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Dados divulgados pelo laboratório belga Janssen, pertencente à multinacional americana Johnson & Johnson, apontam que sua vacina anti-Covid tem 87% de eficácia contra formas graves da variante brasileira do novo coronavírus.

O imunizante, cobiçado no mundo todo por ser de dose única, foi aprovado para uso emergencial na União Europeia na última quinta-feira (11), com eficácia de 67% contra todos os casos sintomáticos.

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"Constatou-se, de forma geral, uma alta eficácia de 81% contra formas graves da doença provocada pela variante sul-africana, enquanto a eficácia contra as formas graves de Covid da variante brasileira foi de 87%", disse, em entrevista à ANSA, o chefe de doenças infecciosas e vacinas da Janssen, Johan van Hoof.

A empresa, no entanto, ainda não apresentou os estudos clínicos por trás desses números. No fim de janeiro, a Janssen havia divulgado uma eficácia global de 85% da vacina contra casos graves da Covid-19. Ou seja, o índice relativo à variante brasileira seria ainda maior do que aquele da cepa original.

Na época em que apresentou esses dados, a Janssen não citou o Brasil especificamente, porém divulgou três indicadores de eficácia contra casos sintomáticos: de 72% nos EUA, de 66% na América Latina e de 57% na África do Sul.

Além da UE, a vacina do laboratório belga já está aprovada para uso emergencial nos Estados Unidos. O imunizante usa um adenovírus de resfriados inativo para carregar as instruções genéticas para a produção da proteína spike, espécie de coroa de espinhos que o Sars-CoV-2 utiliza para atacar as células humanas.

As ampolas podem ser mantidas em temperaturas entre 2ºC e 8ºC por até três meses.

Da Ansa

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou, nesta quinta-feira (11), a vacina de dose única contra a covid-19 do laboratório americano Johnson & Johnson, que se torna o quarto imunizante a receber sinal verde na União Europeia (UE).

Confira abaixo informações sobre a vacina:

- Qual a segurança e eficácia? -

Talvez o número mais importante a saber seja "zero".

Esse é o número de pessoas que morreram de covid-19 depois de receber a injeção em um teste mundial em massa com 40.000 pessoas, em comparação com sete que receberam o placebo.

No geral, a vacina preveniu a covid-19 em suas formas moderada a grave em 66,1% após 28 dias da injeção. Considerando apenas as formas graves, a prevenção foi de 85,4%.

O que é mais surpreendente é que os bons resultados contra doenças graves foram mantidos tanto na África do Sul quanto no Brasil, onde as variantes mais contagiosas foram dominantes durante o período de teste.

Em termos de segurança, uma análise de 44.000 pessoas mostrou que a vacina foi geralmente bem tolerada, com efeitos colaterais típicos, como dor no local da injeção, dor de cabeça, fadiga e dores musculares.

Foi notificado pelo menos um caso de anafilaxia (reação alérgica grave). Reações desse tipo também foram relatadas com outras vacinas covid-19 em raras ocasiões.

Documentos divulgados pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, que já concedeu aprovação de emergência à injeção, mostraram alguns casos de urticária em pessoas que tomaram a vacina.

A FDA também disse que o acompanhamento de longo prazo seria necessário para determinar se a vacina estava ligada a um pequeno número de casos de coagulação potencialmente perigosos e ao zumbido (zumbido nos ouvidos).

- Como comparar com outras vacinas autorizadas? -

As vacinas baseadas em RNA da Pfizer e Moderna mostraram 95% de eficácia contra todas as formas de covid-19, mas uma comparação direta ainda é difícil de fazer.

Isso ocorre porque seus testes clínicos ocorreram antes do aparecimento das novas variantes, algumas das quais se mostraram menos suscetíveis às vacinas atuais.

As vacinas de RNA provavelmente ainda têm uma vantagem, mas a vacina J&J oferece vantagens logísticas significativas.

Requer apenas uma dose e pode ser armazenado por muito tempo em refrigeradores, em vez de freezers, o que é especialmente importante para os países em desenvolvimento.

Embora um caso de anafilaxia tenha sido relatado, suspeita-se que causará menos reações devido à forma como a vacina é formulada.

- Qual tecnologia utiliza? -

A vacina da J&J usa um adenovírus que causa o resfriado comum, que foi geneticamente modificado para não se replicar, para transportar o gene para uma estrutura fundamental do coronavírus.

Essa parte é o que dá ao vírus sua aparência de coroa.

A vacina induz as células humanas a fabricarem essa proteína, e nosso sistema imunológico desenvolve anticorpos contra ela, impedindo o vírus de invadir as células.

Além dos anticorpos, a vacina também ativa a produção de células T imunológicas, que matam as células infectadas e ajudam a produzir mais anticorpos.

A injeção da J&J é conhecida como "vacina vetorial de adenovírus". A empresa já havia produzido, com a mesma tecnologia, um imunizante contra o Ebola aprovado pela União Europeia.

As vacinas Oxford-AstraZeneca e Sputnik também são vetoriais de adenovírus.

Todas usam moléculas de DNA de cadeia dupla para transportar instruções genéticas, em vez do RNA de cadeia simples usado pela Pfizer e Moderna.

O DNA é mais resistente, o que permite que essas vacinas sejam armazenadas em temperaturas mais altas.

- O que mais é preciso saber? -

A J&J começará a conduzir testes clínicos para crianças e mulheres grávidas em breve.

Embora a vacina da J&J até agora tenha sido em dose única, a empresa também está testando um regime de duas doses para ver se produz uma resposta melhor.

Mas as vacinas de RNA podem ter uma vantagem sobre as vacinas de adenovírus quando se trata de reforços.

Alguns cientistas levantaram preocupações de que o sistema imunológico reconhecerá e atacará os adenovírus encontrados anteriormente, o que reduziria a eficácia da segunda injeção.

Isso pode ser especialmente importante quando os fabricantes procuram desenvolver imunizantes específicos para variantes, pois os fabricantes de vacinas de adenovírus podem precisar encontrar novos vetores.

O Canadá aprovou nesta sexta-feira (5) sua quarta vacina contra a covid-19, acrescentando a Johnson & Johnson à sua lista de aprovações junto com os imunizantes da AstraZeneca, Pfizer/BioNTech e Moderna.

A vacina da Johnson & Johnson é a primeira de dose única a ser autorizada no país e foi aprovada para o uso em pessoas maiores de 18 anos.

Ottawa encomendou até 38 milhões de doses, que podem ser armazenadas a temperatuas de 2 a 3 graus Celsius, o que facilita a distribuição em comparação com outras vacinas.

"Nós concluímos que fortes evidências mostraram que os benefícios dessa vacina superam os potenciais riscos", disse a médica-chefe do setor da Saúde do Canadá, Supriya Sharma, em coletiva de imprensa, acrescentando que essa avaliação vai continuar à medida que a vacina for administrada.

Todas as vacinas aprovadas para o uso no Canadá até agora "são eficazes contra casos graves e hospitalização", destacou.

No total, Ottawa encomendou ou reservou mais de 400 milhões de doses de vacina de sete laboratórios para uma população de 38 milhões de pessoas.

Autoridades da saúde devem anunciar nas próximas semanas uma decisão na vacina candidata da Novovax - a única outra vacina a ter apresentado um pedido de autorização até o momento.

Até esta sexta-feira, o Canadá registrou mais de 878.000 casos de coronavírus e mais de 22.000 mortes.

Quase quatro milhões de doses da nova vacina contra a Covid-19 serão despachadas na noite deste domingo e começarão a ser entregues em Estados dos EUA para imuninizações a partir da próxima terça-feira (2). O coordenador para combate à Covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients, anunciou que todo o estoque da vacina de dose única recém-aprovada, produzida pela Johnson & Johnson, sairá imediatamente.

A J&J entregará cerca de 16 milhões de doses a mais até o final de março e 100 milhões no total até o final de junho.

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Embora a nova vacina seja mais fácil de administrar e requeira apenas uma dose, a administração não está alterando seus planos de distribuição.

"Estamos distribuindo a vacina J&J assim como fazemos com as da Moderna e da Pfizer", apontou Zients.

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou neste sábado (27) o uso emergencial da vacina de dose única desenvolvida pela Janssen-Cilag, o laboratório belga que pertence à Johnson & Johnson.

Este é o terceiro imunizante aprovado no país, depois das doses da Pfizer-BioNTech e Moderna, e poderá ser aplicado em adultos com 18 anos ou mais. A aprovação abre caminho para a autorização em outros países.

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A expectativa é de que milhões de americanos sejam vacinados já nas próximas semanas com o medicamento que teve 66% de eficácia contra casos considerados moderados e graves. Além disso, os testes indicaram um nível de proteção de 85% somente nos pacientes graves.

A J&J prometeu fornecer aos Estados Unidos 100 milhões de doses de sua vacina até o final de junho. A quantidade irá se somar aos 600 milhões de ampolas prometidas pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna até o final de julho. No geral, haverá doses suficientes para imunizar todos os adultos americanos.

A vacina usa um adenovírus de resfriado inativo para levar ao corpo instruções genéticas de como produzir a proteína spike, espécie de coroa de espinhos que o Sars-CoV-2 utiliza para atacar as células. Por usar um método mais tradicional de produção, o imunizante pode ser mantido em temperaturas de 2°C a 8°C, valores de uma geladeira comum.

Da Ansa

A vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson's, que necessita de apenas uma dose, foi recomendada por um comitê consultivo da agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) nesta sexta-feira, 26. O imunizante funcionou de maneira segura, de acordo com os especialistas, e teve aprovação pelo comitê, no último passo antes que a FDA autorize o uso, o que deve acontecer neste sábado.

O painel, composto por 22 especialistas de diversas áreas relacionadas ao tema, também votou favoravelmente à utilização das vacinas da Pfizer em parceria com a BioNTech e da Moderna, atualmente aplicadas nos EUA. O imunizante da Johnson & Johnson's mostrou 66% de eficácia na proteção contra condições moderadas a severas por conta da covid-19. A empresa afirmou estar pronta entregar 20 milhões de doses aos EUA antes do fim de março.

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A vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, administrada em apenas uma dose, é eficaz contra os quadros severos da doença, afirmou nesta quarta-feira (24) a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos.

A FDA destacou que a vacina oferece proteção, inclusive contra as variantes sul-africana e brasileira, e que nos testes clínicos nos Estados Unidos mostrou uma eficácia de 85,9%, com uma taxa de 81,7% na África do Sul e de 87,6% no Brasil.

O próximo passo é uma reunião na sexta-feira (26) de uma comissão independente da FDA para analisar os resultados. Depois as autoridades podem autorizar o uso emergencial do fármaco.

Se a vacina da Johnson & Johnson for aprovada, este será o terceiro laboratório farmacêutico a receber o sinal verde da agência reguladora americana para o uso de seu produto no país, depois da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

Estados Unidos lidera a lista de mortes por Covid-19 em termos absolutos com mais de 500.000 vítimas fatais. Os especialistas consideram que a aprovação da vacina da Johnson & Johnson é vital para ampliar a campanha de imunização, embora sua eficácia contra casos moderados seja menor do que a dos outros dois fármacos aprovados.

A vacina da "J&J" usa um vetor viral enfraquecido para criar imunidade, neste caso um adenovírus que provoca a gripe comum que foi modificado para que não possa se replicar e para que carregue consigo uma proteína-chave do coronavírus.

O fato de exigir uma dose única e de a vacina ter a possibilidade de ser armazenada em uma geladeira e não em um congelador, como necessário para as doses da Pfizer e da Moderna, representa uma vantagem operacional.

A Sanofi vai produzir na França as vacinas contra a Covid-19 de suas concorrentes Johnson & Johnson e Pfizer-BioNTech, dada a atual impossibilidade de comercializar a sua, que entra, nesta segunda-feira (22), em fase de ensaio clínico com voluntários.

O laboratório indicou em comunicado que, "a partir do terceiro trimestre", será responsável "por várias etapas da fabricação da vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson".

O grupo farmacêutico cuidará da formulação e do envase dos frascos na sua unidade francesa em Marcy-l'Etoile, perto de Lyon, "em 2021, a um ritmo de cerca de 12 milhões de doses por mês".

"Nossa ambição é fazer o máximo possível, se pudermos fazer mais por que não", disse à AFP Thomas Triomphe, vice-presidente executivo da Sanofi Pasteur, o braço de vacinas da Sanofi.

Esta é a segunda vez que a Sanofi coloca suas ferramentas de produção a serviço da concorrência: fabricará a partir do verão (hemisfério norte) em sua fábrica alemã em Frankfurt mais de 125 milhões de doses da vacina de RNA mensageiro desenvolvida pela Pfizer-BioNTech.

A urgência da pandemia deu origem a alianças inesperadas entre empresas do setor, às vezes rivais. A suíça Novartis, que não se lançou na corrida das vacinas, se prepara para fazer o mesmo pela BioNTech.

Para o CEO da Sanofi, Paul Hudson, este acordo com a Johnson & Johnson "atesta a determinação da Sanofi em contribuir com o esforço coletivo para acabar com esta crise sanitária o mais rápido possível".

Os anúncios foram feitos depois que o governo francês pediu à Sanofi para disponibilizar suas linhas de produção para acelerar a fabricação das tão esperadas doses para tentar conter uma pandemia que já matou cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo.

"Nossa prioridade absoluta continua sendo a fabricação da nossa própria vacina. E se faremos essa operação com a BioNTech e Johnson & Johnson é porque nos certificamos de que também temos capacidade para produzir a nossa própria vacina", insistiu Thomas Triomphe.

Apesar dos contratempos, o laboratório francês está determinado, e anunciou nesta segunda o início de um novo estudo de fase 2 de sua principal vacina candidata, desenvolvida com a britânica GSK e que usa tecnologia de proteína recombinante, na esperança de disponibilizá-la no quarto trimestre.

"Este novo estudo de fase 2 avaliará o potencial de uma formulação refinada de antígenos para atingir uma resposta imunológica ideal, particularmente em adultos mais velhos", explicou.

O estudo de fase 1/2 anterior foi concluído em dezembro com uma resposta imunológica insuficiente em adultos idosos, "provavelmente devido a uma concentração insuficiente de antígenos".

O novo teste será conduzido com 720 voluntários maiores de 18 anos nos Estados Unidos, Honduras e Panamá.

Se os dados forem positivos, um estudo de fase 3 deve começar "em maio-junho" em um "grande número de países em vários continentes", de acordo com Triomphe, e a vacina estará disponível no quarto trimestre.

A Sanofi também informou pesquisas sobre novas variantes e "para poder preparar diferentes formulações para avançar o mais rápido possível quando necessário", segundo Thomas Triomphe.

O laboratório também está desenvolvendo uma segunda vacina candidata com a americana Translate Bio, com base na tecnologia de RNA mensageiro (a utilizada pelas vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, já autorizadas).

"Dados pré-clínicos mostram que duas injeções da vacina de RNAm induzem uma produção de alta concentração de anticorpos neutralizantes", segundo a Sanofi, que pretende iniciar os testes da vacina em voluntários humanos, na fase 1/2, em março.

A vacinação contra covid-19 começou nesta quarta-feira (17) na África do Sul, horas depois da chegada das primeiras 80 mil doses do laboratório americano Johnson & Johnson, constataram repórteres da AFP em um hospital na periferia da Cidade do Cabo.

Com o início da vacinação, a África do Sul passa a ser o primeiro país a usar o produto Johnson & Johnson.

A campanha foi adiada devido a dúvidas sobre a eficácia contra a cepa local do vírus da primeira vacina comprada pela África do Sul, a da AstraZeneca, o que levou as autoridades a descartarem seu uso.

As vacinas de dose única foram entregues no final da tarde no aeroporto de Joanesburgo, transferidas para uma instalação segura e distribuídas em vários centros em todo o país.

Outras 420.000 doses devem ser entregues nas próximas semanas, de acordo com o governo. No total, nove milhões de doses foram solicitadas ao laboratório americano.

Elas serão complementados com 20 milhões de vacinas da Pfizer. A África do Sul também receberá outros lotes por meio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da União Africana (UA).

A África do Sul, o país mais afetado do continente, deveria começar a imunizar seus 59 milhões de habitantes no início de fevereiro com um milhão de vacinas britânicas da aliança AstraZeneca / Oxford.

Mas, alguns dias depois, um estudo mostrando eficácia "limitada" contra a variante sul-africana, 501Y.V2, forçou o governo a suspender sua campanha de vacinação.

A África do Sul registrou quase 1,5 milhão de infecções por coronavírus, com mais de 48.000 mortes.

O CEO da Johnson & Johnson, Alex Gorsky, afirmou em entrevista nesta terça-feira (9) que acredita que a vacina contra a Covid-19 vai precisar ser administrada anualmente por conta das constantes mutações do coronavírus Sars-CoV-2.

"Infelizmente, como [o vírus] se espalha, ele pode também sofrer mutações. Cada vez que ele sofre mutação, é quase como um outro clique no botão, digamos assim, e nós podemos ver outra variante. Outra mutação pode ter um impacto na sua capacidade de afastar anticorpos ou de ter um tipo diferente de resposta não apenas a um tratamento, mas também a uma vacina", disse em entrevista ao canal norte-americano "CNBC".

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Ainda conforme Gorsky, essa prática de vacinação pode durar ainda "muitos anos", sendo semelhante ao que ocorre no caso das gripes comuns. O CEO também informou que a empresa está trabalhando "com máxima velocidade" para produzir as doses da vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 e que está "extremamente confiante" na resposta positiva à autorização para uso emergencial nos Estados Unidos, que está sendo analisada pela Agência de Alimentos e Drogas (FDA). A previsão da empresa é ter entregue, até junho, 100 milhões de doses para o mercado norte-americano.

A vacina da Johnson & Johnson, desenvolvida pelo braço belga da empresa, o laboratório Janssen, é bastante aguardada pelo fato de ter a aplicação em dose única, o que facilitaria bastante tanto o processo de vacinação como a logística para a entrega dos imunizantes. Todas as demais aprovadas até o momento no mundo são de duas doses.

Conforme dados divulgados pela J&J, a vacina em eficácia de 66% contra casos moderados e graves da doença, sendo que esse valor sobe 85% quando considerados apenas os graves. Porém, a multinacional não divulgou o desfecho primário do estudo, ou seja, a eficácia global, que reúne todos os contágios sintomáticos.

Gorsky ainda informou que os especialistas estão trabalhando para identificar a capacidade de eficácia contra as variantes mais perigosas já conhecidas atualmente (britânica, sul-africana e brasileira) e que a empresa continua a desenvolver uma outra vacina, essa em duas doses, que deve ter os testes finalizados ainda em 2021.

A farmacêutica Johnson & Johnson anunciou nesta quinta-feira (4) que solicitou à Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) a autorização para o uso emergencial de sua vacina contra a Covid-19.

Se o pedido for aprovado, a Johnson & Johnson se tornará a terceira farmacêutica - depois da Pfizer/BioNTech e Moderna - a receber autorização para distribuir sua vacina nos Estados Unidos, país com mais mortes por coronavírus (450.800).

O processo pode levar algumas semanas enquanto a FDA avalia os dados de eficácia do composto, que apresenta vantagens logísticas, como o fato de exigir apenas uma dose e não precisar ser armazenado em freezers especiais.

"Após a autorização de nossa vacina experimental contra a Covid-19 para uso emergencial, estamos prontos para começar a distribuição", disse o diretor científico da empresa.

A FDA está convocando um comitê consultivo para analisar dados de estudos clínicos que devem avaliar se os benefícios da vacina superam os riscos envolvidos em seu licenciamento.

A gigante farmacêutica divulgou na semana passada os primeiros resultados dos testes clínicos, que foram conduzidos em 44.000 pacientes em oito países.

A vacina mostrou eficácia de 66% com uma taxa de 85% na prevenção de quadros graves da doença. Porém, os dados mostraram que os testes foram mais eficazes nos Estados Unidos (72%) do que na África do Sul (57%), onde predomina uma cepa diferente do vírus.

Ao contrário das vacinas da Pfizer e da Moderna, que são baseadas em uma técnica inovadora de RNA mensageiro, a vacina da Johnson & Johnson usa um vetor viral enfraquecido para criar imunidade. Este é o mesmo processo usado pelas vacinas Sputnik e da AstraZeneca.

A vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19 tem uma eficácia geral de 66%, embora menor na África do Sul, país onde uma variante mais contagiosa do coronavírus está se espalhando, informou o laboratório farmacêutico americano nesta sexta-feira (29).

A vacina, que requer apenas uma dose, é 85% eficaz na prevenção de formas graves da doença, de acordo com um extenso ensaio clínico realizado em 44.000 pessoas de oito países.

"Estamos orgulhosos por ter superado esta etapa crucial", disse Alex Gorsky, diretor-geral da empresa americana, especializada em produtos farmacêuticos e higiênicos.

O grupo se comprometeu a enviar 100 milhões de doses para os Estados Unidos até o final de junho, cerca de 200 milhões de doses para a União Europeia antes do final do ano, com os primeiros envios em abril, e outros 200 milhões para países em desenvolvimento, começando em junho.

O regulador europeu de medicamentos anunciou que prevê um pedido de autorização para esta vacina "em breve".

Ao contrário das vacinas da Pfizer e Moderna, que usam a inovadora técnica do RNA mensageiro, a vacina da "J&J" é um imunizante de "vetor viral".

Essas vacinas usam como suporte outro vírus pouco agressivo, modificado para acrescentar uma parte do responsável da Covid-19. O vírus alterado penetra nas células das pessoas vacinadas, que então fabricam uma proteína típica do SARS-CoV-2 que educará seu sistema imunológico a reconhecê-lo. É um processo parecido ao das vacinas da AstraZeneca e Sputnik.

A vacina da Johnson & Johnson apresenta uma grande vantagem: pode ser armazenada em temperaturas normais de geladeira, em vez de freezers, facilitando a distribuição.

Variantes da Covid-19

Por outro lado, traz também um motivo de preocupação: sua eficácia contra a covid-19 variou de 72% nos Estados Unidos para 57% na África do Sul, onde uma variante da Covid-19 suspeita de ser muito contagiosa se tornou majoritária.

Várias mutações da Covid-19 foram observadas desde seu surgimento, a grande maioria sem consequências. Algumas podem, entretanto, conceder vantagens para a sobrevivência do vírus, como uma maior capacidade de transmissão.

Esse é o caso da mutação conhecida como britânica, enquanto os cientistas suspeitam que as variantes sul-africana e brasileira são igualmente suscetíveis de serem mais contagiosas.

Johnson & Johnson deve solicitar a autorização de distribuição de emergência nos Estados Unidos a partir da próxima semana, o que a tornaria a terceira vacina em circulação no país, que tem o maior número de mortos pela pandemia. As outras duas vacinas são dos laboratórios Moderna e Pfizer/BioNTech.

Os laboratórios responsáveis por esta última anunciaram na quinta-feira que seu produto conserva grande parte de sua eficácia contra as principais mutações da variante inglesa e sul-africana do coronavírus.

A empresa de biotecnologia americana Moderna indicou, por outro lado, que sua vacina é eficaz contra a variante britânica, mas que foi observada uma redução na proteção contra a sul-africana.

A soma potencial de uma terceira chega em um momento em que os Estados Unidos tentam acelerar seu ritmo de imunização para atingir a meta do novo presidente, Joe Biden, de 1,5 milhão de doses injetadas por dia.

A vacina anti-Covid desenvolvida pela empresa belga Janssen-Cilag, pertencente à multinacional americana Johnson & Johnson, apresentou eficácia de 66% contra casos moderados e graves da doença.

O imunizante é um dos poucos aplicados em dose única entre aqueles que estão na etapa de ensaios clínicos em seres humanos, sendo que nenhum deles foi aprovado para uso emergencial até o momento.

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De acordo com a J&J, a eficácia da vacina sobe para 85% quando são considerados apenas os casos graves, mas a multinacional não divulgou o desfecho primário do estudo, ou seja, a eficácia global, que reúne todos os contágios sintomáticos.

"Entre todos os participantes de diferentes lugares e incluindo aqueles infectados por uma variante viral emergente, a candidata a vacina da Janssen teve eficácia de 66% na prevenção de desfechos moderados e graves da Covid-19, 28 dias após a vacinação. O início da proteção foi observado no 14º dia", afirmou a empresa.

O imunizante apresentou índices de proteção contra casos moderados e graves diferentes de acordo com o local: nos EUA, essa eficácia foi de 72%; na América latina, de 66%; e na África do Sul (país onde surgiu uma variante mais contagiosa do coronavírus), de 57%.

A J&J deve pedir autorização para uso emergencial da vacina nos Estados Unidos "dentro de uma semana". O imunizante usa um adenovírus de resfriados inativo para carregar as instruções genéticas para a produção da proteína spike, espécie de coroa de espinhos que o Sars-CoV-2 utiliza para atacar as células humanas.

A empresa disse que vai vender a vacina ao preço de custo de US$ 10 por dose durante a pandemia e já tem acordos de fornecimento com EUA (100 milhões de doses), Reino Unido (30 milhões) e União Europeia (200 milhões, com possibilidade de dobrar o número).

O imunizante pode ser mantido em temperaturas entre 2ºC e 8ºC por até três meses.

Da Ansa

A vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Johnson & Johnson obteve indicadores satisfatórios de segurança e produção de resposta imunológica, de acordo com resultados das fases 1 e 2 publicados no periódico científico The New England Journal of Medicine. Os resultados positivos foram obtidos após aplicação única do imunizante em voluntários, com duas dosagens diferentes. Essa característica é tida como o diferencial da vacina, já que representaria uma imunização acelerada da população.

"Uma dose única da (vacina) Ad26.COV2.S induziu uma forte resposta humoral na maioria dos receptores da vacina, com a presença de anticorpos neutralizantes em mais de 90% dos participantes, independentemente da faixa etária ou da dose da vacina", escreveram os pesquisadores da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, na conclusão do estudo. Os anticorpos aumentaram e se estabilizaram ao longo de uma análise de 71 dias, o que sugere a durabilidade da resposta imune da vacina, acrescentam os especialistas no estudo divulgado na semana passada.

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O Brasil é um dos países no qual a empresa desenvolve testes da vacina. A liberação para a condução de estudos de fase 3 ocorreu em agosto e previa 7 mil voluntários. Pessoas de outros países da América Latina também foram recrutadas, ainda que aquém do inicialmente planejado, já que a farmacêutica decidiu reduzir a quantidade global de voluntários. Os dados da fase 3 é que indicarão se o imunizante ofereceu proteção contra o desenvolvimento da covid-19, apontando a sua taxa de eficácia.

No mais recente estudo, os pesquisadores analisaram os resultados da aplicação da vacina em 805 participantes, entre adultos e idosos. Eventos adversos como fadiga, dor de cabeça e dor no local da aplicação foram notados, mas as pessoas tiveram rápida recuperação. Outros casos foram notados, mas os especialistas destacaram que não houve relação com o imunizante.

Outro resultado relevante foi a resposta imunológica gerada pela vacina. A pesquisa mostra que 90% dos participantes desenvolveram anticorpos neutralizantes 30 dias após a aplicação. O número subiu para 100% quando os dados foram analisados 57 dias após o recebimento da dose, o que indica que uma menor parte do grupo demorou mais tempo para desenvolver a proteção. Os resultados foram obtidos tanto nos grupos mais novos como nos mais velhos, e também foi notado tanto nos que receberam dosagem menor quanto nos que receberam dosagem maior.

A vacina da Johnson & Johnson está nos planos do Brasil. Plano divulgado pelo Ministério da Saúde em dezembro mostra a inclusão de 38 milhões de doses do imunizante. De acordo com o governo federal, 3 milhões de doses dessa vacina seriam disponibilizadas no segundo trimestre de 2021, 8 milhões, no terceiro trimestre, e 27 milhões, no quarto trimestre do ano que vem.

A americana Johnson & Johnson informou, na segunda-feira (12), que suspendeu temporariamente seu ensaio clínico da vacina contra Covid-19 porque um de seus participantes ficou doente.

"Interrompemos temporariamente a administração de novas doses em todos os nossos ensaios clínicos da vacina Covid-19, incluindo o ensaio ENSEMBLE de fase 3, devido a uma doença inexplicada em um participante do estudo", afirmou a empresa em um comunicado.

A pausa significa que o sistema de inscrição online foi fechado para o ensaio clínico de 60.000 pacientes, enquanto o comitê independente de segurança do paciente é convocado.

A J&J informou que efeitos adversos sérios eram "uma parte esperada de qualquer ensaio clínico, especialmente um grande".

Com base nas diretrizes da empresa, um estudo pode ser interrompido para determinar se o efeito adverso foi provocado pelo medicamento em questão e se o estudo pode ser retomado.

A fase 3 do estudo da Johnson & Johnson começou a recrutar voluntários no final de setembro, com uma meta de inscrever até 60.000 participantes em mais de 200 localidades nos Estados Unidos e em todo o mundo.

Os outros países envolvidos nos testes são Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e África do Sul.

J&J é o décimo laboratório a nível global com testes em fase 3 contra a Covid-19, o quarto nos Estados Unidos.

A empresa recebeu 1,45 bilhão de dólares do governo americano, parte de uma iniciativa para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus que matou quase 215.000 pessoas no país.

A vacina é baseada em apenas uma dose de um adenovírus que provoca a gripe, modificado para que não se replique, combinado com uma parte do novo coronavírus que usa para invadir as células humanas.

J&J usou a mesma tecnologia para sua vacina contra o ebola, aprovada para comercialização pela Comissão Europeia em julho.

Testes em macacos que foram publicadas na revista Nature mostraram que a vacina criava uma proteção completa ou quase completa contra uma infecção vírus nos pulmões e nariz.

A Faculdade de Medicina da UFMG será uma das responsáveis pelo ensaio clínico da vacina candidata contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, conhecida como Ad26.COV2.S. A instituição será responsável por testar a candidata à vacina em até dois mil participantes. A testagem terá início na próxima semana.

O estudo faz parte da fase 3 da vacina candidata da Johnson & Johnson. Nas etapas anteriores, foram realizados testes que avaliaram sua segurança e imunogenicidade (capacidade de gerar respostas) em voluntários sadios – esta última etapa antecede o registro nas agências reguladoras para uso pela população geral.

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O imunizante utiliza como vetor um adenovírus humano, sem capacidade de replicação, no qual se insere o material genético do SARS-CoV-2. Trata-se de uma vacina muito promissora pela potência imunogênica, de acordo com os resultados dos primeiros testes. Já se sabe que uma única dose é suficiente.

Podem se candidatar pessoas com mais de 18 anos de idade, sem limite superior de idade, por meio de preenchimento de formulário na internet. Haverá divisão por grupos, de acordo com as etapas da pesquisa.

Inicialmente, a vacina será testada em pessoas sem patologias prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos. Após constatada a segurança do produto, haverá a segunda etapa com a testagem em pessoas da mesma faixa etária (grupo de 18 a 60 anos e o grupo com mais de 60 anos), mas com alguma comorbidade (obesidade, problemas cardíacos, hipertensão arterial, entre outras).

Um diferencial desse estudo é que a seleção não estabelece critério de ocupação profissional, como ser profissional da saúde. A prioridade é alcançar pessoas que corram mais risco de infecção pelo vírus. Espera-se ainda que o conjunto de voluntários recrutados reflita ao máximo a diversidade populacional, segundo variáveis como faixa etária, condição social, raça e gênero.

Duplo cego

Como é comum em outros estudos de avaliação da eficácia de um produto, haverá um grupo comparador. Isso significa que os participantes serão divididos por sorteio entre aqueles que receberão placebo e os que receberão a candidata à vacina. Este é um estudo duplo-cego, em que nem os pacientes nem os investigadores sabem o que receberam. Todos serão acompanhados por 24 meses. Após a confirmação da eficácia da vacina, os pacientes voluntários que tomaram o placebo terão prioridade para receber o imunizante.

Por meio deste documento, o interessado precisa responder sobre a disponibilidade de comparecer ao Hospital das Clínicas da UFMG, onde será feita a aplicação da vacina.

Com informações do Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina

A candidata à vacina contra o novo coronavírus produzida pela Johnson & Johnson, por meio de sua farmacêutica subsidiária Janssen, entrou na terceira e última fase de testes clínicos, segundo comunicado da J&J nesta quarta-feira (23). Os testes de fase final estão sendo realizados em 60 mil voluntários de três continentes.

O possível imunizante da empresa norte-americana é o quarto entre as vacinas em desenvolvimento a entrar no último estágio de testagem clínica, que mede a eficácia do produto contra a doença.

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A J&J disse que pode obter os resultados do teste já no início de 2021. Caso a resposta seja positiva, a vacina pode ganhar a autorização de governos para uso público. Entre os países em que a empresa fará os testes estão Brasil, Estados Unidos e África do Sul.

Além da candidata da J&J, as vacinas da Universidade de Oxford e das farmacêuticas Sinovac, da China, e da alemã Pfizer já estão na terceira fase de testes. A candidata da companhia norte-americana, porém, tem a vantagem de induzir resposta imunizante contra o novo coronavírus com apenas uma dose, contra duas das concorrentes em fase 3, segundo um estudo clínico preliminar feito pela J&J.

Os testes de fase 3 irão verificar se a vacina de fato funciona com apenas uma dose. A J&J está colaborando com o governo do Reino Unido em um estudo separado para testar um regime de duas doses do produto.

A empresa já assinou, em agosto, um contrato de US$ 1 bilhão com o governo dos EUA para o fornecimento de 100 milhões de doses, caso a vacina tenha sucesso nos testes e seja autorizada para uso. A J&J espera produzir mais de um bilhão de doses globalmente no decorrer de 2021. (Com informações da Dow Jones Newswires).

A Johnson & Johnson planeja realizar até o fim de setembro o que pode ser o maior teste de uma vacina para o coronavírus até agora, com 60 mil pessoas ao redor do mundo como base. O número, confirmado pela empresa, é o dobro de outros estudos que tiveram início até agora, mas não está clara a razão de a J&J estar realizando testes tão maiores.

Um porta-voz disse que a empresa deseja englobar "um número robusto de participantes que representem as populações afetadas".

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Especialista em doenças infecciosas, William Schaffner indica que números maiores de pessoas testadas podem levar a resultados mais rápidos.

A J&J está usando modelos epidemiológicos para planejar localidades com alta incidências de covid-19 para seguir os estudos.

Um dos países deve ser o Brasil, além de 180 localidades nos Estados Unidos, e sete outras nações com altas taxas de transmissão, de acordo com uma postagem na central de dados federal de testes clínicos.

Os resultados iniciais devem começar a surgir no fim de 2020, segundo um executivo da J&J. Se provarem que a vacina funciona de forma segura, os planos são torná-la disponível de forma emergencial no começo de 2021, uma fonte indica.

A J&J assinou recentemente um contrato de US$ 1 bilhão com o governo federal para oferecer 100 milhões de doses aos Estados Unidos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta terça-feira, 18, os testes de fase 3 da vacina contra a covid-19 da Johnson & Johnson no Brasil. O estudo prevê a inclusão de até 60 mil voluntários, com idade entre 18 e 60 anos, sendo 7 mil no País - distribuídos nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.

De acordo com a Anvisa, o teste inclui a aplicação de dose única do imunizante ou placebo. O recrutamento dos voluntários será de responsabilidade dos centros que conduzirão a pesquisa.

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Ensaio clínico

O ensaio clínico estudará a potencial vacina denominada Ad26.COV2.S, que é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S (Spike) do SARS-CoV2, o novo coronavírus.

Os dados que embasaram a autorização da Anvisa incluíram estudos não clínicos com a vacina e dados não clínicos e clínicos acumulados de outros imunizantes que utilizam a mesma plataforma Ad26. Os estudos de fase 1 e 2 com a candidata foram iniciados em julho nos Estados Unidos e na Bélgica.

"O ensaio clínico de fase 3 aprovado será conduzido em etapas e cada etapa só será iniciada se os resultados que estiverem disponíveis no momento, obtidos nas primeiras fases e no próprio estudo de fase 3, sejam satisfatórios para continuidade do estudo", explicou a Agência.

Para a aprovação, a Anvisa realizou reuniões com a equipe da Janssen, farmacêutica belga da Johnson & Johnson, a fim de alinhar todos os requisitos técnicos necessários para os testes.

Este é o quarto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado no Brasil. No dia 2 de junho, a Anvisa permitiu o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, com a AstraZeneca; no dia 3 de julho, o do imunizante desenvolvido pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã; e no dia 21 do mesmo mês, os das duas vacinas desenvolvida pela BioNTech e Pfizer.

Dose única de vacina experimental teve resultados efetivos em macacos

No dia 30 de julho, a Johnson & Johnson anunciou que a sua principal candidata à vacina contra o novo coronavírus havia apresentado resultados positivos em testes realizados em macacos. O estudo, de fase pré-clínica, foi publicado na revista científica Nature.

O imunizante "induziu uma robusta resposta imune" ao Sars-CoV-2, afirmou a publicação. Quando expostos ao vírus, todos os seis animais que receberam a substância ficaram completamente protegidos de doenças pulmonares, e cinco de seis ficaram protegidos de infecções, tal como verificado pela presença do vírus em amostras nasais.

Em mais um acordo para adquirir vacinas contra o novo coronavírus, os Estados Unidos firmou um contrato, no último dia 5, com a Johnson & Johnson de mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) por 100 milhões de doses da candidata a imunizante da empresa. À medida que a corrida por imunização e tratamentos para a covid-19 se intensifica, a Casa Branca tem assinado acordos por meio do programa Operação Warp Speed.

Este contrato custa aproximadamente US$10 (R$ 53) por dose produzida. Se considerados os US$456 milhões (R$2,4 bilhões) anteriores que o governo norte-americano prometeu à J&J pelo desenvolvimento do imunizante, sai US$14,50 por dose (R$77).

Acordos já assinados no Brasil

Em seu relatório mais recente, divulgado no último dia 10, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que há 167 vacinas sendo desenvolvidas para combater o novo coronavírus. Dessas, 28 estão em avaliação clínica, ou seja, iniciaram os testes em seres humanos. São cerca de 90 mil voluntários, por enquanto, que vão receber as doses. Seis das vacinas estão na fase 3, a última antes da conclusão. As outras 139 estão em um momento inicial, de identificar o agente causador e realizar testes em animais, como camundongos, por exemplo.

Duas das vacinas em estágio mais avançado contam com a participação de instituições brasileiras. O Instituto Butantã trabalha no desenvolvimento junto à farmacêutica chinesa Sinovac para produção e testes. Os testes começaram no Hospital das Clínicas no dia 21 de julho e já estão acontecendo também em outros centros, como o Emílio Ribas. Se os testes forem bem-sucedidos, a vacina pode começar a ser produzida no início de 2021.

A fábrica Bio-Manguinhos, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), se prepara para produzir a vacina contra covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. O acordo entre a Fiocruz e a AstraZeneca, farmacêutica que adquiriu a vacina inglesa, foi anunciado no fim de junho.

No dia 6, o governo federal liberou cerca de R$ 2 bilhões, via medida provisória, para viabilizar o processamento e distribuição de 100 milhões de doses da vacina inglesa pela Fiocruz. A pasta não descarta investir em mais de um modelo, mas ainda vê a droga da Oxford como a mais promissora.

Além destas, após o anúncio de que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a regulamentação para uma vacina contra a covid-19, o governo do Paraná anunciou um acordo com o país para auxiliar no desenvolvimento deste eventual imunizante.

A partir do memorando, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) deve estreitar os laços com o Instituto Gamaleya de Moscou, que lidera o desenvolvimento da Sputnik V. O Estado ainda não teve acesso aos resultados dos testes clínicos realizados pela Rússia e países aliados.

No mesmo dia, a Embaixada da Rússia no Brasil também afirmou negociar um acordo sobre a vacina com o governo da Bahia. Em nota, a Embaixada informou que, em 30 de julho, o chanceler russo, Sergey Akopov, participou de uma videoconferência com o governador baiano e presidente do Consórcio do Nordeste, Rui Costa, e o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas.

O tema da conversa foi uma possível parceria entre as instituições de pesquisa baianas e os centros científicos russos nos testes e produção do imunizante. Foi discutida também a possibilidade de outros Estados da região se juntarem à negociação.

A Johnson & Johnson anunciou nesta quinta-feira, 30, que a sua principal candidata à vacina contra o novo coronavírus apresentou resultados positivos em testes realizados em macacos. A fase 1 de testes clínicos em humanos já começou nos Estados Unidos e Bélgica, segundo a empresa. O estudo, de fase pré-clínica, foi publicado na revista científica Nature. Batizada de adenovirus serotype 26 (Ad26), a vacina da J&J "induziu uma robusta resposta imune" ao Sars-Cov-2, afirma a publicação.

Diferente de outras potenciais vacinas, como as desenvolvidas pela Pfizer e BionTech, Moderna e AstraZeneca, a Ad26 foi efetiva contra o vírus com apenas uma dose ministrada. Segundo a nota publicada na Nature, para conter a pandemia mais rapidamente, uma vacina que requer uma única dose é preferível em relação às que demandam duas. O vice-presidente do Comitê Executivo e chefe da área científica da J&J, Paul Stoffels, afirmou que caso as duas primeiras fases dos testes clínicos em humanos apresentarem bons resultados, uma terceira fase de testagem deve ter início em setembro.

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Apesar dos testes preliminares indicarem que a vacina é efetiva com uma única dose, a equipe científica da farmacêutica norte-americana irá testar, paralelamente, a dupla dosagem do produto em humanos. Os testes das fases 1 e 2 avaliarão a segurança, reatogenicidade (ou seja, as reações provocadas pela vacina) e a imunogenicidade da vacina em cerca de 1 mil adultos saudáveis entre 18 e 55 anos, assim como em idosos de 65 anos ou mais.

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