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Os quatro novos conselheiros do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foram nomeados nesta quarta-feira, 27, em Decretos publicados no Diário Oficial da União (DOU). Foram nomeados para mandatos de quatro anos: José Levi Mello do Amaral Júnior, na vaga decorrente do fim do mandato de Luiz Augusto Hoffmann; Camila Cabral Pires Alves, na vaga decorrente do término do mandato de Sérgio Ravagnani; Carlos Jacques Vieira Gomes, na vaga de Lenisa Rodrigues Prado, também em fim de mandato; e Diogo Thomson de Andrade, que assumirá a vaga de Luis Henrique Bertolino Braido.

Com a nomeação dos novos conselheiros, o Cade volta a ter quórum para realizar julgamentos.

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Os quatro tiveram as indicações aprovadas pelo Senado em 12 de dezembro.

O ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou arquivar a investigação que atingiu cinco conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) na esteira da Operação Ararath.

O ex-governador Silval Barbosa (2010-2015) fechou delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e acusou os conselheiros José Carlos Novelli, Antonio Joaquim, Valter Albano, Waldir Teis e Sérgio Ricardo de receberem R$ 53 milhões em troca da aprovação de contas, projetos e obras do governo. Eles chegaram a ser afastados temporariamente das funções durante o inquérito.

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O arquivamento da investigação atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não viu provas de participação dos conselheiros em irregularidades.

"Malgrado as diligências executadas, tais como afastamentos dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico, busca e apreensão e oitiva de testemunhas, entre outras, não foi possível coligir indícios que corroborem as hipóteses criminais que fundamentaram a instauração do presente inquérito", escreveu a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo em manifestação enviada ao STJ.

Em sua decisão, o ministro também afirmou não ver elementos mínimos para fundamentar uma denúncia contra os conselheiros.

"No presente caso, a inexistência de elementos indiciários aptos a corporificar a justa causa essencial ao oferecimento de denúncia contra os conselheiros foi exaustivamente explicitada pelo Ministério Público Federal, inclusive em respeito às diversas medidas cautelares pessoais e probatórias deferidas nestes autos, bem como ao trabalho desenvolvido pelos órgãos de persecução penal", destacou Raul Araújo.

COM A PALAVARA, O CONSELHEIRO JOSÉ CARLOS NOVELLI, PRESIDENTE DO TCE-MT

"Recebo essa decisão com muita tranquilidade, mas ressalto o que sempre disse: justiça tardia não é justiça. Aquela decisão monocrática, que afastou cinco conselheiros sem nenhuma prova, sem nenhuma corroboração, deixou sequelas em todos nós. Mas antes tarde do que nunca.

Fico feliz em saber que a sociedade hoje vai saber a verdade. Nunca, nenhum de nós que fomos afastados, necessitamos buscar nada além do nosso trabalho e do nosso salário, tanto é que o TCE era referência nacional e ainda somos, temos sete produtos certificados com o selo ISO 9001, que demonstram nossa qualidade total em desenvolver nosso trabalho.

E fico feliz por Deus, nesse momento, nos dar esse presente. Tenho certeza de que a sociedade mato-grossense vai se orgulhar cada vez mais do nosso Tribunal de Contas."

O presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, veio a público criticar os protestos direcionados ao presidente do Conselho Deliberativo Coral, Marino Abreu, Marco Benevides e Eduardo Cavalcante, membros da comissão jurídica do conselho., através de faixas colocadas na manhã desta quarta-feira (5), no Arruda.

Em nota publicada através da assessoria do clube, o executivo do Santa Cruz disse que repudia  “qualquer tipo de violência e ameaça contra integrantes do Santa Cruz Futebol Clube ou a qualquer pessoa”.

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Algumas das faixas tinham tom ameaçador contra os citados nominalmente. Marino Abreu e afirmavam que “o bicho ia pegar” se eles não saíssem do clube.

A demissão de José Mauro Coelho do comando da Petrobras é a primeira de uma série de mudanças que o governo vai fazer na petroleira. Além de demitir Coelho, o ministro de Minas Energia, Adolfo Sachsida, vai fazer mudanças no conselho de administração da estatal.

O conselho foi montado pelo ex-ministro Bento Albuquerque, almirante de esquadra que foi demitido por Bolsonaro logo após o anúncio do reajuste do óleo diesel. A saída de Coelho abre caminho também para mudanças na diretoria da empresa. A Petrobras estava perto de anunciar novo reajuste de gasolina e Bolsonaro quer evitar novos aumentos neste momento de alta volatilidade do preço internacional.

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A lógica é a seguinte: governo não pode mandar diretamente na decisão da empresa sobre os preços, mas pode mudar o conselho e o presidente, que mudam a diretoria. O passo seguinte é a mudança na política de preços, como quer Bolsonaro. Ele quer que os reajustes sejam mais esparsos e que haja uma trégua nos preços enquanto o mercado de petróleo estiver vivendo alta volatilidade por conta da crise de energia provocada pela guerra da Rússia com a Ucrânia.

Segundo apurou o Estadão, a demissão do terceiro presidente da Petrobras já era dada como certa no círculo mais fechado de auxiliares do presidente Bolsonaro desde sábado, embora investidores vissem o movimento como "loucura" pelo pouco tempo de Coelho à frente da petroleira.

O anúncio ocorreu depois do mercado fechado, eram quase 22h desta segunda-feira, 23. Fontes da indústria de óleo e gás, que não apostavam na saída de Coelho em tão pouco tempo, avaliam que a troca é turbulência desnecessária mais uma vez, causada pelo governo.

A avaliação é de que, se o governo realmente quiser trocar os rumos da empresa, terá que nomear novos conselheiros de administração, dispostos a seguir as suas ordens e não a votar de acordo com "os melhores interesses da empresa".

Sachsida ainda quer avançar nas privatizações da Petrobras e também da PPSA, a estatal responsável pela parte da União no pré-sal.

A Petrobras informou no final da noite desta segunda-feira, 23, que, se a demissão de José Mauro Coelho da presidência da companhia for aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), ocorrerá a destituição de todos os membros do Conselho eleitos como ele, por meio do voto múltiplo. A estatal terá, assim, de realizar uma nova eleição para esses cargos.

Em fato relevante, a Petrobras informou que o Ministério de Minas e Energia enviou ofício à empresa solicitando a convocação de uma AGE para destituir Coelho e eleger Caio Paes de Andrade como membro do Conselho de Administração da companhia.

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Segundo a Petrobras, o ministério solicitou que a avaliação do nome de Andrade pelo Conselho ocorra após a realização da AGE.

O ministério anunciou nesta segunda-feira a terceira demissão de um presidente da Petrobras em menos de quatro anos. O nome de Andrade já vinha sendo especulado há algumas semanas e ganhou força após a substituição do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque por Adolfo Sachsida, fiel escudeiro do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Quatro conselheiros informaram a Petrobras que não pretendem ser reconduzidos ao colegiado na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE). São eles João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha Sobrinho.

Em Fato Relevante, a companhia informa que Cox Neto e Ziviani alegaram razões pessoais para a decisão. Já Souza e Silva só declarou que por conta de seu mandato ser "interrompido inesperadamente, peço, por favor, para não ser reconduzido ao Conselho de Administração na próxima Assembleia". Ele ressalta o "excelente trabalho" desenvolvido pela diretoria e funcionários, e elogia também o presidente do colegiado, Eduardo Leal.

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Já a mensagem de Omar Carneiro da Cunha revela insatisfação com a decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, de promover uma troca no comando da estatal, com a indicação de Joaquim Silva e Luna para o lugar de Roberto Castello Branco.

"Em virtude dos recentes acontecimentos relacionados às alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como Conselheiro desta renomada empresa, na qual tive o privilégio de servir nos últimos sete meses", diz Cunha.

Ele faz muitos elogios a Castello Branco e o atual conselho, que "se manteve aderente às estratégias devidamente aprovadas, e seguindo os mais altos níveis de governança e de conformidade com os estatutos da empresa, e aos mais altos padrões de gestão empresarial".

"A mudança proposta pelo acionista majoritário, embora amparado nos preceitos societários, não se coaduna com as melhores práticas de gestão, nas quais procuro guiar minha trajetória profissional", afirma o conselheiro.

A Petrobras lembra que a recondução destes conselheiros havia sido proposta pela União, e que eventuais substitutos indicados pelo governo serão submetidos ao Comitê de Pessoas.

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal realizam uma operação nesta quarta-feira, 17, para reunir novas provas de um esquema de desvio de recursos públicos do estado de Mato Grosso entre 2012 e 2018. Entre os alvos estão cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, e mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços ligados a pessoas investigadas. A ordem para as medidas cautelares partiu do ministro Raul Araújo, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com informações da Procuradoria, além do Tribunal de Contas, duas fazendas, oito empresas e oito pessoas físicas são alvos da ação, intitulada Operação Ararath. Além das buscas, o relator acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para a quebra de sigilos e para compartilhamento de informações entre os investigadores e a Receita Federal relacionadas a 33 empresas e 30 pessoas físicas que teriam participação no esquema.

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A operação desta quarta-feira é uma nova etapa de investigação iniciada no Supremo Tribunal Federal (STF), que tiveram como ponto de partida, entre outras provas, informações fornecidas em acordos de colaboração premiada firmadas entre investigados e o Ministério Público Federal. Segundo o MPF, Um dos colaboradores declarou que o então governador do estado, Silval Barbosa (MDB), pagou R$ 53 milhões aos conselheiros que, em contrapartida, deveriam aprovar as contas da gestão e não apresentar obstáculos ao andamento de projetos e obras do Executivo estadual, sobretudo voltados para os preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Barbosa foi preso em 2015 por fraudes em incentivos fiscais do Estado. Ele foi alvo de um novo mandado em 2017, em investigação por esquema de fraudes à licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas. Com o aprofundamento das investigações, o caso, que tinha como relator na Suprema Corte o ministro Luiz Fux, foi desmembrado.

Em decorrência da prerrogativa de foro por prerrogativa de função, a parte relacionada aos conselheiros passou a tramitar no Superior Tribunal de Justiça. As investigações preliminares apontam a utilização - por parte dos conselheiros - de empresas e de pessoas físicas para esconder o recebimento das vantagens indevidas. Assim, estão sendo apuradas as práticas dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Na petição enviada ao STJ, em que solicita as medidas cautelares, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo descreve a atuação dos próprios conselheiros e de pessoas ligadas a eles em um esquema complexo que inclui dezenas de operações comerciais financeiras. Entre as irregularidades, estão a compra de imóveis e empresas, como um motel, que teria como sócio um dos conselheiros investigados, e um buffet, de propriedade de outro integrante do órgão de Contas de Mato Grosso.

No documento, a autora também destaca que apesar de parte dos investigados já tenha sido alvo de medidas cautelares, as novas buscas são necessárias para o esclarecimento completo do esquema criminoso. Em relação às buscas na sede do Tribunal de Contas do Estado, a ordem judicial é destinada especialmente às secretarias de Tecnologia da Informação e de Administração, que deverão fornecer dados referentes a contratos firmados pela Corte de Contas com empresas investigadas no esquema criminoso.

COM A PALAVRA, O TCE-MT

Até a publicação desta matéria, a reportagem não obteve contato com o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso. O espaço permanece aberto a manifestações.

O presidente Jair Bolsonaro disse, na manhã desta terça-feira (3), que, apesar de ser acusado de autoritarismo, escuta conselheiros para decisões que toma. Antes, o mandatário havia apontado como conselheiros, "além da população a qual devo lealdade", autoridades como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ministros de seu governo e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Mucio Monteiro.

Bolsonaro e as autoridades citadas por ele participaram de evento da Controladoria Geral da União (CGU) sobre combate à corrupção. "Ouso dizer que meus conselheiros, além da população a qual devo lealdade, são essas pessoas e aquelas ao seus lados", disse Bolsonaro.

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"Por mais que me acusem de autoritário, para as decisões que tomo escuto grandes partes desses atores que acabei de citar. Porque a chance de errar é mínima, e chance de vitória passa a ser a maior possível", disse Bolsonaro.

O presidente afirmou ter o hábito diário de buscar um versículo bíblico para seguir. Hoje, disse Bolsonaro, a frase lida foi: "Quem sai à guerra precisa de orientação, e com muitos conselheiros se obtém a vitória".

A Justiça de Mato Grosso determinou o fim de um bônus de R$ 23.873,16 nos contracheques dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. O pagamento é feito todo mês a título de indenização pelo exercício da atividade parlamentar e não está sujeito ao teto remuneratório da Constituição. O "cotão" de R$ 23 mil é um dos bônus que os conselheiros recebem, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo em julho.

A verba foi instituída em 2015 no tribunal e é "inspirada" num benefício similar concedido aos deputados estaduais de Mato Grosso. O "cotão" é distribuída sem que os conselheiros precisem justificar o uso ou apresentar notas fiscais. O extra entra livre na conta de conselheiros, auditores e procuradores, sem impostos, por ser verba indenizatória.

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Com salário-base de R$ 35.462,22, gratificação por desempenho de função de R$ 3.831,10, auxílio-alimentação de R$ 1.150 e cota de R$ 23 mil, na prática são pagos R$ 64,3 mil por mês aos conselheiros, o dobro do teto constitucional, de R$ 39,2 mil. Eles ainda recebem um vale-livro anual no valor de R$ 70,9 mil, pago em duas parcelas. Não é preciso comprovar a compra de obras técnicas.

A decisão de derrubar o "cotão" foi do juiz da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular do Tribunal de Justiça (TJ-MT), Bruno D'Oliveira Marques. Cabe recurso. Para o juiz, os valores não poderiam ser pagos aos conselheiros por simetria com os deputados estaduais, pois a lei que previu o benefício tratava apenas dos integrantes da Assembleia Legislativa.

As ações foram propostas por um grupo liderado por Elda Mariza Valim, presidente do Observatório Social de Mato Grosso, entidade que fiscaliza os órgãos no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sabatina na próxima terça-feira, 24, os quatro indicados ao cargo de conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade): os advogados Lenisa Prado, Luiz Augusto Hoffmann e Sérgio Costa Ravagnani, além do economista Luiz Henrique Bertolino Braido.

De acordo com a assessoria do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), outros dois indicados serão sabatinados no dia 1º de outubro: o superintendente-geral Alexandre Cordeiro, e o procurador-geral, Walter Agra. Ambos foram apontados pelo presidente Jair Bolsonaro para serem reconduzidos ao cargo.

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Na terça-feira, 17, foram lidos na comissão os relatórios de cada um dos indicados e concedidas vistas coletivas - o que é praxe no processo de sabatina. Antes de serem nomeados por Bolsonaro, os indicados precisam da aprovação da CAE e do plenário do Senado.

O Banco Central editou na tarde desta terça-feira, 20, duas portarias dispondo sobre o conselho deliberativo da Unidade de Inteligência Financeira (UIF), nova denominação para o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A primeira portaria apenas estabelece que o conselho deliberativo da UIF terá 11 membros, como já funcionava no órgão em sua versão anterior. A segunda portaria nomeia os mesmos 11 conselheiros que já tinham essa função no Coaf.

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São eles: Antônio Carlos Vasconcelos Nóbrega, Eric do Val Lacerda Sogocio, Erika Mialik Marena, Gustavo da Silva Dias, Gustavo Leal de Albuquerque, Márcio Adriano Ancelmo, Marcus Vinicius de Carvalho, Rafael Bezerra Ximenes de Vasconcelos, Ricardo Pereira Feitosa, Sergio Djundi Taniguchi e Virgílio Porto Linhares Teixeira.

Mais cedo, o BC já havia confirmado a nomeação de Ricardo Liáo - servidor de carreira aposentado da instituição - como substituto de Roberto Leonel no comando do órgão de inteligência.

A Corte Especial do STJ tornou réus os conselheiros do Tribunal de Contas do Rio Aloysio Neves Guedes, Domingos Brazão, José Graciosa, José Maurício Nolasco e Marco Antonio Alencar por organização criminosa, corrupção e lavagem. Eles são acusados de integrar "esquema de recebimento de propina, instalado no órgão público entre 1999 e 2016". As defesas não se manifestaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os sete conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul receberam, segundo Portal da Transparência da Corte, R$ 1,4 milhão de janeiro a fevereiro. O montante é composto pela remuneração básica bruta total de R$ 557.566,61 e por "outros pagamentos legais ou judiciais" que alcançam R$ 919.588,44. Não recai sobre "outros pagamentos" cobrança de imposto de renda.

O Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul informou que "outros pagamentos" são valores "legais" e estão descritos no Portal da Transparência. Segundo a Corte, as verbas "são temporárias e de caráter indenizatório".

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Os vencimentos dos conselheiros nos dois primeiros meses do ano foram de cerca de R$ 35,4 mil mensais para cada um. A categoria "outros pagamentos" variou entre R$ 33,7 mil e R$ 74,5 mil, em janeiro, e entre R$ 67,3 mil e R$ 147,8 mil em fevereiro.

O presidente do Tribunal, conselheiro Iran Coelho das Neves, foi nomeado para a Corte em julho de 2009. Em janeiro, ele recebeu R$ 74.549,31 por "outros pagamentos". No mês seguinte, R$ 102.919,25.

A Corte pagou R$ 42.597,30, em janeiro, ao corregedor-geral Ronaldo Chadid sob a rubrica "outros pagamentos". Em fevereiro, o conselheiro empossado em 2012 recebeu R$ 147.802,04, o maior valor no período.

Ao vice-presidente do Tribunal, Flávio Kayatt, foram transferidos R$ 42.805,07 em janeiro e R$ 71.175,00 em fevereiro por "outros pagamentos". O conselheiro foi empossado em 2017.

Alçado ao cargo de conselheiro em 2015, o ouvidor Osmar Domingues Jeronymo recebeu R$ 37.235,31 em janeiro e R$ 136.529,69 em fevereiro.

Ao conselheiro Waldir Neves Barbosa, empossado em 2009, foram pagos R$ 33.759,45 no primeiro mês do ano e R$ 77.801,99 no segundo. Ambas as transferências a título de "outros pagamentos".

Conselheiro da Corte desde 2015, Jerson Domingos recebeu verbas de R$ 38.991,75 em janeiro e de R$ 67.361,69 em fevereiro.

A Marcio Monteiro, empossado em 2017, foram pagos R$ 39.392,88 no início do ano e R$ 67.762,82 no segundo mês de 2019.

O Papa Francisco afastou de seu círculo de conselheiros mais próximos o cardeal George Pell, acusado na Austrália de agressões sexuais contra menores, e o chileno Francisco Javier Errázuriz, suspeito de ter escondido os atos de um padre pedófilo no Chile, anunciou o Vaticano.

Os dois altos líderes eclesiásticos fazem parte de um conselho de nove cardeais de todos os continentes, chamado C9, que aconselha o Papa Francisco sobre a reforma da administração da Santa Sé.

O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou proposta de acordo dos conselheiros fiscais da Petrobras Reginaldo Ferreira Alexandre e Walter Luis Bernardes Albertoni. Eles respondem a processo administrativo sancionador (PAS) por terem aprovado o balanço de 2013 da companhia. Para a CVM, a administração da petroleira adotou procedimentos inadequados na contabilização das refinarias RNEST e Comperj naquele exercício. Com isso, os demonstrativos não poderiam ter sido aprovados pelos dois conselheiros.

Na época, as duas refinarias já apresentavam problemas de superfaturamento nas obras, que depois acabaram comprovados no âmbito das investigações da operação Lava Jato. A empresa efetuou o teste de impairment, que serve para reduzir o valor recuperável de ativos quando há evidências de desvalorização, mas incluiu as duas unidades em um conjunto de ativos, o que acabou resultando em um efeito contábil distinto do que a CVM considera adequado.

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O colegiado acompanhou o entendimento do Comitê de Termo de Compromisso (CTC) que considerou inoportuno o acordo, dada a gravidade das infrações. Com isso, o processo será encaminhado para julgamento.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, empossou nesta segunda-feira, 25, os dez conselheiros que vão compor o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no biênio 2017-2019, com um discurso no qual defendeu a harmonia entre poderes e a estabilidade social e também falou em repúdio à corrupção e a ideias totalitárias.

"O Ministério Público, como defensor constitucional do interesse público, posta-se ao lado dos cidadãos para cumprir o que lhe impõe a Constituição, de modo a assegurar que todos são iguais e livres, que o devido processo legal é um direito e que a harmonia entre poderes é requisito para a estabilidade social", disse Raquel Dodge.

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"Neste momento em que renovamos a composição do CNMP, renovamos também nossa esperança em dias melhores para o Brasil. Sob a Constituição de 1988, a nação brasileira tem escolhido construir a sua história apreciando a democracia, repudiando a corrupção e ideias totalitárias e pedindo o reconhecimento dos direitos dos cidadãos", afirmou a procuradora-geral.

Por três vezes, Raquel Dodge disse que é necessário defender o devido processo legal, isto é, a atuação sem atropelos. Ela disse que é importante "priorizar o fortalecimento do MP como defensor da sociedade, da dignidade da pessoa humana e do devido processo legal".

Dodge disse também que a "liberdade de expressão tem sido marcada pelo assassinato de muitos jornalistas, radialistas, profissionais da imprensa". E que serviços públicos precários, sobretudo, nas escolas e nos hospitais públicos. O meio ambiente, apontou, precisa de proteção concreta. "Tudo isso está no espectro de atuação do CNMP", destacou.

"O controle a fiscalização que o CNMP faz sobre os MP da União e dos Estados tem uma finalidade precípua, que tenham os meios para melhorar as condições de vida de cada indivíduo e paz social", disse. Ela também afirmou que é preciso cobrar dos que gerenciam o gasto público. Disse ainda que o "MP se posta ao lado dos cidadãos para assegurar que todos são iguais e livres".

O discurso no CNMP se assemelhou, na maior parte, ao da posse da própria Dodge como procuradora-geral, na semana passada, substituindo Rodrigo Janot após dois mandatos no cargo.

A solenidade contou com a presença de autoridades, como o presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Edison Lobão (PMDB-MA) - ambos investigados no âmbito da Lava Jato -, além de convidados e servidores.

Integrantes

Dos dez conselheiros, dois vão para o segundo mandato: Fábio Bastos Stica (MP/RR) e Orlando Rochadel Moreira (MP/SE), que ocupam vagas destinadas aos Ministérios Públicos dos Estados.

Os oito novos integrantes são: Marcelo Weitzel Rabello de Souza (Ministério Público Militar); Sebastião Vieira Caixeta (Ministério Público do Trabalho); Silvio Roberto de Oliveira Amorim Junior (Ministério Público Federal); Dermeval Farias Gomes Filho (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios); Lauro Machado Nogueira (Ministério Público do Estado de Goiás); Leonardo Accioly da Silva (Ordem dos Advogados do Brasil); Erick Venâncio Lima do Nascimento (Ordem dos Advogados do Brasil); e Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho (Senado Federal).

Os outros quatro integrantes do conselho são Raquel Dodge (presidente) e os conselheiros Gustavo Rocha (Câmara dos Deputados), Valter Shuenquener (Supremo Tribunal Federal) e Luciano Nunes Maia Freire (Superior Tribunal de Justiça). Este último também foi formalmente empossado nesta segunda-feira, embora já estivesse atuando no Conselho desde agosto.

O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Jonas Lopes de Carvalho Júnior e outros quatro investigados foram denunciados por suposto envolvimento em esquema de venda de decisões da Corte de contas, com a participação de outros conselheiros. A denúncia no Inquérito 1133 é assinada pelo vice-procurador-geral da República, José Bonifácio, e foi enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A peça revela condutas criminosas que correspondem à corrupção praticada em três períodos sucessivos (2000 a 2006, 2007 a 2010 e 2011 a 2016) e a um conjunto de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, além de associação criminosa. Também foram denunciados Jonas Lopes de Carvalho Neto, Jorge Luiz Mendes Pereira da Silva, Álvaro José Galliez Novis e Edimar Moreira Dantas.

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De acordo com a denúncia, desde meados de 1999 até dezembro de 2016, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ) estruturaram um ajuste criminoso de solicitação e recebimento de vantagens indevidas, oferecidas por interessados em processos submetidos a análise da Corte. Esses crimes renderam vasta quantidade de dinheiro em espécie, que foi repartida entre os participantes em encontros realizados na sala da presidência do TCE, mediante a entrega de envelopes e pastas contendo os valores ilícitos, destaca a Procuradoria-Geral da República.

A denúncia narra que, na divisão de tarefas, competia ao presidente os contatos com os interessados, as solicitações, o controle do gerenciamento da coleta e a distribuição das quantias, sempre a partir da prévia aquiescência dos conselheiros participantes. Mesmo que a solicitação fosse eventualmente realizada por outro membro, o presidente era informado e mantinha estrito controle sobre o fluxo dos recursos ilícitos.

Segundo a acusação, na execução das providências, foram contatados auxiliares de confiança para recolhimento e transporte das quantias à sede do TCE/RJ, pessoas que foram autorizadas a remunerar-se com parte dos valores acumulados, e, outros vinculados aos interessados nas decisões atuaram na entrega dos valores acertados com os membros do tribunal, em volumes de dinheiro em espécie estocados e disponibilizados conforme demanda dos envolvidos.

A denúncia aponta que os valores serviram para determinar avaliações menos rigorosas nos processos submetidos a julgamento da Corte. De acordo com a procuradoria, há provas de que parte do dinheiro foi ocultada em conta mantida no exterior e outra convertida em animais bovinos e terras rurais, como forma de dissimular a natureza criminosa dos ativos, configurando os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A PGR pede que os denunciados recebam as penas e sanções ajustadas nos acordos de colaboração premiada firmados com o Ministério Público Federal.

Desmembramento

O vice-procurador-geral pede o desmembramento do Inquérito 1133 com autuação de um novo inquérito no STJ para continuidade das apurações dos fatos relacionados aos demais conselheiros do TCE/RJ.

Também pede o desmembramento para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região para investigações relacionadas a membros da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e o desmembramento ao juízo da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro para continuidade da apuração relacionada aos outros envolvidos que não possuem foro especial.

O governo federal exonerou José Constantino de Bastos Junior do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Marco Antônio de Oliveira do Conselho Fiscal do banco. Eles serão substituídos, respectivamente, por Natália Marcassa de Souza e Christianne Dias Ferreira.

As exonerações e nomeações estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 21.

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Nesta terça-feira (28), será empossado o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC). Quatorze representantes da sociedade civil e do poder público, sendo sete eleitos como representantes da sociedade e sete indicados pelo Governo de Pernambuco, receberão a oficialização das atividades em cerimônia no Salão das Bandeiras, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, a partir das 15h30.

O grupo surgiu de reivindicações populares para uma maior participação no cenário de gestão cultural de Pernambuco. Cabe ao Conselho mediar, por meio de cogestão, as ações públicas do setor cultural. 

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Ficam a cargo dos conselheiros: Arquitetura, Urbanismo, Geografia e Engenharia; Arqueologia, História e Museologia; Antropologia, Sociologia e Turismo; Movimentos sociais de urbanismo e de meio-ambiente; Centro de Documentação e Memória: Arquivos, Bibliotecas, Espaços de Memória e Museus; Comunidades tradicionas e/ou religiosas, costumes, saberes e formas de expressão; e Expressões culturais de Pernambuco registradas como Patrimônio Cultural Imaterial.

Na ocasião, também será disponibilizado o edital do Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho, que visa incentivar a defesa das expressões artísticas no Estado. O documento contemplará as categorias de formação (ações educativas); promoção e difusão (comunicação e mídia); e além de acervos documentais e memória cultural. A premiação é de R$ 60 mil.

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) passará por uma profunda transformação, com potencial para mudar o perfil do órgão. O tribunal, que julga fusões e aquisições de empresas, identifica e pune cartéis, é formado por sete diretores, mas estava incompleto desde fevereiro de 2014. Há dois meses, a presidente Dilma Rousseff indicou quatro nomes para as vagas em aberto. Os novos conselheiros devem ser sabatinados hoje no Senado.

Eles já receberam pareceres favoráveis dos relatores e serão ouvidos em bloco numa única sessão da Comissão de Assuntos Econômico (CAE), o que facilita responder a eventuais perguntas espinhosas. Entre os indicados há um nome ligado ao Partido Progressista (PP), o advogado e economista Alexandre Cordeiro Macedo. Se não houver "deslizes" durante a sabatina, a aprovação será "rápida e indolor", confidencia um senador. Os quatro circularam pelo Senado no último mês para se apresentar e, até agora, não houve atritos, conforme relatos de senadores.

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Fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apontam como positivo o fato de os indicados terem perfil técnico, já que predominavam no Cade advogados e economistas vindos da academia, com extensa formação na área de concorrência ou em econometria. Se os nomes indicados por Dilma forem aprovados, o Cade ficará mais diversificado, com técnicos em regulação de infraestrutura, direito internacional e mercado financeiro.

Foram indicados, além de Macedo, a economista Cristiane Schmidt (escolha atribuída ao ministro da Fazenda), João Paulo de Resende e Paulo Burnier da Silveira. A lista inclui também o postulante a superintendente-geral, Eduardo Frade Rodrigues, que ocupa o cargo interinamente há um ano. "Era preocupante o fato de haver cargos vacantes por período tão prolongado", diz o ex-diretor do Cade e economista da GO Associados, Gesner Oliveira.

O professor do Insper e também ex-conselheiro Paulo Furquim elogia a formação e os históricos profissionais. "Na média, os currículos deles são muito bons", avalia.

Já o senador José Reguffe (PDT-DF), relator da indicação de Rodrigues, recomenda sua aprovação. "Ele é um jovem (de 32 anos) que me parece extremamente técnico. É um servidor de carreira que parece ter uma visão de que o Cade tem de agir em defesa do cidadão", sugere.

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A expectativa é de que os novos conselheiros assumam funções relacionadas com suas aptidões. É o caso de João Paulo de Resende, cuja indicação foi rubricada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Ex-diretor da Unidade de Parceria Público-Privada da pasta, é especialista em regulação e infraestrutura. Ele também acumula passagem pelo Ministério de Minas e Energia e é visto como potencial articulador de pontes entre o Cade e agências reguladoras.

Uma fonte ligada ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) aponta como estratégica a chegada de Paulo Burnier, doutor em Direito pela USP e Sorbonne e atual assessor internacional do Cade. Ele deve ter papel relevante tendo em vista que mais de 30% dos casos de fusões apreciados pelo órgão referem-se a operações internacionais. Com indicação sustentada pelo presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho, Burnier é cotado para cuidar da interlocução do conselho com agências estrangeiras.

Já a economista Cristiane Alkmin Schmidt trabalhou no Itaú, no Ministério da Fazenda e chefiou a área de assuntos regulatórios da Embratel. É especialista em organização industrial. A aposta é de que ela e Resende façam uma dupla inovadora no Cade. A indicação de Alexandre Cordeiro de Macedo é vista com desconfiança no meio técnico. O PP, responsável pela indicação, está no centro das denúncias investigadas pela Operação Lava Jato. O Cade apura a formação de cartel de empreiteiras em licitações da Petrobrás, dando sequência às investigações da Polícia Federal.

O senador Fernando Bezerra (PSB-PE), relator da indicação de Macedo, considera que ele tem o currículo necessário para o cargo. Além de advogado e economista, ressalta, ele é mestre em Direito Constitucional no Brasil, com extensão em economia e política internacional em Harvard, nos EUA. "Ele pode ter ganhado a simpatia do partido porque se aproximou de ministros do PP. Apesar disso, tem formação acadêmica e reúne os predicados necessários para o cargo."

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