Tópicos | Itaquerão

A ruptura de um duto localizado no subsolo do Itaquerão deu início a uma sucessão de eventos que terminaram com a queda do guindaste que matou dois operários em novembro de 2013, durante as obras de construção do estádio do Corinthians, que foi um dos principais palcos da Copa do Mundo de 2014. Essa é a conclusão de laudo feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) sobre o acidente. A investigação levou quase dois anos para ser concluída e foi encomendada pelo Ministério do Trabalho.

Por meio da Lei de Acesso à Informação, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo obteve cópia do documento de 146 páginas assinado por seis engenheiros do instituto. O laudo aponta que, após a ruptura do duto de 1,20 metro de diâmetro, o solo afundou e houve sobrecarga de peso na parte posterior esquerda do guindaste. Na sequência, ocorreu uma inclinação maior do que o suportado pelo equipamento, o que acabou causando a queda.

##RECOMENDA##

O guindaste tombou no momento em que erguia a 38.ª e última peça metálica que faltava para finalizar a cobertura da arquibancada do Itaquerão. A queda da estrutura de 420 toneladas causou a morte do motorista Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e do montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44.

No laudo, o IPT critica o fato de não ter sido feita avaliação sobre a tubulação enterrada de água pluviais existente no trajeto da máquina, nem se o duto suportaria a pressão do guindaste nas condições em que ele foi instalado. Esse avaliação deveria ter sido realizada pela Odebrecht, empreiteira responsável pela construção do estádio.

Análise do solo feita pelo IPT detectou também que, exatamente abaixo do ponto de maior afundamento do guindaste, a terra tinha uma mistura de restos de raízes, folhas e galhos de vegetação. "Esse material, que por si só constitui-se num colchão de baixa capacidade de suporte, não ofereceu apoio adequado para a compactação do aterro", diz trecho do laudo.

De acordo com o IPT, o guindaste era operado sobre um terreno com brita e pó de pedra e desníveis, alguns superiores a dez centímetros, contrariando as recomendações do manual do fabricante, que determina que a máquina tem de se "mover sobre um terreno plano, estável e nivelado".

Outro erro apontado no documento é de que não houve isolamento adequado da área durante as operações do guindaste. "A própria ocorrência de duas mortes, envolvendo pessoas que não tinham relação direta com a operação, demonstra que houve falhas na execução dos itens de prevenção."

DEFESA - Procurada pela reportagem, a construtora Odebrecht afirmou que "estudos realizados por renomados especialistas descartaram a possibilidade de o solo e/ou o subsolo, incluindo as estruturas de drenagem, na área de operação do guindaste, ter sido a causa do acidente ocorrido durante as obras da Arena Corinthians".

A Odebrecht também criticou o laudo feito pelo IPT. "Apresenta diversas inconsistências técnicas que serão oportunamente apresentadas. Além disso, ele é apenas mais um entre os demais estudos e evidências que estão sendo analisados pelas autoridades."

A Locar, empresa responsável pela operação dos guindastes, é citada em vários momentos do laudo. Segundo o IPT, a Locar não levou em conta o Plano de Rigging (planejamento de içamento da peça) original sem comunicar esse fato com a Odebrecht.

A Locar também estaria operando o guindaste com um datalogger (espécie de caixa-preta) inoperante desde o mês de novembro de 2012. Ainda que não seja um equipamento de uso obrigatório pela legislação, o IPT alerta que, "se existe, é para ser bem utilizado".

Em nota enviada à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo pela assessoria, a empresa diz que "há dois laudos conclusivos que demonstram ter sido o solo a causa do desabamento". A Locar alega que esses documentos "têm conteúdo e conclusões irrefutáveis e anulam argumentações em contrário".

O Corinthians prometeu neste domingo que nos próximos dias terá a definição da venda dos naming rights do estádio do clube. O ex-superintendente de futebol do clube e responsável pelas negociações desta venda, Andrés Sanchez, afirmou que o acordo sairá em breve e não necessariamente deve mudar o nome da arena. O objetivo é que o local seja batizado de acordo com uma votação popular com as opções: Arena Corinthians ou Arena do Povo.

"Naming rights está muito perto. O presidente (Roberto de Andrade) anunciará nos próximos dias. É um projeto inovador. O torcedor escolherá o nome", afirmou Sanchez, conselheiro vitalício do clube. Segundo ele, a empresa que está para comprar o nome do estádio não pretende fazer uso do mesmo e, por isso, o Corinthians terá a oportunidade de deixar para a torcida a escolha.

##RECOMENDA##

O estádio foi inaugurado em maio de 2014 e recebeu seis partidas da última Copa do Mundo. Alguns jogos do torneio olímpico do futebol masculino e feminino também serão na casa do Corinthians. Popularmente, o local é chamado de Itaquerão, apelido que é recusado por integrantes do clube.

O dirigente concedeu entrevista antes da partida entre Corinthians e Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro, e prometeu que as recentes denúncias de corrupção no clube sobre jogadores das categorias da base serão investigadas. "Tudo que está acontecendo vai ser apurado. Está tudo tranquilo aqui no Corinthians", afirmou.

A Polícia Militar prometeu "ajustar os procedimentos" nos jogos do Corinthians. Tudo para evitar novos confrontos com a Gaviões da Fiel, principal organizada do clube. O assunto foi tratado nesta terça-feira (22) em uma reunião entre o presidente do clube, Roberto de Andrade, e o tenente coronel Luiz Gonzaga de Oliveira Junior, do 2.º Batalhão de Choque e responsável pelo policiamento dos estádios do capital.

O encontro aconteceu depois que o clube pediu um encontro com o comando da PM, exigindo uma explicação sobre a briga entre torcedores e policiais após a partida contra o Linense, sábado, no Itaquerão. Foi o segundo jogo consecutivo em que houve confronto entre a organizada e PM.

##RECOMENDA##

Segundo o tenente Gonzaga, o presidente do Corinthians se mostrou preocupado porque o confronto entre organizada e polícia atingiu também o torcedor comum. Policiais usaram bombas de efeito moral para conter uma confusão com os torcedores após a partida.

"O que aconteceu foi que policiais foram agredidos primeiro e houve reação da PM. Por isso houve a confusão", disse Gonzaga à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O tenente-coronel reforçou que a Gaviões da Fiel ainda está suspensa pela Federação Paulista de Futebol e não pode entrar no estádio com qualquer objeto que a identifique como organizada. A suspensão, válida por 60 dias, termina dia 31 deste mês. O motivo do gancho foi o uso de sinalizadores durante a final da Copa São Paulo entre Corinthians e Flamengo disputada no Pacaembu, no dia 25 de janeiro.

FAIXAS - A sequência de conflitos neste ano coincide com a atitude da principal torcida organizada do clube de levar ao estádio faixas de protesto nos jogos disputados em Itaquera. Os principais alvos foram a TV Globo, a Federação Paulista, a CBF, e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o deputado Fernando Capez (PSDB), conselheiro do clube. Gonzaga negou que a razão da briga com a organizada tenha relação com as faixas de protestos levadas ao estádio. "Não existe problemas com a faixas", afirmou.

Após o Itaquerão ser citado na 26ª fase da operação Lava Jato, nesta terça-feira (22), o Corinthians se pronunciou por meio de nota oficial e afirmou que irá apurar se houve, de fato, pagamento de propina ao vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão. O dirigente é suspeito de ter recebido R$ 500 mil da Odebrecht, construtora do estádio. André Negão foi preso em flagrante nesta terça-feira, mas foi por porte ilegal de armas. Às 6h, agentes da Polícia Federal foram a sua casa no Tatuapé com a missão de conduzi-lo coercitivamente para depor na Superintendência da Corporação, na Lapa. Durante as buscas em sua residência, os federais encontraram uma arma de fogo, sem licença.

Porém, seu nome apareceu numa planilha de contabilidade secreta de propinas da Odebrecht, segundo apontou a PF na Operação Xepa, a nova fase da Lava Jato. Na planilha, André Luiz de Oliveira está ligado a "uma anotação de um possível pagamento" no endereço Rua Emilio Mallet, em São Paulo, "a ser liquidado na data de 23 de outubro de 2014, no valor de R$ 500 mil, com a anotação do telefone".

##RECOMENDA##

O Corinthians se manifestou no início desta tarde em resposta à investigação. "O Sport Club Corinthians Paulista atesta por meio desta que quaisquer irregularidades ou desvios de conduta, constatados por autoridades ou não, serão devidamente apurados, e a instituição tomará todas as providências a si cabíveis para punir os responsáveis, bem como diligenciar para que todos os prejuízos causados ao clube e à Arena Corinthians sejam ressarcidos", declarou o clube. Palco da abertura da Copa do Mundo, o estádio que foi inaugurado em 2014 custou cerca de R$ 1,2 bilhão e está sendo pago, em parte, com financiamento do BNDES.

O corte de gastos nos Jogos Olímpicos chegou também ao Itaquerão. O estádio, que receberá em agosto dez partidas dos torneios de futebol, terá as suas estruturas temporárias reduzidas. A previsão inicial era de que as obras de adaptação na arena custariam R$ 13 milhões, mas agora a organização está fazendo uma revisão no orçamento para diminuir esse valor.

Entre os cortes já definidos, ficou decidido que o Comitê Rio-2016 não vai mais montar uma loja na aérea externa do estádio para vender produtos relacionados aos Jogos. A comercialização será feita na loja que já existente dentro do Itaquerão.

##RECOMENDA##

"Tínhamos a expectativa de levantar uma tenda lá fora, mas o Corinthians acabou de inaugurar uma loja, então vamos buscar uma forma de operar junto com eles e fazer uma parceira para adaptar nossos produtos dentro das instalações do estádio", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o diretor executivo de operações do Comitê Rio-2016, Rodrigo Tostes.

Outras mudanças em relação ao projeto inicial apresentado no ano passado são os equipamentos de controle de acesso do público e as áreas para autoridades e convidados.

"Estamos trabalhando para não mexer no que não é necessário. Vamos, por exemplo, usar toda a estrutura de raio X do estádio e fazer o receptivo dentro da própria estrutura do Corinthians", disse Tostes.

As estruturas provisórias consideradas mais caras e que estão mantidas são as usados para transmissão de televisão. Em jogos do Corinthians, o Itaquerão recebe, em média, 400 jornalistas. Na Olimpíada, esse número será pelo menos o triplo.

"Precisaremos fazer algumas adaptações em função do nível de serviço que é requerido pela imprensa e, especialmente, as emissoras de TV. Alguns portões que hoje são usados pelos torcedores deverão ser fechados e dedicados exclusivamente para atender aos profissionais de mídia", disse Tostes.

O Comitê Rio-2016 vai assumir a gestão do Itaquerão em julho para iniciar a instalação das estruturas provisórias que serão usadas nos Jogos Olímpicos. As partidas serão realizadas no local entre os dias 3 e 19 de agosto. O sorteio dos confrontos será em abril.

As obras de adaptação no estádio serão pagas por patrocinadores dos Jogos. Como contrapartida, as empresas ganharão espaços publicitários nas vias da cidade. A exibição das marcas dos patrocinadores da Olimpíada será feita através de projeções luminosas em 20 locais públicos entre os dias 20 de julho e 20 de agosto.

REDUÇÃO - O Itaquerão não é único palco dos Jogos a sofrer com o corte de despesas. O Comitê Rio-2016 já anunciou que não será mais construída a arquibancada flutuante prevista inicialmente para as provas de remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, e diminuiu a quantidade de voluntários de 70 mil para 50 mil pessoas.

Sede de dez jogos do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos deste ano, o Itaquerão passará a ser gerenciado pelo Comitê Rio-2016 no início de julho, mas o time paulista seguirá atuando normalmente em sua casa até a Olimpíada - o que inclui uma eventual disputa da decisão da Copa Libertadores. As semifinais do torneio continental estão marcadas para julho, após a parada de cerca de um mês para a Copa América do Centenário, que será disputada nos Estados Unidos.

As finais da Libertadores serão nos dias 20 e 27 de julho. As duas fases, portanto, acontecerão quando a arena da zona leste paulista já estará sob os cuidados do Rio-2016.

##RECOMENDA##

Nesta quarta-feira (24), o comitê confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que isso não inviabilizará o Corinthians de atuar em seus domínios, tanto para jogos da Libertadores quanto do Campeonato Brasileiro. Segundo a entidade, o clube paulista informou as datas previstas para os jogos e atuará normalmente.

Essa política não é vista no Maracanã, estádio que sediará as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e as finais do torneio de futebol. A arena será assumida pelo Rio-2016 em março.

A queda de parte do teto do Itaquerão, ocorrida na semana passada e tornada pública na última terça-feira, não preocupa o Comitê Rio-2016, que a partir de julho passará a gerenciar o estádio para os Jogos Olímpicos. A arena de Itaquera sediará dez jogos de futebol da Olimpíada do Rio, em agosto.

"Não nos preocupa, é um estádio novo. Acreditamos que tenha sido um incidente isolado", afirmou à reportagem o diretor de Comunicação do Comitê Rio-2016, Mario Andrada. A mesma avaliação da entidade se estende às arenas das demais sedes - Manaus, Belo Horizonte, Brasília e Salvador, além do Rio -, mesmo nos estádios que vem sendo pouco utilizados.

##RECOMENDA##

O incidente na arena do Corinthians aconteceu no nível 5 do setor Oeste. O local serve de acesso aos torcedores para o setor vip. No momento da queda, não havia nenhuma pessoa no local e, segundo o clube, não houve feridos.

Ainda segundo a assessoria de imprensa do Corinthians, o setor não precisará ser interditado e receberá torcedores normalmente no próximo jogo da equipe no local, sábado, às 21 horas, contra Oeste, pela sétima rodada do Campeonato Paulista.

Para esse jogo, não há mais ingressos para os setores mais baratos do estádio: Norte, Sul e Leste Inferior. As vendas para o setor Oeste, local do acidente, continuam abertas. A previsão é de público superior a 25 mil pessoas no próximo sábado.

Parte do teto no nível 5 do setor oeste da Arena Corinthians caiu na última quinta-feira. O local do acidente serve de acesso aos torcedores para o setor vip. A informação foi confirmada pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta terça. No momento da queda, não havia nenhuma pessoa no local e, segundo o clube, não houve feridos.

O Corinthians ainda está tentando identificar o que ocorreu no local, mas a queda de uma imensa placa de gesso e madeira causou muita surpresa. No clube, tratam o problema como um caso isolado, que não tem relação com os problemas de infiltração que têm acontecido no estádio, principalmente nos banheiros e lanchonetes.

##RECOMENDA##

Por ser uma arena nova, não é comum que problemas deste tipo aconteçam. O clube pensa em acionar um perito para detectar qual foi a causa da queda do teto e a própria Odebrecht, que construiu o estádio, admite que o reparo já está sendo feito e que será concluído em duas semanas. A nova estrutura será reforçada para que novos casos como esse não ocorram no futuro.

Segundo a assessoria de imprensa do Corinthians, o setor não precisará ser interditado e receberá torcedores normalmente no próximo jogo da equipe no local, sábado, às 21 horas, contra Oeste, pela sétima rodada do Campeonato Paulista. Para esse jogo, não há mais ingressos para os setores mais baratos do estádio: norte, sul e leste inferior. As vendas para o setor oeste, local do acidente, continuam abertas. A previsão é de público superior a 25 mil pessoas no sábado.

Palco da abertura da Copa do Mundo, o Itaquerão foi inaugurado em maio de 2014. Em setembro do ano passado, a construtora Odebrecht anunciou que as suas atividades no local estavam encerradas e retirou os seus operários do estádio. Para o Corinthians, porém, a obra ainda não estava totalmente concluída. O Itaquerão custou R$ 1,1 bilhão.

O Itaquerão baterá nesta quinta-feira, no jogo entre Corinthians e Goiás, às 19h30, pela 30.ª rodada do Campeonato Brasileiro, a marca de 1 milhão de ingressos vendidos no ano. O estádio tem a maior média de público do País, com mais de 32 mil torcedores por jogo.

Apenas o Maracanã vendeu mais entradas do que o Itaquerão em 2015, com uma importante diferença: o estádio carioca recebeu partidas de quatro clubes (Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo) e teve este ano quase o dobro de partidas em relação ao Itaquerão.

##RECOMENDA##

Até agora, o público total do estádio do Corinthians na temporada é de 967.745 pagantes. Como para o jogo desta quinta-feira já foram vendidos 39 mil bilhetes, de acordo com a última parcial divulgada nesta quarta, o clube superará a marca de 1 milhão.

O Itaquerão tem registrado bons públicos desde a inauguração, em maio de 2014, mas os números tiveram significativa melhora a partir do jogo contra o Cruzeiro, no dia 23 de agosto deste ano, na abertura do returno do Campeonato Brasileiro.

Após pesquisa feita pelo departamento de marketing com 5.648 torcedores, a diretoria passou a adotar uma nova tabela de preços de ingressos com entradas mais baratas nas áreas mais nobres, que dificilmente ficavam lotadas.

A resposta da torcida foi imediata. Após a redução no preço dos bilhetes, o Corinthians disputou seis partidas no Itaquerão. Em três, a torcida comprou toda a carga de ingressos disponível (Cruzeiro, Santos e Joinville). Para o confronto do próximo dia 25, diante do Flamengo, pela 32.ª rodada, as entradas também estão esgotadas.

"Fizemos um estudo de remodelagem dos preços e o nosso entendimento foi que existia uma demanda reprimida por alguns setores e, se a gente diminuísse alguns valores, conseguiríamos aumentar a média de público. O time está brigando pelo título e, mesmo em jogos em que o horário não ajuda, temos um alto índice de procura", disse o superintendente de marketing do Corinthians, Gustavo Herbetta.

A diretoria também aposta na fidelização do seu torcedor para manter o estádio cheio. Nesta quarta-feira, por exemplo, o clube lançou um pacote para sócios do programa Fiel Torcedor no qual o associado poderá comprar ingressos para a partida contra o Coritiba, no dia 7 de novembro, e os dois primeiros jogos da equipe no Itaquerão pelo Campeonato Paulista de 2016, ainda sem data e adversário definidos. O pacote de três partidas garante descontos de 30% a 50% no valor das entradas e pontuação dobrada no Fiel Torcedor para cada partida do Paulistão do próximo ano.

"Desde maio, ganhamos mais de 50 mil associados no Fiel Torcedor. A maioria aderiu ao plano que tem como principal motivação a compra de ingresso", explicou Herbetta.

Apesar de o estádio ter capacidade para 48 mil torcedores, o maior público até agora foi de 41.809 pagantes contra o Joinville, no dia 13 de setembro. Para o próximo ano, a meta é aumentar gradativamente a carga de ingressos colocados à venda até chegar à marca de 48 mil.

O Corinthians estuda a possibilidade de pedir para a CBF a transferência de mando de campo de seus jogos no Campeonato Brasileiro ou o adiamento das partidas agendadas para o Itaquerão enquanto o estádio estiver entregue ao Comitê Organizador Rio-2016 durante os Jogos Olímpicos. A previsão dos organizadores é que o clube ficará por aproximadamente um mês sem poder usar a arena.

A medida seria uma maneira de evitar prejuízo devido à queda de arrecadação com bilheteria. Como a CBF não vai interromper o Brasileirão durante os Jogos Olímpicos, o Itaquerão deverá ficar interditado durante oito rodadas do Nacional do próximo ano.

##RECOMENDA##

O Corinthians disputaria quatro partidas como mandante e um acordo prevê a utilização do Pacaembu no período sem precisar pagar aluguel. O problema é que, no estádio municipal, a renda com venda de ingressos nestes quatro jogos pode ficar até R$ 6 milhões inferior em relação aos jogos no Itaquerão. "O pedido de mudança nos jogos é uma possibilidade dependendo de como será a tabela do campeonato do próximo ano. Temos de olhar pelo lado positivo de o nosso estádio ser sede dos Jogos Olímpicos", disse o presidente Roberto de Andrade.

A transferência do mando de campo ou o adiamento de pode fazer com que na reta final do Brasileirão o Corinthians dispute várias partidas seguidas em casa, como ocorreu como o Flamengo em 2007. Naquele ano, por causa da interdição do Maracanã devido aos Jogos Pan-Americanos do Rio, a CBF adiou partidas que seriam disputadas pelo time carioca como mandante.

Assim, na últimas 12 rodadas do Brasileiro, a equipe jogou oito vezes no Maracanã. A sequência de jogos ao lado de sua torcida acabou sendo decisiva para o Flamengo deixar a zona do rebaixamento e conquistar a vaga para a Copa Libertadores com uma rodada de antecedência.

O Itaquerão receberá oito seleções (masculinas e femininas) para 10 partidas durante a Olimpíada. Serão sete dias de jogos, com três rodadas duplas. As partidas serão disputadas entre 3 e 19 de agosto, mas por causa de obras de adaptação do estádio, o Co-Rio assumiria a gestão do estádio a partir do dia 20 de julho.

O governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad assinaram nesta quarta-feira (30) o contrato com o Comitê Organizador Rio-2016 que oficializou o Itaquerão com uma das sedes do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos. O estádio receberá oito seleções (masculinas e femininas) para dez partidas. Serão sete dias de jogos, com três rodadas duplas. As partidas serão disputadas entre os dias 3 e 19 de agosto.

Como o Corinthians não receberá aluguel pelo estádio, o clube poderá usar o Pacaembu durante a Olimpíada de graça. "A Prefeitura não está entrando com dinheiro. Apenas com a estrutura e, por isso, vai oferecer o Pacaembu como uma compensação ao Corinthians", disse o secretário municipal de Esportes, Celso Jatene.

##RECOMENDA##

Durante a cerimônia no Itaquerão, o presidente do Comitê Organizador das Olimpíadas de 2016, Carlos Arthur Nuzman, afirmou ter ficado impressionado com a estrutura da arena. "Sou torcedor do Fluminense e queria que o meu clube tivesse um estádio também. Não precisa ser igual (ao Itaquerão), mas pode ser parecido", disse o dirigente ao presidente do Corinthians, Roberto de Andrade.

Alckmin anunciou que parte da estrutura usada no Mundial de 2014 será reaproveitada durante os Jogos Olímpicos. "Vamos acionar todo o trabalho da Copa do Mundo. Temos em frente ao estádio a linha de trem da CPTM e iremos recolocar no próximo ano o Expresso, que faz o trajeto da estação da Luz até Itaquera em 17 minutos", disse.

Haddad prometeu melhorias na estrutura da cidade em relação à Copa. "Vamos sanar as eventuais debilidades de atendimento que tivemos em 2014. Creio que há o que fazer para melhorar a hospitalidade necessária para acolher os torcedores brasileiros e estrangeiros."

Fracassaram as negociações da diretoria do Corinthians para aproveitar a paralisação do Campeonato Brasileiro durante os jogos da seleção brasileira na Eliminatórias da Copa do Mundo no próximo mês para promover um amistoso internacional no Itaquerão. Depois de tentar jogar contra o Boca Juniors, o departamento de marketing teve recusado dois convites feitos a equipes dos Estados Unidos que disputam a Major League Soccer (MLS).

"Estávamos negociando, mas não chegamos a um acordo. O foco era jogar contra um clube dos Estados Unidos, fizemos duas propostas, mas ambos os clubes têm grandes chances de se classificar para os playoffs e, mesmo sendo data Fifa, a logística da viagem de volta ficaria difícil para eles. Por isso, não houve acordo", disse à reportagem o superintendente de marketing do Corinthians, Gustavo Herbetta.

##RECOMENDA##

O Corinthians ficará 11 dias sem jogos no próximo mês. O time enfrenta a Ponte Preta em 4 de outubro, no Moisés Lucarelli, e depois só volta a campo no dia 15, quando recebe o Goiás, no Itaquerão.

Uma das ideias iniciais era o clube disputar neste intervalo de tempo um amistoso nos Estados Unidos. Depois, passou a ser cogitada a possibilidade de trazer um time de fora do País para jogar no Itaquerão.

Sem amistosos, Tite deverá promover apenas um jogo-treino no CT do Parque Ecológico para os jogadores não perderam ritmo. O Corinthians é líder do Campeonato Brasileiro com 57 pontos, cinco a mais do que o Atlético-MG, o segundo colocado.

Com a decisão da CBF de não parar o Campeonato Brasileiro durante os Jogos Olímpicos de 2016, o estádio Itaquerão deverá ficar fechado durante oito rodadas do Nacional do próximo ano. Pelo acordo com a Prefeitura de São Paulo, o Corinthians mandará seus jogos no Pacaembu sem pagar aluguel, mas pode ter uma arrecadação R$ 6 milhões inferior em relação aos jogos na sua arena.

O faturamento com bilheteria no Pacaembu é bem menor do que na nova arena do Corinthians. Nos últimos cinco jogos que fez no Itaquerão, a média foi de R$ 2,2 milhões por partida. Já nos últimos cinco que a equipe fez no Pacaembu, no ano passado, a arrecadação média foi de R$ 710 mil.

##RECOMENDA##

Independentemente do local da partida, toda a arrecadação vai para o fundo responsável por pagar o estádio. Hoje, a principal fonte desse fundo é a venda de ingressos. Por isso, a diretoria já calcula que, por causa da queda de arrecadação provocada pela Olimpíada, poderá ter dificuldade para quitar as parcelas do financiamento em 2016.

"Sabemos que vamos ter queda de arrecadação no momento em que a gente for jogar fora da arena. Temos consciência que os valores serão menores e poderão provocar impacto", admitiu o diretor financeiro do Corinthians, Emerson Piovezan.

O torneio de futebol dos Jogos Olímpicos será disputado entre os dias 3 e 21 de agosto. Pelo calendário divulgado esta semana pela CBF, durante esse período estão previstas cinco rodadas da Série A do Brasileiro. O Corinthians, no entanto, deve entregar o Itaquerão ao COI (Comitê Olímpico Internacional) cerca de 15 dias antes do início dos Jogos para obras de adaptação na arena. Assim, o estádio ficaria fechado por oito rodadas do Brasileirão.

No período, a previsão é o Corinthians disputar quatro partidas como mandante no Pacaembu, com arrecadação R$ 1,5 milhões inferior ao Itaquerão em cada jogo, totalizando R$ 6 milhões a menos para o fundo.

Desde o mês passado, o Corinthians paga R$ 5 milhões por mês referentes ao empréstimo de R$ 400 milhões feito com o BNDES na época da construção do estádio. A partir de dezembro de 2016, o clube começa a quitar o financiamento com a Caixa Econômica Federal e terá que desembolsar mais R$ 5 milhões mensais.

O Corinthians finalmente conseguiu vender uma parte dos CIDs, os certificados de incentivos ao desenvolvimento emitidos pela Prefeitura de São Paulo para viabilizar a construção do Itaquerão e seu uso como estádio paulista da Copa do Mundo. O comprador, porém, é praticamente da casa. Foi a Construtora Odebrecht, responsável por erguer a arena, que adquiriu R$ 100 mil em papéis. A compra foi confirmada na tarde desta terça-feira pela construtora, por meio de sua assessoria.

A Prefeitura paulistana emitiu cerca de R$ 407 milhões dos R$ 420 milhões definidos inicialmente em CIDs - alegou que o repasse não foi total, pois as obras do estádio não foram concluídas. Os documentos ficaram de posse da Arena Fundo de Investimento Imobiliário, que administra o local e está responsável pelo pagamento das dívidas contraídas durante a fase de construção. Foi o fundo que vendeu as cotas - duas de R$ 50 mil para a Odebrecht. O detalhe é que a construtora é um dos cotistas do Fundo, junto com Corinthians e Arena Itaquera, esta integrada por diretores da BRL Trust.

##RECOMENDA##

A partir de julho a Arena Fundo de Investimento tem de começar a pagar mensalmente cerca de R$ 5 milhões do empréstimo tomado do BNDES. Antes de negociar os CIDs, estimava-se que o fundo tinha arrecadado cerca de R$ 50 milhões, provenientes basicamente da renda de jogos do Corinthians no Itaquerão. Só recentemente o clube deu início à venda de cadeiras cativas e camarotes e ainda não conseguiu vender os naming rights.

A Odebrecht poderá utilizar os CIDs para pagar tributos municipais como IPTU e ISS. É possível que a empresa compre outros lotes dos certificados e, segundo sua assessoria, um dos objetivos com essa aquisição inicial é "criar uma base para que outras empresas também venham a comprar" os papéis. Ou seja, a negociação também teve como objetivo "incentivar" o mercado.

Um dos empecilhos à compra dos CIDs, no entanto, é uma ação do Ministério Público, que questiona a legalidade da emissão dos certificados para incentivar a construção de um equipamento privado. A lei que viabilizou os CIDs para o Itaquerão foi sancionada em 2011 pelo então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

A principal fonte de receitas do Itaquerão ainda é a arrecadação dos jogos, mesmo após um ano da partida inaugural - na vitória do Figueirense sobre o Corinthians por 1 a 0 em 18 de maio de 2014. O conceito de arena multiuso continua apenas no papel.

As obras do pós-Copa retardaram vendas de camarotes, cadeiras cativas e a utilização total do prédio Oeste, que foi concebido como "shopping center". Os "naming rights", que seriam outra fonte importante de recursos, ainda não foram negociados.

##RECOMENDA##

A reportagem ouviu pessoas que participaram do projeto inicial e também quem estão envolvidas na busca por novas receitas. Em comum, todos creem que o estádio se pagará desde que gere receitas além da renda dos jogos.

Aumentar a arrecadação total do estádio é necessário porque a partir de julho o clube terá de pagar as primeiras parcelas mensais do empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES.

Serão parcelas de R$ 5 milhões pelos próximos 13 anos. O dinheiro do BNDES não foi o único empréstimo tomado para a construção da arena, que teve custo total de R$ 1,084 bilhão.

Até o final de 2014, o fundo que controla o estádio, do qual o Corinthians faz parte, já havia arrecadado cerca de R$ 40 milhões com as rendas (o dinheiro não fica com o clube). Este valor já aumentou graças aos jogos disputados em 2015.

Sucesso de público, o Corinthians levou média de 27 mil torcedores por jogo no Campeonato Paulista. Na Copa Libertadores, competição mais rentável, o estádio teve lotação máxima, cerca de 40 mil, e rendas brutas na casa dos R$ 3 milhões por jogo.

Na concepção da arena, 20% das receitas viriam da bilheteria. O restante seria arrecadado com venda do nome, camarotes, faturamento de bares e restaurantes, lojas, convenções, feiras e até mesmo shows - não no gramado, mas em outras áreas do complexo.

"O estádio será pago, mas talvez necessite um prazo maior. Esse é um problema sério para a construtora, que dá a garantia. Acho que ela deveria estar preocupada", afirmou o ex-diretor de marketing e ex-vice-presidente Luis Paulo Rosenberg, hoje na Portuguesa. "A arena é viável, não é a Arena da Amazônia. Acho que a Arena Corinthians é a mais viável do Brasil. Mas esses lapsos de receitas precisam ser corrigidos."

Para Aníbal Coutinho, arquiteto responsável pela obra, não houve progressos no estádio em relação ao jogo inaugural, há um ano, contra o Figueirense, exceto a retirada das arquibancadas provisórias, atrás dos gols, onde agora estão instalados dois telões.

"O estádio não está pronto para gerar receitas com sua total capacidade. O clube tem sido prejudicado. Quem vai ao estádio com frequência não vê mudanças significativas."

Em nota à reportagem, a Odebrecht, construtora que ergueu a arena, afirmou que as obras pós-Copa seguiram o ritmo previsto e foram realizadas de acordo com o calendário de jogos do Corinthians.

"Foram finalizados alguns detalhes importantes de obras que estavam relativamente atrasadas por causa de problemas como a demora na entrega de materiais e desmanche de obras provisórias exigidas pela Fifa", informou a construtora.

Atual diretor de marketing do Corinthians, Marcelo Passos assumiu o cargo há quatro meses. Ele afirmou que o estádio foi concebido para ser um polo de entretenimento. E, segundo ele, a arena terá essa condição em breve.

"Quanto tudo estiver pronto o estádio vai rodar bem. O desafio é esse. No prédio Oeste, temos lugar para casamentos, convenções, feiras, shows no lado externo... Queremos que a arena abra às 9 horas e que o torcedor possa ir a um restaurante antes do jogo."

O primeiro projeto de Passos foi o lançamento das vendas das cadeiras cativas e dos camarotes. Segundo ele, dos 89 camarotes do estádio, 20 foram vendidos. O camarote de valor mais baixo custa R$ 340 mil, dependendo do tempo de contrato.

O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, confirmou o acordo de cavalheiros que possui com o Corinthians e vai arcar com os custos dos atos de vandalismo de torcedores do time alviverde durante o clássico de domingo, contra o rival alvinegro, no Itaquerão. Os palmeirenses depredaram 877 dos cerca de dois mil assentos do setor visitante.

De acordo com representantes da arena, é o maior número de cadeiras já danificado em um clássico. "O relacionamento entre Corinthians e Palmeiras é excelente. Sempre falei com o Andrés (Andrés Sanchez, superintendente de futebol do Corinthians) que qualquer prejuízo o Palmeiras obviamente se responsabiliza", afirmou o presidente palmeirense.

##RECOMENDA##

A afirmação foi feita durante a reunião do conselho arbitral da Federação Paulista de Futebol, nesta segunda-feira, para definição dos horários e locais das finais do Paulistão - os jogos serão realizados no Allianz Parque, domingo, e na Vila Belmiro, no dia 3 de maio.

O presidente alviverde classificou a ação dos vândalos como vergonhosa. "Acho uma vergonha o comportamento de visitantes. Não é só a torcida do Palmeiras, é de Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos. Absolutamente todos os visitantes que vão na casa dos adversários se comportam dessa maneira", disse Paulo Nobre.

O prejuízo da eliminação para o Palmeiras dentro de campo não foi o único do Corinthians neste domingo, no Itaquerão. O clube lamentou também a destruição de cadeiras de seu estádio pelos palmeirenses, que ocuparam o setor Sul. No total, 877 cadeiras foram parcial ou totalmente danificadas. Foi a maior quebra de assentos registrada numa partida deste que o estádio foi inaugurado, como atestou à reportagem o gerente de operações do local, Lúcio Blanco.

"É, sim, o maior número de cadeiras quebradas num clássico dentro do estádio. É um ato de vandalismo", disse o responsável pela arena, que também revelou que um representante do Palmeiras esteve no Itaquerão na manhã desta segunda-feira para averiguar os estragos.

##RECOMENDA##

Existe um acordo de cavalheiros entre as diretorias dos quatro grandes de São Paulo (Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos) para que seus respectivos presidentes arquem com as despesas na casa adversário quando sua torcida provocar quebra-quebra. Portanto, as despesas com as cadeiras danificadas serão pagas pelo Palmeiras, assim como na fase classificatória no Paulistão, quando o Corinthians bancou o prejuízo no Allianz Parque.

Estima-se que cada assento novo custe R$ 500. Nem todas as cadeiras quebradas no clássico serão descartadas já que há a possibilidade de reparos. Porém, se não houvesse essa chance, os custos para arrumar o que foi destruído seria de R$ 438,5 mil, o equivalente ao salário de Valdivia, por exemplo.

Blanco disse que o quebra-quebra no setor onde estavam os 1.800 torcedores do Palmeiras não começou depois das cobranças de pênaltis. "As imagens registradas pelas câmeras direcionadas para o setor mostram que eles não arrancaram as cadeiras somente depois dos pênaltis. Começou antes, durante a partida. Uma longarina [estrutura metálica] onde 26 cadeiras são presas foram arrancadas ao longo do jogo", lamenta.

A diretoria do Corinthians estuda a possibilidade de tirar os assentos destinados aos torcedores visitantes em dias de clássicos, de modo a deixá-los em cima de lajes de cimento, como sempre foi no futebol brasileiro antes das reformas e construções dos estádios da Copa do Mundo. A ideia é defendida por Andrés Sanchez, superintendente de futebol do Corinthians.

A demora de um acordo sobre a utilização do Itaquerão na Olimpíada do Rio pode prejudicar os torcedores que pretendem comprar ingressos para as partidas de futebol em São Paulo. As duas primeiras fases de venda, que começou nesta terça-feira, terão sorteio e permitem que os ingressos sejam parcelados em até cinco vezes no cartão de crédito.

Se a definição da sede paulista do futebol não ocorrer até julho deste ano quando está previsto o fim da inscrição para sorteio, os interessados em assistir as partidas só poderão adquirir os bilhetes na venda direta, em outubro, quando o pagamento será efetuado apenas à vista.

##RECOMENDA##

"Esses ingressos estão sendo vendidos a preços bem acessíveis", declarou Donovan Ferreti, diretor responsável pela área dos ingressos do Comitê Rio-2016, tentando amenizar um possível problema. Os bilhetes mais em conta custam R$ 40, para a etapa preliminar do futebol feminino.

O impasse ocorre porque o Corinthians, embora tenha disponibilizado o estádio, já avisou que não vai custear as adequações pelas quais ele precisa passar para receber a Olimpíada. As intervenções são estimadas em cerca de R$ 30 milhões. A direção do clube, a Prefeitura de São Paulo e o Comitê Rio-2016 estão negociando para viabilizar o estádio.

"Não há o menor interesse do Comitê Rio-2016 em prejudicar os torcedores. Nós estamos tranquilos que vai ser resolvido antes (do fim das fases de sorteio)", afirmou o diretor de comunicação do Comitê Rio-2016, Mario Andrada. "Mas, se infelizmente não conseguirmos, faremos venda direta. Não temos plano B, queremos São Paulo."

Com mais de 27 mil torcedores por jogo, o Corinthians tem a melhor média de público do Campeonato Paulista. Isso, no entanto, não significa que o clube alvinegro tem conseguido lotar o Itaquerão. A nova arena tem capacidade para 48 mil lugares e praticamente todos os 21 mil lugares vagos ficam no prédio Oeste, onde os ingressos são vendidos por até R$ 450.

Concebido para gerar receitas milionárias, o setor mais caro do estádio ainda não está totalmente pronto. Não foram entregues, por exemplo, restaurantes, lanchonetes e lojas que fazem parte do projeto original. O setor Oeste Vip Inferior não teve mais do que 25 torcedores que aceitaram pagar R$ 450 em nenhum jogo deste Paulistão. O maior público do local foi de 22 pagantes, nas partidas contra Red Bull Brasil e Mogi Mirim. Contra o São Bernardo, apenas três torcedores compraram o ingresso por esse valor.

##RECOMENDA##

A diretoria, porém, não está disposta a diminuir o preço das entradas no prédio Oeste. "Aquele setor é desse jeito, eu não posso baratear. Não posso diminuir o valor do ingresso se os lugares mais baratos ainda não estão cheios. Quem sentou naquele setor foi por opção e não porque não tinha em outro lugar. Paga R$ 450 quem nunca foi no estádio e faz a compra avulsa", disse o presidente Roberto de Andrade.

O Itaquerão custou mais de R$ 1 bilhão. A partir de julho, o clube começará a pagar os empréstimos obtidos durante as obras. Serão prestações mensais de R$ 5 milhões ao BNDES. Em dezembro de 2016 começara a vencer o financiamento feito com a Caixa Econômica Federal. Serão mais R$ 5 milhões por mês. Hoje, toda a arrecadação de bilheteria do estádio vai para um fundo que será usado para pagar esses empréstimos.

Por isso, o clube reluta em diminuir o preço do ingresso. A ideia é conseguir rendas milionárias, principalmente nas fases decisivas da Copa Libertadores. "Não dá para fazer futebol com valores muito baixos. Todos sabem que fizemos um estádio maravilhoso e temos de pagar a conta", justificou Roberto de Andrade.

A partir do próximo mês, o clube espera aumentar a arrecadação com o estádio com mudanças no programa de sócio-torcedor e a venda dos espaços mais nobres da arena, justamente no prédio Oeste. "No dia 16 vamos fazer o relançamento do Fiel Torcedor. Será um produto novo, que estamos preparando há algum tempo. Vamos também liberar a locação das cadeiras cativas e camarotes", disse o presidente.

O Corinthians aceitou ceder seu estádio para receber partidas dos torneios masculino e feminino de futebol da Olimpíada de 2016. No entanto, deixou claro que não gastará um centavo sequer por conta da competição. A decisão ocorreu numa reunião encerrada no início da tarde desta segunda-feira em São Paulo. No entanto, ainda não está totalmente batido o martelo sobre a participação da cidade nos Jogos, pois isso depende de um acordo sobre quem arcará com os custos das estruturas temporárias necessárias para o Itaquerão.

A reunião teve a presença de representantes do clube, do Comitê Rio-2016, do Ministério do Esporte, da Prefeitura de São Paulo e do governo estadual. A CBF e a Federação Paulista de Futebol também estiveram representadas. "Estamos avançando. Todas as partes saíram com uma liçãozinha para fazer", disse uma pessoa ligada à organização dos Jogos.

##RECOMENDA##

Essa "liçãozinha" nada mais é do que o estudo das estruturas temporárias, os custos e quem vai arcar com o quê. Para a Olimpíada, é preciso a colocação de algumas tendas para receber o pessoal de apoio, equipamentos de segurança e, no caso do Itaquerão, adaptação nos vestiários para que possam ser utilizados pelas jogadoras das seleções de futebol feminino.

O valor que será gasto ainda não está fechado, mas o comitê acredita que ficará bem abaixo dos R$ 30 milhões que têm sido divulgado. Nos próximos dias, talvez ainda esta semana, deverá haver definição, pois a intenção do Comitê Olímpico Internacional (COI) é ter uma decisão sobre as sedes no fim do mês.

A Prefeitura deverá buscar parceiros para pagar a parte pela qual ficará responsável. O estado poderá fazer o mesmo. Há, ainda, a possibilidade de o Comitê Rio-2016 e o governo federal, por meio do Ministério do Esporte, colocarem algum recurso. A cidade de São Paulo deverá receber 10 ou mais jogos das competições de futebol da Olimpíada.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando