Tópicos | Incentivos fiscais

O deputado federal Pedro Campos (PSB-PE), em passagem no Bairro do Recife para acompanhar a agenda do Rec’n’Play 2023, neste sábado (21), informou que vai integrar, nos próximos meses, uma nova frente parlamentar que vai discutir incentivo fiscal para os centros históricos. A novidade pega o gancho da aprovação, nos últimos meses, da Reforma Tributária, e se baseia no modelo do Porto Digital do Recife. 

“[Isso] abre um espaço para que no novo sistema tributário a gente continue possibilitando os incentivos fiscais para a recuperação de centros históricos e para fomento a atividades de inovação, de economia criativa dentro dos centros para revitalizar essas áreas”, declarou o deputado. 

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Segundo o parlamentar, o projeto da frente visa a elaboração de uma lei complementar que permita a criação de programas de revitalização em áreas históricas de cidades. Campos afirmou ainda que deverá haver o envolvimento e participação de órgãos de preservação, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nos debates que serão levantados sobre o assunto. “Como é a visão que a gente tem da revitalização desses centros, qual o papel da preservação do patrimônio histórico do Iphan dentro disso, quais são os segmentos da economia que devem ser estimulados no centro para que a gente possa dar condições pra que todos os centros históricos do país tenham um projeto como esse projeto do Porto Digital, que são projetos que se adaptem aqueles centros especificamente”, complementou.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a Lei Complementar 170 que autoriza a prorrogação, por até 15 anos, das isenções, incentivos e benefícios fiscais para igrejas e instituições de assistência social. A Lei, publicada no Diário Oficial da União (DOU) da quinta-feira, foi aprovada pelo Senado no último dia 4 e aguardava sanção presidencial.

O benefício fiscal a essas entidades tinha se esgotado em 31 de dezembro do ano passado e agora os convênios poderão ser prorrogados, por até 15 anos. Integrantes da bancada evangélica articularam pela aprovação desse projeto, apresentado pela deputada Clarissa Garotinho (PROS-RJ).

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O projeto garante a igrejas e instituições de assistência os mesmos benefícios previstos para atividades agropecuárias e investimento em infraestrutura rodoviária, aquaviária, ferroviária, portuária, aeroportuária e de transporte urbano. Esses setores tinham isenção garantida por mais tempo em lei anterior.

Com orçamento bloqueado e aumento de gastos em operações da Força Nacional e do Exército, o governo pretende apelar à iniciativa privada para tocar programas de combate à criminalidade, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. O Ministério da Justiça prepara medida provisória para criar o que vem sendo chamado de "Lei Rouanet da Segurança Pública", com o abatimento no Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas que fizerem doações ao Fundo Nacional de Segurança Pública.

A proposta preliminar, elaborada pela equipe do ministro da Justiça, Sérgio Moro, estabelece que pessoas físicas poderiam abater até 60% das doações no Imposto de Renda. O porcentual para pessoas jurídicas, por sua vez, ficaria em torno de 40%. A faixa permitida para deduções e as contrapartidas para os doadores do fundo ainda estão em estudo, mas o ministério já pôs no papel a lista de possíveis destinos do dinheiro que espera conseguir dos empresários.

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A relação inclui a ajuda aos Estados para a compra de armas e equipamentos destinados às polícias Civil e Militar, a melhoria das 1.100 Guardas Municipais existentes, além da criação de novos contingentes nas cidades. Diante da vontade de obter novas fontes de recursos, a equipe de Moro não se preocupa nem mesmo em recorrer ao nome de uma lei do setor cultural já atacada pelo presidente Jair Bolsonaro.

"A ideia é criar uma espécie de Lei Rouanet de Segurança Pública, onde a iniciativa privada faria doações para ajudar o setor", disse ao jornal o secretário nacional de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo. No papel, porém, o governo batizou a proposta como Programa Nacional de Apoio à Segurança Pública (Pronasp).

Segundo Theophilo, o dinheiro do fundo e das loterias não é suficiente para aumentar a contribuição do governo federal no combate ao crime. Um levantamento apresentado na última terça-feira pelo Fórum Brasileiro da Segurança Pública, a partir de dados oficiais, mostra que o governo ficou engessado para investimentos em inteligência e ajuda às polícias estaduais. Um dos motivos são os repasses para diárias e manutenção das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) do Exército, que totalizaram R$ 386 milhões no ano passado, e também da Força Nacional, que consumiram outros R$ 167 milhões.

O Instituto Sou da Paz indicou que, ainda em 2018, 41,9% dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública foram para a Força Nacional - ante 62,9% em 2017 e 43% em 2016. Os repasses para o Exército são enviados por meio do Ministério da Defesa.

Guarda Nacional

A aposta do governo é que o dinheiro da "nova Lei Rouanet" também sirva para facilitar a criação da Guarda Nacional. A nova força, porém, pode não entrar tão cedo na lista para obter doações porque depende de uma emenda constitucional. A proposta precisa ser aprovada pelo Congresso, refratário às ações do Ministério da Justiça.

Com estimativa de empregar até dois mil agentes por concurso, a Guarda Nacional substituiria a Força Nacional de Segurança Pública, formada hoje por 2.050 policiais emprestados pelos Estados. A intenção é usar a nova corporação como polícia ostensiva para ajudar na segurança pública dos Estados, nas questões humanitárias (resposta a desastres), nos distúrbios civis e policiamento ambiental.

O presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, disse ver com ceticismo a aplicação da proposta de parceria com empresários. "A ideia é positiva, mas esbarra em discussões federativas e orçamentárias", argumentou. "Trata-se de um esforço legítimo, porque é preciso dinheiro novo, mas a equipe do Ministério da Justiça terá de forçar a discussão para evitar que o dinheiro seja contingenciado."

O pesquisador lembrou que o dinheiro das loterias - garantido por uma decisão do então presidente Michel Temer, em 2018 - e os fundos da pasta da Justiça foram contingenciados. Lima disse que o ministério tem buscado financiamento no Banco Mundial, mas o pedido sempre esbarra na falta de aval para garantir que os recursos sejam, de fato, aplicados na área. "O drama é a falta de aval."

No ano passado, o governo gastou R$ 4,6 milhões com combustíveis e R$ 3 milhões na aquisição de veículos da Força Nacional. Não faltam queixas até mesmo da Polícia Federal, que viu esvaziado seu Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades (Funapol), desde 2012 sem receber recursos.

Os governadores, por sua vez, reclamam da falta de investimento da União em segurança pública, uma rubrica que inclui policiamento, defesa civil e inteligência. Pela Constituição, a responsabilidade de combater o crime é dos Estados. Desde 2011, a União repassa anualmente para o setor um montante de R$ 11 bilhões. No mesmo período, os Estados aumentaram as despesas com segurança pública de R$ 62,8 bilhões para R$ 74 bilhões, enquanto os municípios passaram de R$ 4,3 bilhões para R$ 5,8 bilhões. No Rio Grande do Sul, a Assembleia Legislativa aprovou projeto para abater parte do ICMS com as doações, mas ainda há críticas de empresários.

Na Câmara, pelo menos dois projetos de uso de dinheiro privado na segurança pública estão em tramitação. Um deles, do deputado Roberto Alves (PRB-SP), foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Autoriza o financiamento privado, mas não especifica qual porcentual da doação poderia reverter para abatimento em impostos.

Outro projeto é do deputado José Airton Cirilo (PT-CE) e permite que as pessoas físicas e jurídicas utilizem até 4% do IR devido para financiar, por meio de patrocínio ou doação, projetos do Ministério da Justiça.

RS

A versão gaúcha da "Lei Rouanet da Segurança" foi aprovada há um ano pela Assembleia do Rio Grande do Sul, mas só regulamentada em julho passado pelo governo estadual. O chamado Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública ainda é alvo de críticas de empresários, para quem a lei não assegurou a compensação nos impostos.

Um dos idealizadores do projeto, o empresário Leonardo Fração afirmou que a ideia original não foi aprovada pela Assembleia. "A ideia que propusemos ao Estado era excelente", disse. "Só que, infelizmente, não éramos nós os donos das canetas de onde saiu a lei, que acabou distorcendo nossa proposta."

Presidente da ONG Instituto Cultural Floresta, Fração disse que a nova lei não garantiu segurança jurídica, já que não se tem certeza de como o governo fará a compensação fiscal. "Esta compensação tributária tem de ser explícita, dizendo quanto e em quanto tempo haverá a homologação da compensação no imposto", argumentou. "Hoje são dois entraves na legislação: como o Estado me diz que estou quite e como eu compenso."

A proposta foi questionada pelo governo de Mato Grosso, que a classificou como um benefício de guerra fiscal. Em princípio, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Fazenda não rejeitou a iniciativa, mas voltará a discutir a questão em setembro de 2020.

A lei gaúcha foi criada após campanha feita por 55 empresários em 2017. Eles doaram R$ 14 milhões para a segurança do Estado, mesmo sem incentivos fiscais ou contrapartidas. O dinheiro garantiu na época a compra de 48 veículos blindados, 1.441 pistolas, 250 fuzis, além de coletes e rádios comunicadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Continua sem solução o principal problema do Plano Nacional de Exportações, a manutenção ou não dos incentivos fiscais aos exportadores. Esta semana, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, reuniu-se com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em mais uma rodada de negociações para tentar evitar o corte de 40% no Proex Equalização, mas não houve avanços. Depois de mais uma reunião que, entre outros temas, tratou do PNE no Palácio do Planalto, Monteiro admitiu que o tema irá para a mediação da presidente Dilma Rousseff.

"Eu tenho absoluta convicção que o Proex é o tipo de programa que tem eficiência em relação ao que expende. Essa questão vai para a arbitragem da presidente e tenho confiança que vamos encontrar no final uma equação muito satisfatória", afirmou o ministro. Pelo ProEx Equalização, o Tesouro Nacional assume parte dos encargos nos financiamentos concedidos por instituições financeiras, tornando-os compatíveis com os praticados no mercado internacional.

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As dificuldades no ProEx estão por trás dos atrasos na divulgação do Plano. Inicialmente marcado para fevereiro, foi transferido para a metade de março, depois ao final do mês e agora ficou para abril. De acordo com o ministro, que parte amanhã para uma viagem de quase uma semana pela África, a data será marcada na volta. "Tenho certeza de que será na primeira quinzena", disse Monteiro.

O ministro faz uma defesa intransigente da manutenção do Proex Equalização nos níveis atuais, especialmente depois de já ter perdido a batalha pelo Reintegra - programa que devolve parte dos créditos tributários aos exportadores - que caiu de 3% para 1% este ano. "No Proex não teremos corte de forma nenhuma. Se queremos ampliar nossa inserção internacional como vamos reduzir nossos instrumentos?", defendeu Monteiro. A solução, no entanto, não está ainda à vista.

O oferecimento de cursos de reutilização e reciclagem de materiais e outros cursos de qualificação para egressos do sistema prisional está perto de receber incentivos tributários. O projeto de lei que quer dar esse incentivo está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e depois deverá seguir para análise em decisão terminativa.

Pessoas jurídicas que oferecem as capacitações para os egressos dos presídios, bem como para jovens em cumprimento de medidas socioeducativas, serão os beneficiadas. De acordo com o Senado, a dedução poderá ser realizada durante a fase de contratação equivalente ao de cumprimento, pelo egresso, de pena em regime fechado, até o limite de dois anos, não podendo ultrapassar 4% do imposto devido.

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Senadores de diversos partidos estão reunidos no gabinete do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) para discutir uma proposta que trata da convalidação dos incentivos fiscais concedidos por Estados. Os parlamentares querem acelerar a votação de um projeto que visa a acabar com a guerra fiscal, no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode editar uma súmula vinculante para declarar ilegais todos os benefícios dados.

Participam do encontro, além de Luiz Henrique, os senadores Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Cyro Miranda (PSDB-GO), Ana Amélia (PP-RS), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Eduardo Suplicy (PT-SP), o secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, e representantes dos Estados - como o secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi.

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No início do debate, o representante da Fazenda disse que o governo não é a favor da simples convalidação porque ela é inconstitucional. Ele se disse favorável a aprovar uma remissão dos incentivos, com uma redução do quórum unânime necessário no Confaz para se mexer em tais incentivos. A partir da conversa, Luiz Henrique quer apresentar seu parecer de uma proposta que trata da guerra fiscal para votação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Obrigadas a destinar pelo menos 5% de seus cargos a pessoas com deficiência para receberem benefícios. Assim poderão ficar as empresas beneficiadas com incentivos fiscais relacionados à realização da Copa das Confederações de 2013, da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 que ocorrerão no Brasil. Segundo a Agência Câmara de Notícias, o percentual deverá ser equivalente ao menos a um posto de trabalho.

De acordo com a agência, a determinação está prevista no Projeto de Lei 3999/12, do Senado, em análise na Câmara. Isenção de tributos incidentes sobre a importação de bens ou mercadorias para uso exclusivo na organização dos eventos, além da dispensa de outros impostos e contribuições sociais são algumas das medidas do projeto. A proposta ainda diz que as empresas beneficiadas terão um prazo de 90 dias para se adequarem as obrigações.

“Devemos inserir todos os cidadãos, mas especialmente os portadores de deficiência, que, segundo dados do Censo 2010, são cerca de 15% da população”, comenta o senador e autor do projeto, Lindbergh Farias, conforme informações da Agência Câmara de Notícias.

A proposta está em caráter conclusivo. Ela ainda receberá análise das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informações da Agência Câmara de Notícias.

O presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu hoje em discurso a renovação de incentivos tributários para a classe média norte-americana, numa tentativa de desviar o foco do debate eleitoral econômico da desanimadora situação do mercado de trabalho.

Obama há tempos propõe que os cortes de impostos para famílias com renda inferior a US$ 250 mil por ano sejam permanentes e que os incentivos fiscais concedidos a famílias mais abastadas sejam cancelados.

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Hoje, no entanto, foi a primeira vez que Obama propôs que os incentivos para o grupo de menor renda sejam renovados por um ano, o que o ajudaria a criar mais certezas no curto prazo num clima de incertezas econômicas, segundo o Wall Street Journal.

Ao mesmo tempo em que Obama defende o fim da redução de impostos para os mais riscos, implementada no governo Bush, o presidente com frequência afirma que ele mesmo deveria pagar mais impostos. Obama repetiu nesta segunda a fala de que ele também não gosta de pagar impostos.

Obama também quer que a questão seja tratada o quanto antes no Congresso. "Devemos agir agora", disse.

Os republicanos da Câmara dos Representantes pretender votar este mês a renovação das reduções tributárias com o intuito de mostrar que estão dispostos a resolver logo o assunto, enquanto os democratas hesitam, de acordo com o WSJ. Obama, porém, disse que seu plano poderia ser implementado de imediato, já que a situação e a oposição podem chegar a um acordo sobre os incentivos à classe média.

Obama resumiu seu discurso de 13 minutos na última linha. "Espero que o Congresso junte-se a mim e faça a coisa certa." O presidente não espera que os congressistas ajam com base em suas palavras, mas tenta pintá-los como obstrucionistas, afirmou o WSJ.

Em novembro, Obama concorrerá a um segundo mandato presidencial. As informações são da Dow Jones.

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