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O juiz federal Sérgio Moro deu cinco dias para o deputado paraibano Hugo Motta (PMDB) responder em qual dia, afinal, pode depor como testemunha de defesa de Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A mulher de Cunha é ré por lavagem de dinheiro e evasão de divisas na Operação Lava Jato.

Hugo Motta presidiu a CPI da Petrobras e fez parte da tropa de choque de Eduardo Cunha na Câmara. O deputado não compareceu à votação na Câmara que cassou o mandato do colega peemedebista. A Justiça Federal no Paraná havia colocado quatro datas (26 de setembro, 28 de setembro, 5 de outubro ou 6 de outubro) disponíveis para as testemunhas de Cláudia.

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Na sexta-feira, 16, Hugo Motta solicitou o agendamento de seu depoimento para entre os dias 10 e 20 de novembro. O parlamentar alegou que estava "impossibilitado de marcar em uma das datas propostas, pois devido ao período eleitoral tem uma agenda extensa de compromissos no Estado da Paraíba".

Segundo Moro, as datas indicadas por Hugo Motta "estão muito distantes e representariam atraso injustificável do processo, máxime quando há acusado preso". "Então renove-se o ofício ao parlamentar solicitando a indicação de uma das datas já disponibilizadas, como já fizerem seus pares. Oficie-se à Exma. Autoridade, no sentido exposto, expediente a ser subscrito por este Juiz, solicitando resposta, se possível, no prazo de 5 dias", determinou Moro.

Na semana passada, o juiz da Lava Jato autorizou, além do depoimento de Motta, os depoimentos de outras três testemunhas arroladas pela mulher de Eduardo Cunha - o ministro dos Transportes do governo Temer, Maurício Quintella (PR-AL) e os deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e Jovair Arantes (PTB-GO).

Candidato ao cargo de líder do PMDB na Câmara dos Deputados, uma das votações mais aguardadas da semana, o deputado Hugo Motta (PB) demonstrou confiança após se reunir com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por cerca de uma hora. "Não tenho dúvidas de que logo mais teremos uma vitória expressiva para a liderança do partido aqui na Casa", declarou. A votação está marcada para as 15 horas desta quarta-feira (17).

O deputado disse ainda que as atitudes de seu adversário, Leonardo Picciani (RJ), demonstram desespero. "Quem tem a maioria dos votos, como ele anunciou, jamais iria tirar o ministro da Saúde do seu cargo durante a maior epidemia da saúde recente do País para participar de uma eleição aqui na Casa. Isso mostra o total desespero de quem não conseguiu, mesmo depois de um ano, conquistar a confiança da maioria dos companheiros."

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O ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), se licenciou do cargo nesta quarta-feira para retornar ao mandado de parlamentar e votar na disputa do comando da bancada da sigla. Ele foi indicado por Picciani para a Pasta na reforma ministerial de outubro do ano passado. Sua saída temporária do ministério tem sido alvo de críticas tanto de partidos da oposição como da ala do PMDB que apoia Motta.

Motta também criticou a vinda de secretários estaduais para a votação. Na segunda-feira, 15, o governador Luiz Pezão (PMDB) exonerou Marco Antônio Cabral do cargo de secretário estadual de Esportes e o prefeito Eduardo Paes (PMDB) liberou temporariamente Pedro Paulo da secretaria de Coordenação de Governo da capital.

O líder do PMDB, partido com a maior bancada na Casa, é considerado crucial para a definição da comissão especial de impeachment no processo instaurado por Cunha contra a presidente Dilma Rousseff.

Marcada para ocorrer hoje, a disputa pela liderança do PDMB na Câmara dos Deputados tem como principal pano de fundo o controle das indicações para a Comissão Especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff e dos colegiados permanentes da Câmara. Além disso, reflete uma briga vista durante todo o ano de 2015, quando o Palácio do Planalto e o presidente da casa, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), trocaram farpas e indiretas por meio da imprensa e nos bastidores.

Participam da eleição o atual líder, Leonardo Picciani (PMDB/RJ), e o deputado Hugo Motta (PMDB/PB). Picciani tem o apoio velado do Palácio do Planalto. Na avaliação de deputados que observam a disputa, ganha contornos de ineditismo o protagonismo do Governo na disputa. Mesmo negando que tentam interferir no resultado e que a escolha é uma decisão interna da bancada peemedebista, palacianos atuam para liberar verbas e também para preencher cargos de segundo e terceiro escalões com nomes indicados por deputados do PMDB.

Já Motta, foi lançado por Cunha na tentativa de conseguir votos nos diferentes grupos e de vencer a eleição. A disputa atual, além da própria governabilidade, tem outros contornos, que ajudam a explicar o interesse do Governo em ver Picciani reeleito. Um deles é de curto prazo: a formação da Comissão Especial do impeachment.

No ano passado, o peemedebista fluminense indicou nomes considerados mais moderados. Alguns até com ligação com o Governo Federal. Mas deixou de fora deputados da ala dissidente do partido. Isso motivou a formação de uma chapa alternativa, com parlamentares do PMDB e da oposição, que acabou levando a melhor.

Pelo tamanho da bancada, os outros partidos costumam seguir as decisões do PMDB. No entanto, no caso do impeachment, haverá o cuidado para contemplar as diferentes alas do partido, para evitar uma nova derrota, a exemplo de dezembro passado. Nos bastidores, deputados avaliam que a disputa ganhou contornos pessoais. Um dos comentários recorrentes entre líderes de outras legendas é que Eduardo Cunha trata a eleição para a liderança como se ele próprio estivesse concorrendo.

Liga para membros da bancada, pede votos para Hugo Motta e tenta tirar apoiadores de Picciani. “Virou uma queda de braço entre o Governo e o Cunha”, disse outro líder, também sob anonimato. “É jogo brutal, jogo total [para vencer a disputa]. A dominação do PMDB para Dilma é imprescindível”, acrescentou o parlamentar. Por isso, segundo ele, o Governo tem acelerado a liberação de emendas orçamentárias e de cargos para agradar deputados que até então estavam insatisfeitos com o Planalto.

Nas eleições de 2014, o PMDB elegeu 66 deputados. Mas estima-se que, por conta de mudanças de partidos, o número de votantes chegue a 70. Até o ministro da Saúde, Marcelo Castro, cogita deixar o cargo por um dia para votar em Picciani. A ideia não agrada à cúpula do PMDB, em especial ao vice-presidente Michel Temer. Há a preocupação do efeito negativo da saída de Castro para assumir o mandato bem no meio de uma crise de saúde que o Brasil enfrenta, com a epidemia de zika vírus e o

aumento dos casos de microcefalia. O Governo ganhou um fôlego quando o STF decidiu suspender a eleição da comissão especial e determinou um novo rito para a escolha dos membros. Para a maioria dos ministros da corte, a escolha deve ocorrer por voto aberto e sem a disputa de chapas. Ou seja, na prática, os deputados votarão para chancelar ou não as escolhas dos líderes. Cunha recorreu da decisão e adiantou que só retomará o processo quando a corte se pronunciar.

O andamento do impeachment é apenas uma das questões que aumentam o interesse pela disputa da liderança do PMDB. Pesam também a formação das comissões permanentes e a própria postura do partido nas votações em plenário. Um deputado mais alinhado com o grupo dissidente não assumiria o compromisso de defender as propostas do Governo e de indicar parlamentares de confiança para os principais colegiados. Em um cenário de base aliada dividida, cada voto conta.

MEA CULPA– Na conversa de ontem com líderes da base aliada no Palácio do Planalto, a presidente Dilma fez um relato detalhado da situação econômica e política do País. Ela falou da preocupação com a crise financeira internacional, citando até a China, mas reconheceu que no Brasil a crise política prolongada, inclusive com a Operação Lava Jato, piorou o cenário interno. A presidente admitiu, mais uma vez, que o seu erro foi "não ter percebido essa crise antes". “Meu erro foi não ter percebido essa crise antes e não ter mudado a política de incentivo fiscal”, disse Dilma.

Jarbas reforça voto em branco – Cumprindo o que prometeu, o deputado Jarbas Vasconcelos vota em branco, hoje, na eleição de escolha do novo líder do PMDB na Câmara, batalha travada entre o Planalto e o presidente da Casa, Eduardo Cunha. “São dois candidatos que não têm compromissos com as mudanças que o partido poderia colocar em prática e que o País tanto precisa, como a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o impeachment da presidente Dilma”, justificou.

Humberto quer pressa – Numa conversa, ontem, com este blogueiro, em Brasília, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, pregou a necessidade de o partido acelerar o processo de discussão e lançamento da candidatura de João Paulo à Prefeitura do Recife. "João é o nome que reúne todas as condições para fazer uma campanha forte e competitiva e não se pode mais perder tempo”, afirmou, adiantando que o ex-prefeito tem também o aval da executiva nacional, de Dilma e do ex-presidente Lula.

Surra em grupos tradicionais – Agora filiado ao Partido da Mulher Brasileira (PMB), depois de eleito pelo PTB do ministro Armando Monteiro, o deputado federal Adalberto Cavalcanti comentava, ontem, numa roda política em Brasília, que será um verdadeiro fenômeno eleitoral na disputa pela Prefeitura de Petrolina. “Vou dar uma surra nos grupos do senador Fernando Bezerra e do prefeito Júlio Lóssio, assim como no petista Odacy Amorim. Pelo que estou vendo nas minhas caminhadas hoje serei um candidato avassalador”, afirmou.

Silvinho desbanca Daniel – Quem ouviu o debate na CBN Recife entre os deputados Daniel Coelho (PSDB) e Sílvio Costa Filho (PTB), segunda-feira passada, ancorado pelo

companheiro Aldo Vilela, ficou com a impressão de que o trabalhista deu um verdadeiro banho no tucano, tanto em conhecimento das causas primordiais da capital quanto no embate político. Silvio Filho demonstrou muito mais desenvoltura e intimidade com os problemas do Recife, apontando soluções inteligentes num raciocínio rápido e convincente, enquanto as intervenções de Daniel continham uma linha de extrema pobreza franciscana.

CURTAS

ANEL VIÁRIO– O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), assina, hoje, a ordem de serviço para início imediato das obras do primeiro trecho do Anel Viário que vai ligar a Estação do Forró ao Pátio da Feira na BR-232. A pavimentação, orçada em R$ 987 mil, está sendo viabilizada através de emenda do senador Armando Monteiro com uma contrapartida de R$ 90 mil do tesouro municipal.

CANDIDATA – A empresária Josilene do Império, que atua na área de eventos em Gravatá, disputará um mandato de vereadora nas eleições deste ano pelo PSC. “Chego para mudar a velha forma de se fazer política em Gravatá e com propostas que possam levar o município a sair do processo de estagnação que está mergulhado”, disse.

Perguntar não ofende: Quem ganha o duelo hoje da liderança do PMDB na Câmara: o Planalto ou Eduardo Cunha?

A sete dias da escolha do novo líder no PMDB na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem trabalhado para angariar votos ao nome do seu indicado ao posto, o deputado federal Hugo Motta (PB). Mesmo com a credibilidade em baixa, após o início do processo que pede a cassação do mandato como presidente, Cunha tem adotado a estratégia de pedir votos para Motta como se fosse “para si mesmo”. 

“É como se fosse votar em mim”, tem dito ele em conversas reservadas, segundo informações de um jornal de circulação nacional. “Hugo unifica o partido e não tem qualquer compromisso de ficar contra o governo”, defende o presidente da Câmara.

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Tentando mostrar que ainda tem forças na legenda, Eduardo Cunha quer, com as investidas, romper a resistência de governistas à candidatura de Motta. O deputado federal Leonardo Picciani (RJ) é o rival do paraibano na disputa. A escolha do novo líder está agendada para o próximo dia 17. 

Os dois nomes não são consenso entre os peemedebistas. O deputado federal Jarbas Vasconcelos, por exemplo, já afirmou que deve votar em branco. O prazo para os peemedebistas se candidatarem à liderança do PMDB na Câmara encerrou no último dia 3.

A maneira com que o processo eleitoral para a escolha do novo líder do PMDB na Câmara dos Deputados está sendo consolidada tem causado insatisfação entre alguns peemedebistas. Um deles, inclusive, é o deputado pernambucano Jarbas Vasconcelos que já pontuou a possibilidade de votar em branco, caso os candidatos ao posto se resumam entre os deputados Hugo Motta (PB) e Leonardo Picciani (RJ). 

“São candidatos que não têm compromissos com as mudanças que o partido poderia colocar em prática e que o país tanto precisa, como a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o impeachment da presidente Dilma”, ponderou Vasconcelos. 

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Motta foi indicado por Cunha para a disputa e Piaciani é integrante da ala do PMDB favorável ao governo da petista. “Não há a menor possibilidade de votar numa pessoa que representa o pensamento, os interesses e a conduta do atual presidente da Casa”, explicou Jarbas se referindo paraibano. “Já o outro candidato é governista e consequentemente contra o impeachment. Defende esse Governo falido e mentiroso que aí está”, complementou, citando o atual líder do colegiado. 

“Se não se candidatar alguém que seja de fato da oposição e a favor do impeachment, não terei outra coisa a fazer senão votar em branco”, afirmou o parlamentar. O prazo para a inscrição de novos candidatos encerra na próxima quarta-feira (3). A escolha do novo líder acontecerá no dia 17 de fevereiro.

O deputado Hugo Motta (PB) saiu em defesa, na manhã desta terça-feira (26), do ministro da Saúde, Marcelo Castro, indicação de seu adversário na disputa pela liderança do PMDB, Leonardo Picciani. Castro tem sido alvo de críticas e apreensão do Palácio do Planalto por causa de uma série de declarações polêmicas que vem dando.

"Bom dia, amigos, quero registrar o nosso apoio e confiança no trabalho do ministro Marcelo Castro à frente do Ministério da Saúde", afirmou Motta em sua conta no Twitter nesta manhã. "A luta contra o mosquito é de responsabilidade de todos nós. Não tenho dúvidas que, com o empenho de todos e o suporte do governo federal, vamos conseguir avançar na batalha contra o Aedes Aegypti".

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Ministro desde outubro do ano passado, Castro foi indicação da bancada do PMDB sob liderança de Picciani. Desde que assumiu o posto, o ministro peemedebista tem proferido várias declarações polêmicas. Apenas envolvendo o zika vírus e o Aedes Aegypti foram quatro declarações.

"Sexo é para amadores, gravidez é para profissionais", disse em 18 de novembro do ano passado ao comentar risco de microcefalia. "Eu percebo que os homens se protegem. As mulheres, normalmente, ficam de perna de fora e, quando usam calça, usam sandália. E o mosquito é um tanto tímido, não é tão agressivo quanto pernilongo. Ele chega devagar e encosta nas extremidades", afirmou em 8 de dezembro de 2015.

As polêmicas continuaram neste ano. "Não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros. Nós vamos dar para as pessoas em período fértil. E vamos torcer para que as pessoas, antes de entrar no período fértil, peguem a zika", afirmou no último dia 13. Ontem, 25, disse que "nós estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a batalha para o mosquito".

O governo avalia que Castro está desgastado e vem perdendo as condições políticas de permanecer no cargo em razão de suas declarações polêmicas e da ineficiência ao tratar do avanço da dengue e do zika. Há quem avalie que o ministro corre sério risco de "morrer pela boca". Segundo um interlocutor do Planalto, o ministro já foi orientado a tomar mais cuidado com suas declarações.

O governo tem dificuldades em tirá-lo do cargo por causa do risco de impeachment da presidente Dilma Rousseff, já que ele foi indicado pelo PMDB. Além disso, Castro é considerado fiel à presidente e interlocutor importante em negociações com o Congresso.

O deputado Hugo Motta (PMDB-PB) afirmou nessa quarta-feira (27) que, se vencer a disputa pela liderança da bancada peemedebista na Câmara, sua postura com relação ao Palácio do Planalto será de diálogo. "Não há como um líder do PMDB chegar fechando portas. Liderar é ter a capacidade de dialogar. O que o líder do PMDB não pode fazer é impor aos companheiros a sua vontade", afirmou a jornalistas na capital gaúcha. Antes, ele havia almoçado com parlamentares da bancada gaúcha do partido. De manhã, ele esteve em Mato Grosso do Sul e à noite, passará por Santa Catarina.

Motta não poupou críticas ao seu adversário na disputa, o atual líder Leonardo Picciani (PMDB-RJ), e disse que, se ele permanecer na função, a bancada continuará rachada. "O deputado Picciani perdeu a condição de liderar quando abriu mão de ouvir a sua bancada para ouvir somente aqueles que estão ligados e vinculados ao governo", falou. Motta disse que pretende fortalecer a autonomia da bancada, atuando como porta-voz da maioria, mas respeitando as divergências que são naturais de toda grande legenda. "Não queremos fazer uma liderança de fora para dentro, como é a do deputado Picciani, que é muito mais pautada pelo governo do que pelos parlamentares."

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O discurso foi endossado por um dos principais apoiadores da candidatura de Motta, o deputado federal e vice-presidente estadual do PMDB, Osmar Terra (PMDB-RS). "Motta não é contra o governo, mas é contra a gestão de Picciani, que consideramos ruim", disse.

O parlamentar paraibano, que tem evitado falar sobre temas polêmicos como o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ponderou que não tem percebido nenhuma interferência do Palácio do Planalto na disputa pela liderança do PMDB. "Não estão cooptando nenhum deputado", disse. Antes mesmo de oficializar sua candidatura a líder do PMDB, ele procurou o ministro Edinho Silva (Secom) para uma "visita de cortesia". O parlamentar pediu que o governo não interferisse no processo de sucessão na bancada. No final do ano passado, o governo ajudou Picciani a retomar a liderança, após ele ser destituído por parlamentares favoráveis ao impeachment da presidente.

Como já havia feito em outras ocasiões, Motta frisou que sua prioridade, se for alçado a líder, será trabalhar pela unidade partidária. "Um partido com a tradição do PMDB não pode e não combina com a sua história ter uma liderança que lidera apenas uma parte, não o todo", avaliou.

Ele afirmou que a fase realmente importante será a da pós-eleição, marcada para 17 de fevereiro. Segundo ele, a bancada peemedebista precisa voltar a ser protagonista dos grandes temas nacionais. "Queremos contribuir para o que o maior partido do Brasil possa ser também nesse momento de dificuldade o partido com mais condições de ajudar o País a vencer a crise econômica", falou. Motta ainda defendeu a necessidade de o partido estar unido em torno do nome do presidente da sigla, Michel Temer, para sua recondução ao cargo, em março.

Motta minimizou a aliança com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na disputa contra Picciani. "Tenho uma relação de amizade com ele e espero ser o líder dele e dos outros 66 deputados", disse. Ele também negou que a proximidade com Cunha possa gerar resistência de outros parlamentares e diminuir sua chance de vitória. "O deputado Eduardo Cunha se relaciona muito bem não só com a bancada do PMDB como com deputados de outros partidos. As questões que o deputado vem enfrentando de investigações feitas sobre sua pessoa, ele está respondendo com seus advogados e estão totalmente fora da disputa do PMDB."

Contagem de votos

O parlamentar da Paraíba disse que, quando Leonardo Quintão (PMDB-MG) desistiu da disputa, ele recebeu apoio de 95% dos votos que o mineiro teria. Pelos cálculos dos apoiadores de Motta, ele conta com os votos de grande parte das bancadas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Tocantins e Paraíba.

Entre os cinco gaúchos, por exemplo, só falta garantir o voto do deputado José Fogaça (PMDB-RS). "Conversamos um pouco hoje, mas irei pessoalmente ao seu gabinete na semana que vem", falou.

Com amplo apoio da maioria da bancada peemedebista favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado Hugo Motta (PB) disse nesta segunda-feira, 25, ao jornal O Estado de S. Paulo que irá tratar do assunto e de outros temas caros ao governo depois da eleição do novo líder do PMDB, marcada para 17 de fevereiro. "Impeachment, CPMF, espaço no governo e apoio a Eduardo Cunha são temas externos que não serão debatidos agora. Serão discutidos com a bancada", disse Motta.

Além de ter apoio deste grupo, ele tem aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por deflagrar o processo de impeachment no ano passado. Apesar disso, ele tem buscado apoio do Palácio do Planalto em sua campanha.

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Segundo deputados da ala pró-impeachment, trata-se de uma estratégia para evitar a perda de votos de peemedebistas que estão dispostos a apoiá-lo, mas têm receio de ficarem classificados como oposicionistas em um momento em que o impedimento da presidente perdeu força no Congresso.

A estratégia foi desenhada por Cunha. Ele orientou seu candidato e apoiadores que vetassem a discussão sobre o impeachment durante a campanha como forma de assegurar votos de quem não quer se indispor com o Planalto.

No entanto, a expectativa da ala pró-impeachment é que essa estratégia seja revertida no caso de Motta sair vitorioso. "Queremos chegar mais longe, mas o primeiro passo é mudar o atual líder", disse o deputado Osmar Terra (RS). Com a saída de Leonardo Quintão (MG) da disputa na semana passada, Terra e outro entusiasta do impeachment, Darcísio Perondi (RS), passaram a apoiar Motta. Juntaram-se, assim, a outros parlamentares antigoverno, como Lúcio Vieira Lima (MG).

Comissão Especial

A ideia da ala pró-impeachment é "cobrar a fatura" depois da eleição. A primeira cobrança deve vir durante a escolha dos membros da Comissão Especial do impeachment na Câmara. O PMDB terá direito a oito integrantes. O discurso agora é de que as duas alas serão contempladas. Mas há expectativa de que, se Motta for eleito, a maioria dos escolhidos seja favorável à saída de Dilma.

Mesmo com oito vagas, o posicionamento do PMDB é relevante porque outros partidos da base costumam seguir a legenda em suas decisões.

O número de votos para Leonardo Picciani e Motta é impreciso. Enquanto aliados de Motta dizem que ele tem 15 votos a mais que Picciani e que esta vantagem pode chegar a 18, o grupo que apoia o atual líder aponta que ele já tem um total de 36 votos dos 67 da bancada e pode chegar a 42. O governo aposta na vitória de Picciani. Um dos ministros indicados pelo peemedebista, o titular da Saúde, Marcelo Castro, pode até retomar seu mandato de deputado federal pelo Piauí para garantir mais um voto para o atual líder.

Articulação

Apesar do recesso parlamentar, tanto Motta quanto Picciani passam a maior parte dos dias em Brasília em conversas pessoais e por telefone, tanto com peemedebistas quanto com líderes e presidentes de outras legendas em busca de apoio. Os candidatos também têm feito viagens pelo País.

Picciani esteve em Minas Gerais na semana passada. O Estado, cuja bancada de sete deputados está dividida, foi visitado por Motta no fim de semana. Hugo Motta deve ter reuniões nesta semana em Santa Catarina (seis deputados) e Rio Grande do Sul (cinco). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de dar um novo ânimo à CPI da Petrobras, o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), pretende marcar uma nova ida a Curitiba para ouvir presos da Operação Lava Jato que ainda não prestaram depoimento aos parlamentares. O objetivo é ouvir o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.

Há requerimentos na comissão pedindo a convocação de Dirceu, mas que ainda não foram apreciados pelo plenário. Motta deve marcar nesta quarta-feira (19) uma nova sessão deliberativa para votar todos os requerimentos pendentes.

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A CPI esteve no Paraná em maio para ouvir o depoimento de presos na sede da Polícia Federal. Na ocasião foram ouvidos a doleira Nelma Kodama, os ex-deputados federais Luiz Argôlo (BA) e André Vargas (PR).

Durante a sessão desta terça-feira (18) Motta foi cobrado pela oposição a agendar a oitiva do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. O requerimento de convocação do petista já foi aprovado. "Vamos fazer na hora certa", declarou à reportagem.

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), negou que a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e de quatro delegados envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato represente um constrangimento para os convocados. "Constrangedor é o que o povo brasileiro está vivendo, em ligar a televisão e ver escândalo de corrupção de tamanha monta", respondeu.

Motta acredita que eles podem contribuir para os trabalhos da comissão, caso contrário não seriam chamados. Para o peemedebista, Cardozo tem preparo técnico suficiente para prestar esclarecimentos aos parlamentares. "Não vejo isso como um gesto político, vejo como um gesto da investigação propriamente dita que precisa esclarecer alguns fatos", disse.

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Além de Cardozo, foram convocados os delegados Maurício Grillo, Daniele Rodrigues, Igor Romário de Paula e Márcio Anselmo. Os deputados querem saber detalhes da apuração sobre as escutas clandestinas encontradas na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba: uma na cela do doleiro Alberto Youssef e outra no fumódromo.

O relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ), disse acreditar que Cardozo se sairá "muito bem" quando vier esclarecer supostas escutas instaladas na cela do doleiro sem autorização da Justiça. "Não estou aqui nem para proteger nem para perseguir. O ministro Cardozo é preparado e não tenho dúvida nenhuma de que ele vai se sair muito bem e esclarecer os pontos que hoje mais da metade dos membros da CPI estão questionando quanto à legalidade ou não da operação. Ele vai se sair muito bem, tanto que não me opus", afirmou.

O Broadcast Político apurou que diante da pressão da oposição para a convocação de ministros, Luiz Sérgio acabou aceitando o nome de Cardozo para poupar o ex-ministro José Dirceu e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social da Presidência). Hoje, o relator negou que a convocação de Cardozo com anuência do PT seja uma estratégia do partido para "fritá-lo" por não interferir nas investigações da PF e no vazamento de depoimentos nas operações Lava Jato e Acrônimo, que envolvem personalidades petistas.

Vice-presidente da CPI, Antônio Imbassahy (PSDB-BA) não concorda. "O que a gente vê é que tem insatisfações até tornadas públicas por líderes do PT com relação ao ministro da Justiça, que até recentemente disse que estava em situação de desconforto", disse o tucano.

Advogada

Motta alegou que a convocação da advogada Beatriz Catta Preta servirá para explicar a origem dos honorários recebidos pela defensora da maioria dos delatores da Operação Lava Jato. Ao negar retaliação à advogada, o presidente da comissão disse que é preciso deixar claro de onde vem o dinheiro pago a Catta Preta, já que seus clientes são pessoas que confessaram ter desviado dinheiro público e que teriam devolvido todos os recursos à Justiça. "Ela vem justamente para explicar de onde está recebendo seus honorários e como ela está fazendo para receber dessas pessoas que, perante à lei e à Justiça, devolveram tudo o que foi desviado", disse. O peemedebista destacou que outros advogados também podem ser chamados pela CPI e que Catta Preta foi chamada primeiro por concentrar o maior número de clientes que são delatores.

Já Imbassahy não esconde a insatisfação com a atuação da defensora. "A advogada Catta Preta tem uma desenvoltura muito grande e, de uma forma ou de outra, o trabalho da CPI às vezes não evolui por conta de ações profissionais dela. É preciso que se faça alguns esclarecimentos", justificou.

A decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo a acareação do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, na CPI da Petrobras, surpreendeu os parlamentares. O presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), admitiu que as acareações previstas perderam agora sua finalidade.

"Não posso dizer que é uma decisão simpática aos nossos trabalhos, que ficam prejudicados", disse Motta ao ser informado sobre o deferimento do pedido de Barusco. Sem as acareações entre Barusco, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vacari Neto, a comissão ainda não sabe como ficará a programação de oitivas para os próximos dias.

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A defesa de Barusco alegou que seu câncer ósseo se agravou e que por isso ele não poderia ficar horas sentado e sob estresse. Motta lembrou que o delator da Operação Lava Jato esteve na semana passada em Curitiba depondo na Justiça Federal e que, na ocasião, não alegou problemas de saúde. "Ele não pode estar doente só para vir ao Congresso Nacional", protestou Motta.

Enquanto deputados da CPI da Petrobras ouviam membros da família Schahin repetindo que não contribuiriam com a comissão, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), firmou um acordo de compartilhamento de informações com a comissão especial da estatal que acompanha as investigações independentes envolvendo o esquema de corrupção na companhia.

Motta recebeu a ex-ministra Ellen Gracie Northflet e Andreas Pohlman, que compõem a comissão da Petrobras, e o diretor de governança da estatal, João Elek. "Ficamos satisfeitos com o encontro pois reforça o respeito que a comissão e a Petrobras têm pela condução dos trabalhos da CPI, que está comprometida em aprofundar as investigações e solicitar a punição dos verdadeiros culpados por desviar o dinheiro do povo brasileiro", disse o peemedebista.

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De volta às oitivas, o presidente da comissão acaba de concluir o depoimento de Pedro Henrique Schahin, que se manteve em silêncio. O último a falar aos deputados é Milton Toufic Schahin, que também informou que permanecerá calado diante de todas as perguntas dos deputados.

A oitiva de arrolados na Operação Lava Jato que estão presos em Curitiba foi o tema central da reunião interna dos membros da CPI da Petrobras na manhã desta terça-feira, 14. Ao deixar a reunião, o presidente da CPI, o peemedebista Hugo Motta (PB), anunciou que a comissão irá até o Paraná ouvir os presos da Operação Lava Jato, apesar de concordar que seria mais cômodo ouvi-los nas dependências da Câmara.

Parte dos parlamentares defendiam a revogação do ato da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados que proíbe o depoimento de presos nas dependências da Casa. A exemplo do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, que mesmo preso foi trazido à Câmara para depor, membros da CPI querem que empreiteiros e operadores envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, como Fernando Soares e o doleiro Alberto Youssef, sejam ouvidos em Brasília. Na ocasião do depoimento de Duque, o ato foi suspenso por um dia.

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Outro grupo pregava que os parlamentares se desloquem a Curitiba. "Não dá para levar 30 deputados para Curitiba. A turma do (Eduardo) Cunha é a que está resistindo mais à ideia de revogar o ato da Mesa. Tem de revogar o ato", defendeu o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

Motta rechaçou as insinuações de que a CPI esteja protegendo seu partido ao evitar que os demais depoimentos aconteçam na Câmara dos Deputados, com a presença da imprensa. "Não posso estar todas as reuniões ouvindo as ilações de que a CPI está protegendo delator de partido A ou B, empreiteiro A ou B. Não estamos protegendo ninguém", declarou.

O peemedebista evitou dizer se pretende fazer um apelo ao presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para revogar o ato da Mesa. "Não posso estar aqui discutindo e dependendo da vontade do presidente. Eu tenho de evoluir e investigar", justificou.

Cinquenta e seis requerimentos de convocação serão votados nesta tarde na sessão deliberativa da CPI, incluindo a convocação de Fernando Soares. Conhecido como Fernando Baiano, o operador seria vinculado ao PMDB. Pedidos de acareações devem ficar fora da pauta desta tarde. Também serão votados requerimentos de visita ao Comperj, à refinaria de Abreu e Lima e à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.

O deputado Hugo Motta (PMDB-PB) acaba de ser eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Motta recebeu 22 votos e o deputado do PSOL Ivan Valente (SP), apenas quatro.

"Vamos trabalhar com imparcialidade e autonomia", afirmou Motta ao tomar posse na presidência da comissão. Em seu discurso, o peemedebista disse esperar que a Petrobras volte a apresentar balanços positivos e a orgulhar a País.

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O presidente aproveitou para confirmar o petista Luiz Sérgio (RJ) na relatoria dos trabalhos. "Aqui não me cabe proteger ninguém nem perseguir ninguém. Tenho de agir de maneira firme. Não posso pré-condenar nem defender ninguém ", declarou. O relator disse também esperar aprofundar nas discussões da CPI os temas relativos à formação de cartel.

Os primeiros requerimentos dos membros da CPI começarão a ser recebidos na próxima segunda-feira, 2.

Escolhido pelo PMDB para presidir a nova CPI da Petrobras na Câmara, o deputado Hugo Motta (PB) disse que comandará a comissão responsável por investigar a estatal sem "terrorismo". Ligado ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por embates recentes com o governo Dilma, o deputado promete agir com independência e diz não ser contra investigar governos anteriores, como quer o PT, desde que a ampliação não seja uma "manobra" para desviar o foco da comissão.

"Não tenho intenção de derrubar torres de petróleo nem muito menos fazer terrorismo, o que eu quero é apurar", afirmou Motta em entrevista à Rádio Estadão, na manhã desta terça-feira (24). O nome do parlamentar foi indicado nessa segunda (23) pelo partido. A comissão será instalada nesta quinta-feira, 26, quando serão oficialmente definidos os nomes dos integrantes do colegiado. A tendência é que a vice-presidência fique com o PSDB e a relatoria, com o PT.

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No ano passado, duas CPIs já investigaram suspeitas de irregularidades envolvendo contratos e obras da Petrobras. De maioria governista, as comissões terminaram sem grandes avanços. Na avaliação de Motta, o estágio mais avançado da Operação Lava Jato vai ajudar a nova comissão. "O adiantado da Lava Jato dá mais subsídios para a Câmara investigar. [Com os desdobramentos da operação], nossa expectativa é que nossa apuração possa ir mais a fundo", disse.

Segundo o deputado, o pedido do PT para investigar a estatal também no período relativo aos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pode ser avaliado pela comissão. No entanto, afirma ele, a ampliação não pode se transformar em "manobra" para atrasar o trabalho do colegiado. "Não tenho nenhum problema em estender o período de investigação para governos anteriores, seja do presidente Lula ou FHC.

Mas temos que ter cuidado para que isso não se transforme em uma manobra para o que tem que ser investigado neste momento deixe de ser investigado, que é o motivo pelo qual a CPI foi protocolada", diz.

Apesar de integrar o principal partido da base aliada, Motta repetiu o discurso usado por Eduardo Cunha, que prega independência entre as legendas e afirma que a comissão não sofrerá influências do Executivo. "Existe uma diferença muito grande de ser aliado e de ser subserviente", diz. "O Congresso Nacional não pode ficar de fora, inerte, a um dos casos de maior corrupção que já aconteceram na história do País", complementou.

O deputado evitou falar sobre qual será o posicionamento do colegiado diante do pedido de abertura de inquérito contra políticos envolvidos na Lava Jato, cujos nomes devem ser apresentados nesta semana pela Procuradoria-geral da República. De acordo com as apurações da Operação da Polícia Federal e com depoimentos de envolvidos no caso, parlamentares do PMDB também estão entre os beneficiários do esquema de desvios.

"Não queria fazer neste momento qualquer tipo de conclusão. Se tiver alguém do PMDB, vai ser apurado da mesma forma como qualquer outro integrante de qualquer partido", afirmou.

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), anunciou na tarde desta segunda-feira, 23, que o partido ficará com a presidência da CPI da Petrobras e o nome indicado para o cargo é o do deputado Hugo Motta (PMDB-PB). A comissão inicia as atividades nessa quinta-feira, 26, com a indicação dos partidos para as demais cadeiras do colegiado e da mesa. A tendência é que a vice-presidência fique com o PSDB e a relatoria, com o PT. Os nomes que circulam para os respectivos cargos são o do ex-líder Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e do ex-ministro de Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ).

"Está definido que a presidência será do deputado Hugo Motta. Queremos a presidência para ditar o ritmo da CPI e que ele seja célere porque interessa à sociedade. A Petrobras está sangrando a cada dia", afirmou Picciani. Além de Motta, por parte do PMDB também deverão compor o colegiado os deputados Edio Lopes (RR), Lelo Coimbra (ES), Darcísio Perondi (RS) e Celso Pansera (RJ). Um quinto nome ainda deve ser definido até terça-feira, 24.

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Nesta segunda-feira (23), último dia oficial de sessão parlamentar antes do recesso, apenas quatro deputados federais compareceram a sessão na Câmara. Dos 513 em mandato, foram para Brasília os deputados João Caldas (SDD-AL),  Hugo Motta (PMDB-PB), Erika Kokay (PT-DF) e Ronaldo Fonseca (Pros-DF). A reunião, que não seria deliberativa (para votações), só para discursos e homenagens estava marcada para às 14h e, por falta de quórum mínimo  (51 deputados), foi encerrada meia hora depois. 

A última votação na Casa aconteceu na quarta-feira (18), quando, em sessão do Congresso, os parlamentares aprovaram o Orçamento para 2014. O recesso parlamentar inicia, de acordo com a Constituição Federal, no dia 22 de dezembro, no entanto como a data caiu em um fim de semana o início foi transferido para esta segunda, primeiro dia útil. A retomada das atividades legislativas acontece no dia 3 de fevereiro. 

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