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A rápida passagem do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), no Recife deu o que falar. Em coletiva de imprensa, na noite dessa quinta-feira (14), o democrata não só falou que os trabalhadores terão tempo de "desfrutar" de suas respectivas aposentadorias, como também jogou uma indireta para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmando que não tem intimidade alguma com ele.   

A declaração foi no momento em que Maia foi questionado sobre o que achava da possível demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustabo Bebianno (PSL). Ele, na resposta, disse que quem escolhe os ministros é Bolsonaro e que os poderes são independentes. "Eu tenho uma ótima relação com o ministro bebiano, eu acredito que ele tem muita condição de ajudar não apenas na previdência,  mas na articulação do governo, não apenas com o Parlamento, mas com outros segmentos da sociedade, mas essa decisãoo se ele fica ou se ele não fica, é uma decisão do governo", falou. 

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"Eu tenho a minha opinião, que a situação ficou um pouco confusa com interferência de familiares, eu acho que isso gera uma certa insegurança, mas eu não tenho nenhuma intimidade com o presidente da República e nem tenho que cumprir esse papel como presidente da Câmara, muito pelo contrário, os poderes, ou a gente mantém relação respeitosa, mas independente dos poderes ou amanhã ele vai  querer também, o presidente da República, interferir na Câmara dos Deputados", alfinetou. 

Maia, depois de desconversar, confessou que gostaria que Bebianno ficasse no governo. "Acho que é um bom ministro, que ajuda o governo, que ajuda o Brasil, mas a decisão dele ficar ou não é do próprio presidente da República".

As editoras Bendito Ofício, Cartonera Do Mar, Castanha Mecânica, Cérbero, Inteligência Sensível, Livrinho de Papel Finíssimo, Porta Aberta e Titivillus juntam as forças para promover, entre os dias 12 de julho e 11 de agosto deste ano, a Mostra de Publicações Independentes (MOPI), no Espaço Ceça, localizado no Centro do Recife. O evento contará com exposição de livros, ciclo de debates, leituras, récitas, performances, programação infantil e feira de publicações.

Segundo os organizadores, a MOPI tem por objetivo expandir “a experiência estética do objeto-livro através de narrativas, projetos gráficos e recursos transgressores ao tradicionalismo da produção editorial”. Os interessados nas atividades de formação precisarão realizar pagamento no ato da inscrição. As demais atividades da mostra, contudo, ficam por conta da livre colaboração financeira do público. 

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PROGRAMAÇÃO

Quinta, 12 de julho - ABERTURA DA MOSTRA

 19h - Literatura e relações de poder no trabalho rural com Enoo Miranda, Philippe Wollney, Sandro Gonzaga e Wilemberg Gonçalves

 20h - Performance Chã de fogo com Enno Miranda e Philippe Wollney

 20h30 - Leituras com Ademauro Coutinho, Enoo Miranda, Philippe Wollney, Sandro Gonzaga e Wilemberg Gonçalves

 21h - Microfone aberto

 Sábado, 14 de julho

 14h - Oficina Agulhas, dobras e cavalos: Publicações minimalistas com Fred Caju

 19h - Lançamento do livro É que dei o perdido na razão de Bell Puã e da antologia Marielle, presente! com João Gomes

 20h - Recital Marielle, presente! com Amanda Timóteo, Bell Puã, Bione, Lilo Araújo, Mariana Ramos e Patrícia Naia

 Quinta, 19 de julho

 19h - A urbe urge: literaturas e adjacências com Clivson David, Linda Nogueira e Tacio Russo

 20h30 - Lançamento do livro Quando as pétalas caem de Tacio Russo e da revista A geometria da cidade

 21h - Intervenção Chão de asfalto, peito de sangue com Amanda Timóteo, André Medulla, Felipe Santana e Tacio Russo

 Quinta, 02 de agosto 

 19h - Interregno: publicações artísticas com Bruna Rafaella Ferrer, Camilo Maia e Rodrigo Acioli

 20h30 - Lançamento do livro Levedação de Jedder Janotti Junior

 21h - Intervenção Estamos definitivamente na vida com Jonatas Onofre, Lucas Holanda e Teresa Coelho

 Sábado, 04 de agosto

 14h - Oficina de cartonaria para crianças com Cleane Maria da Silva e Giselle Natália (Cartonera Do Mar)

 16h - Clássicos infantis em cordel com Susana Morais e Diego Gibran

 19h - Workshop Escavações editoriais com Philippe Wollney e Rodrigo Acioli

 Quinta, 09 de agosto

 19h - Jeitos de narrar, formas de editar com Ezter Liu, Fred Caju e Mariana de Matos

 20h30 - Lançamento do livro Arremessos de um dado viciado de Fred Caju

 21h - Sarau Eroticuzinho com Flávia Gomes, João Gomes, Raimundo de Moraes e Renata Santana

 Sábado, 11 de agosto - ENCERRAMENTO DA MOSTRA 

 14h - Feira de Publicações Independentes com as editoras e selos Bendito Ofício, Caleidoscópio Editora, Cartonera Do Mar, Castanha Mecânica, Cérbero Editora, Inteligência Sensível, Livrinho De Papel Finíssimo, Maracajá Cartonera, Porta Aberta, Titivillus Editora e autores independentes.

 20h - Show de Jonatas Onofre

 SERVIÇO//MOPI - Mostra de Publicações Independentes

12, 14 e 19 de julho e 2, 4, 9 e 11 de agosto

Espaço Ceça

Av. Manoel Borba, 339 - Boa Vista, Recife/PE

Entrada por contribuição voluntária

Na sessão prevista para eleger na tarde desta segunda-feira, 25, os 42 integrantes da Comissão Especial do Impeachment do Senado, um grupo de senadores independentes vai apresentar em plenário questionamento ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que suspenda o julgamento da presidente Dilma Rousseff até que a Câmara aprecie o pedido de autorização para processar o vice-presidente Michel Temer.

A intenção do grupo, conforme a minuta da questão de ordem que será formulada a que o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, teve acesso, os senadores defendem que presidente e vice sejam julgados conjuntamente. "Requeremos ao senhor presidente do Senado Federal o recebimento e acatamento a presente questão de ordem, para determinar a suspensão do julgamento do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff até que haja pronunciamento da Câmara sobre a admissibilidade de denúncia por infração de mesma ordem praticada pelo vice-presidente. Ocasião em que se decidirá pela necessidade de julgamento em conjunto de ambas as autoridades", diz o documento.

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No questionamento, os senadores argumentam que Dilma e Temer são implicados nos mesmos fatos, não tendo justificativa para julgar o da presidente e procrastinar o do vice. Eles citam pesquisas com entrevistados que apontam que a maioria da população defende como solução para a crise política a realização de novas eleições.

Os independentes sustentam que, sem uma manifestação de Renan, é preciso sanar o "defeito" para não viciar de forma "absoluta e grosseira" o julgamento de Dilma. Para eles, uma ação dessas justificará o rótulo de golpe parlamentar. Dizem que não juntá-los é criar um "diferencial e uma suspeita" no procedimento.

Subscrevem o pedido os senadores João Capiberibe (PSB-AP), que fará o questionamento em plenário, Cristovam Buarque (PDT-DF), Lídice da Matta (PSB-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Paulo Paim (PT-RS), Walter Pinheiro (sem partido-BA) e Roberto Requião (PMDB-PR).

Cunha

No pedido, o grupo disse que não defende Dilma, mas sim um julgamento justo e eleições diretas convocadas por plebiscito. Os senadores questionam o fato de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ser inimigo declarado da presidente e, diante das acusações que lhe envolvem na Operação Lava Jato, ter admitido o pedido contra Dilma.

Eles afirmam que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prosseguir com o pedido de impeachment contra Temer tem sido ignorada pela Câmara. "A Câmara vem negando-se a processar o vice por denúncia em crime conexo. O que naturalmente seria uma junção de processos para julgamento virou um 'ela vai e ele não', virou uma escolha de réus", criticam os senadores, na questão de ordem.

"Não há como negar, o julgamento da presidente está sendo isolado e maquiavelicamente orquestrado sem igualdade de tratamento em relação ao vice-presidente", completa o grupo, no pedido de 16 páginas. "São imprescindíveis o julgamento de ambos (Dilma e Temer) e dar uma decisão definitiva e com legitimidade para promover as mudanças que o País precisa", destacou Pinheiro.

O governador eleito de Pernambuco e vice-presidente do PSB, Paulo Câmara, afirmou que os pessebistas farão uma oposição nacional diferenciada da postura do PSDB e do DEM, partidos que protagonizam, atualmente, a linha oposicionista a presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Câmara, os parlamentares do PSB vão “analisar ponto a ponto” antes de se colocarem contra ou a favor de alguma proposta governista. 

“É diferente. Há pontos que consideramos fundamentais para o Brasil. A partir do momento que o governo sinalizar para avanços nesses pontos vamos apoiar”, observou o governador eleito durante entrevista a um portal de notícias nacional. Câmara citou como pontos gerais a reforma política e do federalismo, além de mais recursos para a saúde, segurança e transparência de gestão. 

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Usando uma frase de campanha da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) que afirmava não fazer “oposição por oposição”, Paulo Câmara lembrou episódios do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando o PSB era oposição, e se colocou a favor do Plano Real. “Vamos contribuir para o Brasil, como contribuímos também no governo de Fernando Henrique Cardoso. O PSB foi a favor do Plano Real. Entendíamos que era importante para a estabilização econômica do Brasil”, cravou. “O PSB foi a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal. Vamos analisar cada ponto. Vamos discutir no partido. Vamos ter uma posição realmente de independência”, prometeu completando. 

2018 e a reedição de uma aliança com Marina Silva

Apesar de Marina Silva já ter voltado a coletar assinaturas para a legalização do Rede Sustentabilidade, o que deve acontecer no início de 2015, Paulo Câmara afirmou acreditar na reedição da aliança com a ambientalista para a disputa presidencial de 2018. Mesmo classificando a previsão como um “exercício de futurologia”, ele pontuou que entre o PSB e Marina há muitas convergências. 

“Ela foi muito clara, foi muito transparente, desde o início, de que queria e quer fundar um novo partido, a Rede Sustentabilidade. E tenho certeza que vamos estar ainda conversando muito com Marina, independente da posição partidária que ela tomar, e em 2018 é muito provável que nós estejamos juntos de alguma forma. Ou ela nos apoiando, ou nós apoiando ela. Construindo uma nova alternativa para o Brasil”, observou. 

De acordo com Câmara, a ex-senadora tem contribuído muito internamente para o PSB. “Marina Silva com certeza vai estar sempre conversando com o PSB, independentemente do destino dela”, frisou. 

A partir desta quarta-feira (7) os gamers interessados em jogos indies produzidos na América Latina terão um espaço dedicado para realizar a compra destes títulos. É que nesta data será inaugurada a loja virtual Splitplay, que é focada em vender e divulgar os melhores jogos independentes produzidos na região, com foco no Brasil.

Desta forma, os gamers podem encontrar facilmente jogos que não possuem divulgação e os desenvolvedores são beneficiados através da visibilidade dada pela plataforma da loja.

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Os games poderão se adquiridos através de boleto bancário, depósito em conta e cartão de crédito nacional. Além disso, a plataforma também oferecerá acesso antecipado a alguns jogos, em que o jogador pode testar o game antes de ficar pronto e participar do desenvolvimento com suas opiniões.

A SplitPlay lista jogos como “Xilo”, “Cangaço” e “Chroma Squad” como alguns dos que estarão à venda na loja. Para acessar a página, basta clicar neste link. Quem quiser enviar seus jogos para serem publicados na loja devem acessar este link.

A OGX Petróleo e Gás Participações informou, na noite desta quarta-feira, 11, que Samir Zraick e Luiz do Amaral de França Pereira deixaram o Conselho de Administração da companhia. Conforme o comunicado, a empresa tomará as providências necessárias para recompor o número mínimo de membros de seu conselho "o mais breve possível, em atenção às determinações da Lei, de seu Estatuto Social e do Regulamento de Listagem do Novo Mercado".

Com a saída dos dois integrantes, o Conselho de Administração da OGX tem agora apenas quatro membros, sendo que o estatuto prevê o mínimo de cinco e o máximo de 13. De acordo com o site de Relações com Investidores da companhia, restaram os seguintes conselheiros: o controlador Eike Batista, presidente; Eliezer Batista da Silva, vice-presidente e pai de Eike; Aziz Ben Ammar e Rodolfo Riechert.

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Luiz do Amaral e Samir Zraick eram os únicos membros independentes que ainda estavam no conselho, desde a saída do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, do ex-ministro de Minas e Energia Rodolpho Tourinho Neto e da ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie Northfleet. A saída desses três conselheiros independentes de peso foi anunciada no último dia 21 de junho.

Tanto em 21 de junho quanto nesta quarta-feira a OGX não informou o motivo para a saída dos conselheiros independentes.

Na ocasião da saída de Malan, Ellen Gracie e Tourinho, analistas consideraram que a injeção de recursos do próprio Eike Batista para ajudar a tirar a empresa da profunda crise financeira em que se encontra se tornou mais improvável. O controlador havia prometido, em outubro do ano passado, fazer um aporte de US$ 1 bilhão na empresa, por meio de uma put (opção de venda), que poderá ser exercida até abril de 2014.

Numa estratégia para amplificar em plenário a discussão sobre o retorno do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), ao comando do Senado, um grupo de parlamentares independentes decidiu que, por enquanto, vai manter as candidaturas de Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) contra o peemedebista. Com o lançamento de mais de um nome, o grupo quer garantir o máximo de tempo possível para questionar o favorito Renan Calheiros durante a eleição em votação secreta, marcada para a manhã da sexta-feira (1º).

Oito senadores encaminharam nesta manhã uma consulta ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para saber se qualquer parlamentar tem direito a falar durante a sessão para eleger a nova Mesa Diretora ou apenas aqueles que se inscreveram para concorrer. Ainda não houve uma resposta oficial. Segundo os presentes, um assessor da direção geral do Senado informou a eles que apenas os candidatos inscritos poderão falar na sessão.

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"É uma tentativa de nos calar. Nós não nos conformamos com isso", afirmou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), anfitrião do encontro que durou quase três horas. Jarbas chamou o colega de partido Renan Calheiros de "ficha suja" e questionou seu retorno ao comando do Senado após o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tê-lo denunciado na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF) por acusações que o fizeram renunciar à presidência da Casa em 2007 para evitar ser cassado pelos pares.

Mesmo admitindo reservadamente que não têm votos para derrotar o líder do PMDB, os senadores querem ao menos constrangê-lo em plenário. "O importante é que tenhamos um debate", disse o senador Pedro Taques. Randolfe criticou: "o Senado está caminhando para um precipício". O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que se lançará também candidato à Presidência do Senado, caso somente os inscritos possam falar na eleição. "É tentativa de golpe e outras candidaturas podem surgir", destacou o pedetista.

Em eleições passadas, somente os candidatos se pronunciavam na tribuna do Senado. Em alguns casos, por acordo de líderes, senadores também se pronunciavam. Os independentes questionaram Sarney sobre o momento de inscrição das candidaturas - em disputas anteriores, ocorria pouco antes da eleição. A bancada do PMDB marcou reunião para as 17 horas desta quinta-feira a fim de oficializar a candidatura de Renan Calheiros.

Sem ter conseguido lançar uma candidatura viável para contrapor a volta do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), à Presidência da Casa, um grupo de senadores considerados independentes vai apresentar na próxima semana uma plataforma com sugestões de mudanças que tem por objetivo resgatar a credibilidade do Senado.

A intenção do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que está reunindo as propostas dos colegas de enxugamento administrativo e de melhoria da eficiência dos trabalhos legislativos, é divulgar o documento de compromissos na segunda-feira (14). A eleição de quem presidirá o Senado pelos próximos dois anos está marcada para o dia 1º de fevereiro.

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Na lista das propostas que devem fazer parte da plataforma estão: a votação dos milhares de vetos presidenciais ainda não apreciados; a redução do número de comissões temáticas; a mudança na forma de criação das comissões parlamentares de inquérito, na qual, mesmo tendo as assinaturas necessárias, ela só é criada por decisão do presidente do Senado; e o fim do chamado "voto de corpo" - aquele em que os senadores aprovam ou rejeitam simbolicamente um projeto, sem votação nominal.

Imagem abalada

O lançamento de um documento de compromissos foi a fórmula encontrada pelos independentes para marcar posição na eleição agendada para daqui a três semanas. Pelo regimento interno do Senado, a prerrogativa de escolher o presidente da Casa é da maior bancada. Desde a redemocratização, em 1985, senadores do PMDB ocuparam por 13 vezes o posto, enquanto integrantes de outras legendas apenas em quatro ocasiões, duas das quais para cumprir "mandatos-tampão" em razão de denúncias contra peemedebistas. Foi o caso do próprio Renan Calheiros em 2007, que renunciou ao cargo em dezembro daquele ano após escapar de dois processos de cassação.

A imagem do Senado também foi abalada em 2009 após o escândalo dos atos secretos, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Uma série de medidas administrativas em vigor na Casa, como a nomeação de parentes de parlamentares e a concessão de benefícios financeiros a servidores, não era publicada oficialmente. A crise ameaçou o mandato do atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que chegou a ser alvo de processos de quebra de decoro parlamentar.

No ano passado, senadores independentes e oposicionistas insuflaram o peemedebista Luiz Henrique (SC) a se lançar candidato. Um articulador do grupo dos independentes disse que Luiz Henrique queria ter obtido o apoio explícito do Palácio do Planalto. Mas não conseguiu. Em dezembro, ele desistiu. "Eu disse desde logo que, na condição de ex-presidente nacional do PMDB, eu não praticaria uma candidatura dissidente", afirmou à Agência Estado. "Como eu percebi que dentro do PMDB o Renan reuniu a maioria absoluta dos apoios, eu simplesmente agradeci pela deferência (de quem quis lançá-lo candidato) e não encampei".

"Desistimos do lançamento de uma candidatura viável", resigna-se Cristovam Buarque. Segundo o pedetista, no dia da votação pode até ocorrer o lançamento de candidaturas de protesto, sem chances de vitória. Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) são lembrados para cumprir a missão.

A volta de Renan

Cristovam Buarque disse ter perguntado no mês passado a Renan Calheiros se ele iria se candidatar ao Senado, uma vez que gostaria de saber quais seriam as propostas dele para resgatar a credibilidade da Casa. Na ocasião, ele afirmou que não sabia se iria se candidatar. "É claro que ele já sabia. É ridícula e esdrúxula a situação de ter uma eleição que não existe candidato e já tem um eleito".

Questionado se o seu colega de partido tem condições de voltar a presidir o Senado, Luiz Henrique destacou que as acusações que pesaram contra o colega de bancada "não voltaram" nos últimos cinco anos. Na ocasião, Renan Calheiros foi acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira, acusação que lhe rendeu um inquérito criminal ainda em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e também a quebra de seu sigilo bancário.

Aliados do líder do PMDB afirmam, sob a condição do anonimato, que ele só vai oficializar sua candidatura às vésperas da eleição. É uma tentativa de tentar evitar, ao máximo, os questionamentos sobre seu retorno. O Palácio do Planalto, que no ano passado operou sem sucesso uma costura para tentar fazer o ministro de Minas e Energia, o senador licenciado Edison Lobão (PMDB-MA), presidente do Senado, já aceita, ainda que a contragosto, a eleição de Renan Calheiros. O receio do governo é que o PMDB concentre excessivo poder até as eleições presidenciais de 2014, uma vez que o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), também deve ser eleito para presidir a Casa.

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