A greve dos trabalhadores dos Correios continua. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), a categoria segue mobilizada no Estado e uma nova assembleia está marcada para esta sexta-feira (7), às 16h. Os profissionais aguardam um posicionamento do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Márcio Eurico Vitral Amaro, que se reuniu com representantes do movimento, nesta quinta (6).
Na quarta (4), os Correios encaminharam um pedido ao TST, a fim de tornar ilegal a greve dos funcionários, mas a solicitação foi negada. Segundo o diretor de comunicação do Sintect-PE, Luciano Batista, os profissionais só voltam ao trabalho se for confirmado o cancelamento da decisão que introduz um novo plano de saúde – o Postal Saúde – aos profissionais.
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Os Correios afirmaram que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde. Em nota, a empresa garantiu: nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. O órgão diz que a Postal Saúde não é um plano de saúde, mas simuma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos próprios Correios.
Para os trabalhadores, no entanto, isso não quer dizer nada. “Isso não garante nada para a categoria. No próximo ano, a empresa pode muito bem lavar as mãos e alterar o nosso acordo coletivo. Pedimos até desculpa à sociedade, greve não faz bem a ninguém, mas precisamos reivindicar”, afirmou Luciano Batista.
Segundo os Correios, mais de 95% das agências no país funcionam normalmente e, em Pernambuco, 81,1% dos funcionários não abandonaram seus postos de trabalho. Na concepção do Sindicato, a empresa está tentando transmitir uma falsa imagem de que “está tudo sob controle”, quando alguns estabelecimentos estão tendo que “tirar pessoas de um setor para outro, a fim de oferecer o mínimo de serviço”, segundo Batista. Algumas pessoas já sentem os efeitos negativos da greve, com o atraso na entrega de encomendas.