eu caí, e eu nunca deveria ter caído. Porque me incomoda o jeito e a arrogância com que ele fala, entre outras coisas. Mas a verdade é que o Brasil é muito mais importante que o Bolsonaro", disse Fernández ao Clarín.

"A verdade é que eu não quero falar sobre Bolsonaro nem sobre Trump. Donald Trump é um presidente do primeiro poder do mundo. Você tem de se dar bem com esse poder, tem de ter um relacionamento maduro. Bolsonaro e Trump foram os presidentes que os brasileiros e os americanos escolheram, ponto final. Não tenho mais nada a dizer sobre isso, tenho de lidar com eles. E de uma maneira que defenda os interesses da Argentina."

Já em uma tentativa de aliviar as tensões com Bolsonaro, o candidato kirchnerista buscou tranquilizar o presidente brasileiro em relação às políticas econômicas de sua eventual administração. "Para mim, o Mercosul é um lugar central. E o Brasil é o nosso principal parceiro e vai continuar a ser. Se Bolsonaro pensa que vou fechar a economia, que fique tranquilo, porque não vou. É uma discussão tonta", declarou.

Apesar de dizer que não se opõe ao Mercosul, Fernández ponderou que acordos comerciais devem considerar os interesses nacionais. "Meu problema não é que a economia se abra. Meu problema é que essa abertura cause danos aos argentinos", afirmou o candidato à presidência argentina.

Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, advertiu que o Brasil sairá do Mercosul se Fernández chegar ao poder e quiser fechar a economia do bloco.

A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pré-candidata ao Senado, obteve vitória nas eleições primárias do país na província de Buenos Aires, em uma votação apertada contra Esteban Bullrich, candidato do presidente Mauricio Macri. As informações são da agência oficial de notícias Telam.

Kirchner ganhou por 20.324 votos, com 33,95%, diferença de 0,21% ante Bullrich. A eleição oficial para o Senado ocorre no dia 22 de outubro e determinará se a ex-presidente será líder da oposição.

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Segundo a Telam, tanto Kirchner quanto o lado de Macri consideraram o resultado uma vitória. Por um lado, ela ganhou, mas, para a situação, o fato de ter sido uma vitória apertada aumenta as chances de Bullrich passar à frente.

Em carta enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, o petista classifica o processo de impeachment de Dilma Rousseff como "inconstitucional" e fala que a situação é uma "conspiração" para partidos derrotados assumirem o poder. Ele ainda acusa o PSDB de pedir o cancelamento do registro do PT na Justiça para impedi-lo de ser candidato a presidente em 2018. A carta, escrita em espanhol e assinada por Lula com data de 26 de agosto, tem seis páginas e foi publicada por Cristina nessa segunda, 29, em seu site.

No documento, Lula afirma que o processo de impeachment é inconstitucional e completamente arbitrário contra Dilma. Para o petista, a situação é fruto de uma conspiração de partidos derrotados nas últimas eleições com grandes grupos midiáticos e se configura contra as regras democráticas. O petista acusa "as forças conservadoras" de impedir a continuidade de programas sociais do PT.

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"No lugar de assumir a decisão soberana do eleitorado, voltando ao seu trabalho de oposição e se preparando para disputar a próxima eleição presidencial, como sempre havia feito o PT nas eleições que perdeu, os partidos derrotados e os grandes grupos midiáticos se rebelaram contra as próprias regras do regime democrático, começando a sabotar o governo e a conspirar para apoderar-se do poder por meios ilegítimos", diz o texto.

Segundo a carta, os responsáveis pela tentativa de afastar Dilma do poder atacaram o governo, que se esforçava para redefinir a política econômica em 2015, e ainda criaram um "beco sem saída" político e institucional.

O ex-presidente da República repete os argumentos da defesa de Dilma que não há crime de responsabilidade nos atos que ela é acusada e que os procedimentos contábeis contidos na denúncia são idênticos aos adotados por "todos os governos anteriores" e pelo próprio presidente interino Michel Temer nas ocasiões em que substituiu Dilma na Presidência.

Lula aponta ainda que o PSDB, ao apresentar formalmente uma proposta de cancelar o registro do PT, teme que ele possa ser eleito em 2018. "Temem que, em 2018, em eleições livres, o povo brasileiro possa eleger-me presidente da República, para resgatar o projeto democrático e popular."

O ex-presidente fala que a corrupção foi combatida no governo do PT e que denúncias contra "partidos conservadores" são sistematicamente silenciadas e arquivadas. Ele escreve que juízes, fiscais e policiais são obrigados a cumprir a lei, assim como todas as pessoas, e ninguém pode ser publicamente condenado antes da conclusão do devido processo legal. "E menos ainda por meio da fuga deliberada de informações praticada pelas próprias autoridades com fins políticos", complementa Lula.

O petista diz, na carta, que não teme nenhuma investigação e que são "inadmissíveis" a divulgação de conversas telefônicas feitas por ele e o uso das delações premiadas contra ele a troco da liberdade de presos.

Comentando a carta, Cristina Kirchner afirmou em seu site que "qualquer coincidência com o que aconteceu e está acontecendo em nosso país (a Argentina) não é casualidade". Ela acusa que há uma estratégia "dura e pura" na América Latina contra os governos nacionais, populares e democráticos e seus líderes políticos.

Cristina evocou ainda uma mensagem publicada pelo presidente da Bolívia, Evo Morares, na internet. Na segunda-feira, 29, Morales dirigiu-se à Dilma como "irmã" e escreveu em sua conta oficial no Twitter que, com o processo de impeachment no Brasil, "pretendem conter a rebelião de seu povo e expulsar os pobres, negros e mulheres do poder".

O boliviano afirmou ainda que os golpes de Estado atualmente são parlamentares, judiciais e midiáticos. "Aos ex-presidentes de direito, favorecem com um manto de impunidade. Aos presidentes de esquerda, perseguição judicial e punição."

No sábado, 27, outro latino já havia se manifestado defendendo Dilma Rousseff. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o processo de impeachment é uma "ofensa imperialista contra todos os movimentos progressistas, contra a presidente Dilma Rousseff".

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner comentou pela primeira vez na noite desta quinta-feira, 16, a prisão do ex-secretário de Obras de seus dois governos, José López, flagrado quanto tentava esconder em um convento US$ 8,9 milhões em bolsas de madrugada. "Alguém deu o dinheiro que José López tinha em seu poder. E não fui eu", escreveu em sua conta no Facebook.

Tão logo o ex-funcionário foi detido na quinta-feira, kirchneristas reagiram ao escândalo com uma tática de criticar López e desvinculá-lo de seu chefe, Julio de Vido, ex-ministro do Planejamento, e da própria Cristina. O kirchnerista levado a uma prisão a 50 quilômetros de Buenos Aires esteve no primeiro escalão dos governos de Néstor (2003-2007) e Cristina (2007-2015). Em algumas das transmissões em cadeia nacional que chegaram a ocorrer uma vez por semana na reta final de Cristina, López apareceu fazendo anúncios de inaugurações dialogando com a ex-presidente.

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Em sua carta na rede social, Cristina se desvincula do escândalo e responde a militantes kirchneristas, em especial intelectuais que exigem uma explicação sobre a origem do dinheiro. Ela disse se dirigir aos que "estão profundamente doloridos como se alguém tivesse lhes dado um soco no estômago". Acrescentou que palavras como repudiar, rejeitar ou condenar não eram suficientes. "Quero saber quem são, além de López (secretário de Obras Públicas durante a minha gestão), os responsáveis pelo que ocorreu". Ela afirmou que o dinheiro partiu da iniciativa privada.

Sua manifestação foi rebatida pelos principais denunciantes do período kirchnerista. "Ela não pode dizer que quer saber quem pagava, como se ele não tivesse nada a ver com ela", criticou a deputada a ex-ministra da Saúde kirchnerista Graciela Ocaña, que rompeu com Cristina em 2009, ao canal TN.

A Justiça prendeu há dois meses o empresário da construção Lázaro Báez, que chegou a ganhar 80% das licitações na Província de Santa Cruz, berço político dos Kirchners. Ele é investigado em causas de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito que envolvem os hotéis da família de Cristina. José López era o funcionário kirchnerista que ditava o ritmo das obras públicas e tinha influência sobre regiões beneficiadas. Há expectativa sobre as revelações que ambos poderiam fazer em caso de delações premiadas contra altos funcionários do período kirchnerista, mas nenhum dos dois deu sinais de que possa fazê-las. (Rodrigo Cavalheiro)

O juiz federal Daniel Rafecas, que indeferiu nesta quinta-feira (26) a denúncia contra a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por supostamente acobertar um grupo de terroristas iranianos, afirmou que não há evidência de que ela tenha cometido qualquer crime.

O juiz disse que "não estão dadas as mínimas condições para iniciar uma investigação penal" a partir da denúncia apresentada pelo promotor Alberto Nisman em 14 de janeiro, informou o Centro de Informação Judicial.

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Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro, quatro dias depois de acusar a presidente, o chanceler Héctor Timerman, um deputado governista, um dos supostos espiões e dirigentes sociais próximos ao governo de terem participado de um plano para "garantir a impunidade" dos oito iranianos acusados do ataque a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994, que provocou a morte de 85 pessoas.

A morte de Nisman, que é investigada pela polícia, gerou uma crise política e institucional no país. A denúncia de Nisman havia sido levada adiante dias atrás pelo promotor Gerardo Pollicita, que apresentou novamente acusação ao entender que havia suspeitas fundadas para investigar a presidente e havia pedido ao juiz que avaliasse uma série de provas para avançar na investigação.

Porém, segundo Rafecas, nenhuma das hipóteses defendidas por Pollicita "se sustentam minimamente". A decisão do juiz pode ser apelada por Pollicita ante o fiscal da Câmara Federal, Germán Moldes. Fonte: Associated Press.

Forçada por novas evidências que surgiram das investigações, a presidente Cristina Kirchner afirma agora estar "convencida" de que o promotor Alberto Nisman foi assassinado. "Não tenho provas, mas tampouco tenho dúvidas", escreveu Cristina em seu perfil no Facebook na quinta-feira (22), poucos dias depois de também usar a rede social para sustentar a primeira versão sobre o caso, a de que Nisman teria se matado.

De acordo com o jornal argentino Clarin, a presidente, mantém a postura de defesa quanto ao caso que Nisman investigava, um suposto acobertamento de Cristina a iranianos autores do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994. Nisman foi encontrado morto horas antes de uma audiência no Congresso, onde daria detalhes sobre a denúncia que tinha apresentado.

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"O usaram vivo, depois necessitavam dele morto. Triste e terrível", escreve a presidente em seu texto. "A verdadeira operação era a morte do promotor depois de apresentada a denúncia contra a presidente." (Marcelo Osakabe - marcelo.osakabe@estadao.com)

O promotor federal argentino Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira (19), no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires, no bairro de Puerto Madero, segundo informaram as agências EFE, AFP e Reuters. De acordo com a Reuters, o corpo fora baleado.

Na última quarta-feira (14), Nisman denunciou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o chanceler Héctor Timerman por negociar um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos", referindo-se aos acusados do ataque terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 18 de julho de 1994.

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O promotor, encarregado do caso Amia, solicitou abertura de inquérito contra a presidente e o chanceler. Ele iria apresentar os detalhes da denúncia ao Congresso argentino nesta segunda-feira. Nisman acreditava que a Casa Rosada estimulou a impunidade dos acusados por motivos econômicos. Em troca da obtenção de acordos comerciais com o Irã, especialmente para as exportações de carne e oleaginosas, a Argentina - que desde 2004 enfrenta crise energética - receberia petróleo iraniano.

"A presidente e seu chanceler tomaram a criminosa decisão de fabricar a inocência do Irã para saciar interesses da República da Argentina", escreveu Nisman em documento enviado à Associated Press. O promotor argumenta que a cúpula do governo Kirchner negociou e organizou com Teerã "um sofisticado plano" para acobertar participantes do atentado.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi ameaçada pelo Estado Islâmico. Segundo texto publicado ontem no site do governo argentino, após o encontro com o Papa Francisco a presidente foi questionada por jornalistas sobre as ameaças recebidas pelo representante da Igreja Católica, e respondeu que ela mesmo recebeu algumas ameaças.

"Dias atrás dois comissários, um da Polícia Federal da Argentina e outro da polícia de Buenos Aires, fizeram uma denúncia por ameaças contra minha pessoa", disse, segundo o texto publicado no site do governo. Ela acrescentou que a ameaça do Estado Islâmico tem como origem a amizade com o Papa Francisco e o seu posicionamento para a existência de dois Estados: um da Palestina e outro de Israel.

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No entanto, Kirchner minimizou o ocorrido e disse que, se temesse ameaças, deveria viver debaixo da cama, assim como o Papa.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está sendo tratada por dores nos quadris. Cristina foi levada ontem ao Hospital Austral, nos arredores de Buenos Aires, depois sentir dores lombares e também no nervo ciático, informou hoje a assessoria de imprensa da presidente.

A presidente de 60 anos de idade foi submetida a exames e os médicos constataram uma inflamação na extremidade do fêmur e nas articulações dos quadris. Cristina passará por acompanhamento médico periódico para observar o andamento do quadro.

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Cristina regressou a Buenos Aires na quarta-feira. Ela estava em Havana, onde participou da reunião de cúpula da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac).

A saúde da presidente argentina tem sido motivo de preocupação nos últimos meses. Ela foi submetida em outubro à drenagem de um coágulo no crânio e voltou ao trabalho em 18 de novembro, mas vem mantendo uma agenda mais tranquila que o convencional por ordens médicas. Fonte: Associated Press.

A presidente Cristina Kirchner, por intermédio da agência estatal de notícias "Télam", anunciou nesta quinta-feira que não será candidata a nenhum cargo eletivo em 2015, ano em que termina seu segundo mandato presidencial.

Desta forma, a presidente Cristina desmentiu o deputado Carlos Kunkel, um dos representantes da ala definida "ultrakirchnerista" (o setor mais radical dentro do kirchnerismo), que horas antes havia declarado que "em 2015 Cristina Kirchner fará política e será candidata a alguma coisa".

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"O que acontece é que o Carlos (Kunkel) gosta muito de mim", explicou a presidente Cristina, que também afirmou, em terceira pessoa, que "não existe possibilidade alguma de 'Cristina 2015' para cargo eletivo nenhum".

Kunkel conhece o casal Kirchner desde que eram jovens estudantes de direito na Universidade de La Plata. Na época, era chefe de Néstor e Cristina no movimento estudantil peronista. Quatro décadas depois, é um de seus mais fiéis parlamentares.

Sucessão - Cristina foi eleita presidente em 2007, sucedendo seu marido, Néstor Kirchner (1950-2010), e reeleita em 2011. A Constituição argentina proíbe duas reeleições presidenciais consecutivas. Portanto, caso pretenda ocupar novamente o palácio presidencial da Casa Rosada, terá que esperar até as eleições de 2019.

Kunkel e a deputada Diana Conti tentaram emplacar entre o fim de 2011 e meados deste ano o plano denominado "Cristina Eterna", com o qual pretendiam implementar uma reforma da Constituição para permitir reeleições indefinidas. No entanto, o plano teve de ser arquivado, já que nas eleições parlamentares de outubro passado o governo conseguiu manter apenas uma leve maioria no Congresso Nacional. Para fazer uma reforma da Carta Magna, são necessários dois terços do Parlamento.

O vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, vai assumir a presidência do país durante o mês de repouso que a presidente Cristina Kirchner será obrigada a submeter-se por recomendação médica. Durante um exame cardiovascular de rotina, realizado neste sábado, 05, os médicos detectaram que Cristina tem um hematoma subdural crônico decorrentes de um traumatismo craniano.

Sem oferecer maiores detalhes, o porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro, informou que a presidente caiu e bateu a cabeça no dia 12 de agosto, um dia após as eleições primárias que apontaram uma derrota importante para o governo no pleito do dia 27 de outubro próximo. As próximas eleições parlamentares vão renovar metade da Câmara e um terço do Senado e a Casa Rosada pretendia obter maioria qualificada capaz de propor uma reforma constitucional para permitir que Cristina concorra a um terceiro mandato em 2015.

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Nenhum funcionário do governo informou sobre as circunstâncias em que ocorreu o tombo da presidente e o golpe na cabeça. O porta-voz detalhou apenas que, no dia da queda, os médicos realizaram uma tomografia, mas o resultado foi "normal". Scoccimarro também disse que nos dias posteriores, Cristina "não apresentou sintomas".

Este será o maior período de afastamento da presidente, desde seu primeiro mandato, em 2007. Boudou chegou a ocupar a presidência durante 21 dias em janeiro de 2012, quando a presidente foi submetida a uma cirurgia para extração da tireoide. Cristina havia sido diagnosticada erroneamente com um câncer na tireoide, na última semana de dezembro.

A saúde da presidente Cristina Kirchner e de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, sempre foi uma questão polêmica na Argentina, devido à falta de informações oficiais sobre o assunto. Ontem, por exemplo, a presidente permaneceu no hospital cardiológico durante mais de oito horas, mas a confirmação oficial sobre a internação só foi dada à noite.

De acordo com nota lida pelo porta-voz, a presidente foi à Fundação Favaloro para realizar um exame cardiovascular em razão de uma arritmia e, por apresentar cefaleia, foi solicitada uma avaliação neurológica do Instituto de Neurociência. Desde que assumiu o governo, Cristina sofreu várias crises de lipotimia e quedas abruptas da pressão, que a levaram cancelar viagens oficiais e diferentes compromissos.

Em abril passado, ela suspendeu a agenda durante vários dias porque estava rouca. Em dezembro de 2012, Cristina cancelou a ida ao Vietnã e os médicos recomendaram evitar as viagens longas. Em outubro do mesmo ano, ela sofreu outra queda de pressão que a obrigou a ficar de repouso por 48 horas. Em discurso, a própria presidente reconheceu que sofre de hipotensão crônica. Agora, Cristina terá que manter repouso até o dia 5 de novembro.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ficará um mês afastada do governo devido a complicações decorrentes de um traumatismo craniano, informou o seu porta-voz. A decisão foi tomada após recomendação médica.

Kirchner foi diagnosticada com um hematoma subdural crônico durante um exame cardiovascular de rotina neste sábado, informou, em comunicado, o porta-voz presidencial Alfredo Scoccimarro. Segundo ele, a presidente sofreu o trauma na cabeça no dia 12 de agosto.

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Ainda não foi confirmado se o vice-presidente, Amado Boudou, assumirá funções de presidente durante o que pode ser a maior licença de Kirchner desde que ela assumiu o cargo, em 2007. Boudou chegou a ocupar a presidência por cerca de três semanas em dezembro de 2011, após Kirchner passar por uma cirurgia para remover um tumor benigno na glândula da tireoide.

A licença de Cristina Kirchner coincide com a reta final da campanha das eleições parlamentares, marcadas para o dia 27 de outubro. De acordo com analistas, seu partido, o Frente pela Vitória (FPV), pode perder o controle do Senado, mas provavelmente irá manter uma pequena maioria na Câmara. A eleição é vista ainda com um teste-chave para aqueles que têm aspirações para concorrer à presidência em 2015. Kirchner não pode buscar um terceiro mandato consecutivo. Fonte: Dow Jones Newswires.

A economia da Argentina está melhor que a do Canadá e da Austrália, na opinião da presidente Cristina Kirchner. Durante solenidade em Rio Gallegos, na Patagônia, nesta quarta-feira (21), Cristina comparou a economia dos três países e disse que a Argentina tem melhor desempenho. Fiel ao seu estilo provocativo, Cristina disse que escolheu Austrália e Canadá para comparar porque os países latino-americanos sempre "têm uma coisinha assim... como que não estão na onda, não são tão cool".

Ela destacou que a economia argentina cresceu 5,1% no primeiro semestre, comparado com igual período de 2012, conforme números do questionado Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). E, com isso, obteve melhor desempenho macroeconômico que os dois países mencionados. "Os títulos da imprensa dizem que nossas contas não fecham. Isto é para que lidemos com números objetivos", iniciou a longa comparação.

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"Dizem que estamos ficando sem reservas. Contamos com US$ 37 bilhões; Austrália tem US$ 53 bilhões e Canadá US$ 69 bilhões. Em relação ao PIB estes US$ 37 bilhões representam 7,8%. Os US$ 53 bilhões da Austrália representam 3,3%. Austrália tem menos da metade das reservas que temos, com um PIB muito mais alto e ninguém coloca em discussão sua solvência fiscal", disparou. Sobre as reservas canadenses, Cristina destacou que significam 3,8% de seu PIB. "Ninguém coloca em dúvida a solvência da Argentina, mas todos os dias classificadoras de risco e gurus da economia questionam as reservas argentinas", reclamou.

"Estamos mais que bem", insistiu, esclarecendo que a inflação não repercute de forma negativa no bolso dos argentinos. O governo afirma que a inflação anual é de 10,9%, enquanto os institutos privados apontam alta de 25%. Ainda na comparação, ela disse que a dívida argentina em relação ao PIB, em 2012, representou uma média de 13,7%, enquanto as dívidas australiana e canadense representaram 27% e 86%, respectivamente. Porém, Cristina não mencionou que os mercados voluntários de dívida permanecem fechados para a Argentina desde o default de 2001.

A presidente também mencionou a dependência da economia argentina do Brasil. "Argentina depende de seu grande sócio comercial que é o Brasil e isso é apresentado, muitas vezes, como uma debilidade, mas não existe nenhum país do mundo que não dependa de seus sócios comerciais, exceto os EUA", afirmou.

Represas

O discurso da presidente foi proferido durante solenidade de concessão de obras de construção das usinas hidrelétricas presidente Néstor Kirchner e governador Jorge Cepernic, em Santa Cruz, ao consórcio integrado por Electroingeniería S.A, China Gezhouba Group Company Limited e Hidrocuyo S.A, no valor de 22,9 bilhões de pesos (cerca de US$ 4 bilhões). Uma das principais candidatas à licitação de tais obras era a brasileira OAS, que teria financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"O clima político ruim entre as duas presidentes derrubou o financiamento", reconheceu uma fonte da construtora, em rápida conversa com o Broadcast. Sem entrar em detalhes, a fonte afirmou que a empresa investiu recursos para apresentar-se à licitação e o próprio ministro de Planejamento, Julio De Vido, esteve no Brasil em duas oportunidades para negociar o financiamento do BNDES. A imprensa argentina afirma que a empresa argentina Electroingenieria foi beneficiada pelo governo no processo de licitação. No discurso, Cristina alegou que tudo foi feito "com total transparência". "As obras públicas não se ganham com lobby ou com denúncias contra outras empresas", disse ela. (Marina Guimarães, correspondente)

A economia da Argentina vai crescer pelo menos 3,5% este ano, de acordo com discurso da presidente Cristina Kirchner nesta quarta-feira. Ela afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve ser superior a 3,5% e pontuou que em nenhuma circunstância ficará abaixo desse nível.

"Esse será o nosso piso", afirmou Kirchner na bolsa de valores local.

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Os comentários da presidente indicam que a Argentina deverá realizar pagamentos aos investidores que possuem títulos cujo desempenho esteja ligado ao crescimento econômico. Se o crescimento ultrapassar 3,26%, o governo terá que realizá-los. Esta é uma boa notícia para os investidores que detêm os títulos.

Ainda assim, os economistas têm recebido os dados econômicos recentes do país com uma grande dose de ceticismo, dizendo que o governo está superestimando o crescimento econômico e subestimando a inflação.

Em seu discurso, Kirchner disse também que a arrecadação de impostos aumentou 30,5% em julho, para um recorde de 80 bilhões de pesos argentinos (US$ 17,7 bilhões). Ela ainda afirmou que o governo estaria elevando o piso previdenciário em aproximadamente 14%, para 2,477 pisos argentinos por mês. Fonte: Dow Jones Newswires.

O papa Francisco está almoçando nesta segunda-feira (18) com a presidente argentina Cristina Kirchner na Casa Santa Marta do Vaticano, anunciou o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, em uma coletiva de imprensa. O pontífice argentino e Kirchner realizaram previamente um encontro de "cerca de 15 ou 20 minutos" sobre o qual não será divulgado nenhum comunicado oficial do Vaticano, disse Lombardi.

Kirchner, que chegou na tarde de domingo a Roma, e o até a última quarta-feira arcebispo de Buenos Aires Jorge Bergoglio sempre mantiveram relações tensas, e esperava-se que este encontro servisse para aproximar as duas partes antes da missa de entronização oficial do pontificado, na terça-feira. As divergências entre ambos começaram durante a presidência de seu marido, o falecido Néstor Kirchner, que não apreciava as críticas nas homilias do então cardeal, que denunciava com frequência o escândalo da pobreza ou o flagelo da droga e do crime na Argentina, e pioraram ainda mais após a legalização do casamento homossexual, em 2010.

O encontro com Kirchner foi o primeiro de Francisco com um dos muitos chefes de Estado e de governo que estão chegando ao Vaticano para acompanhar a missa de início oficial do papado. Após a cerimônia solene na praça de São Pedro, o Papa receberá os representantes das 130 delegações oficiais.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse ontem que não tentará mudar a Constituição do país, em resposta à especulação de que faria isso em busca de um terceiro mandato consecutivo. As declarações de Cristina ocorrem após funcionários do governo, entre eles membros de seu gabinete, dizerem que ela deveria concorrer ao cargo novamente. "A Constituição não vai ser reformada, portanto relaxem", afirmou, em um discurso anual ao Congresso.

A especulação de que Cristina gostaria de permanecer no poder após o fim do mandato dela, em 2015, inflamou a oposição, especialmente muitos argentinos da classe média, que consideram que a presidente já exerce muito poder.

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No ano passado, centenas de milhares de argentinos tomaram as ruas em diferentes ocasiões para protestar contra o governo. Uma das principais queixas era a suposta intenção da presidente de disputar a reeleição. Embora Cristina não tenha dito que gostaria de um terceiro mandato, ela também não negou claramente o rumor.

Em seu discurso, Cristina também propôs reformar o sistema judicial do país para torná-lo "mais democrático", uma medida que os críticos da presidente imediatamente viram como uma forma dela ganhar mais controle sobre o Poder Judiciário. As informações são da Dow Jones.

O arraigado costume argentino de poupar em dólares para proteger as economias pessoais, exercido pelos habitantes deste país intensamente há quatro décadas, foi interrompido oficialmente nesta quinta-feira pelo Banco Central argentino.

A instituição monetária determinou formalmente que daqui para a frente os argentinos - e estrangeiros residentes neste país - não poderão adquirir a moeda americana com o fim de economizar. O objetivo do governo da presidente Cristina Kirchner é forçar os argentinos a economizar no desprestigiado peso, a moeda nacional.

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Na prática, os argentinos estavam com grandes dificuldades para adquirir a cobiçada moeda dos Estados Unidos desde o início da cruzada anti-dólar desatada pela presidente Cristina Kirchner em novembro passado. Desde o dia 14 de junho o cerco contra o dólar ficou mais intenso, já que nesse dia a Administração Federal de Ingressos Públicos (Afip) - a receita federal argentina - deixou de autorizar as compras dessa moeda, sem dar explicações.

O BC anunciou que os argentinos poderão continuar a comprar dólares para os casos de viagens ao exterior. No entanto, esta operação deverá contar com a aprovação da Afip. A entidade monetária também permite a compra de dólares com o dinheiro obtido de créditos hipotecários para os casos de aquisição de imóveis (as operações imobiliárias argentinas são tradicionalmente feitas em dólares). No entanto, estas operações só poderão ser feitas em dólares até o 31 de outubro deste ano. Após essa data, as transações imobiliárias deverão ser realizadas em pesos argentinos.

Além destas operações, a compra de dólares somente será possível para doações em casos de catástrofes naturais ou situações de caráter humanitário de conhecimento público.

O "corralito verde" provocou o surgimento de um mercado paralelo de dólares. Nesta quinta-feira, a cotação oficial era de 4,54 pesos. Mas, no "blue" (denominação do dólar informal), a cotação era de 5,96 pesos.

As restrições contra o dólar provocaram nos últimos meses críticas dos partidos da oposição e dos economistas independentes. Os habitantes de Buenos Aires realizaram em junho dois panelaços em protesto contra o "corralito verde".

A presidente Cristina Kirchner, da Aliança Frente para a Vitória, foi reeleita na Argentina com 53,83% dos votos (com 97,53% de urnas apuradas), informou o Ministério do Interior, o que a torna a primeira mulher reeleita na América Latina. Seu 2º mandato vai até 2015, e ela tomará posse em 10 de dezembro. Cristina, além de obter a reeleição, conseguiu outro triunfo: a Aliança Frente para a Vitória, juntamente com seus aliados, terá maioria no Congresso, o que a ajudará a impor projetos importantes no próximo mandato. Além disso, Cristina ratificou sua liderança na Câmara de Senadores, onde, inclusive, aumentou sua participação. Com a vitória assegurada, Cristina citou a importância da base política deixada pelo marido, o ex-presidente Nestor Kirchner (2003 a 2007), morto em 2010. Ela agradeceu ainda a ligação solidária da presidente Dilma Rousseff e de outros líderes sul-americanos. Quase 80% dos 28,9 milhões de eleitores votaram ontem. Hermes Binner, da Frente Ampla Progressista, foi o segundo, com 16,94% dos votos, seguido por Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989), candidato da União Cívica Radical, que obteve 11,13% dos votos válidos. As informações são da Dow Jones.

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