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Dados atualizados do Ministério da Saúde, divulgados na última sexta-feira (3), mostram uma situação preocupante no Ceará. O estado soma 627 casos confirmados da doença e 22 óbitos, segundo dados oficiais da pasta. O número é o maior entre as regiões do Nordeste até agora. Na semana passada, cerca de 54 testes positivos da doença foram registrados por dia. 

Há 20 dias, a infecção causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2, contava apenas com três registros no Ceará. De lá para cá o número de infectados mais que dobrou e já são confirmados, em média, dois casos da COVID-19 por hora. Das confirmações, 600 encontram-se na cidade de Fortaleza. 

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Na última coletiva de imprensa realizada pelo Ministério da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que Fortaleza é uma das cinco cidades que causam preocupação, junto com São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e o Distrito Federal.

Os cinco estados têm os maiores números de casos em relação ao total da população. O Ceará ocupa o terceiro lugar do Brasil, com 6,8 pessoas com Covid-19 a cada 100 mil habitantes. Acima só estão Distrito Federal (13,2) e São Paulo (8,7).

Exames

O secretário da Saúde do Estado cearense, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, também conhecido como Dr. Cabeto, afirmou que a razão para o número de notificações ser maior do que em estados como Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí é a quantidade de testes realizados na população. 

De acordo com o secretário, o Ceará tem realizado, em média, 400 exames de investigação da presença do novo coronavírus a cada dia. De acordo com o último informe epidemiológico da Secretaria, até o dia 1º de abril tinham sido realizados mais de 5.420 exames de diagnóstico da Covid-19.

Os casos confirmados se estendem por 22 cidades, além de Fortaleza. No Brasil, o número de casos confirmados subiu para 9.056. O número de óbitos também aumentou para 359. As mortes estão localizadas nos estados do Amazonas (1), Pará (1), Rondônia (1), Alagoas (2), Bahia (5), Ceará (22), Maranhão (1), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (4), Rio Grande do Norte (4), Sergipe (2), Espírito Santo (4), Minas Gerais (6), Rio de Janeiro (47), São Paulo (219), Distrito Federal (5), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1), Mato Grosso (1), Paraná (4), Rio Grande do Sul (5) e Santa Catarina (5). Todos os estados brasileiros já têm casos confirmados da doença.

Doze crianças, com idades até nove anos, foram diagnosticadas com o novo coronavírus no Ceará. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) apontou que quatro meninas e um menino infectados têm menos de um ano. Os demais pacientes infantis são quatro garotos e três garotas.

Sem óbitos de crianças confirmados no Ceará, desde o dia 19 de março o Estado vem ampliando o número de confirmações da Covid-19 na faixa etária. Mesmo fora do grupo de risco, a preocupação recai no fato dos pequenos poderem transmitir o vírus. Desse modo, o isolamento domiciliar também é recomendado, sobretudo para evitar o contágio aos idosos e pessoas que apresentem comorbidades.

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A Espanha superou nesta quinta-feira (2) a barreira de 10.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, que se propaga a ritmo "exponencial" no mundo com quase um milhão de infectados, em particular nos Estados Unidos, que deve registrar dias "terríveis", segundo o presidente Donald Trump.

As restrições, necessárias em termos de saúde, ameaçam provocar uma hecatombe econômica e até a falta de alimentos pela disrupção da cadeia produtiva e o temor do controle das exportações.

Quase metade do planeta está confinado em uma tentativa dos governos de conter a propagação do vírus, que já deixou mais de 46.000 mortos no mundo (34.571 na Europa) e quase um milhão de infectados, mais da metade no Velho Continente.

Com 950 pessoas mortas nas últimas 24 horas, um novo recorde diário, a Espanha registra 10.003 vítimas fatais, contra 13.155 óbitos na Itália, o país mais afetado.

Em seguida aparecem Estados Unidos, com quase 5.000 mortos, França (4.032) e China continental (3.312). A Bélgica superou nesta quinta-feira a barreira de mil óbitos provocados pela doença.

Com mais de 300.000 novos desempregados em março na Espanha, a "crise de saúde da COVID-19" teve um impacto extraordinário, anunciou o ministério do Trabalho.

A União Europeia propôs nesta quinta-feira um plano de 100 bilhões de euros para apoiar o emprego no momento de crise.

"O confinamento paralisou a demanda e a oferta. Muitas empresas ficaram sem receita. E, se não fizermos nada, terão que demitir seus trabalhadores (...) Isso limitará nossa recuperação", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

Para o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a rápida propagação da pandemia é alarmante.

"Nas últimas cinco semanas constatamos um crescimento quase exponencial no número de novos casos, que afeta praticamente todos os países", disse.

- Dias "terríveis" nos EUA -

Com mais de 216.000 infectados, o cenário deve piorar nos Estados Unidos nos próximos dias, afirmou o presidente americano Donald Trump.

"Vamos ter duas semanas, que já estão começando, especialmente alguns dias a partir de agora que serão terríveis", declarou.

"Mas inclusive nos momentos mais desafiadores, os americanos não perdem a esperança. Não caímos no medo".

Entre as últimas mortes no país está a de um bebê de seis semanas que havia sido hospitalizado em Connecticut na semana passada.

"Os exames confirmaram durante a noite passada que o bebê apresentou resultado positivo para COVID-19", tuitou o governador do estado, Ned Lamont, que reconheceu que era "comovente".

De acordo com as estatísticas, o novo coronavírus afeta majoritariamente as pessoas mais velhas que têm outras patologias, mas recentemente foram anunciados muitos casos de jovens, o que demonstra que ninguém está a salvo.

Entre os mortos mais jovens está uma adolescente de 16 anos na França, outra de 12 anos na Bélgica e a do britânico Ismail Mohamed Abdullah, de 13.

Mais de 75% dos americanos estão confinados, incluindo milhares de presos, que na quarta-feira foram advertidos de que poderiam ser mantidos em suas celas durante duas semanas.

As autoridades fecharam o Grand Canyon do Colorado para evitar concentrações de turistas. Nova York decretou o fechamento das quadras de basquete a céu aberto para tentar conter a rápida propagação na cidade, que está provocando o colapso dos hospitais.

- A China diz a verdade? -

Apesar do número de mortes avançar em todos os países europeus, há sinais de que a epidemia pode estar se aproximando do pico no continente.

"Os dados demonstram que a curva se estabilizou e que atingimos o primeiro objetivo de chegar ao pico da curva. Estamos começando a fase de desaceleração da epidemia", explicou o ministro espanhol da Saúde, Salvador Illa, ao apresentar uma avaliação global dos dados desde a semana passada.

Ao mesmo tempo, a agência Bloomberg questionou na quarta-feira se os Estados Unidos realmente seriam o país com mais infectados do mundo, ao citar fontes da inteligência americana segundo as quais o número de contagiados na China é muito superior ao que admitido pelas autoridades.

Oficialmente, a China registra 81.000 infectados e 3.300 mortos.

Alguns congressistas republicanos, que não escondem o ceticismo a respeito de Pequim, chamaram os números chineses de "propaganda de lixo".

"Sem comentar nenhuma informação confidencial, esta quantidade é penosamente óbvia: o Partido Comunista Chinês mentiu, está mentindo e continuará mentindo sobre o coronavírus para proteger o regime", disse o senador Ben Sasse.

A China, que considera o surto controlado, confinou um condado de 600.000 pessoas depois da visita de uma pessoa que apresentou resultado positivo para a doença.

O confinamento da zona central de Henan não esconde o medo de uma segunda onda de infecções na China e destaca o risco de uma estratégia que impôs drásticas quarentenas para frear os contágios, segundo as autoridades.

A América Latina tem mais de 20.000 contágios e mais de 500 mortes. O Brasil é o país mais afetado região, com quase 7.000 casos e 245 mortos.

- Vítimas esportivas -

Após o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para o próximo ano, na quarta-feira a organização do torneio de tênis de Wimbledon anunciou o cancelamento do evento, o Grand Slam mais antigo do mundo e que não será disputado pela primeira vez desde a II Guerra Mundial.

O Grande Prêmio da França de motovelocidade foi adiado para uma data ainda não determinada.

Mas a perda de eventos esportivos no mundo não é nada em comparação com as consequências nos países mais pobres do mundo, onde o confinamento ameaça comunidades inteiras.

Os moradores de 'townships' da África do Sul afirmam que é simplesmente impossível ficar em casa. "Não temos banheiros... não temos água, então temos que sair", afirma Irene Tsetse, de 55 anos, que divide um barracão de apenas um quarto com o filho.

burs-af/mar/fp

O número de infectados com o novo coronavírus nos Estados Unidos superou 200 mil, informou nesta quarta-feira o centro de referência que faz o balanço do país, a universidade Johns Hopkins.

O número de mortos pela Covid-19 até agora nos Estados Unidos, país com mais infectados no mundo (203,6 mil), é de 4.361.

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A covid-19 chegou com força ao pessoal médico e de enfermagem e a funcionários que lutam contra a doença nos principais hospitais de São Paulo. Levantamento dos Hospitais Sírio Libanês, com 104 afastados, e Israelita Albert Einstein, com 348, já somam 452 profissionais da área da saúde afetados. Além disso, um levantamento do Sindicato dos Servidores de São Paulo, com dados do Diário Oficial da Cidade, aponta que de 1.º a 28 de março houve 1.080 afastamentos na rede pública por suspeita de contaminação.

Em nota, divulgada nesta segunda-feira (30) o Einstein informou que "348 dos 15 mil colaboradores (2%) foram diagnosticados com a doença, e 13 estão internados". De acordo com o hospital, "desses, 169 (1%) são da assistência (profissionais com formação em saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem) e 47 deles já retornaram ao trabalho."

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Para a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, Solange Caetano, a situação dos servidores e funcionários da saúde é muito grave também pela escassez de materiais de trabalho. "Falta macacão, gorros, máscaras, álcool em gel." Ela alertou que os trabalhadores dos hospitais e unidades de saúde estão reclamando da falta de equipamentos de proteção individual (EPI), o que prejudica as condições de trabalho em diversos hospitais, ambulatórios, Upas e Amas.

"Vamos pedir ao governo do Estado que compre mais desses equipamentos de proteção", afirmou ela. "O governo precisa intervir para a produção de máscaras e vestuário de proteção", afirmou.

De acordo com a enfermeira Ana Lúcia Firmino, que trabalha em uma unidade de atendimento especializado em Santana, o material para a enfermagem deve durar somente até o fim desta semana. "Hoje, segunda-feira, temos insumos. Mas o material deve durar somente até o fim desta semana", alertou. A enfermeira contou que a dificuldade ocorre tanto no setor público quanto nos hospitais privados. Já enfermeiros que trabalham no Hospital do Mandaqui relatam que pelo menos dois colegas estão hospitalizados, uma delas ha UTI, com covid-19.

No Sírio, a informação nesta segunda-feira era de que houve 104 afastamentos de funcionários contaminados pela doença. O hospital esclareceu que esse total envolve desde médicos a pessoal da enfermagem, limpeza e auxiliares administrativos. Desde 25 de fevereiro, data do registro do primeiro caso da covid-19, "348 dos 15 mil colaboradores (2%) foram diagnosticados com a doença, sendo que 13 estão internados". O levantamento do hospital aponta que "desses, 169 (1% do total de funcionários) são da assistência (profissionais com formação em saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem), e 47 deles já retornaram ao trabalho."

Mortes

Nesta segunda-feira, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) anunciou pesar pela morte do técnico de enfermagem José Antonio da Boa Morte, vítima da covid-19. "José Antonio era técnico de enfermagem nos serviços de ambulância e foi afastado do serviço assim que manifestou os sintomas." É a segunda comunicação de morte pela covid-19 feita pela entidade. A primeira foi no dia 29, falando da perda de Viviane Rocha Luiz, de 61 anos, assessora técnica do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

No inicio da noite de ontem, Lourdes Estevão, ex-conselheira municipal de saúde e integrante do Sindicato dos Servidores do Município de São Paulo, disse que a morte de Jose Antônio é mais um alerta para o que está ocorrendo entre os trabalhadores da saúde em São Paulo. Ela contou que um levantamento da entidade no Diário Oficial da capital mostra que já ocorreram pelo menos 1.080 afastamentos de servidores municipais na área da saúde por suspeita da covid-19. "Os trabalhadores estão apavorados. A cada dia aumenta o número de infectados, de manhã é um quadro, à tarde, outro", afirmou.

Com uma média salarial em torno de R$ 2,5 mil, pessoal de enfermarias e hospitais enfrenta ainda a escassez nos equipamentos, como aventais e máscaras", afirmou. Segundo ela, "já há uma explosão de casos suspeitos".

A dirigente disse ainda que os suspeitos de infecção também não estão sendo testados para o novo coronavírus. "Não há testes para eles. Estão angustiados", afirmou. "Tem de proteger essa gente porque eles poderão vir a ficar doentes e terão de ocupar leitos da covid-19, que poderiam estar prontos para o restante da população", argumentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Hospital das Forças Armadas (HFA) omitiu dois nomes que testaram positivo para o coronavírus. De acordo com o governo do Distrito Federal, que recebeu e analisou os dados de 17 pessoas, 15 foram identificadas, sem que constasse o nome do presidente. As demais identidades seguem mantidas em sigilo, mas o Distrito Federal confirmou, à Folha de São Paulo, a presença de membros do governo na relação.

As informações foram liberadas depois que Justiça Federal determinasse a exposição da lista, para que o governo distrital pudesse traçar suas políticas de combate à pandemia da COVID-19. Jair Bolsonaro e membros de sua comitiva fizeram os testes. Embora afirme que não esteja acometido pelo vírus, o presidente se recusa a mostrar seus exames.

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Até agora, 23 membros da comitiva presidencial que foi aos Estados Unidos no início de março foi diagnosticados com coronavírus. No dia 15 de março, Bolsonaro foi criticado por comparecer a uma mobilização contra o congresso nacional e manter contato físico com os manifestantes, sem utilizar nenhum tipo de equipamento de proteção.

Aos 65 anos, o presidente se enquadra no grupo de risco do coronavírus. Um dia antes de se diagnosticado com a doença, o general Heleno se reuniu três vezes com Bolsonaro, sem uso das máscaras de proteção.

Dois hospitais, um do Rio e outro de São Paulo, já registraram infecções pelo novo coronavírus entre os seus profissionais de saúde. Um deles é o Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que teve dois médicos contaminados. Um deles é do setor de nefrologia, que está internado em estado grave em uma unidade da rede privada. O outro profissional, um professor da UERJ, também testou positivo para o vírus, mas tem boa condição de saúde e está em isolamento domiciliar.

Apesar de ter dois profissionais infectados, nenhum paciente da unidade foi infectado e não há doentes internados com o diagnóstico no local nem confirmação de que o vírus esteja circulando no centro médico.

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"À medida em que a pandemia avançar, é provável que tenhamos casos, mas isso não está acontecendo agora", afirmou, em nota, o diretor do hospital Ronaldo Damião.

Apesar de ainda não contar com pacientes internados, o hospital universitário está sendo preparado para atuar como um dos suportes do Estado do Rio aos pacientes com coronavírus que apresentarem quadro grave.

"O hospital reservou enfermaria específica para esses pacientes, com dez leitos equipados com suporte respiratório. Há outros cinco leitos para isolamento. Além disso, na próxima semana, mais 15 leitos estarão disponíveis", disse a instituição, em nota.

Já em São Paulo, as infecções foram registradas na rede de hospitais Sancta Maggiore, da operadora Prevent Senior. Segundo Pedro Benedito Batista Junior, diretor executivo da empresa, pelo menos 15 profissionais de saúde já tiveram diagnóstico confirmado ou foram classificados como casos suspeitos.

Desse total, há uma funcionária internada em estado grave. Ela tem 33 anos e sofre de asma, condição de risco para complicações para a covid-19.

Além de lidar com a contaminação de colaboradores, a operadora, focada no público mais velho, já teve 24 diagnósticos positivos para o coronavírus e dedicou uma unidade na região da Paulista para pacientes com a doença.

Desde o início do surto, a operadora já fez mais de 300 testes por suspeita da doença, dos quais apenas 56 tiveram resultado.

Foi no Sancta Maggiore do Paraíso, na zona sul de SP, que foi registrado o primeiro óbito do Brasil por coronavírus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um menino, de 10 anos, morador de Jaboatão dos Guararapes, e uma adolescente, de 16, residente do Recife, são os primeiros casos confirmados do novo coronavírus envolvendo menores em Pernambuco. Ambos têm histórico de viagem para os Estados Unidos, confirmou a Secretaria de Saúde do Estado (SES). Nessa segunda-feira (16), o primeiro caso no interior de Pernambuco também foi registrado.

Desde o dia 25 de fevereiro, já foram notificados nove suspeitos com faixa etária entre 11 e 20 anos. Contudo, os dois jovens são os primeiros pacientes infectados pelo Covid-19. Vale destacar que toda rede de ensino já foi suspensa para evitar a proliferação em escolas e universidades.

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Fora da RMR- Após uma viagem à Itália, a contaminação de um morador do município de Belo Jardim, no Agreste, aponta o primeiro registro no Interior de Pernambuco. Segundo a SES, o paciente tem 57 anos.

Ao todo, 18 casos já foram confirmados, em sua maioria no Grande Recife. Quatro são de pessoas que tiveram contato com confirmados, o que configura transmissão local da patologia. "A cada dia novas avaliações são feitas. Passamos de 8 para 18 casos confirmados. Desses 10 novos casos três foram com transmissão local", afirmou Paulo Câmara em coletiva realizada nessa segunda-feira (16).

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirmou, na noite desse domingo (15), que quatro integrantes da equipe de apoio do voo que levou o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, na semana passada, testaram positivo para o coronavírus.

Com as novas confirmações sobe para dez o número de infectados no grupo que acompanhou Bolsonaro na viagem à Flórida. Além dos dez brasileiros, o prefeito de Miami, Francis Suarez, que recepcionou a comitiva brasileira também está com a covid-19.

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Segundo a nota divulgada pelo GSI, as quatro pessoas que testaram positivo estão assintomática e ficarão em isolamento em casa por 14 dias. Os exames foram colhidos na última sexta e encaminhados para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, no sábado. Os resultados foram revelados neste domingo, segundo o GSI.

"Os demais componentes, cujos testes apresentaram resultados negativos, continuarão no auto isolamento, cumprindo o protocolo determinado pelas autoridades sanitárias", informa nota.

Neste domingo, o Bolsonaro, que estava no voo, descumpriu a determinação de isolamento e participou de ato pró-governo. O presidente cumprimentou com a mão manifestantes e tirou fotos. Ele testou negativo para coronavírus, mas terá que refazer o exame.

Entre as pessoas que tiveram resultado positivo para coronavírus estão o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, e o seu adjunto Samy Liberman, além do encarregado de Negócios do Brasil nos Estados Unidos, o embaixador Nestor Forster, e o senador Nelsinho Trad (PTB-MS). Também confirmaram diagnóstico a advogada Karina Kufa e o publicitário Sérgio Lima, respectivamente tesoureira e marqueteiro do Aliança do Brasil, que viajaram em voo comercial para os Estados Unidos.

O número de casos do novo coronavírus no mundo excedeu 130.000, com mais de 4.900 mortes em 116 países e territórios, de acordo com um balanço estabelecido pela AFP de fontes oficiais nesta quinta-feira às 15h00.

No total, 131.479 pessoas foram infectadas e 4.925 morreram. O aumento deve-se, em especial, a casos confirmados na Itália, o segundo país mais afetado depois da China.

As autoridades italianas registraram 2.651 novos casos nas últimas 24 horas, totalizando 15.113 pessoas contaminadas e 1.016 mortes.

Subiu para 24 o número de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Brasil, de acordo com balanço divulgado na tarde deste domingo (8) pelo Ministério da Saúde.

São 16 casos em São Paulo, três no Rio de Janeiro, dois na Bahia, um em Alagoas, um no Espírito Santo, e um no Distrito Federal. Em relação ao boletim anterior, divulgado no sábado (7), são cinco novos casos: três em São Paulo, um no Rio e um em Alagoas.

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Há 664 casos suspeitos e 632 já foram descartados. A maior parte dos suspeitos se encontra em São Paulo (176), em Minas Gerais (123), no Rio de Janeiro (110) e no Rio Grande do Sul (88). O Maranhão é o único Estado que não teve nenhum registro de suspeita até agora, de acordo com o ministério.

O caso do DF é um dos que mais chamam a atenção, pela gravidade. Uma mulher, de 52 anos, está em isolamento na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília. Ela apresenta um quadro grave. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, neste domingo pela manhã ela tinha apresentado uma "discreta melhora do quadro respiratório".

O primeiro caso de coronavírus no País foi notificado na quarta-feira da semana passada, 4, logo após o carnaval. O paciente tinha viajado para a Itália, assim como boa parte dos outros infectados, que também viajaram para Estados Unidos e Irã. O País já tem transmissão local, depois que alguns desses pacientes passaram a contaminar pessoas no Brasil que não tinham viajado.

A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou nesta sexta-feira (14) 121 mortes, nas últimas 24 horas, pelo novo coronavírus, designado Covid-19, fixando em 1.380 o número de mortos em todo o continente chinês.

Segundo a comissão, o número de infectados cresceu 5.090, indo para 63.581, o que exclui Macau e Hong Kong.

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O principal órgão de saúde do governo reviu, assim, em baixa os dados divulgados no início desta sexta-feira pelas autoridades de Hubei, apontando que houve duplicados na "recolha e registro de dados".

Segundo a Comissão Nacional de Saúde, o número atual de infecções na China Continental é de 63.851, um aumento de 5.090, em relação ao dia de ontem (13).

Os números anteriores divulgados pelas autoridades de Hubei fixaram o número de infectados acima dos 65.000, mas a comissão apontou, entretanto, que aquele total está incorreto.

Hubei tem 1.318 mortos

Em Hubei, morreram 116 pessoas nas últimas 24 horas, elevando o total para 1.318 óbitos.

A mesma fonte informou ainda que, entre os novos casos registrados a nível nacional, 2.174 são graves, enquanto 1.081 pessoas receberam alta após superarem a doença.

Mais de 490.000 pessoas que estiveram em contacto próximo com pacientes que estão sendo acompanhadas, segundo as autoridades.

Na quinta-feira (13) , as autoridades passaram a utilizar um novo método de contagem, que inclui "casos clinicamente diagnosticados", mas que não foram ainda sujeitos a exame laboratorial e, portanto, ausentes até agora das estatísticas.

Ao menos dez passageiros de um cruzeiro que as autoridades japonesas puseram em quarentena estão infectados pelo novo coronavírus, anunciou nesta quarta-feira (4) a emissora NHK, citando o ministério da Saúde japonês.

As autoridades decidiram colocar em quarentena o barco "Diamond Princess", que chegou na noite de segunda-feira à Baía de Yokohama, perto de Tóquio, com 3.711 pessoas a bordo. A medida foi adotada para buscar eventuais casos de contágio depois que foi detectada pneumonia viral em um antigo passageiro do navio que desembarcou em Hong Kong.

O ministro japonês da Saúde, Katsunobu Kato, disse a jornalistas que foram coletadas amostras de mais de 200 pessoas a bordo do Diamond Princess.

Até o momento, estão disponíveis os resultados de 31 exames, com a confirmação de dez pessoas infectadas pelo vírus, acrescentou.

"Por volta das 7h30 (19h30 de Brasília), nós os mandamos (os dez que tiveram resultado positivo) desembarcar do navio e com a cooperação da guarda costeira, nós os estamos enviando para organizações médicas", afirmou.

O restante dos passageiros e a tripulação a bordo do navio terão que permanecer a bordo por 14 dias, acrescentou Kato, mencionando o consenso médico de que o novo vírus tem um período de incubação de até duas semanas.

Mais de 20 países confirmaram casos do vírus, que matou cerca de 500 pessoas e infectou mais de 24.000 na China continental.

O surto levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência sanitária global, vários governos a instituir restrições a viagens e empresas aéreas a suspender voos tendo a China como origem ou destino.

Cerca de 20 casos foram confirmados no Japão, sem contar as infecções no navio, entre eles cidadãos que retornaram de Wuhan, a cidade do centro da China que é o epicentro da epidemia.

O número confirmado de mortes pela epidemia de um novo coronavírus subiu para 361, com 57 novos falecimentos, sendo 56 apenas na província de Hubei, informaram nesta segunda-feira (na China) as autoridades de saúde chinesas.

De acordo com a Comissão Nacional de Saúde, 2.829 novos casos de contaminação foram diagnosticados, elevando o total de infectados a mais de 17.200 em toda China.

Dessa forma, o impacto do novo coronavírus supera o número de mortes causadas pela epidemia de Sars em 2002-2003, que provocou a morte de 349 pessoas na China continental.

Especialistas acreditam que o novo coronavírus surgiu em dezembro em um mercado especializado em frutos do mar de Wuhan, que também vendia clandestinamente carne de animais exóticos.

Os casos de infecções se espalharam para além da província, enquanto o povo chinês viajava pelo país e pelo mundo para celebrar o feriado do Ano Novo Lunar, que começou na semana passada.

Por conta deste surto, vários países intensificaram as medidas de precaução, protegem suas fronteiras e repatriam seus cidadãos da China para conter a propagação do coronavírus.

A epidemia levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência internacional, já que mais de 20 nações reportaram casos da doença.

Neste domingo, foi registrada a primeira morte fora da China. Trata-se de um chinês de 44 anos e natural de Wuhan, epicentro da epidemia, que faleceu nas Filipinas.

Diante da expansão da doença, os países do G7 vão providenciar uma resposta conjunta para combatê-la, anunciou neste domingo o ministro da Saúde alemão, depois de conversar por telefone com o chefe do Departamento de Saúde dos Estados Unidos.

Todos os integrantes do grupo (formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) já registraram casos da doença em seus territórios.

Na França, cerca de vinte passageiros que estavam num avião de repatriados da China que chegou neste domingo ao país europeu ficaram retidos no aeroporto de Istres (sul), aguardando análise de exames, pois apresentavam sintomas do novo coronavírus, disse a ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn.

- Brasil vai repatriar residentes em Wuhan -

Após o apelo de um grupo de brasileiros que vive em Wuhan, que divulgou um vídeo pedindo ajuda ao presidente Jair Bolsonaro e seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, governo anunciou que vai repatriá-los.

O comunicado não informa quantos brasileiros ainda estão em Wuhan e nem determina quando a operação de repatriamento começará, mas explica que todos os cidadãos que retornarem dessa maneira devem passar por uma quarentena "de acordo com os procedimentos internacionais".

A logística da viagem ficará a cargo da Força Aérea Brasileira, enquanto a embaixada do Brasil em Pequim assumirá o trabalho de organização e informação.

Não há números oficiais sobre quantos brasileiros estão em Wuhan. As estimativas iniciais falavam de 70 pessoas, mas algumas viajavam por seus próprios meios antes que a cidade fosse declarada em quarentena.

- Opep convoca reunião -

Por conta dos efeitos do surto nos preços do petróleo, que caíram acentuadamente desde o início do ano devido à crescente preocupação com a economia da China, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia realizarão uma reunião técnica na terça e quarta-feira em Viena para discutir a situação.

"Esta previsto um encontro de um comitê técnico misto (JTC) para terça e quarta-feira" em Viena, onde fica a sede da Opep, para analisar as questões que afetam os preços do petróleo, declarou uma fonte próxima da Opep.

A dengue já afetou 9.232 pessoas e causou 12 mortes neste ano em Bauru, no interior de São Paulo. O número de casos já é maior do que na epidemia de 2015, quando foram registradas 8,4 mil ocorrências e 6 pessoas morreram. A cidade, que está em situação de emergência devido à epidemia, tem ainda outras 8 mortes em investigação.

Bauru lidera o ranking estadual da doença, segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado. Araraquara, em segundo lugar, confirmou 818 novos casos em uma semana. Agora, já são 5.589 casos e cinco mortes confirmadas.

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A preocupação maior, segundo a Secretaria da Saúde, é com o avanço da doença para as regiões mais populosas do Estado. Em Campinas, o número de casos confirmados saltou de 56 no início de março para 799 até o dia 1º de abril. A região noroeste da cidade é a mais afetada, com 370 confirmações. A Secretaria de Saúde do município determinou que os casos suspeitos sejam tratados como prioridade nos 65 centros de saúde do município.

Nesta quarta-feira (3) a equipe do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) reuniu-se com dirigentes da rede hospitalar municipal, ligada ao Hospital Mário Gatti, do Hospital da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e de hospitais privados para discutir ações, tendo em vista o risco de uma epidemia de dengue. Foram definidos protocolos para o manejo clínico e assistência ao paciente.

Com a circulação já confirmada do sorotipo 2 do vírus na cidade, o risco é de maior número de casos graves. "As pessoas que tiveram o tipo 1 da doença, que predominou nos últimos anos, podem pegar o tipo 2 e adoecer com maior gravidade", disse a diretora do Devisa, Andrea von Zuben. Até esta quarta-feira, não havia registro de mortes por dengue, neste ano, em Campinas.

Em Sorocaba, a Vigilância Epidemiológica emitiu alerta às unidades de saúde devido ao risco de um surto epidêmico nas próximas semanas. A cidade tem 173 casos confirmados de dengue este ano, dos quais 145 foram contraídos no município. No mesmo período do ano passado, houve apenas 8 casos e, em 2017, foram 35. Segundo a Vigilância, o quadro atual é definido como pré-epidêmico, com risco moderado de se tornar epidemia. A prefeitura intensificou os mutirões de limpeza e ações de conscientização para combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

A Asus, uma das principais fabricantes de computadores do mundo, infectou sem saber milhares de seus produtos com um 'malware' depois que um de seus servidores foi atacado por hackers, confirmou a empresa de segurança cibernética russa Kaspersky Lab.

Mais de 57.000 pessoas instalaram sem saber o 'malware' através do programa de atualização de software da Asus, ao qual os hackers tiveram acesso.

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"O alvo do ataque estava assinado com um certificado legítimo e hospedado no servidor oficial da Asus para atualizações, o que permitiu que permanecesse sem ser detectado por um longo tempo", afirmou a Kaspersky.

O incidente, chamado de "ShadowHammer", demonstra a ameaça representada por este novo tipo de ataque, que instala programas malignos diretamente nos sistemas do fabricante.

A Asus, que fabrica desktops, laptops, smartphones e outros produtos eletrônicos, informou em um comunicado que atualizará seu software para "prevenir qualquer manipulação mal-intencionada na forma de atualizações de software ou por outros meios".

O ano 2017 marcou um recorde em relação às doenças sexualmente transmissíveis (DST) nos Estados Unidos, disseram as autoridades de saúde nesta terça-feira (28), que se alarmaram com seu aumento, especialmente entre os homens.

Com 2,3 milhões de infecções por gonorreia, clamídia e casos de sífilis, 2017 marca o quarto ano consecutivo de aumento das DST, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O número de infectados com gonorreia (causada pela bactéria gonococo) aumentou 67% de 2013 a 2017, e quase dobrou entre os homens.

No caso da sífilis, o aumento foi ainda maior e afeta 70% dos homens que mantêm relações sexuais com outros homens.

A clamídia segue sendo a infecção mais comum, com 1,7 milhão de casos diagnosticados em 2017; 45% dos casos foram observados em mulheres de entre 15 e 24 anos.

"Estamos retrocedendo", advertiu Jonathan Mermin, diretor dos CDC para o HIV/aids, hepatites virais e DST.

As três infecções podem ser facilmente curadas com antibióticos, mas a maioria das pessoas não sabe que foi contaminada e não se trata, o que pode provocar consequências graves, como a infertilidade.

A Rússia confirmou, na terça-feira (2), casos de antraz, incluindo um óbito, depois de uma onda de calor incomum atingir o extremo norte do país, derretendo o solo e liberando esporos potencialmente letais. "Infelizmente, 20 pessoas tiveram seu diagnóstico de antraz confirmado", disse um porta-voz das autoridades da região de Yamalo-Nenetsky à agência de notícias RIA Novosti.

Além desses casos, um menino de 12 anos que contraiu antraz morreu no hospital na segunda-feira. O número de pessoas hospitalizadas por suspeita de infecção subiu para 90, das quais 45 são crianças, disseram as autoridades regionais.

É o primeiro surto de antraz desde 1941 na região, que fica cerca de 2.000 km ao nordeste de Moscou. O surto chegou após um mês de altas temperaturas, de até 35 graus Celsius, que derreteram camadas superiores do permafrost, ou solo permanentemente congelado, e provocou incêndios florestais.

"Os esporos de antraz estavam à espera no permafrost por mais de um século", disse a agência de vigilância agrícola. O antraz é uma doença infecciosa aguda transmitida pela bactéria , que se prolifera na corrente sanguínea, liberando poderosas toxinas.

Os esporos existem naturalmente no solo e com frequência infectam animais que os ingerem ou inalam ao pastar. Os seres humanos podem ser infectados pelo contato com os esporos através da respiração, da ingestão de alimentos contaminados ou através de cortes na pele, por exemplo, ao lidar com animais doentes.

As autoridades pediram calma, afirmando que "não há epidemia" e que a área infectada foi isolada. Ao menos 160 pastores nômades foram evacuados da zona contaminada, onde mais de 2.300 renas morreram.

Cerca de 93 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe - incluindo 1,6 milhão de mulheres férteis - podem ser infectadas pelo vírus zika até o fim da atual epidemia, dentro de dois ou três anos, de acordo com uma nova projeção feita por um grupo de cientistas americanos e britânicos.

O estudo, liderado por Alex Perkins, da Universidade Notre Dame (Estados Unidos), em parceria com cientistas da Universidade de Southampton, foi publicado na segunda-feira (25) na revista científica Nature Microbiology.

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Segundo Perkins, esses números representam o pior cenário possível. "Por um simples fator aleatório, e porque alguns lugares são relativamente isolados e esparsamente povoados, o vírus não vai chegar a todos os cantos do continente", disse.

A estimativa foi feita a partir da soma de milhares de projeções localizadas sobre o número de pessoas que podem ser infectadas em quadrantes de cinco por cinco quilômetros em todo o continente. Como o vírus não deve chegar a todos os pontos da região, o total de 1,65 milhão de mulheres é o limite máximo para infecção nesta primeira onda de zika.

Com base nas atuais taxas de problemas congênitos em mulheres infectadas, a pesquisa sugere que dezenas de milhares de gestações poderão ser afetadas. De acordo com os autores do artigo, no dia 30 de junho, já haviam sido registrados 1.674 casos confirmados de microcefalia associada à zika em cinco países, incluindo o Brasil.

"É difícil prever com precisão quantas mulheres férteis podem estar submetidas ao risco de infecção por zika, porque uma grande proporção dos casos não apresenta sintomas. Isso invalida os métodos que se baseiam apenas em dados sobre os casos e gera um imenso desafio para os cientistas que tentam entender essa doença", disse o geógrafo Andrew Tatem, da Universidade de Southampton.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A África Ocidental não está perto de se ver livre o Ebola e a comunidade internacional deve continuar seus esforços contra a epidemia - avaliou nesta sexta-feira (2) o chefe da missão da ONU para a luta contra o Ebola (UNMEER), o americano Anthony Banbury.

Banbury, à frente da missão desde sua criação, em setembro, deixará o cargo no próximo sábado e passará o bastão ao mauritânio Ismail Ould Cheikh Ahmed. "Acredito que a mobilização rendeu frutos, mas nós ainda temos um longo caminho pela frente (...) trata-se de um combate muito difícil e nós não sabemos o que o futuro nos reserva", declarou em coletiva de imprensa concedida em Acra, onde fica a sede da UNMEER.

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"O que mais me preocupa é quando atingirmos cifras menores - o que deve ocorrer logo no início de 2015, acredito eu. Mas dois casos aqui e três acolá continuam sendo uma grande ameaça para qualquer comunidade, de qualquer país", ressaltou, pedindo para que a comunidade internacional não feche os olhos para o Ebola até que a epidemia seja completamente extinta.

A UNMEER foi criada para capitanear a luta contra a epidemia nos três países mais afetados pelo vírus Ebola: Libéria, Serra Leoa e Guiné. Trata-se da primeira missão da ONU consagrada especificamente a uma crise de saúde pública.

O número de mortos vítimas da epidemia de febre hemorrágica Ebola na África Ocidental chega a 7.890 sobre um total de 20.171 casos registrados nos três países mais afetados, segundo último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 28 de dezembro.

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