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Trybe e Amazon Web Services (AWS) estão disponibilizando 15 mil vagas no seu curso 'IA Generativa com AWS', que visa capacitar profissionais com a tecnologia da inteligência artificial generativa de forma gratuita e online. Os interessados podem se inscrever até o dia 29 de fevereiro pela internet

As aulas são imersivas e intensivas (bootcamp), voltadas para desenvolvedores, profissionais que trabalham na área de tecnologia, pessoas que estão migrando de área ou buscando uma formação e queiram aprender sobre essa tecnologia. Serão abordados o surgimento da IA, sua evolução e relevância no mundo.

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"Nosso objetivo é capacitar uma nova geração de talentos para trabalhar com as inteligências artificiais generativas em seu dia a dia. Essa é uma oportunidade inédita para aprender sobre as recém lançadas ferramentas de IA generativa da AWS e aprimorar suas habilidades", declara Matheus Goyas, co-fundador da Trybe.

Os alunos entenderão como as máquinas são treinadas para pensar e aprender e terão acesso a algumas das ferramentas da AWS como Amazon Bedrock, Amazon CodeWhisperer, Amazon Sagemaker e AWS Inferentia.

“A realidade que empregadores enfrentam com a crescente lacuna de habilidades em IA só pode ser mudada por meio de programas de treinamento”, afirma Carolina Piña, líder de Treinamentos Massivos da AWS na América Latina. 

O curso visa apresentar formas de desenvolver soluções com chatbots e assistentes personalizadas para aumentar a produtividade, cortar custos, melhorar a experiência do cliente e reduzir fraudes. Ao fim da capacitação, os participantes terão direito ao certificado de conclusão.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou ser necessária uma regulamentação da inteligência artificial (IA) baseada em valores e princípios gerais. Pois, segundo ele, a rapidez com que os avanços da tecnologia ocorrem torna difícil a possibilidade de "apreensão e normatização" de detalhes mais específicos, já que "os detalhes de hoje, não estão mais vigorando amanhã".

A fala de Barroso ocorreu nessa segunda-feira (29), durante palestra de inauguração do ano judicial da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Com o tema "Revolução tecnológica, plataformas digitais e inteligência artificial", a conferência do ministro ocorreu na cidade de São José, capital da Costa Rica.

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No início de sua preleção, o ministro falou das mudanças que a internet e as plataformas digitais fizeram na vida da sociedade global. Depois, ele tratou dos malefícios que o uso não regulamentado destas plataformas causam a todos, e citou a "circulação sem filtro da informação, a tribalização da vida causada pelos algoritmos, a crise na imprensa tradicional."

Para Barroso, então, é necessário a regulamentação a fim de "impedir que o mal domine essa tecnologia tão poderosa", disse. Porém, de acordo com o ministro, "é preciso acertar a mão dessa regulação. Nós queremos nos proteger contra aqueles males, mas ninguém quer coibir a pesquisa e o esforço de inovação."

Como exemplo, o ministro trouxe em sua fala a tentativa de regulamentação da União Europeia e dos Estados Unidos. Ele também citou as recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A Orange Juice, projeto da FCamara voltado a conteúdo e formação de pessoas em tecnologia, realiza a 5ª edição do Programa de Formação, que será voltado para a Inteligência Artificial. Iniciativa será o processo seletivo para contratação de 20 pessoas na FCamara

Para participar, é necessário ser maior de 18 anos e ter conhecimento básico em desenvolvimento, não será exigido formação na área ou em curso superior. A FCamara visa conseguir aproveitar os talentos que estão no início da carreira e desejam trabalhar com tecnologia.

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As inscrições estão abertas até o dia 5 de janeiro e podem ser feitas de forma gratuita e online pelo portal da Orange Juice. Os aprovados terão atuação CLT e home office. Os candidatos terão que passar por um processo seletivo com três etapas eliminatórias: teste online, vídeo apresentação e hackathon. 

No teste online serão feitas 20 perguntas que deverão ser respondidas em até 30 minutos. Já o vídeo de apresentação levará os participantes a gravar um vídeo de até dois minutos sobre sua carreira e propósito profissional. Os 200 melhores irão passar para a fase final, o Hackathon. 

No hackathon, os inscritos serão chamados aleatoriamente em times para desenvolver, em 15 dias, um projeto que consiga extrair o valor das IAs em desenvolvimento de software para ser avaliado pelo time de especialistas. Ao fim do processo, 20 pessoas serão contratadas para trabalhar na FCamara.

Os contratados terão direito a vale refeição ou vale alimentação, vale transporte, plano de saúde e odontológico, parceria com faculdades, cursos, academias, lazer, saúde e mais. Além de cumprir uma jornada de 6 horas por dia, 5 dias por semana, como trainee CLT da empresa.

2023 foi marcado pela retomada dos planejamentos e recomposição das instituições públicas e privadas após o período de pandemia da Covid-19. O ano trouxe discussões acerca das novas tecnoligias, como a utilização da Inteligência Artificial (AI), até a revogação do Novo Ensino Médio. Para relembrar a Educação em 2023, o LeiaJá reúne fatos que marcaram o ano. Confira: 

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Estudantes usando a tecnologia em sala de aula. Foto: Freepik

- ChatGPT, IA e Educação

2023 se consolidou como o ano da utilização dos recursos da inteligência artificil, como a plataforma ChatGPT. A ferramenta de fácil acesso, exige um login apenas por endereço de e-mail, e alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro de 2023. O avanço desses recurso e utilização como ferramenta educativa ainda não é concenso e traz algumas problemáricas como o uso ético na produção de trabalhos escolares e acadêmicos.

Durante a Semana de Aprendizagem Digital, no mês de setembro, a Unesco lançou a primeira orientação global sobre o uso de IA generativa na educação e pesquisa, com sete passos que devem ser cumpridos para garantir um uso exato para o estudo. Um dos pontos declarados no livro de orientação é que o limite de idade para o uso de ferramentas deve ser de 13 anos.

Alunos da rede estadual de São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

- Rede estadual de São Paulo adota apenas livros digitais

A partir de 2024, a rede de Educação de São Paulo terá apenas conteúdo didático digital, ou seja, sem livros impressos, a partir do 6º ano do ensino fundamental. A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) abriu mão de participar do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), no qual os livros didáticos são adquiridos por meio de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação (MEC).

Ministro da Educação, Camilo Santana. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá/Arquivo

- Suspensão do Novo Ensino Médio

Alvo constante de críticas, o Novo Ensino Médio teve sua implantação suspensa em abril de 2023. Na época, o ministro da Educação Camilo Santana (PT) usou as redes sociais para informar a assinatura da portaria que paralisava a reforma no ensino médio. "Hoje estive com o presidente Lula, no Palácio do Planalto, para tratar dessa questão tão importante para os jovens do nosso país, que é a reavaliação do atual modelo do ensino médio. Apresentei ao presidente a minuta de portaria que assinei no início da tarde de hoje, suspendendo provisoriamente termos da portaria n°521, de 13/07/2021, que trata do cronograma de implementação do Novo Ensino Médio, especificamente no que cabe a mudanças no Enem. 1 2 34 564", escreveu Camilo Santana na época.

Deputado Mendonça Filho, que foi ministro da Educação durante o governo Temer, é relator do PL 5230/23

- PL para reforma do Ensino Médio tem votação adiada para 2024

O Projeto de Lei 5230/23, do Governo Federal, que visa a reforma do ensino médio, teve votação adiada para 2024. 4. A decisão veio após reunião entre o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o relator, o deputado federal Mendoça Filho (União) no dia 19 de dezembro, data prevista para a realização do pleito. Mendonça Filho, que foi minstro da Educação durante o governo de Michel Temer (MDB), responsável pela implantação do Novo Ensino Médio, afirmou que conversou com presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), que aceitou o pedido. Além disso, o relator do PL contou que falou com secretários estaduais de Educação antes de definir o adiamento da proposta.

Estudantes do ensino médio. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá/Arquivo

- Criação de bolsa e poupança para alunos do ensino médio

No segundo semestre de 2023, o Governo Federal anunciou a criação de bolsa permanênia e poupança dsetinada a alunos do ensino médio. De acordo com a estimativa do Ministério da Educação (MEC), o projeto deve impactar cerca de 2,5 milhões de alunos. Para ter direito ao benefício federal, os estudantes deve apresentar frequência escolar mínima de 80%, aprovação no fim de cada ano e participação em avaliações promovidas pelo MEC, como Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

No texto não há um valor um valor fixo da bolsa, no entanto, o Governo Federal determina que seja R$ 200 mensais por 10 meses. Já a poupança para os alunos do ensino médio será R$ 1 mil por ano. A proposta é que a iniciativa entre em vigor já em 2024. O projeto de lei foi aprovado, sem alterações, no Senado Federal no dia 20 de dezembro e segue para sanção da Presidência da República.

Prever a expectativa de vida ou o futuro das relações sociais de um indivíduo é possível, conforme demonstrado pelo algoritmo desenvolvido por Sune Lehmann, da Universidade Técnica da Dinamarca em Lyngby, e descrito na revista Nature Computational Science.

Este sistema de Inteligência Artificial aprendeu a fazer previsões sobre indivíduos após ser treinado com dados relativos a seis milhões de pessoas, tornando-se uma ferramenta útil para prever o comportamento humano, mas também levanta novas questões éticas.

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"É uma evolução muito interessante, uma aplicação em um contexto importante, de uma das coisas que a IA faz melhor: prever, analisar grandes quantidades de dados e identificar padrões e repetições", disse o jurista especialista em robótica e interação homem-máquina Andrea Bertolini, da Escola Superior Sant'Anna de Pisa, à ANSA.

Nos últimos anos, a IA tem mostrado que, usando algoritmos sofisticados, é possível imitar quase perfeitamente algumas de nossas capacidades consideradas até recentemente uma prerrogativa humana, como a escrita, a linguagem ou a expressão artística.

Agora, utilizando os mesmos algoritmos usados para emular a linguagem humana, pesquisadores dinamarqueses tentaram verificar se a IA também pode prever alguns aspectos da vida humana.

Assim como as relações entre palavras são codificadas na linguagem, os pesquisadores codificaram relações entre aspectos da vida cotidiana relacionados à saúde, renda ou local de residência.

A partir dos dados, relativos a seis milhões de dinamarqueses, o algoritmo tentou prever alguns aspectos futuros, principalmente a mortalidade prematura, em particular a sobrevivência superior a quatro anos entre pessoas de 35 a 65 anos, e determinar algumas características de personalidade vinculadas à situação social, como a duração de relacionamentos românticos.

"Em termos de pesquisa puramente científica, o trabalho dos pesquisadores dinamarqueses não representa uma mudança de paradigma tecnológico, mas sim uma aplicação em um novo setor dos modelos linguísticos tradicionais que agora estamos aprendendo a conhecer em muitos campos", acrescentou Bertolini.

Além dos resultados, que, segundo os pesquisadores, foram bastante precisos, o estudo destaca principalmente a necessidade de discutir abertamente o uso desse tipo de aplicativo no mundo real e seus possíveis impactos nos direitos individuais.

Muitas aplicações podem ser imaginadas para um modelo de previsão desse tipo, como a possibilidade de ter uma espécie de oráculo personalizado (eticamente semelhante a previsões do tarô, mas cientificamente preciso), ferramentas mais confiáveis para planejar gastos com aposentadorias ou para determinar o valor de um imóvel.

"Do ponto de vista jurídico será importante avaliar verdadeiramente a capacidade preditiva desses modelos e, consequentemente, definir com maior precisão o contexto de uso, é claro que também será importante definir como e quais dados pessoais podem ser usados", concluiu o pesquisador italiano.

Por Leonardo De Cosmo, da Ansa

As perspectivas para o mercado de TI na América Latina a partir de 2024 são bastante positivas, já que se prevê um crescimento de 5% do setor, acompanhado do fortalecimento de diversas tecnologias e com impacto no produto interno bruto (PIB) da região, que impulsionando um crescimento positivo. Os dados foram apresentados no IDC FutureScape: Latin America IT Industry Predictions 2024 pela IDC, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria para os setores de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

De acordo com as previsões da IDC, a indústria de TI (sem contar dispositivos) terá um crescimento de cerca de 11%, bastante positivo no ambiente atual. “Crescer 11% em 2024 é sem dúvida um marco importante nas perspectivas que os usuários finais terão em relação a determinadas tecnologias”, afirma Alejandro Floreán, vice-presidente de Consultoria e Estratégia da IDC América Latina.

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Quanto ao crescimento da indústria de TI nos diferentes países da região, a Argentina crescerá 7%; enquanto o México, depois de um aumento de 22% em 2023, crescerá apenas 10% no próximo ano. Por sua vez, o Brasil crescerá 12%; enquanto o Peru e o Chile terão um crescimento de 11% respectivamente. O panorama é bastante promissor em comparação com países que têm uma economia mais estável e madura, como os EUA, que crescerão apenas 9% em 2024. As dez previsões da IDC para o mercado latino-americano de TI e Telecomunicações, a partir de 2024, são:

1. Maior investimento em iniciativas de Inteligência Artificial

2. A IA vai gerar mais possibilidades, embora também algumas dificuldades

3. Aumento do custo da infraestrutura e do acesso à informação

4. Expansão dos portfólios de dados

5. Baixo financiamento em habilidades de TI

6. Novas funções para IA

7. A importância da automação

8. Mais atenção aos mercados mal atendidos por meio da IA

9. Novas experiências e casos de uso

10. Conectividade será essencial

Até 2028, 20% das 5.000 maiores empresas da América Latina integrarão conectividade via satélite na órbita baixa da Terra, criando uma estrutura unificada de serviços digitais que garanta acesso onipresente e resiliente e garanta fluidez de dados. A criação de novas aplicações inteligentes que serão geradas como parte de toda esta explosão, não apenas derivadas da IA ​​generativa, mas também da tendência de 'near shoring' em alguns países latino-americanos, estará gerando novas aplicações inteligentes que talvez exigirão menor latência para poder operar corretamente.

 

Em um cemitério no leste da China, Seakoo Wu coloca seu celular sobre a lápide do túmulo de seu filho e assiste a um vídeo criado por Inteligência Artificial (IA) que simula o jovem falecido.

"Sei que cada dia você sente muita dor por mim e se sente culpado e inútil. Embora não possa mais estar ao seu lado, minha alma segue neste mundo, te acompanhando em vida", diz Xuanmo com uma voz ligeiramente robótica.

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Tomados pela dor, Wu e sua esposa se juntaram ao crescente número de chineses que recorrem à IA para criar avatares de seus entes queridos. Ele espera criar uma réplica autêntica que se comporte como seu filho falecido no mundo de realidade virtual.

"Quando sincronizarmos a realidade e o metaverso, terei meu filho comigo de novo. Posso treiná-lo (...) para que quando me veja, saiba que sou seu pai", disse ele.

Algumas empresas chinesas afirmam ter criado milhares de "personas digitais", mesmo a partir de 30 segundos de material audiovisual da pessoa falecida.

Especialistas dizem que esta prática pode oferecer um alívio importante às pessoas enlutadas pela perda de um ente querido.

- Uma demanda crescente -

Wu e sua esposa ficaram devastados quando Xuanmo, seu único filho, morreu no ano passado aos 22 anos após um acidente vascular cerebral hemorrágico repentino, enquanto estudava na Universidade Exeter, no Reino Unido.

Com o auge das tecnologias de IA como o ChatGPT na China, o homem começou a buscar formas de ressuscitá-lo. Reuniu fotos, vídeos e áudios de seu filho e gastou milhares de dólares com empresas do ramo que replicaram o rosto e a voz de Xuanmo.

Os resultados são rudimentares até o momento, mas ele também montou uma equipe de trabalho para criar um banco de dados com grande quantidade de informações sobre seu filho. O objetivo é alimentá-lo com algoritmos poderosos para criar um avatar capaz de copiar o pensamento e forma de falar do jovem falecido.

Várias empresas especializadas nos chamados "bots fantasma" surgiram nos últimos anos nos Estados Unidos. Mas a indústria está em crescimento na China, segundo Zhang Zewei, fundador da empresa de IA Super Brain e ex-colaborador de Wu.

"A China está no nível mais alto do mundo em tecnologia de IA. Há muita gente na China, muitas com necessidades emocionais, o que nos dá uma vantagem em termos de procura de mercado", disse Zhang, cuja empresa cobra entre 10 mil a 20 mil yuans (US$ 1.400 a US$ 2.800 ou R$ 6.911 a R$ 13.822, na cotação atual) por um avatar básico.

Os clientes podem até falar ao telefone com um funcionário cujo rosto e voz foram alterados para se parecerem com os da pessoa falecida.

"O significado para o mundo inteiro é enorme. A versão digital de alguém pode existir para sempre", completou o empresário.

- "Novo humanismo" -

Para Sima Huapeng, fundador da empresa Silicon Intelligence, em Nanjing, a tecnologia "trará um novo tipo de humanismo", como quando no passado as pessoas recorriam às fotografias para recordarem entes queridos já falecidos.

Tal Morse, pesquisador visitante do Centro de Morte e Sociedade da Universidade de Bath, na Inglaterra, disse que estes bots podem proporcionar alívio, mas alertou que são necessárias mais pesquisas para compreender sua implicações éticas e psicológicas.

"Uma questão essencial é (...) até que ponto os 'bots fantasmas' são 'leais' à personalidade que foram concebidos para imitar. O que acontece se eles fizerem coisas que 'contaminam' a memória da pessoa que deveriam representar?", questionou Morse.

Para Zhang, da Super Brain, toda nova tecnologia é "uma faca de dois gumes", mas ele acredita que enquanto estiver ajudando quem precisa, não há problema.

Ele não trabalha com pessoas para as quais isso teria um impacto negativo, afirmou, lembrando o caso de uma mulher que tentou suicídio após a morte da filha.

Wu conta, por sua vez, que Xuanmo "provavelmente estaria disposto" a ser revivido digitalmente.

"Um dia, filho, todos nos encontraremos no metaverso. A tecnologia melhora a cada dia (...) é questão de tempo", disse ele junto à sua esposa em frente ao túmulo do filho.

Galvão Bueno usou as redes sociais nesta terça-feira para denunciar uma montagem em vídeo que usa a sua voz para narrar a briga política que acontece nos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Por meio de um vídeo publicado em sua conta oficial no Instagram, o apresentador de 73 anos lamentou o ocorrido e afirmou que foi utilizada Inteligência Artificial para reproduzir sua fala.

"A gente vai vendo o que as pessoas sem caráter, sem nível, são capazes de fazer. Fizeram uma montagem com coisas que eu nunca disse e eu nunca diria", disse, antes de mostrar um trecho da montagem. "Nego com todas as forças de que seja minha voz gravada, de que eu tenha falado essas coisas."

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O vídeo em questão chama Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, de mentiroso e diz que o mandatário estaria "desesperado". O cartola tem desagradado parte dos dirigentes das federações do futebol nacional pelo não cumprimento de promessas. Dois ex-presidentes da entidade, Ricardo Teixeira, que está banido do futebol, e Marco Polo del Nero, afastado do esporte por 20 anos desde 2017, estariam por trás das articulações contra o atual mandatário.

O momento ruim da seleção brasileira e a indefinição pelo acerto com Carlo Ancelotti para assumir o comando técnico do Brasil também pesa contra Ednaldo Rodrigues. Sob a batuta interina de Fernando Diniz, que acumula o cargo com o seu trabalho no Fluminense, o time brasileiro está apenas em sexto nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, com sete pontos.

Nesta quinta-feira, está pautado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro um julgamento que pode interferir no futuro da entidade. A Fifa avisou que a CBF poderá ser suspensa caso Ednaldo seja afastado do cargo "por influência indevida de terceiros". Outra consequência imediata seria a saída do Fluminense, campeão da Libertadores, da disputa do Mundial de Clubes, com a vaga indo para o vice Boca Juniors. A entidade máxima do futebol define que a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) é a única esfera reconhecida para a resolução de conflitos envolvendo clubes e associações esportivas.

A escola de tecnologia Trybe e a AWS (Amazon Web Service) promovem o “Simplificando a Inteligência Artificial Generativa”, evento que explica e apresenta a IA Generativa para iniciantes no assunto. A aula será virtual, no dia 12 de dezembro, às 19h, no canal do YouTube da Trybe.

Estão sendo oferecidas, ao todo, 15 mil vagas. Os interessados nas vagas devem se inscrever pela página virtual do projeto. O evento entregará um certificado de participação para todos que estiverem acompanhando a aula on-line e irá sortear 10 vouchers de certificação AWS.

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“A Inteligência Artificial Generativa não é um bicho de sete cabeças e o objetivo desse evento é mostrar para o público que ela já está presente no nosso dia a dia, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Além disso, vamos mostrar como ela pode ser uma aliada na execução de tarefas cotidianas que podem ser realizadas com mais assertividade e rapidez, aumentando a nossa produtividade”, afirma João Duarte, CTO e co-fundador da Trybe.

Os participantes serão apresentados ao que é a IA Generativa e sua relevância no mundo e algumas de suas ferramentas disponíveis, como Bedrock, CodeWhisperer e Sagemaker, além de conhecer suas funcionalidades e aplicações, junto com uma conversa sobre o espaço dela no mercado.

O livro Frankenstein, com elementos gráficos feitos por softwares de inteligência artificial (IA), foi retirado da lista de semifinalistas do Prêmio Jabuti, o mais importante do cenário literário nacional. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (10) pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora da premiação.

lista inicial das obras selecionadas foi divulgada na quinta-feira (9), e Frankenstein, do designer Vicente Pessôa, publicado pela editora Clube de Literatura Clássica, era um dos 10 selecionados na categoria ilustração.

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A ilustração do clássico de Mary Shelley foi publicada em 2022. À época do lançamento, a editora propagandeou a iniciativa inédita. “Pela primeira vez — não só no Brasil, mas no mundo — um clássico foi inteiramente ilustrado por inteligência artificial: a nossa edição de Frankenstein”, dizia a publicação no Instagram do Clube de Literatura Clássica.

Fora das regras

Ao justificar a desclassificação, a CBL explicou que “as regras da premiação estabelecem que casos não previstos no regulamento sejam deliberados pela curadoria, e a avaliação de obras que utilizam IA em sua produção não estava contemplada nessas regras”. 

"A glória do artista é ser incompreendido e louvado depois da morte", disse à Agência Brasil o designer Vicente Pessôa. 

Na opinião dele, já houve na história várias polêmicas similares a essa, citando a invenção da fotografia e do cinema. "As pessoas sempre têm medo das coisas novas. A gente fez uma coisa nova, e, agora, com a desclassificação, estamos sendo punidos por isso."

Jurado

Nesta sexta-feira, antes da decisão da CBL, o cartunista André Dahmer, um dos jurados responsáveis pela seleção, tinha usado a rede social X (antigo Twitter) para dizer que não sabia que as ilustrações tinham sido geradas por IA. 

Segundo Dahmer, na catalogação na publicação constava que a autoria da obra era somente de Vicente Pessôa. “Foi nisso que me fiei para avaliar o trabalho”. Em seguida, relatou que acima da publicação havia referência da autoria creditada como "Vicente Pessôa e Midjourney”. Midjourney é o nome do software de IA.  

“Não conheço os nomes de ferramentas de inteligência artificial, nem quero conhecer. A organização do prêmio, ao me enviar o livro, também desconhecia o nome desta ferramenta. Outro jurado, Eduardo Baptistão, também não sabia que avaliava um trabalho híbrido.” 

“Em defesa do autor, no livro constava a coautoria de um robô. Então, não houve má-fé no ato da inscrição”, acrescentou o cartunista. “Da minha parte, veria e julgaria o livro com outros olhos sabendo tratar-se de uma obra híbrida, é claro”, completou Dahmer, que fez analogia a outra polêmica, o uso de robôs em partidas de xadrez.

Homem x máquina

“Vi a discussão sobre o uso de IA na época em que máquinas começaram a derrotar grandes mestres”, lembrou. “À época, ficou claro para todos que o xadrez seria jogado apenas entre seres humanos em torneios oficiais, salvo em eventos de mero entretenimento ou de teste das máquinas. Acho correto e justo.” 

Dahmer, inclusive, sugeriu que a organização do Jabuti crie uma categoria de ilustração com auxílio de IA na próxima edição do prêmio. 

A CBL informou que “a utilização dessas novas ferramentas será objeto de discussão para as próximas edições da premiação”.  

“Se eles inventaram categoria de ilustração com IA, eu sugiro que eles nomeiem prêmio Frankenstein, para lembrar do que aconteceu esse ano”, rebate Pessôa. 

"Eu não acho que deveria ter uma categoria de ilustração com IA e ilustração na mão, porque seria dividir uma categoria por técnica. Não tem categoria de ilustração com fotografia, ilustração com xilogravura, com serigrafia, ilustração no photoshop", diz o designer. 

Tendência

Pessôa diz acreditar que o uso da IA em ilustrações é irreversível. “Eu estou utilizando praticamente todos os dias, é um outro photoshop em várias etapas do processo de formação de imagem. Quem não usar vai ficar para trás, não tem como. É uma ferramenta boa, se estiver na mão boa. Ela está aí, as pessoas vão utilizar.”

Apesar de se sentir punido por inovar, Pessôa enxerga um lado positivo na decisão da CBL. “É o principal prêmio de literatura do Brasil, e as pessoas só estão falando das nossas ilustrações. A melhor coisa que poderia ter acontecido foi essa desclassificação.” 

O primeiro relatório sobre inteligência artificial (IA), produzido por um grupo de 16 cientistas de diferentes áreas e de várias instituições a pedido da Academia Brasileira de Ciências (ABC), alerta sobre os principais riscos e benefícios que essa tecnologia avançada pode trazer ao país. O relatório Recomendações para o avanço da inteligência artificial no Brasil está sendo lançado nesta quinta-feira (9), na sede da ABC, no Rio de Janeiro, e será encaminhado ao governo federal.

“A tecnologia está avançando muito rápido e o que está ocorrendo no momento é uma tecnologia disruptiva, ou seja, você dá um passo bastante grande no sentido de alguma coisa. Há uma mudança tecnológica”. A avaliação foi feita à Agência Brasil pelo professor titular do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmundo Albuquerque de Souza e Silva. Ele é também membro da ABC e um dos porta-vozes do relatório.

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Souza e Silva lembrou que durante a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século 18, houve também uma tecnologia disruptiva, que mudou a forma de a sociedade sair da agricultura para as fábricas. “Agora, é outro tipo de mudança, mas vai causar impacto muito grande. A diferença é que, a mudança atual se baseia em tecnologia sofisticada. Vai ter impacto muito grande em emprego, não só naqueles repetitivos, mas também naqueles que tenham um patamar de conhecimento maior”.

O professor acredita que, para uma economia emergente como a do Brasil, se não forem tomadas as providências necessárias, será um desastre. “Porque, para dominar a tecnologia, você precisa ter conhecimento bastante especializado. Senão, vai ficar totalmente dependente em termos de tecnologia. Esse é um risco muito grande que a gente precisa estar ciente”, afirmou. O documento alerta que o futuro da sociedade brasileira será moldado pelas escolhas que o governo e a sociedade fizerem em relação à inteligência artificial. Sem investimento adequado na área, o Brasil pode ter um declínio tecnológico e ficar à mercê dos países que se acham na vanguarda nesse campo.

ChatGPT

Souza e Silva advertiu, por exemplo, que se for usada a ferramenta do chatGPT sem conhecimento dessa tecnologia, isso pode gerar respostas erradas com uma profundidade muito grande. O chatGPT é um sistema de IA desenvolvido pela OpenAI em 2022, capaz de conversar sobre os mais variados assuntos com seus usuários, a partir de comandos escritos. “Se não tiver uma consciência crítica e um conhecimento para usar para o bem aquilo que o chatGPT dá como certo, é um desastre. Pode ser a tendência de a população aceitar coisas que uma tecnologia diz e que pode estar certo ou errado”.

O documento da ABC recomenda a necessidade de educar as pessoas não só para o conhecimento da tecnologia, mas para despertar o pensamento crítico, visando o uso da IA de forma benéfica. Souza e Silva admitiu que existe um potencial de aumento de produtividade com o uso da IA, mas é preciso estar atento a eventuais erros que podem causar impacto grande. É preciso investir em pesquisas científicas, disse. A nova tecnologia pode auxiliar pesquisas nas escolas e universidades e desenvolver tutorias especializadas, entre outras coisas. “Mas você tem que estar ciente e desenvolver toda a parte de ciência. Senão, cada vez nós vamos ficar mais para trás”.

Empregos

Em relação a empregos, o professor da Coppe reafirmou que o nível de especialização requerido será cada vez maior. Há necessidade urgente de formar profissionais qualificados em áreas relacionadas à inteligência artificial, como aprendizado de máquina e ciência de dados. Países com liderança tecnológica já iniciaram essa formação há, pelo menos, uma década. O perigo, segundo avaliou, é precisar de gente mais especializada para desenvolver a tecnologia e, por outro lado, perder aqueles empregos mais simples. Com uma tecnologia dessas, programas simples de computação, os chamados softwares, desenvolvidos por empresas de pequeno porte, podem ser totalmente automatizados.

Com aumento de produtividade, podem ser dispensadas pessoas que sabem pouco de programação e ficar somente com os mais especializados ou que entendem mais de vários assuntos. “Vai ser um impacto sobre os empregos menos especializados”. Isso tudo é preocupante se não for desenvolvida rapidamente essa tecnologia e não educar as pessoas para níveis mais altos de conhecimento. Segundo o cientista da UFRJ, essa é a diferença da Revolução Industrial do século 18 para a IA. A transição fica muito mais difícil. “A distância é muito maior. Precisa-se de mais especialização”.

Campanha nacional

O relatório mostra a necessidade de realização de campanha nacional de informação, para que a população entenda o que é inteligência artificial, que o assunto deve ser ensinado nas escolas e se criem centros específicos de pesquisa nas universidades sobre essa matéria. “É imperativo que o Brasil estabeleça políticas públicas e investimentos para reverter a tendência de atraso sem demora”, diz o documento. Souza e Silva indicou que deve haver um pacto em IA entre ciência, setores público e privado, entidades organizacionais e levar ao conhecimento da sociedade o que é essa nova tecnologia e como devemos lidar com ela, criando-se mecanismos que possam diminuir os riscos a fim de evitar problemas para todas as áreas, como medicina e advocacia.

Diretor da ABC, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do grupo de trabalho, o professor Virgílio Almeida destaca a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em IA para que o Brasil não seja apenas um consumidor dessa tecnologia fornecida por outros países. “É preciso começar logo, porque esse desenvolvimento voa e outros lugares estão investindo, acelerando e criando políticas sobre o tema. O Brasil, por seu tamanho e importância, não pode ficar atrás. Do contrário, aumentará a distância entre o crescimento econômico aqui e o do mundo desenvolvido”, comentou.

Benefícios

O professor Souza e Silva assegurou que o potencial de aplicação benéfica da IA é muito grande, por exemplo, na educação. “Poder agilizar a maneira como você educa as pessoas, como apresenta riqueza de material com tecnologia já desenvolvida.”. Para os professores, facilita no ensino das disciplinas e eles podem se concentrar mais na parte crítica, desenvolvendo o conhecimento crítico dos alunos. A nova tecnologia pode ajudar a promover a criatividade e curiosidade e a fornecer conteúdos personalizados aos alunos, entre outras estratégias, com o objetivo de reduzir o abandono escolar.

Na área de saúde, a tecnologia pode ajudar no diagnóstico e identificação de doenças, na personalização de tratamentos e no uso de robôs em procedimentos médicos. Os dados do Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser utilizados para desenvolver políticas públicas, “aprendendo com os dados e usando técnicas de IA para tratar essas informações e entender o que está acontecendo com a população”. Souza e Silva ressaltou, contudo, que não se pode delegar à IA a competência de dar o diagnóstico sem o médico, porque o erro que isso pode gerar é muito grande. A IA pode auxiliar o médico a ver coisas que seriam mais difíceis de serem detectadas. “Mas o médico tem que estar preparado para usar essa ferramenta e saber criticar a informação”.

O documento se refere também às aplicações da IA em energia, ajudando na prevenção de fenômenos climáticos e na tomada de decisões. Na biodiversidade, pode ser usada para prever problemas relacionados às mudanças climáticas, acelerar a proteção do meio ambiente, o monitoramento de animais. “Tem uma gama enorme de aplicações onde a IA já está sendo usada”. As empresas podem usar a tecnologia no atendimento a clientes, trazendo informações mais precisas, e ainda na otimização de processos e no avanço de novas formas mais humanas de automação, cita o relatório. “É um facilitador quando usa a IA de maneira correta e crítica”, afirmou o professor.

Riscos

O documento da ABC defende a regulamentação da IA para minimizar os riscos que essa tecnologia avançada pode gerar. Entre as preocupações está a violação de privacidade, uma vez que dados de usuários de internet são utilizados para treinar IAs generativas. Outro risco é que algoritmos usados em sistemas de IA, ao serem treinados por humanos, disseminem preconceitos e aumentem desigualdades. “Há um risco social e ético que nós, como sociedade, temos que estar cientes e educados para o impacto que isso pode causar”, observou o professor da Coppe/UFRJ.

Souza e Silva disse que uma legislação precisa ser criada para punição de responsáveis pela criação de textos falsos. “Tem que ter uma regulação mais complicada, sem tolher a sociedade. O que está sendo debatido é o que existe na legislação que pode ser aprimorado e criar um debate com a sociedade. Nós temos que abrir os olhos e debater o problema”.

O documento recomenda estabelecer regras e limites sobre o uso da IA, mas destaca a necessidade de participação da comunidade científica nas discussões. De acordo com o professor Virgílio Almeida, o desafio é duplo: proteger a sociedade e não atrasar o desenvolvimento tecnológico. Souza e Silva afirmou ainda que a ideia é que este seja um primeiro documento sobre IA que será aprofundado pela ABC.

O grupo de trabalho contou com a participação de pesquisadores de diferentes áreas, como ciências da computação, ciências sociais, física e saúde, entre outras. Além de Virgílio Almeida e Edmundo Albuquerque de Souza e Silva, participaram Adalberto Fazzio, André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho e Fabio Gagliardi Cozman (Universidade de São Paulo); Altigran Soares da Silva (Universidade Federal do Amazonas); Anderson da Silva Soares (Universidade Federal de Goiás); Elisa Reis (UFRJ); Helder Nakaya (Hospital Israelita Albert Einstein); José Roberto Boisson de Marca (Pontifícia Universidade Católica do Rio); Luís Lamb (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Mário Veiga Ferraz Pereira (PSR, agência de consultoria em energia); Nivio Ziviani e Wagner Meira Júnior (UFMG); Soraia Raupp Musse (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul); e Teresa Bernarda Ludermir (Universidade Federal de Pernambuco). 

Desde a época em que Jake Price se tornou professor, o Wolfram Alpha, um site que resolve problemas algébricos online, vem ameaçando tornar obsoleto o dever de casa de álgebra.

Os professores aprenderam a lidar com isso, segundo Price, professor assistente de matemática e ciência da computação na Universidade de Puget Sound. Mas agora há um novo auxiliar de dever de casa a ser enfrentado: ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT.

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Price não considera o ChatGPT uma ameaça, e não está sozinho. Alguns professores de matemática consideram que a inteligência artificial, quando usada corretamente, pode ajudar a fortalecer o ensino de matemática. E isso vem em um momento em que as notas de matemática estão em níveis historicamente baixos e os educadores se perguntam se a matéria deveria ser ensinada de outra forma.

A inteligência artificial pode servir como professor particular, dando um retorno imediato ao aluno que enfrenta dificuldades em um problema. Pode ajudar os professores a planejar aulas de matemática, ou elaborar problemas de matemática voltados para níveis variados de instrução. Pode mostrar exemplos de código para novos programadores, permitindo que eles avancem na tarefa de aprender a escrever códigos básicos.

Enquanto escolas nos EUA discutem proibir chatbots de inteligência artificial, alguns professores de matemática e ciência da computação os adotam como mais uma ferramenta.

"A matemática sempre evoluiu à medida que a tecnologia foi evoluindo", diz Price. Cem anos atrás, as pessoas usavam réguas de cálculo e faziam todas as multiplicações usando tabelas logarítmicas. Então, vieram as calculadoras.

Price busca garantir que os alunos tenham as habilidades necessárias para resolver os problemas por conta própria. Ele então discute as limitações das tecnologias que eles podem se sentir tentados a usar quando chegarem em casa.

"Computadores são muito bons em fazer coisas entediantes", diz Price. "Não precisamos fazer todas as coisas entediantes. Podemos deixar o computador fazer. E então podemos interpretar a resposta e pensar no que ela nos diz sobre as decisões que precisamos tomar."

Ele quer que seus alunos gostem de procurar padrões, ver como os diferentes métodos podem resultar em respostas diferentes, ou iguais, e como interpretar essas respostas para ajudar na tomada de decisões.

Min Sun, professora de educação da Universidade de Washington, acha que os alunos deveriam usar os chatbots como professores particulares. Se os alunos não entendem uma operação matemática, podem pedir ao ChatGPT para explicar e dar exemplos.

Ela espera que os professores usem o ChatGPT como seu próprio assistente: para planejar aulas de matemática, dar retorno aos alunos e se comunicar com os pais.

Os professores também podem pedir ao ChatGPT recomendações de problemas de matemática adequados a alunos com variados níveis de domínio do conceito, diz. Isso é especialmente útil para professores que são novos na profissão ou têm alunos com necessidades variadas, explica Sun.

"Ele dá algumas ideias iniciais e possíveis áreas problemáticas para os alunos, para que eu possa me preparar melhor antes de entrar em sala de aula", diz Sun.

Um ano atrás, se perguntassem a Daniel Zingaro como ele avalia os alunos de sua disciplina introdutória de ciência da computação, ele diria: "Pedimos a eles para escrever código".

Mas, hoje em dia, a resposta seria bem mais complexa, segundo Zingaro, professor associado da Universidade de Toronto.

Zingaro e Leo Porter, professor de ciência da computação na Universidade da Califórnia em San Diego, são autores do livro Learn AI-Assisted Python Programming with GitHub Copilot and ChatGPT ("Aprenda programação em Python assistida por IA com GitHub Copilot e ChatGPT"). Eles consideram que a inteligência artificial pode permitir que as aulas introdutórias de ciência da computação abordem conceitos gerais.

Muitos alunos novatos têm dificuldade para escrever código simples, dizem Porter e Zingaro. Eles não conseguem seguir para questões mais avançadas, e muitos ainda não conseguem escrever código simples depois de terminar a disciplina.

"Não é só desinteressante, é frustrante", explica Porter. "Eles estão tentando construir alguma coisa, e aí esquecem um ponto e vírgula e perdem três horas tentando encontrar o ponto e vírgula que está faltando", ou qualquer outro elemento de sintaxe que impeça a execução correta do código.

Chatbots não cometem esses erros, e permitem que os professores de ciência da computação passem mais tempo ensinando habilidades de nível mais alto.

Os professores agora pedem aos alunos para pegar um problema grande e dividir em questões ou tarefas menores que o código precise resolver. Eles também pedem aos alunos para testarem e depurarem o código depois de escrito.

"Se pensarmos de forma mais ampla sobre o que queremos que nossos alunos façam, queremos que eles escrevam programas que façam sentido para eles", diz Porter.

Magdalena Balazinska, diretora da Escola de Ciência e Engenharia da Computação Paul G. Allen, na Universidade de Washington, também acolhe os avanços que a inteligência artificial vem fazendo.

"Com o apoio da IA, engenheiros humanos de software podem se concentrar na parte mais interessante da ciência da computação: responder às grandes questões de design de software", diz Balazinska. "A IA permite que as pessoas se concentrem no trabalho criativo."

Nem todos os professores da área acham que a inteligência artificial deveria ser integrada ao currículo. Mas Zingaro e Porter defendem que a leitura de grande volume de código gerado por inteligência artificial não parece trapaça. Pelo contrário, é assim que os alunos vão aprender.

"Acho que muitos programadores leem bastante código, assim como acredito que os melhores escritores leem muito texto", diz Zingaro. "Acho uma forma muito poderosa de aprendizado."

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O Education Reporting Collaborative (Colaboração de Jornalismo da Educação), uma união entre oito redações jornalísticas, está documentando a crise de matemática enfrentada pelas escolas americanas e destacando os avanços. Os integrantes da Colaboração são: AL.com, The Associated Press, The Christian Science Monitor, The Dallas Morning News, The Hechinger Report, Idaho Education News, The Post and Courier no estado da Carolina do Sul, e The Seattle Times.

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, imagina que, em até dois anos, todo o processo de modernização do sistema financeiro brasileiro está em funcionamento para que se possa adicionar inteligência artificial ao "pacote". Ele fez o prognóstico em um vídeo gravado no dia 1° e exibido na tarde desta sexta-feira, 3, durante a DrumWave Day#4 Mind Grenades, promovido pela startup de tecnologia financeira DrumWave. Pelo cronograma aprovado na Lei de Autonomia do BC, no entanto, Campos Neto comanda a instituição apenas até dezembro do ano que vem.

O presidente do BC explicou que a autoridade monetária está fazendo um programa completo de inovação, cujo principal objetivo, no começo, era o de democratizar o sistema de intermediação financeira no Brasil. "A ideia era criar competição, inclusão em termos do número de pessoas que acessam a intermediação financeira", lembrou.

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O programa, lembrou, é dividido em alguns blocos. O primeiro era criar um trilho comum para que as pessoas pudessem acessar e que serviria como o primeiro passo nessa nova plataforma tecnológica financeira de intermediação financeira. O segundo bloco acrescenta competição.

"O primeiro foi o Pix e o segundo é o Open Finance, que é um sistema completamente aberto de dados", disse. "O Open Finance no Brasil é bem mais abrangente em comparação com o sistema de open banking que temos em outros lugares."

Campos Neto salientou que, ao fazer o design do Open Finance em fases, tem sido possível acompanhar como o sistema está se desenvolvendo e, com isso, ir acrescentando novos produtos. "Hoje temos aproximadamente 45 bilhões de acessos", afirmou. "No Brasil hoje é possível obter dados de um banco A e importá-los para um banco B, C ou D. Claro que este é um processo que demanda muito trabalho e dados têm de ser homogêneos para os que estão trabalhando com eles."

O presidente do BC explicou que, neste momento, a instituição trabalha com a fusão do Pix com o Open Finance e adicionando outros produtos para um quadro mais competitivo. "Então, temos comparabilidade e portabilidade em tempo real, é isso o que queremos."

Na sequência, conforme o banqueiro central, haverá um bloco para internacionalização da moeda. Para isso, será preciso, segundo ele, modernizar o sistema efetivo, que é visto como o terceiro bloco de ação. Ele citou mudanças de lei e de regulação que foram necessárias ao processo e salientou que as atividades financeiras internacionais se tornaram mais baratas.

"A questão final é: como podemos ter certeza de que todo o sistema vai funcionar? Porque ele se tornou mais digital e agora entendemos que precisamos avançar em um novo passo, que é o da ‘tokenização’. Então começamos o processo de ‘tokenização’, que é nossa moeda digital, o Drex", citou, acrescentando que não se trata de um depósito em token, o que significaria que os bancos simplesmente congelariam os depósitos.

Campos Neto explicou que esta é a fase agora que está em testes. "A ideia é conectar os quatro blocos: Pix, Open Finance, internacionalização da moeda e chegamos ao Drex, mas qual é a vantagem do Drex?", questionou, dizendo que, para muitos é apenas a questão de pagamentos, mas que isso já estaria contemplado com o Pix. "Para nós, com a ‘tokenização’, chegamos a uma nova dimensão da intermediação financeira", disse, citando várias áreas financeiras, que passariam a ter menos custos de intermediação.

O presidente do BC comentou também que há outra face, que não e muito falada, que é a de inovação de contratos e registros, atualmente muito caros. Com o blockchain e o Drex, segundo ele, serão serviços que se tornarão mais baratos e com um maior poder de controle sobre os ativos. "Assim que tivermos os quatro blocos operando juntos, acho que o próximo estágio será como deveremos reagregar tudo", previu.

Integração de contas

 

Todo o processo, conforme estimativa de Campos Neto, deve levar de um ano e meio a dois anos e começar a "fazer vida das pessoas melhor". "Acreditamos que empresas começarão a disputar o canal da integração, então deverão existir apps para integrar todas as contas", considerou. Nesse último ponto, de acordo com ele, em algum lugar do tempo, será possível juntar toda a sua movimentação financeira em um "agregador" , que poderá coletar informações e usá-las de uma forma mais efetiva.

"A última coisa que estamos começando a falar agora é que, assim que tivermos os quatro blocos integrados, como poderemos usar inteligência artificial para fazer o processo melhor para as pessoas, como educação financeira, aconselhamento financeiro. Isso para que as pessoas consumam produtos financeiros de uma forma melhor, mais eficiente, segura", disse. "Portanto, a ‘última milha do plano’ é como podemos adicionar em cima de tudo isso a inteligência artificial."

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta quinta-feira (19), que a Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de transformar o tratamento de saúde, mas sua rápida implementação sem compreender seu funcionamento pode prejudicar os pacientes.

De acordo com a OMS, a IA é muito promissora para os cuidados de saúde, mas também apresenta desafios no que diz respeito à privacidade e à possibilidade de agravamento de problemas já existentes.

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A agência de saúde da ONU publicou um novo documento, no qual detalha algumas das principais considerações normativas em torno da IA para a saúde, para que as autoridades possam elaborar, ou adaptar, suas orientações sobre seu uso.

"Com a crescente disponibilidade de dados de saúde e o rápido progresso das técnicas analíticas - sejam elas de aprendizagem automática, baseadas em lógica, ou em estatísticas -, as ferramentas de IA poderão transformar o setor da saúde", afirmou a organização em um comunicado.

De acordo com a OMS, a IA pode reforçar os ensaios clínicos, melhorar o diagnóstico e o tratamento médico, além de complementar conhecimentos e competências médicas. Também seria útil em locais com escassez de especialistas, interpretando imagens radiológicas e exames de retina.

A organização observou, no entanto, que a IA está sendo implementada rapidamente, às vezes sem uma compreensão adequada de como essas tecnologias funcionam. "O que pode beneficiar, ou prejudicar, os usuários finais", tanto pacientes quanto profissionais, alegou a OMS.

- Marcos jurídicos sólidos -

Ao utilizar dados de saúde, os sistemas de IA poderiam ter acesso a informações sensíveis, motivo pelo qual são necessários marcos jurídicos sólidos para proteger a privacidade e a integridade das pessoas, afirmou a a entidade.

"A Inteligência Artificial é uma grande promessa para a saúde, mas também coloca problemas graves, como a coleta pouco ética de dados, as ameaças à cibersegurança e a amplificação de preconceitos, ou da desinformação", destacou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Estas novas orientações ajudarão os países a regular a IA, de forma eficaz, para aproveitar seu potencial, seja no tratamento do câncer, quanto na detecção da tuberculose, minimizando, ao mesmo tempo, os riscos", acrescentou.

A OMS afirma que os sistemas de IA dependem do código, com o qual são construídos e dos dados com que são treinados, e uma melhor regulamentação pode ajudar a administrar melhor os riscos de que esta ferramenta aumente os preconceitos presentes nos dados de treinamento.

"Por exemplo, pode ser difícil para os modelos de IA representar com precisão a diversidade das populações, o que pode levar a preconceitos, imprecisões, ou mesmo falhas", frisou a organização de saúde.

"Para ajudar a mitigar esses riscos, pode-se recorrer à regulamentação, com o objetivo de garantir que os atributos - sexo, raça e etnia - das pessoas que constam nos dados de treinamento e que os conjuntos de dados sejam intencionalmente representativos", acrescentou.

A OMS esboçou seis áreas para regular a IA para a saúde. Essas incluem a validação externa dos dados, a avaliação dos sistemas antes de sua publicação para não amplificar vieses e erros, a análise dos requisitos de consentimento para a privacidade dos dados e a promoção da colaboração entre reguladores, pacientes, governos e profissionais de saúde.

O uso da inteligência artificial como ferramenta de estudo dentro de sala de aula têm sido muito discutido, principalmente com a recente popularização da tecnologia, em especial pela chegada do Chat GPT no fim de 2022. O programa funciona como um chatbot e se dispõe a dar respostas rápidas para comandos.

Segundo o bot, ele pode fazer responder a perguntas, esclarecer perguntas, explicar conceitos, escrever textos, criar conteúdo escrito, traduzir idiomas, resumir textos, auxiliar na programação com exemplos de códigos, resolver problemas matemáticos, fornecer recomendações, sugestões de filmes, livros, músicas, restaurantes, viagens, conversar e fornecer informações gerais.

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A ferramenta é de fácil acesso, exige um login apenas por endereço de e-mail, e alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro de 2023. A dúvida é, como utilizar essa tecnologia tão eficiente sem atrapalhar o processo de aprendizado e esforço dos estudantes? 

IA e instituições

Ariane Feijó, estudiosa e desenvolvedora de sistema e algoritmos com o uso de IA, defende que “não dá para desinventar o que já foi inventado” e, por isso, o ideal é ter a mente aberta para poder se adaptar e aprender a utilizar a tecnologia na nossa educação. Assim como a TV não acabou com o rádio, a IA não vai acabar com os estudos. Para a empresária, o essencial é trabalhar a IA para integrar a instituição:

“A gente tem que enxergar inteligência artificial como um estagiário. Ela tá em uma fase que é um estagiário, mas ela pode chegar no nível do pós-doutor, à medida que a gente for trazendo mais informações para dentro e dependendo da empresa, da organização ou instituição que está utilizando, daqui a pouco, por estar direcionando mais ela para os seus objetivos, ela vai chegar nesse nível de educação que nos ajuda muito mais rápido”, declara Feijó.

Para a empresária de 43 anos, as instituições deveriam “perder o medo da inteligência artificial” e aproximar a relação da inteligência artificial com as tendências da instituição, transformando a tecnologia em parceria no processo de trabalho. É essencial saber acompanhar a evolução para continuar se atualizando.

A desenvolvedora ainda defende que a escola não deve desencorajar os estudantes a usar IA, muito pelo contrário, que eles estimulem mas ensinando a utilizar da forma certa, sem que ultrapassem os limites da criação e da cópia.

Um dos problemas mais discutidos quando se pensa em uso de IA como o Chat GPT para educação, é a problemática do que é plágio e o que não é. Por fazer rápidas análises, textos e resumos, existe a preocupação sobre qual o limite do que a IA pode ou não fazer pelo estudante.

A estudiosa declara: “Eu acho que não se trata aqui de limite, mas se trata de educar sobre esse uso. O ponto número um que as pessoas têm que ter em mente: Não é porque leu, ou viu na inteligência artificial, ou gerou uma informação, um conteúdo, que tá pronto. A gente tem que pensar na inteligência artificial como uma maneira de co-criar conteúdo, e não de criar. Porque não é, ela não faz o trabalho pra nós. Ela otimiza, ela agiliza, ela nos ajuda.”

O bot pode, por exemplo, explicar uma frase ou um conceito que não foi entendido, enumerar fatos destaques que devem ser estudados, sugerir temas de pesquisa, otimizando o nosso trabalho intelectual, mas nunca criando o trabalho propriamente dito. Para Ariane isso é “potencializar o conhecimento” através da tecnologia.

“A inteligência artificial ela não vai ler por nós e ela não vai substituir que a gente faça a leitura dos artigos, mas ela pode nos ajudar a trazer uma compreensão prévia mais aprofundada daquilo que está no artigo, para que quando a gente for ler a gente já saiba quais são as principais perguntas de pesquisa, as principais hipóteses, o que eu tenho que prestar mais atenção na hora de ler, então ela nos traz mais contexto”, explica.

“Acho que isso é um ponto bem importante, a inteligência artificial, ela não substitui um professor, ela não substitui a avaliação, ela não substituir a necessidade de organizar para produzir um artigo muito bem estruturado, ela não substitui nada disso, mas ela nos ajuda a acelerar, agilizar esses processos”, continua a profissional.

Ética e Inteligência Artificial

Feijó também levanta a discussão do que é ético ou não no uso das tecnologias de inteligência artificial. Para ela, não existe limite para a mente humana, mas existe o que é ético e o que não é e como as pessoas estão utilizando a ferramenta.

“O que a gente tem que discutir é como é que está sendo o uso disso tudo enquanto sociedade, não é? O que está se fazendo com esses dados que a gente gera? E principalmente garantir que a gente não copia a informação dela, que a gente realmente co-cria. Eu acho que esse é o grande ponto”, detalha a empresária

Porém, com o chatbot mais utilizado, a versão gratuita torna esse processo de co-criação ainda mais limitado. Então o cuidado com checagem de plágio deve ser dobrado, nas palavras da profissional, “tem que co-criar ainda mais”. 

“Tem que ser uma revisão mais minuciosa, tem que, eventualmente, usar outras ferramentas de checagem de plágio, tem ferramentas gratuitas, inclusive, na internet, tem ferramentas que são usadas para verificar o plágio do conteúdo gerado pela Inteligência Artificial. A própria OpenAI, que é quem criou o chat GPT, tem essa ferramenta. Então, para garantir aquilo que eu estou fazendo”, conta Ariane. 

Para ela, hoje em dia, a “inteligência artificial está correndo nas veias da sociedade” e das organizações. Um dos problemas levantados pela profissional é a disponibilidade das pessoas de fazerem perguntas, pois, muitas vezes, só procuram a resposta. Com a IA, a forma que você faz a pergunta interfere diretamente na resposta. 

Com o exemplo do Chat GPT, Feijó ainda reforça que nem sempre a IA irá conseguir dar a resposta almejada, por isso tem que saber como utilizá-la: “nem sempre ela vai nos entregar o caminho todo, né? Ou ela vai precisar de mais dados, ela vai precisar acessar a internet, ela vai precisar buscar em outras frentes.”

A internet é cada vez mais necessária no nosso dia a dia e vem mexendo com a cultura das escolas e instituições. A profissional defende que a sociedade está ainda em um processo de amadurecimento digital, conhecendo e aprendendo como lidar com as atualizações das tecnologias.

Procurando entender sobre isso, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) realizou, no mês de maio de 2023, uma reunião para discutir o uso da inteligência artificial nas escolas. Em uma pesquisa global feita pela organização com 450 escolas e universidades mostrou que menos de 10% delas possuem políticas institucionais sobre o uso de inteligência artificial generativa, como o Chat GPT.

Assim a Unesco lançou, durante a Semana de Aprendizagem Digital, no mês de setembro, a primeira orientação global sobre o uso de IA generativa na educação e pesquisa, com sete passos que devem ser cumpridos para garantir um uso exato para o estudo. Um dos pontos declarados no livro de orientação é que o limite de idade para o uso de ferramentas deve ser de 13 anos.

Esta é uma das formas de cuidar e regulamentar o avanço das ferramentas digitais nas escolas, sem impedir a interação das crianças com a IA. A empresária Ariane Feijó deseja que as instituições sejam mais curiosas em relação às inteligências artificiais, pois as pessoas costumam colocar o medo da evolução na frente do interesse pela novidade.

“Eu acho (o uso de tecnologias no ensino) fantástico, mas todo mundo precisa aprender a usar. Precisa querer usar, né? Precisa olhar pra tudo isso com menos medo e mais curiosidade. As pessoas têm muito pouca curiosidade. E aí, gera medo. Porque tu não sabe o que é, já chega com preconceito, não funciona, não é bom”, afirma.

Porém, apesar dos muitos avanços, das várias funcionalidades, inclusive com uma orientação global de uso da tecnologia nas escolas já definida pela Unesco, Ariane Feijó acredita que o potencial de educação da IA ainda vai levar um tempo para ser realmente aplicada nas escolas.

“Eu acho que mesmo tendo esse potencial, (a IA) é uma coisa que vai levar tempo ainda, porque a tecnologia está muito conectada com cultura, então para que ela seja amplamente adotada, seja por empresa, por escola, tem que ter uma mudança cultural”, finaliza a especialista.

A PlayStation disponibilizou uma entrevista exclusiva com o diretor de NBA 2K24 para PS5 e PS4, Mike Wang. No bate-papo, ele conta como a franquia está com uma jogabilidade mais acessível, e fala sobre as novas melhorias que foram implementadas no jogo em função da comunidade. O franchise NBA 2K tem um historial de trazer as experiências de jogo autênticas para os fanáticos do basquetebol e para os jogadores. 

“A minha função é basicamente tudo o que envolve a experiência no campo, os controlos e a animação. A jogabilidade nos sticks é da responsabilidade da minha equipa e é com ela que estou diretamente envolvido”, disse Mike Wang sobre sua função nos novos recursos.

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“Há muitos destaques para a jogabilidade, mas penso que um dos principais aspectos em que nós quisemos concentrar este ano foi a acessibilidade. No ano passado, os jogadores adoraram o jogo de tiro, especialmente os mais avançados e os mais exigentes, que adoraram o facto de se basear mais nas capacidades e de permitir que os melhores jogadores chegassem ao topo. Por isso, esse foi um grande objetivo para este ano, tornar o jogo mais acessível”, acrescentou. 

O exemplo de diferentes níveis e sistemas do jogo é body up - que é basicamente a defesa na bola, nas colisões que acontecem quando damos um body up ao ball-handler, um sistema que foi debaixo do cesto/à volta do aro, o contacto aí, o pós-contacto nos lançamentos no cesto – e conseguir dar um body up a um atirador no cesto foi um aspeto importante para melhorar a defesa no cesto.

“Para quem é fã da NBA e do basquetebol em geral, sinto que é um daqueles desportos de equipa em que, se pudéssemos ver uma silhueta do jogo a ser jogado e não conseguíssemos ver os jogadores, conseguiríamos saber quem é quem, só porque as pessoas são tão distintas na forma como se movem, na forma como atiram. Há muitas ações repetitivas no basquetebol para as quais as pessoas constroem a sua memória muscular, é possível perceber que KD atira de uma determinada forma”, esclareceu o diretor da NBA 2K24. 

Tudo se resume à forma como a Inteligência Artificial funciona, às estratégias e ao cérebro que damos aos nossos jogadores e ao que eles gostam de fazer com ele. Gostam de conduzir para a direita ou para a esquerda, gostam de arrancar, ou gostam de ir até ao aro e finalizar com força através do trânsito, todas estas coisas diferentes. São animações que recebem, quer se trate de pacotes de lançamento, pacotes de lançamento em suspensão ou movimentos de drible. 

 

O ator Tom Hanks e a co-apresentadora de talk show do canal CBS Gayle King alertaram seus fãs sobre anúncios que apresentam impostores gerados por inteligência artificial (IA).

"Cuidado", destacou Hanks em uma mensagem no Instagram que mostra uma cópia digital não autorizada do ator.

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"Há um vídeo por aí promovendo um plano odontológico com uma versão minha de IA. Não tenho nada a ver com isso", afirmou.

A mensagem recebeu mais de 111.700 'curtidas' desde que o ator vencedor do Oscar a publicou no domingo para seus 9,5 milhões de seguidores no Instagram.

King, co-apresentadora do programa CBS Mornings, postou o que chamou de videoclipe falso dela, no qual supostamente pede aos espectadores que cliquem em um link para conhecer seu "segredo" sobre a perda de peso.

"Não tenho nada a ver com esta empresa", alertou a apresentadora no Instagram. "Nunca ouvi falar deste produto nem o utilizei! Por favor, não se deixem enganar por estes vídeos de IA".

As garantias contra o uso da inteligência artificial para replicar os atores foi um dos temas discutidos durante a greve de roteiristas que paralisou Hollywood até um acordo provisório, alcançado na semana passada.

A greve dos atores prossegue, sem uma solução à vista.

Os programas de IA generativa ganharam destaque no final do ano passado, com o ChatGPT demonstrando a capacidade de criar ensaios, poemas e conversas a partir de poucas informações.

Os modelos de IA adicionaram novos recursos, como a capacidade de gerar imagens digitais sob comando, o que aumenta o temor de que a tecnologia poderia ser utilizada para criar fotos e vídeos "falsos" para enganar as pessoas, levando o público a acreditar que são reais.

Os gigantes do setor de tecnologia Google, Meta e Microsoft estão entre as empresas que aceleraram os projetos para tentar rentabilizar as capacidades da IA generativa, ao mesmo tempo que tentam evitar os perigos como o potencial da tecnologia de ser utilizada como arma para a desinformação e o crime cibernético.

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"A maior parte da população mundial terá sua primeira experiência de inteligência artificial generativa conosco", afirmou Andrew Bosworth, diretor de tecnologia da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp), atrasada em relação a seus vizinhos do Vale do Silício no que dis respeito a esta inovação tecnológica.

A gigante das redes sociais apresentou nesta semana chatbots dotados de personalidade que permitem criar imagens e texto, que interagem com usuários em linguagem comum.

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O anúncio da Meta aconteceu após meses de uma corrida frenética para desenvolver a próxima geração da Inteligência Artificial (IA).

Na liderança, estão a OpenAI - com o ChatGPT - e os grupos Google e Microsoft, que competem com ferramentas elaboradas para ajudar nas pesquisas online, na produtividade e, até mesmo, na educação dos filhos.

Mas a Meta não está atrasada, afirmou à AFP Andrew Bosworth, em uma entrevista durante o evento anual para desenvolvedores do grupo californiano.

"Há muitas ferramentas novas, como o Stable Diffusion para gerar imagens, ainda que exijam muito tempo e desenvolvimento", apontou o diretor, mais conhecido pelo apelido Boz.

"Queríamos que os resultados fossem geniais e rápidos, inclusive nos smartphones", quando os usuários criam miniaturas diretamente em suas mensagens, com comandos como "um ouriço de bicicleta" ou "feliz aniversário para um corredor de maratonas".

- De Galactica a Llama -

Em novembro de 2022, duas semanas antes de o ChatGPT despertar a imaginação de dezenas de milhões de pessoas, a Meta lançou o próprio chatbot de IA generativa, especializado em pesquisas científicas.

Batizado de Galactica, ele conseguia "redigir artigos" e "resolver problemas matemáticos", mas, às vezes, inventava as respostas. A Meta o retirou rapidamente de circulação.

"Se dependesse só de mim, eu teria deixado", comentou Bosworth. "Alertamos que nosso chatbot era capaz de dizer qualquer coisa", e os usuários deveriam ter isso em mente.

Mas após anos de controvérsia a respeito da moderação dos conteúdos em suas plataformas, a dona do Facebook tem menos margem de manobra que os concorrentes ChatGPT, Bing (Microsoft) e Bard (Google).

As lições aprendidas com a Galactica ajudaram a Meta a aperfeiçoar o Llama 2, a segunda versão de seu modelo de linguagem, que desde o verão (inverno no Brasil) está disponível em código aberto.

- Pernas e olhos -

Funcionário do Facebook desde 2006, em 2017 Boz criou o departamento que se tornaria o "Reality Labs", dedicado à realidade virtual e aumentada, e que passou ao primeiro plano no final de 2021, quando a empresa se tornou Meta para marcar sua guinada rumo ao metaverso.

A estratégia desencadeou provocações e críticas de analistas e observadores, pois os avanços não foram tão rápidos como se esperava.

Em sua apresentação de quarta-feira, a Meta deu destaque para a realidade "mista". Seus novos óculos conectados permitem aos usuários, por exemplo, divulgar ao vivo o que veem.

E o novo dispositivo Quest 3 - com um preço de 500 dólares (pouco mais de R$ 2500,00) - processa muito melhor as transições do ambiente físico para o mundo imersivo, por exemplo, para evitar que o usuário choque com seus móveis em uma partida de tênis virtual.

No entanto, as pessoas ainda não poderão ver os usuários do Quest olhos nos olhos. "Tentamos e o resultado pode ser bastante desagradável", explicou o diretor.

A desenvolvedora do ChatGPT anunciou, nesta segunda-feira (25), que está adicionando habilidades de voz e imagem a esta plataforma de Inteligência Artificial (IA) generativa, por muito tempo limitada a comandos por escrito.

Segundo a OpenAI, as funcionalidades, que estão sendo adicionadas às versões pagas deste serviço, permitem aos usuários conversar com a IA e inclusive "mostrar-lhe" do que estão falando.

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"A voz e a imagem te dão mais formas de usar o ChatGPT em sua vida", informou a companhia em uma publicação.

"Tire uma foto de um local emblemático durante uma viagem e tenha uma conversa ao vivo sobre o que tem de interessante", acrescentou.

Os exemplos sobre como as novas funções podem ser usadas incluem tirar uma foto do interior de uma geladeira para obter sugestões de receitas ou fotografar os deveres de matemática de uma criança para receber ajuda resolvendo os problemas.

As funções de voz e imagem serão implementadas para usuários do ChatGPT Plus e Enterprise nas próximas semanas e, eventualmente, serão desenvolvidas para os sistemas operacionais móveis da Apple e do Google, de acordo com a OpenAI.

Segundo a empresa, as interações com a fala tornaram-se mais realistas ao contar com vozes de atores.

Os programas de IA generativa, chamados assim por sua capacidade de criar textos, imagens ou conteúdos complexos a partir de dados já existentes, ficaram famosos no ano passado com a habilidade do ChatGPT para gerar ensaios, poemas e conversas a partir de breves indicações.

Gigantes da tecnologia como Google, Meta e Microsoft competem para entrar na era da IA generativa, enquanto tentam evitar os potenciais perigos dessa tecnologia, como a desinformação e os crimes cibernéticos.

A popular assistente virtual Alexa, da Amazon, está prestes a ser incrementada com a inteligência artificial (IA) generativa, anunciou, nesta quarta-feira (20), a empresa em um esforço para entrar em uma corrida liderada por ChatGPT, Google e Microsoft.

As assistentes de voz, como Alexa, ou Siri, da Apple, costumam ser candidatas perfeitas para dotar sua tecnologia, às vezes irregular e robótica, com as habilidades da IA generativa, capaz de produzir textos, imagens e conteúdo a partir de dados básicos existentes.

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A IA generativa, como a usada no famoso ChatGPT, produz conteúdos tão complexos quanto um poema ou um ensaio acadêmico em questão de segundos, e o objetivo da Amazon é que a Alexa consiga fazer isso e até mais com comandos de voz da sala de estar ou da cozinha do usuário.

Em um evento nas instalações da empresa perto de Washington, a empresa informou que uma versão em inglês da "Alexa AI" estaria disponível como um opcional em todos os dispositivos nos Estados Unidos nos próximos meses.

"Vai levar um tempo integrar estas tecnologias na superfície ampla que é a Alexa. Mas sou muito otimista e acredito que vamos começar com o pé direito", explicou Dave Limp, vice-presidente-sênior de dispositivos e serviços da Amazon.

Com a mudança, a Alexa vai ser capaz de conversar em tom mais pessoal e deixar de lado seu tom robótico, antecipou a gigante tecnológica.

A assistente também aproveitaria a informação em tempo real, dando um tom de uma relação pessoal com o usuário, que incluiria o conhecimento de seus hábitos ou times esportivos favoritos, por exemplo.

De fato, o usuário poderia dizer: "'Alexa, ligue a cafeteira, abra as persianas, diminua as luzes do escritório e exiba as notícias da manhã'. E, assim, uma rotina seria criada", explicou Limp.

Daniel Rausch, executivo a cargo da Alexa, disse à imprensa que a IA daria ênfase adicional à precisão e que os esforços da empresa na IA não eram comparáveis aos chatbots, que demonstraram emitir imprecisões ou sair do controle.

A Amazon também apresentou seu último dispositivo inteligente para o lar, o Echo 8, assim como uma barra de som para aparelhos de TV e novas habilidades de busca alimentadas pela IA em seu serviço FireTV.

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