Para os jovens profissionais que estão chegando no mercado, é comum encontrar termos específicos pelos RH como 'soft skills’ ou ‘hard skills’. Esses termos são muito utilizados por empresas contratantes. mas podem não ser tão conhecidas para algumas pessoas.
Sabendo disso, o Leia Já conversou com Juliana Frigerio, pedagoga e advogada na WorldEd School, que promove desenvolvimento dos jovens para o mercado de trabalho tanto nacional quanto o internacional.
##RECOMENDA##Juliana explica que ‘hard skills’ são as técnicas desenvolvidas por cursos ou por habilidades próprias, mas ‘soft skills’ é relacionado a características pessoais, algo mais abstrato que tem a ver com a forma que o profissional se relaciona socialmente entre os colegas de equipe.
“É muito mais fácil identificar soft skills de alguém porque ela é orgânica. (…) Por ser abstrata, a soft skill não vem com um nome para pessoa que a tem, a pessoa nem percebe. Ao longo da sua vida, as pessoas vão nomeando para ela, como ‘nossa, você tem uma característica de líder', ‘você é muito colaborativa, empática’”, explica a pedagoga.
“Já as hard skills são técnicas que precisam ser desenvolvidas e aprimoradas por cursos, prática, foco e estudos. Se ela não se especializa naquilo, essa hard skill não se torna uma diferenciação no mercado”, explica Juliana.
Encerrando a definição, a pedagoga afirma que ambos devem sempre vir juntos: “A hard e a soft são habilidades que se completam e eu, particularmente, entendo que uma depende da outra. Não dá para as pessoas terem só hard skill ou só soft skill, ela precisa ter tanto a hard quanto a soft. Isso não só na vida profissional, mas na vida cotidiana também.”
Entendendo o que são, é importante saber como colocá-las em prática. A entrevistada explica que as empresas precisam de pessoas qualificadas que com técnicas (hard skills) se encaixe nas funções de equipe com suas características (soft skills).
Juliana aconselha que os profissionais se observem e tentem compreender as suas potencialidades: “Quais são as soft skills que você tem? Como sua soft skill vai fazer você crescer na sua empresa e fazer a empresa reconhecer que suas características tem tudo a ver com aquele cargo que você ocupa?”
“Numa entrevista de emprego, as pessoas ficaram muito presas ao ‘bê-abá’ a responder aquilo que acha que o entrevistador quer. Mas a pessoa precisa conseguir fazer essa auto análise das suas técnicas e das suas soft skills. Enumerar tudo aquilo que é orgânico para ela e dê oportunidade dela crescer e entender como essa habilidade vai fazer essa empresa crescer”, diz a advogada.
A pedagoga ainda reforça que não é essencial ser bom em tudo e ter todas as soft skills ou hard skills. O diferencial de um profissional é saber auto analisar quais as competências que possui e entender como isso pode ajudar na empresa, então defender essa qualidade e seus pontos positivos para o empregador.
No mercado de trabalho atual, Juliana Frigerio finaliza a fala citando algumas skills que se destacam no mercado. A primeira é o pensamento crítico, que ajuda o profissional a colocar no balanço o que importa e o que pode ser melhorado. Em seguida, vem a criatividade que, segundo a profissional, é a mãe de diversas outras habilidades, como a solução de problemas, algo muito importante no meio empresarial.