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Ao menos três pessoas morreram e 150 estão desaparecidas após o rompimento de uma geleira no Himalaia que provocou a cheia repentina de um rio na região norte da Índia, informou a polícia.

"Localizamos ao menos três corpos no leito do rio. O balanço atualizado registra 150 desaparecidos. Além disso, 16 ou 17 pessoas estão bloqueadas em um túnel", declarou à AFP o porta-voz da polícia do estado de Uttarakhand.

Um setor da geleira se rompeu e deslizou para o rio Dhauliganga. O aumento repentino das águas arrasou tudo o que encontrou em seu caminho neste vale estreito, incluindo uma barragem, pontes e estradas, de acordo com imagens feitas por moradores da região aterrorizados.

A maioria dos 150 desaparecidos é funcionários da hidrelétrica de Tapovan, perto de uma barragem que foi atingida pela inundação.

As equipes de resgate trabalhavam contra o tempo para evacuar dezenas de vilarejos da região e chegar ao túnel com pelo menos 16 pessoas retidas.

Uttarakhand é um estado indiano localizado no Himalaia e onde nasce o rio Ganges. Muitos vilarejos que estão sendo evacuados ficam nas colinas com vista para o rio, que é um afluente do Ganges.

As autoridades esvaziaram duas represas como medida de precaução para evitar que as águas turbulentas provocassem a cheia do Ganges nas cidades de Rishikesh e Haridwar. Também proibiram que os moradores das duas cidades se aproximem das margens do rio sagrado.

"A Índia apoia a população de Uttarakhand e a nação reza pela segurança de todos nesta região", afirmou o primeiro-ministro Narendra Modi no Twitter.

Quatro montanhistas sul-coreanos e três nepaleses são considerados desaparecidos, após uma avalanche de neve no maciço de Annapurna, um dos picos mais altos do Himalaia - anunciaram as autoridades do Nepal neste sábado (18).

A avalanche aconteceu a uma altitude de cerca de 3.200 metros, perto do acampamento-base para a subida do Annapurna, depois de uma forte nevada na sexta-feira (17).

"Fomos informados de que não há contato com quatro sul-coreanos e três nepaleses depois da avalanche. Ontem à noite, uma equipe de resgate foi enviada para o local", disse à AFP Mira Dhakal, do Ministério nepalês de Turismo.

O chefe da polícia local, Dan Bahadur Karki, disse que o mau tempo dificulta os esforços de socorro. "A equipe está a caminho. Também temos um helicóptero pronto para decolar, se o clima melhorar", afirmou Karki.

Annapurna é uma montanha particularmente propensa às avalanches e tecnicamente difícil. Tem uma taxa de mortalidade mais alta do que a do Everest, o pico mais alto do mundo.

Na Coreia do Sul, funcionários da área de Educação informaram que os quatro montanhistas sul-coreanos desaparecidos eram parte de uma equipe de professores voluntários que trabalhavam com crianças no Nepal.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul anunciou que enviará uma equipe de ajuda ao Nepal e que as famílias dos montanhistas desaparecidos já foram informadas.

Uma menina de 12 anos foi encontrada viva na terça-feira (14), após passar 18 horas soterrada por uma avalanche no Himalaia, na Caxemira, que destruiu a casa da família dela, informou a mãe da criança ontem.

A garota disse ter gritado muito por socorro enquanto estava deitada sob a neve, após a avalanche ocorrida na região da Caxemira controlada pelo Paquistão.

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Pelo menos 124 pessoas morreram em avalanches do Himalaia desde segunda. 

A procura cada vez mais desesperada de oito alpinistas desaparecidos após uma avalanche na vertente indiana da cordilheira do Himalaia foi suspensa neste domingo pelo mau tempo e será retomada na segunda-feira, anunciaram as autoridades.

Quatro britânicos, dois americanos, um indiano e um australiano estão desaparecidos desde sexta-feira no Nanda Devi, a segunda maior montanha da Índia, com 7.826 metros de altura.

Dois helicópteros e dezenas de agentes dos serviços de emergência trabalharam na área neste domingo, pelo segundo dia consecutivo, e as buscas foram suspensas à tarde pela concentração de nuvens.

Vijay Kumar Jogdande, um juiz do distrito de Pithoragarh, onde fica a montanha, afirmou que as operações de busca serão retomadas às 5H00 de segunda-feira (noite de domingo no Brasil), se o clima permitir.

"Esperamos encontrar algumas pistas, mas não é uma tarefa fácil", disse Jogdande, que acredita que os alpinistas estavam acima dos 6.000 metros de altura no momento da avalanche.

Um terço das geleiras do Himalaia pode derreter até o fim do século em razão das mudanças climáticas, que ameaçam as fontes de água doce para cerca de 1,9 bilhão de pessoas, mesmo que os atuais esforços para reduzir o aquecimento global funcionem. Mas se essas ações falharem, o impacto pode ser ainda pior: dois terços das geleiras da região poderão derreter até 2100.

As informações são de um estudo publicado nesta segunda-feira (4) pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas. "O aquecimento global está a caminho de transformar os glaciares, os picos das montanhas cobertas por geleiras da região do Hindu Kush e Himalaia", disse Philippus Wester, da entidade, que liderou as pesquisas.

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O estudo foi realizado durante cinco anos e observou os efeitos das mudanças climáticas na região que passa por Afeganistão, Paquistão, Índia, Nepal, China, Butão, Bangladesh e Mianmar. A área, que inclui algumas das montanhas mais altas do mundo, tem geleiras que alimentam sistemas fluviais como os rios Indo, Ganges, Yangtzé e Mekong.

As pesquisas apontam que o impacto do derretimento pode variar de inundações causadas pelo aumento de escoamento a uma elevação dos níveis de poluição do ar em razão do carbono negro e poeira depositada nas geleiras.

Saleemul Huq, diretor do Centro Internacional para Mudança Climática e Desenvolvimento, um centro de pesquisas sobre meio ambiente em Dhaka, descreveu as descobertas no estudo como "muito alarmantes". "Todos os países afetados precisam priorizar o combate a esse problema antes que ele atinja proporções de crise", afirmou.

Huq foi um dos revisores externos do estudo, que ressaltou ainda que mesmo que um ambicioso Acordo de Paris consiga limitar o aquecimento global a 1,5°C até o fim do século, mais de um terço das geleiras da região serão perdidas. Se a temperatura global aumentar 2°C, dois terços dos glaciares do Himalaia derreterão.

O Acordo de Paris de 2015 foi um momento crucial na diplomacia internacional, reunindo governos com diferentes visões sobre como reduzir o aquecimento global. Foi estipulada uma meta de evitar que as temperaturas subam mais de 2°C, ou 1,5°C se possível.

Segundo um estudo recente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, precisariam ser reduzidas a um nível que o planeta consegue absorver - conhecido como net-zero - até 2050 para manter as temperaturas globais em 1,5°C, como previsto no acordo.

O Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado de Montanhas disse que o estudo contou com o trabalho de mais de 350 pesquisadores e especialistas de 22 países. Fonte: Associated Press.

Uma avalanche deixou ao menos três pessoas mortas e sete desaparecidas na Cordilheira do Himalaia nesta sexta-feira (18).

A tragédia ocorreu na passagem de Khardung, na Caxemira indiana. Três corpos foram recuperados, e os socorristas trabalham para tentar encontrar os desaparecidos. Segundo a imprensa local, as vítimas eram operários que trabalhavam na região.

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Avalanches e deslizamentos são comuns na Caxemira, região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada pelos dois países em sua integridade. 

Da Ansa

A jornalista americana Elizabeth Hawley, que em meio século como cronista das escaladas no Himalaia ganhou o apelido de "Sherlock Holmes do montanhismo", faleceu nesta sexta-feira (26) em Katmandu aos 94 anos

Hawley, que morava no Nepal desde 1959, era considerada a autoridade por excelência nas escaladas à maior cordilheira do mundo.

"Morreu em paz", disse à AFP o médico Prativa Pandey, que cuidou da jornalista nos últimos anos.

Hawley faleceu em um hospital da capital nepalesa nesta sexta-feira, uma semana depois de ter uma infecção pulmonar detectada. Depois provavelmente sofreu um ataque cerebral, explicou Pandey.

Hawley fundou a Base de Dados do Himalaia, um meticuloso arquivo com todas as expedições que escalaram a cordilheira no Nepal. Ela administrou a base até 2013.

Conhecida por esclarecer se os alpinistas que afirmam obter novos recordes afirmam a verdade, sua palavra era determinante, apesar de nunca ter escalado uma montanha.

Os restos de aviadores americanos desaparecidos há 72 anos durante uma perigosa missão sobre o Himalaia voltaram para casa nesta quarta-feira, graças às minuciosas tarefas de busca de uma equipe do Pentágono na selva do norte da Índia.

O secretário americano de Defesa, Ashton Carter, assistiu nesta quarta-feira em uma cerimônia em uma base aérea de Nova Délhi à partida do caixão com os ossos encontrados em 2015 na selva montanhosa do Estado indiano de Arunachal Pradesh (nordeste), e de outro com os restos de mais aviadores.

Uma corneta tocou "Taps", a melodia habitual dos funerais, diante dos caixões metálicos cobertos com a bandeira americana, que foram carregados em um avião militar rumo ao Havaí.

Os restos do primeiro caixão foram encontrados por uma equipe da agência de prisioneiros de guerra e desaparecidos em combate (POW/MIA), dependente do Pentágono, que se dedica a buscar por todo o mundo restos de soldados americanos desaparecidos.

Esta equipe, composta por 10 membros civis e militares da agência, acompanhada de outros tantos membros das equipes locais, se dirigiu em setembro de 2015 ao local onde o avião caiu.

"Eles levaram três dias de caminhada para chegar ao local e montar seu acampamento" no coração da selva, explicou o capitão de marines Greg Lynch, acostumado a essas tarefas de busca. Posteriormente, durante oito horas por dia, a equipe rastreou um terreno difícil.

Com a ajuda de cordas, a equipe fez um verdadeiro trabalho arqueológico, retirando a camada superior do solo para peneirá-la e tentar encontrar os ossos dos aviadores desaparecidos, perto dos destroços de sua aeronave, um bombardeiro B-24.

No entanto, o risco de um deslizamento de terra nesta zona úmida impediu que o equipamento rastreasse toda a zona prevista.

Finalmente, os ossos encontrados no local "cabem em uma pequena bolsa", explica Gary Stark, responsável para a Índia da agência POW/MIA.

Os ossos pertencem a um ou dois dos oito aviadores que estavam a bordo, que agora serão analisados no Havaí para ser identificados graças ao seu DNA. Posteriormente serão entregues às famílias, 72 anos mais tarde.

Os ossos encontrados são escassos, mas para as famílias são muito valiosos, já que "ter algo para colocar em um caixão, formalmente identificado como procedente do avô Joe e enterrado em um cemitério com honras militares, permite encerrar" por fim um longo parênteses, explica Gary Stark.

Esta é a primeira vez em que a agência consegue encontrar restos na Índia, embora neste país ainda existam 350 desaparecidos americanos da Segunda Guerra Mundial.

Soldados paquistaneses atravessaram a linha de cessar-fogo na disputada região da Caxemira, no Himalaia, e atacaram uma patrulha da polícia nesta terça-feira, matando dois soldados indianos antes de recuar para o território controlado pelo Paquistão, disseram oficiais do Exército indiano. O Exército do Paquistão negou ter feito o ataque. A chancelaria indiana disse que responderá ao "abominável" ataque, mas após "uma cuidadosa consideração".

Foi o segundo ataque em três dias na Caxemira, onde o cessar-fogo entre os dois países que tem armamentos nucleares, havia sido amplamente respeitado por uma década. Mortes de militares em disputas entre as duas nações se tornaram pouco comuns nos últimos anos. Ainda que a tensão diplomática por causa da disputada região esteja longe de ser amenizada, o incidente desta terça-feira não criou nenhum sinal de forte nervosismo nem no governo de Nova Délhi, nem em Islamabad, além de receber relativamente baixa atenção da mídia local.

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"Nós precisamos fazer algo a respeito e faremos, mas isso ocorrerá apenas após uma cuidadosa consideração de todos os detalhes em consultas com o Ministério da Defesa", disse o ministro das Relações Exteriores da Índia, Salman Khurshid.

Os países se combateram em duas guerras na disputa pela Caxemira, o único estado de maioria muçulmana da Índia.

Ainda na Índia, nesta terça-feira, a polícia afirma que trabalhadores de grupos rivais entraram em conflito no leste do país e usaram armas de fogo, pedras e pedaços de madeiras. Segundo as autoridades, pelo menos seis pessoas ficaram feridas no incidente.

O líder do Partido Comunista da Índia, de oposição ao governo, Kanti Ganguly disse que três trabalhadores de sua chapa foram alvejados por seguidores do Partido do Congresso de Trinamool durante uma manifestação de rua. O líder do Trinamool, A. Islam, culpou os comunistas pela violência.

Um policial que preferiu não se identificar disse que oito veículos foram queimados por grupos rivais nas arredores de Kolaata, capital do estado de Bengala Ocidental.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O general paquistanês Ashfaq Parvez Kayani visitou nesta quarta-feira um local no Himalaia, o Glaciar de Siachen, onde 140 pessoas foram mortas soterradas por uma avalanche na semana passada. Entre os 140 mortos, estavam 129 soldados paquistaneses. A tragédia ajudou a atrair a atenção para uma questão que os críticos afirmam ser um disputa fútil com a Índia, por um pequeno trecho de terra montanhosa e coberta de gelo, desabitada, onde mais soldados foram mortos por avalanches e pelo frio do que em combates.

Kayani disse que a Índia começou o conflito, quando suas tropas ocuparam o glaciar desabitado em 1984. O Paquistão enviou suas tropas e desde então soldados dos dois países estão no glaciar, que fica no norte do território disputado da Caxemira.

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As informações são da Associated Press.

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