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Desde que foi inaugurada, em 2014, a Neo Química Arena, casa do Corinthians, já recebeu o Sport seis vezes pela Série A do Campeonato Brasileiro. E, em nenhuma delas, o Leão saiu com a vitória. Na verdade, o time rubro-negro sequer pontuou lá e ainda tem um histórico de sofrer com o ataque adversário: são 18 gols sofridos e cinco marcados

Na quinta-feira (24), os pernambucanos têm uma nova chance de conquistar alguma coisa em Itaquera, no duelo válido pela sexta rodada do Brasileirão. E, mesmo com o retrospecto ruim, um fato pode deixar o time e os torcedores do Sport esperançosos. Nas duas vezes que jogou em casa nessa Série A, o Timão sofreu duas derrotas: uma para o Atlético-GO e outra para o Red Bull Bragantino.

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Por outro lado, o Sport não é lá um bom visitante, pois só conquistou um ponto, no empate com o Internacional, na largada da competição. Confira todos os resultados do Leão na Arena Corinthians:

2014: Corinthians 3 x 0 Sport

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2015: Corinthians 4 x 3 Sport

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2016: Corinthians 3 x 0 Sport

2017: Corinthians 3 x 1 Sport

2018: Corinthians 2 x 1 Sport

2020: Corinthians 3 x 0 Sport

"Pontuar" virou palavra de ordem no Sport, já que equipe rubro-negra está na zona de rebaixamento, na 18ª colocação, com apenas 24 pontos. Para o treinador Eduardo Baptista, a partida contra o Corinthians no domingo (16), às 19h, no Itaquerão, é uma boa chance para o Leão voltar a somar na Série A. 

"Toda sequência no Segundo Turno é difícil. Não dá para escolher jogos. Temos que pontuar, e contra o Corinthians, temos uma boa oportunidade para isso", disse. "Houve uma evolução durante a semana, corrigimos pontos falhos. É termos inteligência para saber jogar o jogo", completou Eduardo Baptista.

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Para o técnico rubro-negro, o jogo contra a equipe paulista será equilibrado. "O Corinthians também vive um momento de pressão, estreia de um treinador, de buscar um ajuste… Precisando dar uma resposta para o seu torcedor e deve sair mais para cima do Sport. Precisamos ter sabedoria para explorar isso", afirmou. 

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Uma ação popular ajuizada em 2013 por um advogado gaúcho, que questionava a legalidade do financiamento do Itaquerão e pleiteava a nulidade do repasse de verbas públicas para a construção da estádio do clube em Itaquera, na zona leste de São Paulo, foi julgada procedente pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul. Em sentença proferida pela 3.ª Vara Federal de Porto Alegre, a juíza federal Maria Isabel Pezzi Klein determinou o ressarcimento de R$ 400 milhões da empresa SPE Arena Itaquera S/A, captados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - o ressarcimento deve ser feito à Caixa Econômica Federal (CEF). O Corinthians ainda não se manifestou sobre o assunto.

"Um repasse milionário de dinheiro público, captado por uma empresa privada especialmente criada para este fim e com capital social no valor de R$ 1 mil, embasado em garantias incertas e que beneficiou, além de um time de futebol, uma construtora contratada sem licitação", resume a Justiça Federal do Rio Grande do Sul.

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De acordo com Justiça Federal gaúcha, o autor da ação afirma que teria sido criada, em 2009, "uma linha de crédito do BNDES no valor total de R$ 4,8 bilhões para a construção e reforma de estádios da Copa de 2014. Os repasses seriam realizados por meio do Banco do Brasil. Onze projetos teriam sido aprovados, com exceção do que envolvia a Arena Itaquera. A negativa teria ocorrido em razão da ausência das garantias exigidas".

Ainda segundo o advogado gaúcho, a Caixa, entretanto, "teria aceitado financiar o projeto do estádio corintiano, assumindo os riscos da contratação como agente financeiro repassador".

Para o advogado que ingressou com a ação, o negócio fechado em 2013 - quase três anos após o fim do prazo inicialmente previsto para as contratações - seria lesivo ao patrimônio público. Sob a sua ótica, a decisão do banco público teria sido tomada sob influência política, já que teria ocorrido fora do prazo previsto, por agente financeiro que não era o inicialmente autorizado e sem a exigência de sólidas garantias de que o empréstimo seria pago.

DEFESAS - De acordo com o judiciário federal de Porto Alegre, em suas defesas, "Caixa Econômica Federal (CEF), Sport Club Corinthians Paulista, Construtora Norberto Odebrecht S/A, Sociedade de Propósito Específico Arena Itaquera S/A e Jorge Fontes Hereda (presidente do banco público na época da assinatura do contrato) defenderam a regularidade da transação. Afirmaram a existência de garantias suficientes à satisfação do crédito e que a dívida, então de R$ 475 milhões, estaria sendo renegociada com base em receitas futuras. Alegaram, ainda, que o Tribunal de Contas da União (TCU) já teria analisado e aprovado a contratação".

Durante a tramitação processual, a magistrada requereu uma série de documentos aos réus e a órgãos como o TCU e o Ministério Público Federal, que acompanhou o processo. "Oportuno enfatizar que não se espera do Autor Popular, quando protocola sua inicial, a juntada de um acervo probatório tão consistente quanto o que se exige nas demais ações reguladas pelo Código de Processo Civil. Até porque o cidadão, via de regra, não tem chances reais de acessar a documentação pertinente. Foi o que aconteceu, neste caso, em que o pedido de informações feito pelo Autor Popular, perante a CEF, sequer obteve resposta", esclareceu.

Em relação ao caso específico do Itaquerão, a magistrada chamou a atenção para o fato de o empréstimo de R$ 400 milhões ter sido concedido a uma empresa - SPE Arena Itaquera S.A. - cujo capital social estimado, na época, era de R$ 1 mil. Segundo informações prestadas pelo TCU, inicialmente orçado em R$ 899 milhões, o valor total do projeto ultrapassou R$ 1,2 bilhões.

No processo, a juíza considerou que o "modelo de negócios foi baseado em expectativas", disse que chama a atenção a "ausência de licitação", ainda afirma que a "transferência de recursos foi ofensiva aos princípios, valores e regras elementares do Direito Público, causando prejuízos decorrentes do mau uso de recursos públicos federais".

Maria Isabel Pezzi Klein determinou a aplicação da cláusula contratual que prevê o vencimento antecipado da dívida, condenando a Construtora Norberto Odebrecht S/A, o ex-presidente da CEF Jorge Fontes Hereda, a SPE Arena Itaquera S/A e Sport Club Corinthians Paulista ao pagamento solidário do valor consolidado do débito, em favor da CEF. O prazo fixado foi de dez dias após a certificação do trânsito em julgado da ação. Cabe recurso ao TRF-4.

Um dos principais mentores do estádio Itaquerão, a Arena Corinthians, em São Paulo, Andrés Sanchez está de volta ao comando do clube para, como ele mesmo reconhece, fechar um ciclo em que o pagamento da obra é prioridade. A "caixa-preta" em que se tornou a arena precisa ser desvendada. Este é o grande desafio do dirigente.

Andrés Sanchez iniciou o seu "novo governo" no último sábado já enfrentando tumulto - precisou se abrigar em um banheiro e depois deixou o Parque São Jorge escondido em um carro por causa de reações iradas à sua eleição -, mas nesta terça-feira pregou tranquilidade e união diante dos problemas.

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"É um desafio para todos nós (o acordo com a Caixa Econômica Federal). A prioridade é resolver o mais rápido possível a engenharia financeira perante a Caixa e a Odebrecht (construtora responsável pela obra). Agora é unir o Corinthians", disse o dirigente.

A questão é que pouco se sabe sobre os valores da arena. Quanto foi pago ou o que resta quitar é um mistério. Andrés Sanchez disse que o estádio Itaquerão teve um custo total de R$ 1,2 bilhão.

Em setembro passado, a auditoria Claudio Cunha Engenharia e Construções constatou que o valor estaria na casa de R$ 1,7 bilhão sem contar os CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento), que são de R$ 454 milhões. Até o momento, o clube vendeu R$ 80 milhões deles.

O clube não paga o financiamento da arena desde março de 2016. Em dezembro, o ex-diretor financeiro Emerson Piovesan chegou a confirmar o acerto com o banco, mas o acordo não chegou a ser concretizado. Enquanto isso, todo o recurso obtido na arena (bilheteria, aluguel de camarotes, etc.) está separado, mas não foi colocado no fundo que administra o espaço - formado pelo clube, Odebrecht e Caixa.

Ainda segundo a auditoria, a construtora deixou de realizar R$ 150 milhões em obras e deveria pagar mais R$ 22 milhões por atraso na entrega. Mas o clube deve R$ 360 milhões à Odebrecht. "Vamos levar alguns dias para conhecer todo o entorno do Corinthians e os 100 próximos dias é para tornar o mais transparente possível nossa gestão. Todo mundo sabe o momento por que o País passa e precisaremos ser mais ativos e atrevidos para tentar resolver os problemas", disse Andrés Sanchez.

Nos bastidores, Caixa e Odebrecht receberam com confiança a eleição de Andrés Sanchez. Banco e construtora acreditam que o dirigente terá maior habilidade do que os outros candidatos para acertar todas as pendências.

O presidente garantiu que não há risco de clube perder o Parque São Jorge. Na última segunda-feira, a Caixa comunicou ao Corinthians que vai executar as garantias de empréstimos. Parte do terreno da sede, por exemplo, foi dada como garantia para obtenção do financiamento de R$ 400 milhões do BNDES. "Saiu uma notícia desencontrada. Já sentamos ontem (segunda) com eles e espero que a gente pague o mais rápido possível. Estamos negociando. Vamos acertar direitinho isso. Será a prioridade".

LICENÇA - Além de ser presidente do Corinthians, Andrés Sanchez também é deputado federal, pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O dirigente garante que vai se licenciar do mandato de político. "Eu queria (pedir licença) esta semana, mas não vou conseguir ir a Brasília, vou até o carnaval. Tenho de passar algumas coisas a outros deputados. Vou me dedicar 100% ao Corinthians", disse.

Ele ainda confirmou alguns novos dirigentes. Duílio Monteiro Alves será diretor adjunto de futebol e Luis Paulo Rosemberg vai comandar o marketing, ao lado de Caio Campos.

Gestores do Allianz Parque e do estádio Itaquerão, a Arena Corinthians, estão trocando informações com o Atlético Paranaense sobre a utilização da biometria (leitura das impressões digitais) para acesso dos torcedores aos estádios. O clube paranaense é o único do País a adotar o sistema em todos os setores da Arena da Baixada, em Curitiba; Grêmio e Internacional adotam a biometria apenas nos setores destinados às torcidas organizadas.

A biometria é uma medida para aumentar a segurança. O primeiro passo é instalar equipamento de leitura ao lado das catracas, na entrada dos estádios. Em seguida, é feito o cadastramento dos sócios-torcedores. Por meio do cadastro, é possível cruzar as informações com os órgãos de segurança para garantir que eventuais medidas restritivas, como um mandado de prisão ou uma proibição de entrar no estádio, seja cumprida de fato. Além disso, uma eventual punição para a ser individual, diminuindo o risco de punição ao clube.

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No Paraná está em andamento um projeto com participação do Tribunal de Justiça (TJ-PR), a Secretaria de Segurança Pública (SESP), o Instituto de Identificação, o Detran e a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação (Celepar). A ideia é que a biometria seja adotada em todo o Estado.

Em São Paulo está em tramitação na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 779/2017, de autoria do deputado Celson Nascimento (PSC/SP), propondo a instalação obrigatória de sistemas de identificação biométrica nos estádios de futebol com capacidade superior a 10 mil pessoas. No Rio de Janeiro, uma ação civil pública criada pelo Ministério Público determina a instalação de leitores biométricos nos estádios. Ela, no entanto, está parada na Justiça. Aprovada pelo Juizado do Torcedor em maio, foi derrubada por um efeito suspensivo pedido pela própria Ferj.

O Allianz Parque, estádio do Palmeiras, admite o contato com uma empresa fornecedora do serviço de catracas para a Arena da Baixada e a Arena Grêmio, mas negou a adoção imediata da inovação. "Por enquanto, não faremos mudanças em nosso sistema. Fizemos apenas conversas para conhecer as inovações do setor de controle de acesso", informou a assessoria da Arena. Fontes ligadas ao Itaquerão afirmaram apenas que "a biometria está na lista de inovações que a arena pretende adotar, mas os prazos ainda não estão definidos". Os contatos foram feitos durante o Campeonato Brasileiro de 2017.

PROBLEMAS - A inovação não é uma unanimidade. No Sul do País, os torcedores reclamam que os clubes estão repassando os custos de implantação do sistema para os ingressos. Na Arena da Baixada, que adota o acesso em todos os setores desde setembro, os torcedores reclamam de aumento de R$ 100 para R$ 150. "(O aumento) é uma bravata. Nós damos desconto para compra antecipada. A elitização está ligada ao custo do espetáculo. Como pagar 1 milhão de reais por um atleta e cobrar 20 reais pelo ingresso?", indagou Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Paranaense e que reassumiu as funções ligadas diretamente com o futebol.

O time do Corinthians vai voltar a utilizar o estádio do Pacaembu em janeiro de 2018, durante a disputa do Campeonato Paulista. O gramado do Itaquerão passará por um replantio, após a realização do Monster Jam Brasil, evento de entretenimento com caminhões, sobre o campo do estádio corintiano, no bairro de Itaquera.

O atual campeão paulista e brasileiro deverá enfrentar no tradicional estádio a Ponte Preta (17/01), a Ferroviária (24/01) e ainda fará o clássico com o São Paulo no local, no dia 28 do mesmo mês.

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A relação entre Corinthians e Pacaembu é bastante intensa. Desde a fundação do estádio em 1940 até a inauguração do Itaquerão, em 2014, o time de Parque São Jorge foi o que mais atuou no estádio municipal. Lá o time alvinegro conquistou títulos importantes como o do Quarto Centenário, em 1955, o Brasileiro de 2011 e o da Copa Libertadores, em 2012.

"O Corinthians manterá o torcedor informado, por meio dos canais oficiais do clube, em caso de qualquer alteração no local dos jogos, assim como sobre a data do primeiro jogo de 2018 na Arena", informou o clube, em comunicado.

O Corinthians foi punido com a perda de um mando de campo em decorrência de sua torcida ter utilizado sinalizadores dentro do estádio Itaquerão, em São Paulo, durante a vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense, no dia 15 de novembro, em jogo que a equipe alvinegra assegurou o título do Campeonato Brasileiro.

Com a decisão, o clube não poderá mandar o primeiro jogo que disputar de uma competição organizada pela CBF, que deve ser na primeira ou na segunda rodada do Campeonato Brasileiro do ano que vem. A punição não vale para a Copa Libertadores e para o Campeonato Paulista.

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Além da perda de mando, o time do técnico Fábio Carille ainda pagará uma multa no valor de R$ 50 mil pelo incidente. A partida chegou a ficar paralisada alguns minutos, depois da equipe marcar o terceiro gol sobre o time carioca.

Conselheiros do Corinthians tiveram acesso a uma auditoria contratada pelo clube para auditar o Itaquerão, e um dos pontos revelados pelo estudo é o fato de a obra ainda custar mais R$ 1,338 bilhão, considerando juros e encargos até agosto (de 2017) e descontando o valor dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs). Sem os CIDs, o valor sobe para R$ 1,8 bilhão. Além disso, a Odebrecht deixou de fazer R$ 150 milhões em obras e deveria pagar uma multa de R$ 22 milhões pelo atraso na entrega do estádio.

O documento feito pela Claudio Cunha Engenharia e Construções foi apresentado aos conselheiros do Corinthians na noite da última segunda-feira. Segundo a auditoria, além da multa, a construtora ainda deveria pagar também por reparos feitos na obra no valor de R$ 60 milhões. Assim, o clube teria um crédito de R$ 230 milhões.

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Em alguns setores em que a obra não foi finalizada, o Corinthians tem dificuldade em realizar eventos ou fazer algum tipo de negócio no local. A auditoria aponta que o prejuízo do clube chega aos R$ 100 milhões por causa de obras inacabadas em camarotes e outros setores da arena.

Caso o Corinthians consiga vender todos os CIDs, deve arrecadar algo em torno de R$ 454 milhões. CIDs são títulos comprados por empresas para abater o valor pago com impostos municipais. Os papéis foram emitidos pela prefeitura como contrapartida de benefícios para a economia da Zona Leste e pela abertura da Copa.

O valor seria um alívio para as contas do clube, mas o Corinthians tem muitas dificuldades para vender os CIDs. A auditoria sugere que o clube negocie com a Odebrecht ceder os papéis para a construtora como forma de abater parte da dívida, que está na casa de R$ 976 milhões.

O Corinthians negocia com a Caixa o refinanciamento da dívida da arena. Hoje, todo o valor arrecadado no estádio vai para o fundo criado para pagar a obra. A ideia da diretoria corintiana é conseguir ficar com parte do dinheiro arrecadado, seja pela renda de bilheteria dos jogos ou eventos realizados na arena, para a utilização em outros setores, como contratação de jogadores, investimentos no clube, dentre outros.

A Odebrecht disse desconhecer o resultado da auditoria e que não recebeu qualquer documento sobre o assunto. A construtora ainda voltou a afirmar, que não deixou obras inacabadas. Apenas tinha um valor máximo de obras, R$ 985 milhões, e que o arquiteto e o próprio Corinthians solicitaram mudanças no projeto inicial e essas alterações fizeram alguns itens custarem mais do que estavam planejados. O clube decidiu não realizar o que estava faltando, pois o valor da arena seria ainda maior.

Roberto de Andrade transformou a sua sala na concessionária da qual é dono, localizada perto do Parque São Jorge, na zona leste de São Paulo, em mais um território corintiano. De lá, entre um despacho e outro de algo ligado ao clube ou à venda de carros, o presidente do Corinthians atendeu o Estado e falou sobre vários assuntos. Estádio Itaquerão, elenco, Fábio Carille e eleições, entre outros.

Há sete meses, acreditava que o Corinthians viveria esta fase, liderado pelo Fábio Carille?

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Nós sabíamos que teríamos um ano melhor do que foi 2016, mas seria mentira falar que sabíamos que seríamos campeões paulistas e que lideraríamos o Campeonato Brasileiro dessa forma. É uma grata surpresa. O Carille faz parte do conjunto. Antes que me pergunte por que não efetivou o Carille antes, esclareço. Simples, porque ele não se sentia pronto. No fim do ano a gente conversou e ele demonstrou estar pronto.

Clubes e empresários reclamam que o Corinthians não tem pago pelas transferências de jogadores. O que falar?

Tivemos atraso de salário por seis dias. Sim, de fato, existem atrasos no pagamento de luvas e comissão para os que chegaram agora, como o Gabriel. Mas estamos conversando e negociando as dívidas.

Dá para garantir que o elenco fica até o fim da temporada?

Temos a ideia de fazer isso, mas tem multas e detalhes que podem surgir e a gente não ter como segurar o jogador. Nossa vontade é de permanecer com todo mundo. Só vai sair alguém se for algo muito bom.

Como andam as conversas para o patrocínio master?

Existem negócios caminhando, mas não depende só da gente. A Caixa (Econômica Federal) não quis prorrogar e ofereceu valor e tempo menores do que queríamos.

A Arena Corinthians (Itaquerão) chegou a ser citada na Lava Jato e em outros casos de corrupção. Isso pode atrapalhar os negócios?

Ela não foi citada na Lava Jato coisa nenhuma.

Presidente, dentre tantas informações e delações, o ex-prefeito Fernando Haddad disse que recebeu uma denúncia de suposto pedido de propina para que o promotor Marcelo Milani não entrasse na Justiça contra uma lei que permitia à Prefeitura emitir CIDs (Certificado de Incentivo de Desenvolvimento)...

O negócio foi com a construtora (Odebrecht) que fez a arena, não com a arena. Isso não tem nada a ver com a arena.

CIDs que foram fundamentais para a construção do estádio...

Problema do ex-prefeito. Ele é que tem de falar por que o promotor queria dinheiro para liberar os CIDs. Não tem nada a ver com a gente. O CID é nosso, um ativo do clube. Não tem nada de Lava Jato no Corinthians. A lei não foi feita para o Corinthians, mas para o desenvolvimento da zona leste.

Tudo isso não afeta a imagem da arena?

Não enxergo assim. Não temos "naming rights" porque ninguém se colocou à disposição para pagar. Você sabe o motivo? Me fala, pois eu não sei. Pensa que é fácil vender o nome de um estádio em um País em que arena é um produto novo? Estamos falando de cifras altas e vivendo a maior crise da história do País.

A arena do Palmeiras também era um negócio novo e conseguiram fechar com o Allianz...

Era um outro momento. Hoje, não conseguiria vender.

Mas a Arena Corinthians existe desde 2014 e começou a ser construída em 2011...

Nós deixamos para ir atrás disso ("naming rights") quando a arena estava praticamente pronta. Erramos, podemos dizer assim, em esperar ficar pronta. Pegamos um outro momento do País. Não temos bola de cristal. O Brasil naquela época estava muito bem, tudo crescendo e indo maravilhosamente bem. Não esperávamos que fosse acontecer tudo isso.

A construção da arena foi um bom negócio?

Agora está feito. Não adianta falar se está errado ou certo. É um dos estádios mais bonitos do mundo e vamos pagar. Com dificuldades, mas vamos pagar. Infelizmente, é assim que as coisas acontecem. Tudo poderia ser diferente, mas a forma de pagar é essa e temos de nos enquadrar nisso. Não tem outra opção. Falando hoje é fácil. Naquele momento, era a forma que tinha de pagar.

Caso sua chapa seja a vencedora na eleição, em 2018, pretende continuar participando da diretoria ou do futebol?

Eu quero descansar um pouco. Claro que, se alguém precisar, pode contar comigo, mas ter o dia a dia do clube, do futebol, eu não quero. Preciso descansar um pouco e deixar quem chegar trabalhar em paz.

Construída ao custo oficial de R$ 1.080 bilhão, o estádio Itaquerão, a Arena Corinthians, também está envolvida em suspeitas de corrupção. Inquérito que tramita sob segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) investiga "possível prática criminosa associada à construção da Arena Corinthians" com base em delações de cinco executivos ligados à Odebrecht, entre eles o dono da empresa, Emílio, e seu filho e herdeiro, Marcelo.

É apurado suposto recebimento ilegal por parte do ex-presidente do clube e atual deputado federal, Andrés Sanchez (PT). Outro inquérito, também no STF, investiga se o também deputado petista Vicente Cândido teria recebido dinheiro para ajudar a destravar o financiamento do estádio.

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Não há detalhes da investigação sobre Andrés, presidente do Corinthians entre 2007 e 2011. Mas há a suspeita de ligação com a prisão, em março de 2016, do vice-presidente do clube, André Luiz de Oliveira, o André Negão, depois que seu nome apareceu em uma planilha da Odebrecht sob o codinome "Timão" e ao lado da palavra "Alface". Ele teria recebido R$ 500 mil em propinas, cujo destinatário seria Sanchez, para sua campanha a deputado.

O advogado de Andrés Sanchez, João dos Santos Gomes Filho, rebate. Diz que não construtora não faz qualquer afirmação de pagamentos ao ex-presidente do Corinthians e que André Negão, em depoimento à Polícia Federal - foi preso em flagrante por porte ilegal de armas, durante a Operação Xepa, fase da Lava Jato - negou ter solicitado ou recebido qualquer valor em nome ou a favor de Andrés.

"Nossa posição é de que não há qualquer elemento probatório que sustente um nexo causal mínimo entre o valor apontado (R$ 500 mil) e o seu suposto repasse ao deputado Andrés Sanchez", disse Gomes Filho. À época da denúncia, Andrés, em conversa com a reportagem, afirmou: "Não é verdade que houve propina na Arena Corinthians para mim ou quem quer que seja. O Corinthians é vítima".

Em relação a Vicente Cândido, o inquérito apura se ele teria recebido R$ 50 mil para sua campanha para, em troca, "buscar apoio parlamentar na busca de solução para o financiamento do estádio do Corinthians". O depoimento foi de Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht.

Cândido, que também é diretor de relações internacionais da CBF, informou por meio de nota que ainda não recebeu nenhuma notificação da Justiça (sobre o inquérito) e não teve acesso aos autos do processo. "Vale ressaltar que os acusadores ainda precisarão provar o que disseram. Neste sentido, tenho certeza de minha idoneidade e me coloco a disposição para quaisquer esclarecimentos à justiça".

Em sua delação, Marcelo Odebrecht disse que a construção da Arena Corinthians foi um pedido do ex-presidente Lula a seu pai, Emílio, e que ele tocou a obra a contragosto. "Teve um momento que tentei desistir", afirmou. "Foi logo após saber que a obra, que era para ser um estádio para 30 mil pessoas, virou um projeto para a Copa... Você entra no atoleiro e não sabe como sair depois".

CARTEL - Outro crime envolvendo arenas da Copa foi o estabelecimento de cartel. De acordo com ex-executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, as empresas e consórcios que executaram as obras do Mané Garrincha (Brasília) e das arenas Pernambuco (Recife), Castelão (Fortaleza) e Fonte Nova (Salvador) foram decididas pelo cartel das construtores. O Mineirão, em Belo Horizonte, só não entrou no "pacote" porque, depois de acertado que a reforma seria feita pela Andrade, o projeto foi transformado em PPP. Há um inquérito administrativo no Cade sobre a denúncia e alguns depoentes teriam colocado dúvida sobre a existência efetiva do cartel.

A eliminação na Copa do Brasil não diminuiu o interesse e a confiança da torcida do Corinthians para o clássico com o São Paulo, neste domingo (23), às 16 horas, pelo duelo de volta das semifinais do Campeonato Paulista. A venda antecipada de ingressos para o confronto já garantiu o maior público da arena de Itaquera no ano e pode ser um dos maiores da história do estádio.

Até esta sexta-feira (21), já haviam sido vendidos 41 mil ingressos, número superior ao maior público de 2017 no estádio, que é de 36.111 pagantes, na vitória do Corinthians sobre o Santos por 1 a 0 pelo Estadual.

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A partida com mais torcedores até o momento da história do Itaquerão aconteceu na goleada por 6 a 1 sobre o São Paulo no Brasileiro de 2015, quando 44.976 pagantes compareceram à partida em que o Corinthians recebeu a taça de campeão nacional.

Nessa sexta-feira, o técnico Fábio Carille comentou sobre o fato de jogar com a arena lotada. "O apoio da torcida está muito legal. O torcedor comprou a ideia depois do confronto com o Palmeiras e, com ele próximo, a gente fica muito mais forte."

Entretanto, há uma preocupação de Carille e da diretoria com a possibilidade de os torcedores voltarem a utilizar sinalizadores, algo proibido. Além de o clube receber multa, em determinados momentos o artifício atrapalha o calor da disputa. Contra o Inter, quarta, o Corinthians dominava o rival quando o jogo foi paralisado por causa dos sinalizadores. Quando reiniciou, os gaúchos passaram a jogar melhor. "Que eles tenham consciência de que não pode. Naquele momento, não ajudou", disse o treinador.

O Corinthians decidiu que vai cobrar da Universidad de Chile o prejuízo causado por sua torcida, que depredou parte do Itaquerão, na quarta-feira (5), na vitória do time brasileiro por 2 a 0, em jogo válido pela ida da primeira fase da Copa Sul-Americana. Caso não tenha acordo, a diretoria corintiana estuda acionar a Conmebol. No total, 26 torcedores foram detidos por causa da confusão e mais sete pessoas ficaram feridas, sendo duas delas policiais.

O valor total do prejuízo causado pela torcida será calculado nesta quinta-feira, em vistoria que será feita por funcionários do Corinthians, mas na quarta-feira já foi possível ver diversas cadeiras e grades quebradas. Banheiros e bilheterias também foram depredadas.

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A ideia do clube brasileiro é arrumar o local o quanto antes, pois no domingo recebe o Botafogo de Ribeirão Preto pelas quartas de final do Campeonato Paulista, e mandar a conta para que a diretoria da Universidad de Chile pague. Se o clube chileno se recusar, os dirigentes corintianos podem apelar para a Conmebol e pedir punição ao adversário.

Segundo a PM, foram 26 chilenos presos e outros cinco feridos, que foram encaminhados a um hospital da Zona Leste de São Paulo. Os torcedores foram levados até o 24º Distrito Policial, também na Zona Leste, onde assinaram um termo circunstanciado. Tiveram ainda dois policiais machucados e mais uma funcionária do Corinthians agredida.

"Quando o jogo começou, uma torcida organizada chilena iniciou depredação do estádio e queima de fogos. Eles foram identificados por imagem na sequência e por uma questão de segurança, não era oportuno realizar detenção na arquibancada para evitar um episódio de violência. No intervalo, quando eles foram ao banheiro, um efetivo policial efetuou a detenção de parte destes torcedores, membros da liderança desta torcida. No momento da detenção um grande número de torcedores tentou arrebatar esses detidos, partindo para cima do policiamento tentando arrancá-los da prisão. Foi quando iniciou-se um novo confronto, quando foram presos 21 pessoas", explicou o primeiro tenente Depieri, comandante da operação.

A confusão teve início antes de a bola rolar. Parte dos 1.200 torcedores da Universidad de Chile presente no Itaquerão quebrou as cadeiras da arena e arremessou o objeto em direção à torcida do Corinthians. Eles só foram contidos quando a Polícia Militar se aproximou. No intervalo, a confusão foi ainda maior, pois a briga foi dos chilenos com os PMs, que reagiram de forma ríspida e chegaram a agredir alguns torcedores.

Para tentar acalmar os ânimos, a PM retirou do local onde ficavam os visitantes a maior parte dos chilenos. Dez deles foram levados para a delegacia que fica dentro da arena e centenas deles tiveram de sair do estádio.

"Os torcedores foram retirados com base no Estatuto do Torcedor, por promoverem tumulto. Os demais, que identificamos que tiveram comportamento pacífico e não se envolveram na confusão, foram triados e permaneceram na arquibancada", explicou o primeiro tenente.

Investigado pela terceira vez nestas Eliminatórias da Copa do Mundo, por conta de gritos de "bicha" por parte da torcida, a seleção brasileira corre o risco de ser impedida de voltar a jogar no Itaquerão. A Fifa confirmou nesta terça-feira que abriu um procedimento contra o Brasil por causa das ofensas no jogo contra o Paraguai, no mês passado, e, se optar por uma punição, poderá recorrer não apenas a multas, mas também s proibição de jogos em certos estádios.

Adotando uma postura dura contra gritos homofóbicos, a Fifa já multou as seleções sul-americanas em 13 ocasiões, o que resultou em multas de 550 mil francos suíços por parte da Fifa - cerca de R$ 1,8 milhão.

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No caso da CBF, ela foi multada pelos incidentes que ocorreram na partida contra a Bolívia, no dia 6 de outubro. A multa aplicada foi de 25 mil francos suíços (R$ 78 mil), além de um alerta. Em setembro, a entidade já havia sido alvo de uma punição, depois dos gritos homofóbicos dos torcedores em Manaus num jogo contra a Colômbia, também válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Naquele momento, a multa imposta foi de 20 mil francos (R$ 62 mil).

Se o ritmo de punições continuar, a Fifa avisou que o Brasil pode ser obrigado a mudar o local de partidas ou impedir que jogos voltem a ocorrer nos lugares onde os problemas foram registrados.

Um exemplo dado pela Fifa é o que ocorre com o Chile. Ao ser multado pela terceira vez, foi impedido de disputar o jogo do dia 28 de março contra a Venezuela no Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos, em Santiago.

A CBF vai tentar explicar que tem feito campanhas nos estádios e pedido que os gritos não se repitam. Mas a nova investigação ao Brasil ainda foi uma resposta clara à CBF e à Conmebol diante da tentativa dos cartolas sul-americanos, em outubro do ano passado, de convencer a Fifa de que os gritos de "bicha" eram "culturais". Wilmar Valdez, presidente da Federação Uruguaia de Futebol, confirmou que reuniões foram mantidas para explicar que o uso de certas palavras para ofender os adversários não tem o caráter de homofobia.

A Fifa rejeitou a tese e promete que vai continuar sancionando a região. Questionada no final do ano passado se o argumento "cultural" era válido, a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, rebateu: "É uma questão de educação e não pode ser autorizada".

"O que posso dizer é que precisamos que as pessoas sejam educadas, mesmo que esteja na sua história, na sua cultura, usar palavras não amigáveis contra o adversário. Isso tem de parar. Para a Fifa, a tolerância é zero em relação à homofobia, discriminação racial e discriminação de gênero", respondeu a delegada da Fifa, que é africana, negra, mulher e muçulmana.

A partida entre Brasil e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, foi um verdadeiro sucesso de público. O torcedor paulistano, carente de um jogo da seleção principal desde a abertura da Copa do Mundo de 2014, compareceu em peso à Arena Corinthians, com mais de 44.000 presentes e renda de incríveis R$ 12.323.925,00**. Apesar da maior parte das vendas ter sido feita de maneira antecipada, isso não impediu a presença de cambistas no Itaquerão.

Apesar do forte policiamento nos arredores do local, os cambistas não se intimidaram e, com ingressos para quase todos os setores do estádio, negociavam as entradas por até 40% a mais do que o valor que era cobrado na internet e nos pontos de venda oficiais. Além disso, alguns deles aceitavam até mesmo cartão de crédito e débito na hora do pagamento.

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CLIMA FAMÍLIA - A chegada à Arena Corinthians aconteceu de forma bastante tranquila, sem correria e nenhuma queixa de torcedores na hora de entrar no estádio. Quem optou pelo Metrô, viu uma movimentação normal, aparentando ser menor do que em dias de jogos do Corinthians no local. No caminho entre a estação Itaquera e a entrada da arena, muitos camelôs comercializavam bebidas, além de acessórios da seleção brasileira, como bandeiras e camisas. Destaque também para a grande presença de famílias com crianças e também pessoas idosas entre os expectadores da partida.

Brasil e Paraguai jogam pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O Brasil lidera a tabela da competição e está próximo de garantir a classificação ao Mundial.

**A primeira versão da matéria deu um número superior à R$ 13 milhões, que foi corrigido

Sem pagar o financiamento do Itaquerão desde maio do ano passado, o Corinthians, enfim, chegou a um acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF) para retomar o pagamento das mensalidades da arena cujo custo, agora, será de cerca de R$ 2 bilhões. Com o novo contrato, a ser sacramentado nos próximos dias, o clube vai demorar mais tempo para quitar o estádio. No entanto, arcará com um valor mensal menor.

O Corinthians pagava R$ 5 milhões por mês e passará a despender pouco mais de R$ 3 milhões. O prazo do financiamento sobe de 12 para 20 anos e o valor total vai aumentar, em decorrência dos juros. Antes do novo acordo, a dívida estava na casa dos R$ 1,6 bilhão.

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Além da alteração no valor da parcela e do prazo de pagamento, o clube também tentou mudar o item contratual pelo qual toda a renda obtida em jogos do Corinthians na arena tem de ser revertida para o fundo que administra as contas do Itaquerão. Não conseguiu. Assim, continua sem poder utilizar o dinheiro da bilheteria.

Os dirigentes comemoraram o acerto. O estádio ficará ainda mais caro, entretanto eles entendem que ganharão fôlego para administrar as finanças do clube e conseguir honrar os pagamentos em dia. No ano passado, ocorreram atrasos na quitação de salários, pagamento de transferências e do próprio financiamento da arena. Em maio, o Corinthians suspendeu os pagamentos, entrou em contato com a Caixa e solicitou novo acordo.

Os atuais dirigentes alegam que a dificuldade em honrar todos os compromissos se deve em grande parte a dívidas antigas, deixadas pelos últimos presidentes, que eram da mesma chapa do atual mandatário, Roberto de Andrade - a crise política fez com que se afastassem. Só a contratação do atacante Alexandre Pato obrigou a atual diretoria a pagar R$ 5 milhões.

Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, revelou no ano passado que o clube chegou a se ver obrigado a tirar dinheiro do futebol para pagar o estádio, o que não deveria ocorrer.

Uma auditoria independente está sendo realizada para o clube saber exatamente o que foi feito pela Odebrecht e o que resta para a arena ser concluída. A construtora admite que não entregou 100% da obra e alega ter usado parte do dinheiro então disponível para outras intervenções no local que custaram mais do que o esperado.

REJEIÇÃO - A dificuldade em conseguir pagar a arena passa pelo fracasso nas negociações do "naming rights" do estádio. Os dirigentes disseram diversas vezes, ainda enquanto o Itaquerão estava sendo construído, que venderiam o nome rapidamente, mas as diversas notícias negativas sobre a obra - acidentes, alguns com mortes, possível envolvimento na Operação Lava Jato, etc - afastaram o interesse de várias empresas em ligar a sua marca ao estádio.

Em 2016, o Corinthians ficou muito próximo de fechar o "naming rights", mas não conseguiu obter garantias financeiras da empresa com a qual negociava. No momento, não existe nenhuma negociação.

Em 25 de outubro passado, o jornal O Estado de S.Paulo publicou uma entrevista com Andrés Sanchez em que ele admitia estar disposto a aceitar um valor bem menor do que o esperado para poder fechar o "naming rights". "Se chegarem com uns R$ 300 milhões ou R$ 200 milhões, eu aceito. O que pagarem a gente fecha (o Corinthians insistiu por muito tempo em R$ 400 milhões)", disse.

Dono da torcida mais numerosa do Estado, o Corinthians foi o único clube a levar mais de 1 milhão de torcedores ao total ao seu estádio em dias de jogos em 2016. Em contrapartida, ainda sofre para atrair público em eventos não relacionados a futebol, enquanto os dois rivais da capital levam vantagem nesse aspecto.

No balanço de público da temporada passada, o Palmeiras lidera com mais de 850 mil torcedores assistindo a jogos no Allianz Parque e outros 418 mil espectadores em shows. Entre os dois arquirrivais está o São Paulo, com mais de 645 mil torcedores em partidas do São Paulo e outros 200 mil espectadores em megashows.

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Para 2017, o Allianz Parque continuará dividindo as suas atividades entre jogos de futebol e shows. Já estão agendadas apresentações de Justin Bieber, Elton John e Sting.

O Corinthians, que nos últimos 18 meses conseguiu reunir apenas 50 mil pessoas no Itaquerão em eventos corporativos, festivais musicais e palestras, tem se organizado para diminuir a ociosidade da arena e conseguir evoluir no único aspecto de lotação em que os rivais lideram. O intuito é atrair mais eventos e aumentar as receitas nesse segmento.

O público ‘extra-futebol’ no Itaquerão ainda está abaixo do sonhado pelo clube, pois representa menos de 10% das receitas com a nova arena, cuja manutenção mensal custa R$ 2 milhões, fora as prestações de R$ 4 milhões para pagar os empréstimos obtidos durante a construção do estádio.

Apesar de evitar a concorrência com os rivais São Paulo e Palmeiras no quesito eventos, o Corinthians admite estar atrás no segmento. O clube do Parque São Jorge não pretende ter no Itaquerão megashows, mas entende ser necessário ampliar o faturamento, até por entender que o modelo atual é pouco rentável se comparado às nove atrações internacionais que se apresentaram no Morumbi e no Allianz Parque em 2016, para um público agregado de mais 600 mil pessoas.

"Estamos em busca de prospectar o mercado e mostrar para as pessoas o que podemos oferecer, o temos de estrutura. O que vejo é um certo ‘pré-conceito’ com a arena, principalmente pela localização, pelo que ouvem falar", explicou o gestor do estádio, Lúcio Blanco. O clube prefere não trabalhar com metas fechadas sobre quantidade de eventos para 2017. O plano é apenas aumentar a frequência.

O Corinthians admite ter se prejudicado pela demora no fim das obras do estádio, inaugurado em maio de 2014. "Para a Copa foram construídas estruturas temporárias. Depois, foi mais um ano e meio para concluir o restante. Então, praticamente só em 2016 começamos a ficar prontos para receber eventos", explicou Blanco.

A arena recebeu no último ano uma gravação de seriado e festival musical, foi cenário de fotos para casamentos e teve palestras. O clube cede para eventos os 89 camarotes, lounges, halls de entrada e locais de uso dos jogadores, como o espaço de aquecimento do vestiário e a zona mista.

O Corinthians diz ainda ter mais de 20 mil m² de área em diferentes ambientes com capacidade para receber mais de mil pessoas, como, por exemplo, o estacionamento.

GRAMADO INTOCÁVEL - O clube tem estratégia diferente dos rivais em mais um aspecto fora o de não querer megashows. "Nossa prioridade é não atrapalhar o time, não fazer com que ele tenha que jogar em outro estádio por causa de um evento", afirmou o gestor.

Na última temporada, São Paulo e Palmeiras tiveram de jogar fora enquanto cediam o estádio para shows. No caso do alviverde, a intensa utilização para eventos gerou críticas até do então treinador do time, Cuca, pelo estrago no campo causado pela preparação do espaço para as apresentações.

As recentes quedas de peças no Itaquerão, a Arena Corinthians, têm preocupado o clube e a Odebrecht a ponto de a construtora admitir, pela primeira vez, que pode ter responsabilidade pelos incidentes ocorridos no estádio nos últimos meses. A empresa vai averiguar as causas e corrigir as falhas, caso seja culpada. Os problemas levaram o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) a informar que fará uma vistoria no local, ainda sem data definida, para avaliar se ele apresenta segurança para a realização de partidas de futebol.

O jornal O Estado de S.Paulo teve acesso a um vídeo do dia 18 de outubro que mostra uma placa de mármore despencando na frente da entrada de um elevador em um dos andares de camarote, 15 segundos após um homem passar pelo local. A peça é de mármore preto, com cerca de um metro de comprimento e 40 centímetros de largura, e pesa aproximadamente 40 quilos.

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"Temos de apurar as coisas. Pode ser um equipamento que bateu, pode ter ocorrido algo na hora da aplicação. Alguma coisa de argamassa não bem colocada. Este problema do elevador a gente identificou que um equipamento bateu. Chamamos a empresa, que fez a recolocação das pedras, e resolvemos", disse Ricardo Corregio, diretor de contrato da Odebrecht, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Nesta quinta-feira, o Ministério Público informou que a Promotoria de Habitação e Urbanismo fará vistoria na arena em função das reiteradas informações sobre problemas, como um possível vazamento, divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, que comprometeria a segurança do local. O MP descarta, por enquanto, a possibilidade de interdição.

A Prefeitura informou, por meio de comunicado, que há cerca de 15 dias fez vistoria na arena com um engenheiro civil e a Defesa Civil e não foi constatado nenhum risco. A Sabesp fez um procedimento recentemente e não detectou problemas.

Em 2015 e no início deste ano foram descobertos dois vazamentos na arena, que acabaram contidos e não chegaram, de acordo com a Odebrecht, a causar infiltração no solo ou abalar a estrutura do estádio. A empresa garante não haver risco para a segurança dos frequentadores do estádio.

ANÁLISE - No entanto, a construtora está analisando não só a queda de placas de mármore como todos os outros problemas na arena para saber o qual a eventual responsabilidade que tem nesses incidentes. "Estamos apurando e, assim que tivermos a definição, a gente parte para resolver o problema", explicou Corregio.

Os problemas de queda de placas têm sido recorrentes. Na mesma área onde caiu o pedaço de mármore, duas peças se deslocaram da parede em setembro. Um forro de gesso já despencou e uma outra placa, pesando duas toneladas, veio ao chão. A preocupação é que esse tipo de problema possa ocorrer no dia de um jogo e acabe ferindo torcedores.

A torcida conhecida como "o bando de loucos" anda mais comedida ultimamente. Antes apoiadores incondicionais, os corintianos parecem vivenciar um esfriamento da relação com a equipe, fenômeno capaz de nos últimos 40 dias ter provocado três quebras negativas de recorde de público na nova arena nos jogos do time no Itaquerão.

Se a presença no estádio está em queda, a postura calorosa dos antes fanáticos corintianos acompanha a tendência. Prova disso foi dada na última quarta-feira, na vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, quando os jogadores manifestaram a sua decepção com vaias pela entrada do volante Willians.

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No segundo tempo, quando o técnico interino Fábio Carille optou pela troca, o jogador levantou, foi à beira do gramado e ouviu o descontentamento do público. O treinador adiou a mudança e a torcida comemorou ao ver que Willians voltou para se sentar no banco de reservas. "Fiquei chateado. Mas isso não pode me abalar. Tenho de esquecer. Eu fui contratado porque eu tenho qualidade e todo mundo sabe do meu potencial", afirmou o volante, que teve a substituição concretizada minutos depois ao entrar no lugar do meia Rodriguinho.

O gerente de futebol, Alessandro, criticou o comportamento. "Uma pequena parte da torcida está impaciente, abrindo mão de torcer até o último minuto", comentou. O episódio marcou a noite com o menor público da história do Itaquerão, com 18,7 mil pessoas. O recorde negativo anterior foi estabelecido no domingo passado, com 18,8 mil na derrota para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro.

Os dois jogos foram realizados sob condições excepcionais, com parte do estádio interditado. Punido por confusões entre torcedores organizados e a polícia no clássico contra o Palmeiras, o Corinthians não pôde receber público no setor norte no último domingo, mas conseguiu na Justiça afrouxar a restrição para enfrentar o Cruzeiro na quarta-feira ao liberar metade da área anteriormente proibida.

A medida não evitou que um público inferior ao do jogo contra o Fluminense comparecesse ao estádio na última quarta-feira. As duas últimas partidas foram as primeiras no Itaquerão a ter menos de 20 mil torcedores desde a inauguração da arena, em 2014.

Os cinco menores públicos do Corinthians na nova arena foram nesta temporada. A sobreposição de recordes começou contra a Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista. No segundo semestre a queda continuou, com a quebra dos índices negativos nos encontros contra Vitória e Fluminense pelo Brasileirão. Por fim, a fraca presença contra o Cruzeiro superou as demais.

A diretoria compreende que a aparição na arena não está tão maciça pelo momento do time. As negociações e empréstimos fizeram 20 jogadores deixar o clube nesta temporada. O enfraquecimento contou com a saída do técnico Tite para dirigir a seleção brasileira, a aposta de três meses em Cristóvão Borges como substituto e o reflexo na tabela de classificação do Brasileirão. São quatro rodadas sem vencer e a perda de lugar no G4.

Aliás, das quatro menores bilheterias da história, três foram exatamente nas partidas mais recentes. A diminuição da presença coincidiu com a sequência da derrota para o Palmeiras por 2 a 0 no clássico, resultado que encerrou a invencibilidade de 34 jogos e mais de um ano no Itaquerão.

Dias depois, o presidente do clube, Roberto de Andrade, admitiu que a torcida estava com um comportamento frio e abaixo do esperado. "As pessoas às vezes vão ao jogo e se manifestam menos. Isso para mim é um abandono. Estamos acostumados a ver uma multidão gritando os 90 minutos", criticou.

Em setembro, o clube recebeu uma média de 24,5 mil torcedores por partida no Itaquerão, número bem inferior ao índice de 38 mil registrado em abril, durante a disputa da Copa Libertadores.

Na noite deste sábado (25), o Santa Cruz assumiu posição de risco na Série A do Campeonato Brasileiro. É que o Tricolor perdeu para o Corinthians, por 2 a 1, no Itaquerão, e permaneceu com os mesmo 11 pontos na tabela. Apenas dois de diferença para a zona de rebaixamento. E o que complica a situação do time coral é que os integrantes do Z4 concluem a rodada no domingo (26). Coritiba, Sport e Botafogo, todos com 9 pontos, podem ultrapassá-lo, e o lanterna América-MG, com oito, pode empatar na pontuação.

O lado positivo para a equipe tricolor é que o gol feito na casa do Timão teve a assinatura de Grafite, que isolou-se na artilharia da competição, com oito tentos. Pelo lado do Corinthians – terceiro colocado, com 19 pontos –, Luciano e Romero balançaram as redes, assegurando o 6º triunfo do time alvinegro no Brasileirão.  

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No primeiro tempo, o Corinthians fez valer o mando de campo ao garantir 58% da posse de bola, enquanto o Santa Cruz, com 42% nesse quesito, jogou justamente da forma como o Timão gosta de encontrar os adversários. Isso porque os corais atuaram com uma marcação alta, porém o time de Cristóvão Borges, levando em conta a herança do ex-treinador Tite, é treinado para atrair o adversário, no intuito de aproveitar os espaços abertos nesses avanços. 

E a tática dos anfitriões deu certo. Primeiro, aos 26 minutos, após cruzamento de Uendel, o atacante Luciano dominou na área, tirou de Tiago Cardoso e abriu o placar. Depois, aos 36, o autor do primeiro gol encontrou Romero na pequena área e o paraguaio, ganhando de Allan Vieira, completou para o fundo  das redes. 

No segundo tempo, o Corinthians expôs momento de falha em sua patente superioridade, e do outro lado tinha o goleador Grafite, que aproveitou cochilo de Cássio e marcou seu oitavo tento na competição, isolando-se na artilharia nacional. No restante do duelo, porém, nenhuma das equipes voltou a balançar as redes, e o Tricolor volta para casa sem somar pontos. 

Craque LeiaJá

Luciano (Corinthians): Autor do primeiro gol e da assistência para o tento assinalado pro Romero, foi o alvinegro mais efetivo em campo. Participação direta e decisiva no resultado positivo conquistado pelo Timão.

Bola Murcha LeiaJá

Vítor (Santa Cruz): Inoperante ofensivamente e frágil na defesa, o lateral-direito não conseguiu produzir e terminou substituído no intervalo. 

FICHA DO JOGO

Corinthians

Cássio; Fagner, Pedro Henrique, Balbuena e Uendel; Bruno Henrique, Rodriguinho, Romero (Guilherme), Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto (Lucca); Luciano. Técnico: Cristóvão Borges.

Santa Cruz

Tiago Cardoso; Vitor (Mário Sérgio), Neris, Danny Morais e Allan Vieira; Uillian Correia, João Paulo (Lelê) e Daniel Costa (Wallyson); Arthur, Keno e Grafite. Técnico: Milton Mendes.

Data: 25/06/2016

Local: Arena Itaquetão (SP)

Torneio: Campeonato Brasileiro (Série A - 11ª rodada)

Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhaes (RJ)

Assistentes: Luiz Claudio Regazone (RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)

Gols: Luciano, aos 26 minutos do 1º tempo, e Romero, aos 36 minutos do 2º tempo (Corinthians); Grafite, aos sete minutos do 2º tempo (Santa Cruz).

Cartões amarelos: Uendel e Romero (Corinthians)

O segundo promotor de Justiça Criminal de Itaquera, Joacil da Silva Cambuim, pretende analisar laudo feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) sobre a queda do guindaste que matou dois operários no estádio do Corinthians, em novembro de 2013, para decidir se vai ampliar a denúncia que fez à Justiça sobre o acidente. O documentodo IPT, publicado nesta quarta-feira (26) pelo jornal O Estado de S.Paulo, aponta que a ruptura de um duto localizado no subsolo do Itaquerão deu início a uma sucessão de eventos que terminaram com a queda do guindaste.

O documento critica ainda o fato de não ter sido feita avaliação sobre a tubulação de águas pluviais existente no trajeto da máquina e também ressalta que o plano original de içamento da peça não foi seguido à risca. A investigação feita pelo IPT foi encomendada pelo Ministério do Trabalho e demorou quase dois anos para ser concluída.

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Seis pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público: quatro engenheiros da construtora Odebrecht e dois funcionários da Locar, empresa responsável pela operação do guindaste. Cambuim usou como base da denúncia uma perícia feita pelo Instituto de Criminalística, que apontou falha de compactação do terreno do estádio. A Justiça aceitou o pedido e deu início ao processo.

Com as novas informações do laudo do IPT, Cambuim pode reformar a denúncia feita para a Justiça e aumentar o número de pessoas envolvidas na construção do Itaquerão consideradas culpadas pela queda do guindaste.

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