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Durante todo o ano de estudos, uma das atividades necessárias à rotina de alunos que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é atenção às notícias do Brasil e do mundo.

Com a aproximação do primeiro dia de aplicação das provas do Enem, com questões das disciplinas de Ciências Humanas e Linguagens, além de uma redação, se torna ainda mais importante estar atento a questões de geopolítica. Elas são base tanto para resolver questões quanto para ter mais argumentos, informações e dados para escrever. Confira, a seguir, alguns temas de atualidades e geopolítica internacional comentados pelo professor de geografia e atualidades Benedito Serafim:

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Saída do Reino Unido da União Europeia - BREXIT

Para Benedito Serafim, o estudante precisa prestar atenção, por exemplo, às discussões sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o BREXIT. “Aconteceu em 2016, no governo do primeiro ministro David Cameron. O grupo conservador, principalmente os mais idosos, começaram a contestar pontos negativos de se estar na União Europeia”, explicou ele. 

Entre os pontos listados pelo professor como reivindicação dos conservadores britânicos está a questão financeira, pois para os conservadores o dinheiro investido na União Europeia foi maior do que o que o Reino Unido ganhou em retorno. A crise migratória também entra na lista de Serafim, visto que foi causada pela Primavera Árabe no auge da Guerra da Síria. A explicação vem do fato de que no Reino Unido se falava que como a União Europeia não tinha tomado uma atitude no sentido de barrar imigrantes do Oriente Médio, estariam entrando terroristas. 

Ainda de acordo com o professor Benedito Serafim, na questão da legislação, os conservadores do Reino Unido falavam que a maioria das leis que regiam o país vinham da União Europeia e não do Parlamento Britânico. O professor também explicou o contexto em que a população britânica foi consultada através de um plebiscito em 2016.

“Teve muita fake news e venceu o voto pela saída total do Reino Unido da União Europeia até outubro de 2019. Para sair, tem que fechar alguns acordos, nisso caíram dois primeiros-ministros, David Cameron e Theresa May. O atual é Boris Johnson, que é mais agressivo, mas também conservador e está tentando articular os acordos para saída da União Europeia”, disse Benedito.

Crise na Venezuela

O professor começa a dica explicando que a crise pela qual passa a Venezuela, país vizinho do Brasil, começa com a morte de Hugo Chávez, em 2013, em decorrência de um câncer após ter sido eleito, sendo substituído pelo seu vice, Nicolás Maduro. “A oposição tentou impedir a posse de Maduro. Na época, ele convocou um plebiscito, ganhou a eleição e assumiu o poder”, explicou o professor. Benedito também lembra que, ao assumir o cargo de presidente, Maduro encontrou uma Venezuela partida e politicamente polarizada. 

“Por não ter a diplomacia e popularidade que Chávez tinha, Nicolás Maduro passa a ter atitudes autoritárias como censurar a imprensa. Na eleição parlamentar, ele perde a maioria no parlamento, lembrando que na Venezuela não tem deputados e senadores, é uma única câmara. Maduro passa a não reconhecer o congresso. São atitudes ditatoriais”, disse o professor. 

Benedito Serafim explicou também que o problema se aprofunda quando a crise política chegou à economia. “Entre 2014 e 2015 os Estados Unidos e a Arábia Saudita começam uma guerra comercial por petróleo e quando a produção aumenta, o preço do barril cai e países que tinham sua economia baseada apenas no petróleo quebram. É o caso da Venezuela”, disse ele.

Diante da crise política e econômica, segundo o professor, Maduro não consegue manter o controle do país. “Ele tenta controlar a política por decretos, quando os empresários tentam aumentar o preço de alguns produtos, ele impede e faz com que alguns empresários deixem de produzir, levando a uma crise de abastecimento que gerou uma crise migratória. A maior da atualidade na América Latina ”, explicou o professor de geografia e atualidades. 

Governo Trump

No que diz respeito à política dos Estados Unidos, o professor começa a dica lembrando que Donald Trump, atual presidente do país, é formado em economia e fez sua fortuna investindo e jogando com a economia americana. “Ele tem popularidade na TV, era o apresentador do programa ‘O Aprendiz’ e dono do concurso de Miss dos Estados Unidos. Vale ressaltar que não se cogitava que ele virasse presidente apenas agora, mas desde o final dos anos 90 ele já falava que queria virar presidente”, disse o professor.

No que diz respeito à economia, o professor Benedito Serafim afirma que os alunos devem se lembrar do que há de positivo no governo americano “porque se cair na prova, vai cair os pontos positivos”. O professor explica que a política de Trump segue uma lógica de austeridade (ou seja, corte de gastos públicos), políticas protecionistas e diminuição de impostos para pessoas e empresas. 

“Nos Estados Unidos o corte de impostos gera um maior investimento das empresas. Pagando menos imposto o empresário gera, inclusive, mais emprego. Vale lembrar que no governo Trump é quando se tem o menor índice de desemprego das populações hispano e afro-americanas, claro, entre as pessoas legalizadas pois uma das bandeiras do governo é contra a imigração ilegal”, disse o professor. 

Sobre o protecionismo de Trump, o professor lembra que umas das medidas dele para gerar empregos é obrigar ou pressionar para que empresas americanas que estejam em outros países, como Japão e México, voltem para os Estados Unidos e gerem emprego lá. Então, há a contestação dos blocos econômicos Transpacífico e NAFTA, dizendo que eles faziam as empresas norte-americanas migrarem em busca de mão-de-obra mais barata. 

Outro ponto polêmico sobre o governo de Donald Trump é a questão climática, vista por ele como entrave ao crescimento dos Estados Unidos. “Trump quando diz que não acredita em aquecimento global, é para dar embasamento para reabrir as minas de carvão que Barack Obama tinha fechado”, explicou o professor. 

Estado Islâmico/ISIS

O professor Benedito Serafim explicou que o Estado Islâmico (ou ISIS na sigla em inglês) é um grupo fundamentalista, religioso e extremista do Islamismo, da parte Sunita e descendência salafita que prega a criação de um califado, regime político onde quem domina é o califa, um chefe político e religioso descendente direto de Maomé. O ideal do ISIS é estabelecer um califado nos territórios do Iraque e da Síria. 

Benedito contou que o grupo surgiu quando operações dos Estados Unidos no governo de George W. Bush, em guerra contra o terrorismo, deixaram dois grupos sem líderes, levando a uma posterior união e crescimento. “Depois do ataque ao World Trade Center, o presidente americano George W. Bush implementa a ‘Doutrina Bush’, na qual barra imigrantes, invade o Afeganistão em 2001 em busca de Osama bin Laden e o Iraque em 2003, em busca de Saddam Hussein. Quando esses dois líderes caem, suas tropas ficam sem liderança, se juntam soldados do Iraque e mercenários da Al-Qaeda, organização do Osama bin Laden, e se forma o Estado Islâmico. Era um grupo pequeno que cresce muito usando redes sociais”, disse o professor.  

O crescimento do ISIS, segundo o professor Benedito Serafim, se deu em decorrência da crise imobiliária dos Estados Unidos em 2008, criando uma crise econômica mundial que causou desemprego e xenofobia contra muçulmanos e seus descendentes, imigrantes ou não, em toda a Europa. “Esses jovens muçulmanos que sofrem xenofobia, conectados às redes sociais e vendo a ideologia do Estado Islâmico, se inscrevem. O ISIS tem membros no mundo inteiro”, disse ele.

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Um jornalista japonês que foi tomado como refém por militantes islâmicos depois de ser capturado na Síria, três anos atrás, foi libertado e será levado para casa o mais cedo possível, informou na quarta-feira (24) a chancelaria do Japão.

Diplomatas japoneses na Turquia confirmaram se tratar de Jumpei Yasuda, um freelancer de 44 anos que relatou ter sido capturado por um grupo afiliado à Al-Qaeda ao entrar na Síria, em 2015. Yasuda agradeceu sua libertação em um vídeo divulgado na Turquia.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário de Estado da Defesa norte-americano, Ashton Carter, anunciou hoje (25) a morte do "número dois" do movimento extremista Estado Islâmico.

"A remoção deste líder do Estado Islâmico vai dificultar a sua capacidade de conduzir operações dentro e fora do Iraque e da Síria", disse Carter sobre a morte de Abd ar-Rahman Mustafa al-Qaduli, a quem se referiu como Haji Imam.

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Segundo Carter, o vice-líder do Estado Islâmico era o responsável pelas finanças da organização terrorista que tem reivindicado vários atentados, no mundo árabe e na Europa, como os recentes ataques em Bruxelas e em Paris. O Ministério da Justiça dos Estados Unidos tinha oferecido até US$ 7 milhões por informações que levassem à sua captura.

A morte de al-Qaduli é a segunda de um alto dirigente do grupo em apenas algumas semanas. Este mês, o Pentágono disse que também conseguiu matar 'Omar o Checheno', após um ataque no Norte da Síria.

Al-Qadouli "era um terrorista conhecido nas fileiras do Estado Islâmico", disse Carter, lembrando a morte de 'Omar', que atuava como responsável na área de defesa.

"Há alguns meses, eu disse que ia atacar a infraestrutura do Estado Islâmico. Primeiro atacamos os locais de armazenamento de dinheiro e agora vamos atacar a capacidade de gerir suas finanças", disse o responsável, considerando que "isso afetará a capacidade de pagamento e a contratação de recrutas".

Segundo as fontes de segurança do Iraque e dos Estados Unidos, al-Qadouli nasceu em Mosul e estava no Afeganistão desde o final de 1990. Juntou-se à Al-Qaeda em 2004, e tornou-se "número dois" do líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, que morreu em 2006 num ataque dos EUA. Foi então preso e, depois da sua libertação, em 2012, juntou-se ao Estado Islâmico na Síria.

Da Agência Lusa

Perceptivelmente, os avanços da tecnologia nos últimos anos têm feito com que os games se aproximem cada vez mais da realidade. Não à toa, tem sido comum flagrar a veiculação de imagens de jogos em programas e jornais televisivos omo se fossem reais. Dessa vez, o engano ocorreu com uma emissora do Irã.

A emissora noticiou um suposto ataque do Hezbollah ao grupo Estado Islâmico (EI) disponibilizando, ainda, um vídeo impressionante em que é possível acompanhar um atirador de elite extremamente habilidoso eliminando seis combatentes em menos de dois minutos. O que eles não sabiam é que, na verdade, o conteúdo foi filmado de um celular e consta como nada mais do que uma das fases do jogo Medal of Honor, de 2010. Assista abaixo.

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