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Bastou um segundo lugar e a reaproximação com o pódio que o heptacampeão mundial Lewis Hamilton voltou a sorrir. Por trás desse contentamento, no entanto, existe uma aposta em dias melhores no comando da Mercedes ainda para esta temporada de Fórmula 1.

A boa largada, quando tanto ele como Russell deixaram para trás o holandês Max Verstappen pode ser um sinal de que o inglês esteja certo numa melhora do seu carro. No entanto, ele é o primeiro a admitir que muita coisa precisa ser feita para que se possa fazer frente à Red Bull.

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"Estou pilotando da melhor maneira que eu posso, mas não estou em conexão com o carro. Estamos claramente num ritmo inferior à Red Bull. Mas o fato de estar aqui brigando pelas primeiras posições e lutando com a Aston Martin é muito bom. Ainda mais nesta fase da temporada", afirmou o piloto inglês.

Após a corrida, ele fez questão de agradecer a dedicação dos pilotos e engenheiros de sua equipe. Apto a fazer a sua parte nas pistas, Hamilton reconhece que ainda existe um caminho a percorrer.

"É um longo projeto. Vamos continuar nos esforçando muito e quero agradecer a todos na fábrica para trabalham para melhor nosso carro e sei que podemos preencher essa lacuna."

Na classificação do Mundial de Pilotos, Hamilton aparece na quarta colocação, com 38 pontos. Ele tem sete de desvantagem para Fernando Alonso. Os dois pilotos da Red Bull ocupam os primeiros lugares. Com dois triunfos em três corridas, Verstappen é líder isolado com 69 pontos. O mexicano Sergio Pérez, vencedor do GP da Arábia Saudita, aparece na segunda colocação com 54.

Lewis Hamilton exaltou nesta quinta-feira a decisão judicial que impôs uma indenização milionária ao ex-piloto Nelson Piquet por falas consideradas racistas e homofóbicas. O tricampeão mundial da Fórmula 1 foi condenado na semana passada, em primeira instância, a pagar R$ 5 milhões.

"Eu gostaria de agradecer ao governo brasileiro. Acho que é incrível o que fizeram ao responsabilizar alguém, mostrando às pessoas que isso (preconceitos) não é tolerável", declarou o piloto da Mercedes, em Melbourne, onde disputará no fim de semana o GP da Austrália de F-1.

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"Racismo e homofobia não são aceitáveis. E não há espaço isso em nossa sociedade. Então, eu amei que estejam mostrando que defendem uma posição", comentou o inglês. "E ainda credito que, de forma geral, não devemos dar plataforma para pessoas que estão cheias de ódio."

Hamilton se refere às entrevistas concedidas por Piquet a um canal no YouTube, em 2021. Na ocasião, o ex-piloto fez comentários racistas e homofóbicos ao se referir a Hamilton e ao alemão Nico Rosberg, ex-companheiro de Mercedes e ex-rival do inglês.

"O neguinho meteu o carro. O (Ayrton) Senna não fez isso. O Senna saiu reto", comentou Piquet ao comparar um acidente envolvendo Hamilton em 2016 com o acidente envolvendo Senna e Alain Prost no GP do Japão em 1990. Em seguida, ele insultou os ex-pilotos Keke e Nico Rosberg, pai e filho: "(Keke) é que nem o filho dele (Nico). Ganhou um campeonato... o neguinho devia estar dando mais o c.. naquela época e 'tava' meio ruim, então... (risos)".

As entidades Aliança Nacional LGBTI, Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de SP e Faecidh acionaram a Justiça ao alegarem que Piquet violou direito fundamental difuso à honra da população negra e da comunidade LGBTQIA+ ao se referir em comentário a Hamilton como "neguinho" e ao proferir falas homofóbicas contra Keke e Nico Rosberg.

Nesta quinta, Hamilton pediu mais decisões como a da Justiça brasileira em outros países. "Eu gostaria que mais governos fizessem o mesmo, temos visto o caso de Uganda (país que aprovou lei que impõe pena de morte para homossexuais)", declarou o piloto da Mercedes.

"Obviamente, há mais de 30 países na África e no Oriente Médio (com leis do tipo). Há muitas coisas que podemos aprender (com a decisão da Justiça brasileira)", comentou.

ENTENDA O CASO

Trechos de uma entrevista concedida por Nelson Piquet ao canal do YouTube "Motorsports Talks" em novembro de 2021 ressurgiram nas redes sociais em julho do ano passado. Na conversa, o tricampeão mundial tece comentários racistas e homofóbicos em relação a Hamilton, a quem se referiu como "neguinho".

Os comentários de Piquet viralizaram na internet e foram respondidos com repúdio por todo o ecossistema da Fórmula 1. Pilotos, equipes, jornalistas e fãs condenaram a atitude do piloto brasileiro, defendendo Hamilton e afirmando que não havia mais espaço para esse tipo de comportamento no esporte.

Em seu perfil no Twitter, o heptacampeão foi breve em sua resposta. Ele afirmou, em português, que era necessário "mudar a mentalidade". "É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação", disse o britânico.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se posicionou, afirmando que "condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral". A Fórmula 1 também saiu em defesa de Hamilton. "A linguagem discriminatória ou racista é inaceitável sob qualquer forma e não tem parte na sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito."

Em contrapartida, Piquet se desculpou por seus comentários justificando o uso do termo racista ao afirmar que o termo "neguinho" é usado como sinônimo de "rapaz" e "pessoa" no português brasileiro.

"Eu gostaria de esclarecer a história que tem circulado na mídia a respeito de um comentário que fiz em uma entrevista no ano passado. O que eu disse foi mal pensado, e não há defesa para isso. Mas gostaria de esclarecer que o termo usado é historicamente usado de forma coloquial no português brasileiro como um sinônimo de 'rapaz' ou 'pessoa', mas sem a intenção de ofender. Eu nunca usaria a palavra da qual tenho sido acusado em algumas traduções. Condeno toda e qualquer sugestão de que a palavra que usei tenha sido direcionada de forma depreciativa ao piloto por causa da cor de pele dele", disse o ex-piloto.

A McLaren anunciou nesta quinta-feira que não vai participar do GP da Austrália no próximo domingo, em Melbourne. A escuderia britânica tomou a decisão após ter um dos funcionários diagnosticado com o novo coronavírus - ele foi colocado em isolamento. Por medida de segurança, a direção da equipe já comunicou a organização da categoria e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) que não vai disputar a etapa de abertura da temporada 2020.

A Fórmula 1 desembarcou em Melbourne no início da semana cercada de cuidados sobre a pandemia. A preocupação aumentou depois de um funcionário da McLaren e dois da Haas apresentarem febre e serem colocados em isolamento. Justamente este representante da McLaren foi o que teve o contágio confirmado e agora, segundo a equipe, já está sob cuidados médicos na Austrália.

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"A equipe se preparou para esse problema e está oferecendo suporte no local para o funcionário, que agora irá entrar em um período de quarentena. A escuderia está cooperando com as mais importantes autoridades locais para contribuir com as investigações e as análises", disse a McLaren em comunicado. No texto, a equipe britânica alega ter tomado a decisão para proteger outros funcionários, além de demais pilotos, torcedores e acionistas da categoria.

A Austrália anunciou nesta semana que a partir de quarta-feira proibiu a entrada de italianos no país. O início da restrição foi adiado para não atrapalhar o desembarque em Melbourne de funcionários de equipes sediadas na Itália, como Ferrari e AlphaTauri, além da própria Pirelli, distribuidora de pneus para a categoria.

O coronavírus já afetou a Fórmula 1 ao fazer o GP da China, inicialmente marcado para abril, ser adiado. Outra etapa, no Bahrein, será disputada sem a presença da torcida, para diminuir o risco de contágio. Na Austrália, a McLaren teria como pilotos no GP o espanhol Carlos Sainz e o britânico Lando Norris.

O finlandês Valtteri Bottas não escondeu a empolgação com a vitória na estreia da Fórmula 1 em 2019. Depois de passar o ano passado todo sem subir ao lugar mais alto do pódio, o piloto da Mercedes encerrou o jejum logo na primeira etapa da atual temporada, ao triunfar no GP da Austrália, neste domingo (17). De quebra, ainda registrou a volta mais rápida da prova e somou um ponto extra.

"Isso é ótimo! Acho que nunca tive uma corrida assim! Nós não poderíamos pedir um começo melhor de temporada. Somar o máximo de pontos para a equipe é o resultado perfeito, e não poderíamos estar mais felizes. Também é um resultado importante para mim, pessoalmente. Estou muito satisfeito com a forma que a corrida se desenhou", declarou.

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Depois de largar na segunda colocação do grid, Bottas ganhou a liderança de seu companheiro, Lewis Hamilton, logo na primeira volta. Com a estratégia de realizar somente uma parada, o finlandês disparou na frente e cruzou a linha de chegada com mais de 20 segundos de vantagem para o inglês, que terminou na segunda posição.

"A chave foi a largada. Acho que o Hamilton teve problemas na direção, então pude assumir a ponta. Meu ajuste estava realmente forte, pude disparar e construir uma vantagem. Pude arriscar um pouco, mas tudo sob controle. Estou muito, muito satisfeito, mas foi apenas a primeira corrida e ainda temos mais 20 pela frente", apontou.

A vitória categórica de Bottas recebeu o reconhecimento de Hamilton. O pentacampeão da categoria admitiu que o finlandês foi superior na corrida deste domingo e o parabenizou pelo resultado.

"O Valtteri fez um trabalho excepcional hoje. Parabéns para ele. Fiz uma corrida correta hoje. Perdi a posição no início e estava praticamente vencido já na primeira curva. Depois, foi apenas trazer o carro de volta para casa e somar os pontos", avaliou.

A temporada 2019 da Fórmula 1 começou mais uma vez com a Mercedes na frente, mas não com Lewis Hamilton como protagonista. Neste domingo (17), Valtteri Bottas superou o companheiro de equipe para vencer o GP da Austrália, em Melbourne, na primeira prova do calendário da categoria.

A dobradinha da Mercedes no grid de largada se repetiu no pódio, mas com posições invertidas. Depois de largar na pole, Hamilton foi ultrapassado logo nos primeiros movimentos por seu companheiro, que disparou para garantir o triunfo sem maiores sustos.

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Bottas completou o percurso no circuito de Albert Park em 1h25min27s325, mais de 20 segundos à frente de Hamilton. De quebra, o finlandês se aproveitou de uma das novidades da temporada e garantiu um ponto extra na tabela por ter registrado a volta mais rápida da corrida.

A prova deste domingo também foi um banho de água fria para quem esperava que a Ferrari pudesse ameaçar a hegemonia da Mercedes na Fórmula 1. A equipe italiana não só viu a rival registrar a dobradinha tanto no grid quanto na chegada, como ficou fora do pódio. Afinal, a terceira colocação foi do holandês Max Verstappen, na estreia da parceria entre Red Bull e Honda.

Só então apareceram os carros da Ferrari. Depois de largar na terceira colocação, Sebastian Vettel não conseguiu manter o ritmo e terminou em quarto. O resultado só não foi pior porque a equipe mandou seu companheiro Charles Leclerc não tentar a ultrapassagem sobre o alemão na reta final da prova, quando tinha pneus mais novos e era mais veloz. Em sua estreia na escuderia, o monegasco terminou em quinto.

Kevin Magnussen, da Haas, Nico Hulkenberg, da Renault, o veterano Kimi Raikkonen, em sua estreia pela Alfa Romeo, Lance Stroll, da Racing Point, e Daniil Kvyat, da Toro Rosso, respectivamente, completaram os dez primeiros colocados. Em sua volta à Fórmula 1 oito anos após sofrer grave acidente em uma prova de rali, Robert Kubica sofreu com sua Williams e foi o último colocado entre os pilotos que completaram o percurso.

Mas ninguém foi páreo para Bottas. Depois de perder a pole no sábado por pouco mais de um décimo, o finlandês largou muito bem para ultrapassar Hamilton e garantir a ponta. Ele só perderia esta posição durante duas voltas, após sua única parada no boxe, conquistando uma vitória contundente.

Atrás das Mercedes, Vettel tinha a terceira colocação até que foi chamado para os boxes para a troca de pneus, que aconteceu cedo demais e permitiu que Verstappen o ultrapassasse. O piloto da Red Bull, aliás, quase somou um ponto a mais pela volta mais rápida, mas viu Bottas superar sua marca já na reta final da prova.

Foi um dia perfeito para o finlandês, que superou um 2018 decepcionante, sem vencer sequer uma prova, para largar na frente no Mundial de Pilotos. São 26 pontos para ele, com Hamilton em segundo, com 18, Verstappen, em terceiro, com 15, e Vettel em quarto, com 12.

A segunda etapa da Fórmula 1 em 2019 acontecerá no Bahrein, no dia 31 de março. Esta será a 15.ª edição da prova, que tem Vettel como seu maior vencedor, com quatro triunfos, sendo dois consecutivos em 2017 e 2018.

Confira a classificação final do GP da Austrália:

1º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), em 1h25min27s325

2º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 20s886

3º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 22s520

4º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 57s109

5º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 58s230

6º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 87s156

7º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault), a 1 volta

8º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a 1 volta

9º - Lance Stroll (CAN/Racing Point), a 1 volta

10º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a 1 volta

11º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull), a 1 volta

12º - Lando Norris (ING/McLaren), a 1 volta

13º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a 1 volta

14º - Alexander Albon (TAI/Toro Rosso), a 1 volta

15º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a 1 volta

16º - George Russell (ING/Williams), a 2 voltas

17º - Robert Kubica (POL/Williams), a 3 voltas

Não completaram:

Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren)

Romain Grosjean (FRA/Haas)

Daniel Ricciardo (AUS/Renault)

Para quem esperava uma temporada da Fórmula 1 mais equilibrada em 2019, o treino classificatório para o GP da Austrália, primeira etapa do calendário, foi decepcionante. Afinal, a Mercedes voltou a reinar absoluta no circuito de Albert Park, em Melbourne, neste sábado, e colocou Lewis Hamilton na pole position, com direito a recorde da pista, seguido de seu companheiro de equipe, Valtteri Bottas.

Hamilton mostrou que a Mercedes está pronta para ampliar a hegemonia dos últimos anos. Afinal, nas últimas cinco temporadas a equipe terminou com os títulos dos Mundiais de Construtores e de Pilotos, sendo quatro vezes com o inglês e uma com o alemão Nico Rosberg.

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Havia a expectativa de que a Ferrari pudesse equilibrar a disputa ou até acabar com o reinado da Mercedes em 2019, uma vez que foi mais veloz nos testes de pré-temporada, mas não foi esta a primeira impressão deixada neste sábado. Afinal, seus dois pilotos sequer ameaçaram a dobradinha da equipe rival no grid.

Melhor para Hamilton, que cravou a 84.ª pole da carreira com o tempo de 1min20s486, apenas 0s112 à frente de Bottas, que largará em segundo com a marca de 1min20s598. Esta é a oitava vez que o inglês garante a primeira posição no grid na Austrália, sendo a sexta seguida.

Na terceira colocação, aparece o principal candidato a acabar com a hegemonia da Mercedes, o alemão Sebastian Vettel, que completou a melhor volta com sua Ferrari em 1min21s190 e luta para vencer pela terceira vez seguida na Austrália. Em sua estreia oficial na equipe italiana, Charles Leclerc largará na quinta posição, após marcar 1min21s442.

Além da Mercedes, quem teve motivo para comemorar foi a Red Bull. Na estreia da parceria com a Honda, o holandês Max Verstappen conseguiu um bom resultado ao cravar o quarto melhor tempo do treino, com 1min21s320. Seu companheiro, Pierre Gasly, porém, não foi bem, acabou eliminado logo no Q1 e sairá em 17.º.

Na sexta e na sétima colocações, apareceram os carros da Haas de Romain Grosjean e Kevin Magnussen, respectivamente. A oitava posição ficou com Lando Norris, da McLaren, seguido pelo veterano Kimi Raikkonen, que estreará pela Alfa Romeo, em nono, e Sergio Pérez, da Racing Point, fechando os dez primeiros.

Primeira etapa do calendário da Fórmula 1, o GP da Austrália será disputado na madrugada de sábado para domingo, às 2h10 (de Brasília).

Confira o grid de largada do GP da Austrália:

1º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 1min20s486

2º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), 1min20s598

3º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), 1min21s190

4º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min21s320

5º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min21s442

6º - Romain Grosjean (FRA/Haas), 1min21s826

7º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), 1min22s099

8º - Lando Norris (ING/McLaren), 1min22s304

9º - Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), 1min22s314

10º - Sergio Pérez (MEX/Racing Point), 1min22s781

11º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault), 1min22s562

12º - Daniel Ricciardo (AUS/Renault), 1min22s570

13º - Alexander Albon (TAI/Toro Rosso), 1min22s636

14º - Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), 1min22s714

15º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), 1min22s774

16º - Lance Stroll (CAN/Racing Point), 1min23s017

17º - Pierre Gasly (FRA/Red Bull), 1min23s020

18º - Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), 1min23s084

19º - George Russell (ING/Williams), 1min24s360

20º - Robert Kubica (POL/Williams), 1min26s067

Cinco vezes campeão mundial, Lewis Hamilton começou de onde parou na última temporada e foi acompanhado de perto pelo seu companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, com o britânico da Mercedes liderando uma dobradinha no primeiro dia de treinos livres para o GP da Austrália, que abre neste fim de semana o campeonato de 2019 da Fórmula 1.

A Ferrari teve o carro mais rápido dos testes da pré-temporada, mas foi Hamilton quem registrou a melhor volta da sexta-feira, no circuito de Albert Park, em Melbourne, ao cravar o tempo de 1min22s600 no segundo treino livre do dia. Assim, o britânico, que já havia liderado a primeira sessão, foi ainda melhor na segunda atividade.

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Ele teve uma vantagem de apenas 0s048 sobre Bottas, mas o piloto da Mercedes ficou 0s8 à frente do restante dos concorrentes, em um início impressionante para uma equipe com o objetivo de faturar o sexto título consecutivo de construtores em 2019.

Hamilton e o alemão Sebastian Vettel terminaram em primeiro e segundo lugar no Mundial de Pilotos na última temporada, com o britânico dominando a segunda metade da temporada e terminando com 11 vitórias em 21 corridas. Para ele, portanto, a sexta-feira em Melbourne foi mais um dia comum. O britânico conquistou a pole position no ano passado, mas terminou atrás de Vettel na corrida, um resultado que está determinado a evitar este ano.

"Eu tive uma sensação positiva ao pilotar o carro hoje", disse Hamilton. "O carro parece que está em um lugar semelhante ao que estava, o que é positivo vindo para uma pista diferente. Há muitas coisas que podemos melhorar, mas não foi um começo ruim. O fato é que nenhum de nós cometeu um erro."

A Ferrari decepcionou, com Vettel, que venceu as duas edições anteriores do GP da Austrália, terminando o dia em quinto lugar, enquanto o monegasco Charles Leclerc, que rodou no fim do segundo treino, registrando a nona volta mais rápida.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, subiu da quarta posição para a terceira no segundo treino livre, e seu novo companheiro de equipe, o francês Pierre Gasly ficou logo atrás. "Há sempre áreas para melhorar e ainda não somos suficientemente rápidos, mas é apenas o primeiro dia da temporada e há um longo caminho a percorrer", disse Verstappen. "Parece que a Mercedes é muito rápida e parece estar um pouco mais feliz com o equilíbrio geral. Não tínhamos expectativas para hoje e é bom começar".

O finlandês Kimi Raikonen, de 39 anos, foi o sexto na sua primeira aparição desde que deixou a Ferrari e se transferiu para a Alfa Romeo, tendo a dupla da Renault, com o alemão Nico Hulkenberg e o australiano Daniel Ricciardo, logo atrás. E o francês Romain Grosjean, da Haas, foi o décimo colocado.

O polonês Robert Kubica, fazendo seu retorno à Fórmula 1 oito anos depois de lesionar a mão direita em um acidente de rali, foi 19º e 20º nas duas sessões, com os

carros da Williams ocupando os últimos dois lugares em ambas as atividades.

Os pilotos voltarão a acelerar no circuito de Melbourne à meia-noite (horário de Brasília), com a realização do terceiro treino livre, sendo que a sessão de classificação está agendada para as 3h do sábado. A largada para o GP da Austrália ocorrerá às 2h10 do domingo.

Em uma temporada com mais mudanças do que de costume no regulamento, a Fórmula 1 deve ter carros mais lentos e pesados neste ano, mas com alterações na aerodinâmica que podem compensar a menor velocidade com mais ultrapassagens. Visualmente, as alterações são sutis, com destaque para a asa traseira, mais alta e mais larga.

A asa será ao mesmo tempo o papel de vilã e de heroína dos carros. Por ser maior, aumentará a resistência do ar e tornará os monopostos mais lentos. No entanto, tem um desenho que vai diminuir a turbulência causada pelo modelo de 2018. Esta turbulência diminuía a estabilidade do carro que vinha logo atrás, reduzindo o número de ultrapassagens nas corridas. Era a maior fonte de reclamação dos pilotos.

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Maior, a asa dianteira também tem potencial para deixar as provas mais empolgantes. A expectativa é de que a alteração deste componente vai aumentar a velocidade dos carros e reduzir os efeitos da turbulência.

Outra novidade importante é a elevação do peso mínimo dos modelos 2019, passando de 733kg para 740kg. O aumento da capacidade do carro para carregar mais combustível - de 105kg para 110kg - também deve deixar os modelos mais pesados. A meta é evitar panes secas e deixar os pilotos mais à vontade para pisarem fundo até o limite.

Em dezembro, antes da pré-temporada, as equipes previam menos velocidade neste ano. O novo chefe da Ferrari, Mattia Binotto, esperava por carros até um segundo e meio mais lentos. Mas as duas baterias de testes em Barcelona mostraram que esta diferença poderá ser menor. E o desenvolvimento contínuo dos modelos, ao longo das primeiras etapas, deve fazer com que os monopostos deste ano possam alcançar e até superar a velocidade de 2018.

Há novidades também nas luvas dos pilotos, sensíveis à pulsação e aos níveis de oxigênio no sangue, e no capacete, com visor menor. Com este formato, por exemplo, Felipe Massa teria corrido menos riscos no grave acidente sofrido em 2009.

Os pneus serão simplificados. Das sete cores usadas em 2018, restarão apenas três: vermelha (macio), amarela (médio) e branca (duro). Para cada GP, estes três tipos serão escolhidos entre cinco opções pela Pirelli, preocupada em facilitar a maior compreensão do público.

TEMPORADA MAIS LONGA E CARA - Os pilotos e equipes vão ter pela frente uma maratona e dois recordes históricos em 2019. Ao continuar com 21 provas, o calendário repete anos anteriores e se mantém como um dos mais inchados, porém terá nesta temporada o diferencial de estar mais longo. Serão oito meses e três semanas de campeonato, já que entre uma etapa e outra haverá mais semanas de intervalo.

Essa mudança leva a temporada a começar em março e ter o fim somente em dezembro, em Abu Dabi. O desafio para os organizadores da categoria, assim como para as escuderias, é tratar da logística complexa de fazer todos os carros e equipamentos cruzarem continentes e fronteiras a tempo do compromisso seguinte. Tudo isso tem um preço alto. O orçamento anual das equipes da Fórmula 1 é estimado em até R$ 10 bilhões.

As principais equipes, como a Mercedes e a Ferrari, chegam a ter um orçamento de R$ 1,5 bilhão, isso sem contar o gasto com motores. Cada uma delas tem mais de 900 funcionários, dos quais pelo menos 200 são levados para cada GP. Segundo a imprensa inglesa, ambas terão para 2019 um incremento na verba, justamente para dar conta de todo o calendário e ainda se manterem competitivas. A Mercedes prevê gastar em 2019 até R$ 65 milhões a mais do que no ano anterior.

O inchaço do calendário se intensificou neste século, principalmente com a entrada de mais provas na Ásia. Há 20 anos, por exemplo, os pilotos de 1999 tiveram somente 16 etapas, das quais somente cinco não foram realizadas na Europa (Austrália, Brasil, Canadá, Malásia e Japão. Para 2019, o número de provas longe do Velho Continente dobrou: são dez, incluindo compromissos criados recentemente, como Cingapura e Bahrein.

O tamanho do campeonato pode aumentar ainda mais no ano que vem. Para 2020, a Fórmula 1 já confirmou a entrada do Vietnã no campeonato, com a prova marcada para um circuito de rua na capital Hanói. Por outro lado, cinco tradicionais etapas têm contrato com a categoria somente até este ano e dependem de renovação para continuarem na próxima temporada: Grã-Bretanha, Itália, Espanha, Alemanha e México.

O alemão Sebastian Vettel venceu a primeira etapa da temporada 2018 da Fórmula 1. No GP da Austrália, disputado na madrugada de sábado para domingo (horário de Brasília), o piloto da Ferrari contou com uma "ajuda" do safety car para desbancar o favorito Lewis Hamilton, da Mercedes, e começar o ano na liderança.

Tudo levava a crer que Hamilton estenderia a hegemonia do ano passado e voltaria a vencer. Afinal, o inglês havia cravado a pole no sábado com tranquilidade, inclusive quebrando o recorde do circuito em Melbourne, e liderava com certa folga a prova deste domingo.

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Mas a estratégia da Ferrari, além de uma pitada de sorte, deu certo, e Vettel desbancou seu grande rival como já havia feito no início da temporada passada, quando também venceu na Austrália. O alemão terminou a prova em 1h29min33s283, pouco mais de cinco segundos à frente de Hamilton e a quase seis segundos e meio de seu companheiro na escuderia italiana, Kimi Raikkonen, que completou o pódio.

Vettel e Raikkonen, aliás, bem que tentaram tirar a ponta de Hamilton logo na largada, mas o inglês da Mercedes foi competente para segurar a primeira colocação e mantê-la. Na 20.ª volta, ele realizou seu primeiro pit stop e voltou em segundo, atrás justamente do alemão, que, por sua vez, ainda teria que parar.

Foi aí que a sorte e a Haas ajudaram Vettel. A equipe norte-americana fazia grande prova, com Kevin Magnussen e Romain Grosjean entre os seis primeiros colocados, mas viu problemas mecânicos acabarem com a prova de ambos. O carro de Grosjean inclusive parou na pista e, então, o safety car precisou ser acionado.

Quando a oportunidade apareceu, Vettel soube aproveitá-la. O alemão, que havia esperado para parar, fez seu primeiro pit stop somente na 26.ª volta, com o safety car na pista. Por isso, retornou à prova ainda na liderança, da qual não sairia mais, apesar das tentativas de Hamilton.

A quarta colocação ficou com Daniel Ricciardo, da Red Bull, que superou a largada na oitava posição e, por pouco, não se tornou o primeiro australiano a faturar um pódio em casa.

Com os quatro primeiros lugares definidos, restou a briga pelo quinto, e ela foi intensa. Coube ao espanhol Fernando Alonso surpreender para levar sua McLaren ao resultado mais significativo dos últimos tempos. Ele mostrou toda sua qualidade para resistir aos constantes ataques de Max Verstappen, que tentou até as últimos voltas, mas ficou em sexto.

Nico Hulkenberg, da Renault, foi o sétimo, e só então apareceu o outro carro da Mercedes. O finlandês Valtteri Bottas decepcionou mais uma vez e terminou em oitavo, seguido por Stoffel Vandoorne, da McLaren, e Carlos Sainz Jr., da Renault.

Com o resultado, a Ferrari começa a temporada 2018 na frente, não só com Vettel na ponta do Mundial de Pilotos, mas também ocupando a liderança no Mundial de Construtores. A Fórmula 1 volta à ação no dia 8 de abril, com a disputa do GP do Bahrein.

Confira a classificação final do GP da Austrália:

1.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), em 1h29min33s283

2.º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 5s036

3.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 6s309

4.º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 7s069

5.º - Fernando Alonso (ESP/McLaren), a 27s886

6.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 28s945

7.º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault), a 32s671

8.º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 34s339

9.º - Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren), a 34s921

10.º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Renault), a 45s722

11.º - Sergio Perez (MEX/Force India), a 46s817

12.º - Esteban Ocon (FRA/Force India), a 60s278

13.º - Charles Leclerc (MON/Sauber), a 75s759

14.º - Lance Stroll (CAN/Williams), a 78s288

15.º - Brendon Hartley (NZL/Toro Rosso), a 1 volta

 

Não completaram a prova:

Kevin Magnussen (DIN/Haas)

Marcus Ericsson (SUE/Sauber)

Sergey Sirotkin (RUS/Williams)

Romain Grosjean (FRA/Haas)

Pierre Gasly (FRA/Toro Rosso)

A primeira etapa da temporada 2017 da Fórmula 1 mostrou que a Ferrari deve mesmo rivalizar com a Mercedes pelas vitórias ao longo do calendário. No capítulo inicial desta batalha, a escuderia italiana levou a melhor com o triunfo de Sebastian Vettel no GP da Austrália no último domingo (26). O desempenho rendeu elogios até da rival inglesa.

"O Sebastian e a Ferrari foram merecidamente vencedores. A Ferrari atuou muito bem, e eles tiveram o carro mais rápido", considerou o chefe da Mercedes, Toto Wolff. "Algumas vezes você ganha, em outras perde, e hoje a Ferrari foi mais rápida. Isso nos coloca pressão desde o início. Foi assim que perdemos."

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A vitória de Vettel foi definida logo no início. Com problemas nos pneus, Lewis Hamilton, que largara na ponta, precisou ir mais cedo para os boxes. Quando voltou, ficou preso atrás de Max Verstappen, da Red Bull, na quinta colocação. O alemão da Ferrari, então, aproveitou para abrir vantagem e confirmar o triunfo.

Como Wolff, o próprio Hamilton reconheceu os méritos da Ferrari e admitiu que Vettel foi o piloto mais rápido, mas a Mercedes promete responder à altura rapidamente. "Agora, é aceitar que a Ferrari nos derrotou. Mas nós vamos fazer de tudo para vencer em breve", prometeu o chefe da equipe.

Depois de três temporadas totalmente dominadas pela Mercedes - com títulos de Hamilton em 2014 e 2015 e de Nico Rosberg em 2016 -, a Fórmula 1 mudou as regras para este ano, tornou os carros mais rápidos e diminuiu a vantagem da equipe. Desde a pré-temporada, as apostas são de uma disputa intensa com a Ferrari, o que se confirmou ao menos neste primeiro teste.

"Vai ser uma disputa muito parelha, não teremos grandes margens entre as equipes e também entre os companheiros de time. Vai ser uma temporada mais estressante do que a passada, mas servirá para construir nossa personalidade", considerou Wolff.

Sebastian Vettel comprovou as previsões e logo na primeira etapa da Fórmula 1 em 2017, mostrou que a Ferrari está mesmo pronta para tentar acabar com a hegemonia da Mercedes. No GP da Austrália deste domingo (26), o alemão largou em segundo, mas viu a equipe traçar uma boa estratégia que lhe deu a vitória e a liderança do Mundial de Pilotos neste começo de temporada.

Vettel saiu logo atrás do inglês Lewis Hamilton neste domingo, mas uma parada do piloto da Mercedes no início deu a ponta ao alemão, que não mais a perderia, terminando a corrida em 1h24min11s672. Ao cruzar a linha de chegada na frente, ele encerrou um longo jejum da Ferrari, que não vencia na categoria desde setembro de 2015, quando o próprio Vettel triunfou em Cingapura.

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Mais rápido nos testes de pré-temporada, o alemão chegou a ser apontado até por Hamilton como favorito para o título em 2017, mas viu justamente o inglês ser mais rápido nos treinos livres e de classificação em Melbourne. No que depender desta primeira amostra, a briga entre os dois promete ser boa pelo restante do calendário.

Para Hamilton, restou a decepção de mais uma vez ter largado na pole e terminado em segundo na Austrália, como no ano passado, quando viu seu então companheiro de Mercedes Nico Rosberg cruzar na primeira colocação. O inglês deixou a briga pela vitória logo após o pit stop no início e chegou quase 10 segundos atrás de Vettel.

Atrás dos primeiros colocados, outros dois pilotos de Ferrari e Mercedes, mas em ordem invertida. Em sua primeira prova pela Mercedes, substituindo o atual campeão Rosberg, Valtteri Bottas terminou em terceiro e subiu ao pódio, seguido de Kimi Raikkonen.

A quinta colocação ficou com o holandês Max Verstappen, da Red Bull, seguido do brasileiro Felipe Massa. Apesar dos problemas elétricos enfrentados na sexta-feira, o piloto da Williams conseguiu um ótimo resultado e iniciou a temporada somando pontos valiosos. Sergio Perez, em sétimo, Carlos Sainz Jr., oitavo, Daniil Kvyat, nono, e Esteban Ocon, décimo, também pontuaram.

A PROVA - A expectativa estava toda na primeira fila da largada. Depois da mudança nas regras da Fórmula 1, para deixar os carros mais velozes e tentar acabar com a hegemonia da Mercedes, teve início uma certa rivalidade entre Hamilton e Vettel, com um lançando a responsabilidade de ser o favorito da temporada para o outro.

Por isso, quando Hamilton largou na pole e conseguiu manter a primeira colocação, parecia que o início desta temporada seria como as últimas, com a Mercedes em vantagem. Felipe Massa também saiu bem, deixou a sétima colocação e ultrapassou Romain Grosjean para assumir a sexta, que não mais perderia.

A largada também mostrou que o fim de semana não era mesmo de Daniel Ricciardo. Apesar do apoio da torcida da casa, o australiano da Red Bull enfrentou problemas com seu carro, precisou ir para os boxes antes mesmo do início e só conseguiu sair à pista na terceira volta. Posteriormente, na 29.ª, abandonaria a disputa graças a falhas no motor.

As primeiras voltas da corrida tiveram pouca emoção, mas na 18.ª, Hamilton foi para os boxes realizar a troca de pneus. O inglês voltou na quinta colocação e sofreu com o tráfego à sua frente, principalmente com Verstappen, que ocupava o quarto lugar e era bem mais lento.

Vettel percebeu a dificuldade do rival e decidiu manter-se na pista por mais seis voltas. Mesmo com pneus desgastados, foi o suficiente para o alemão abrir vantagem confortável sobre Hamilton, que seguia preso atrás de Verstappen. Por isso, quando voltou dos boxes na 24.ª volta, o piloto da Ferrari ocupava a terceira colocação. Daí em diante, foi só administrar a vantagem.

Além de Ricciardo, seis outros pilotos precisaram abandonar a prova desde domingo, incluindo o espanhol Fernando Alonso, mostrando que os fãs da tradicional McLaren deverão sofrer mais uma vez em 2017. Depois de iniciar bem o fim de semana e ameaçar incomodar os principais favoritos, a Haas viu seus dois pilotos, Romain Grosjean e Kevin Magnussen, não completarem a prova.

Confira a classificação final do GP da Austrália:

1.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - em 1h24min11s672

2.º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 9s975

3.º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - a 11s250

4.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - a 22s393

5.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - a 28s827

6.º - Felipe Massa (BRA/Williams) - a 83s386

7.º - Sergio Perez (MEX/Force India) - a 1 volta

8.º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta

9.º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - a 1 volta

10.º - Esteban Ocon (FRA/Force India) - a 1 volta

11.º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault) - a 1 volta

12.º - Antonio Giovinazzi (ITA/Sauber) - a 2 voltas

13.º - Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren) - a 2 voltas

Não completaram a prova:

Fernando Alonso (ESP/McLaren)

Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull)

Romain Grosjean (FRA/Haas)

Marcus Ericsson (SUE/Sauber)

Kevin Magnussen (DIN/Haas)

Lance Stroll (CAN/Williams)

Jolyon Palmer (ING/Renault)

Apesar das mudanças nas regras e do crescimento da Ferrari na pré-temporada, a Mercedes começou 2017 mais uma vez na frente. Neste sábado (25), Lewis Hamilton foi o mais rápido no circuito de Melbourne e cravou a pole position para o GP da Austrália, primeira etapa do calendário, que será disputado neste domingo (26). Como era de se esperar, o inglês não escondeu a alegria pelo resultado.

"Tem sido um fim de semana fantástico até o momento. É incrível vir aqui pela 11.ª vez. Parece que foi ontem que disputei minha primeira prova aqui, mas foi em 2007. É uma grande jornada e estou incrivelmente orgulhoso pela minha equipe. A regra mudou e criou um grande desafio para todos. Estes caras trabalharam muito duro para fazer este carro e estou aqui para representá-los", declarou.

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Hamilton completou sua volta mais rápida no Q3 em 1min22s188, quase três décimos mais veloz do que Sebastian Vettel, que marcou 1min22s456. Apesar da vantagem neste primeiro momento, o inglês seguiu apontando o alemão da Ferrari como seu principal adversário e, por isso, cobrou que o carro da Mercedes esteja ainda melhor para a prova de domingo.

"Estou ansioso para a corrida, acho que está muito disputado entre nós e a Ferrari", comentou. "As voltas nunca são perfeitas, há sempre um pouco de tempo para melhorar aqui e ali. Mas estou muito feliz com nosso desempenho e estamos em um bom estado para amanhã. Então, é preciso focar e ter certeza de que faremos nossa lição de casa para termos uma boa resposta para estes caras."

Hamilton ainda fez questão de elogiar seu novo companheiro de equipe, Valtteri Bottas, que largará em terceiro em sua primeira prova com a Mercedes. "Ele fez um trabalho fantástico, sendo esse seu primeiro treino de classificação com a equipe. Ele é ótimo para nós, para a Mercedes."

Substituto do atual campeão mundial Nico Rosberg, que surpreendeu ao anunciar a aposentadoria ao fim da última temporada, Bottas não fez a mesma análise de seu companheiro. Por mais que tenha exaltado o desempenho de sua Mercedes, ele admitiu que poderia ter conseguido um resultado melhor no treino.

"A terceira posição não é a ideal. Não consegui entrar na volta perfeito, então não estou satisfeito com o resultado. Mas estou realmente orgulhoso da equipe de pessoas que construiu este carro. Vi apenas uma pequena parte da preparação para esta nova era da Fórmula 1, mas é realmente legal ver que todo este trabalho valeu a pena", considerou.

Se ao longo da pré-temporada a expectativa era para uma possível ascensão da Ferrari e o fim da hegemonia da Mercedes, no primeiro teste para valer da categoria em 2017 o que se viu foi uma repetição dos últimos anos, com a equipe inglesa na frente. Neste sábado (25), Lewis Hamilton deixou para trás seus concorrentes e conquistou a pole position para o GP da Austrália, que acontecerá domingo (26), em Melbourne.

Hamilton sairá na frente na primeira prova da Fórmula 1 na temporada, conquista bastante simbólica para quem via crescer as dúvidas sobre a capacidade da Mercedes de manter a predominância dos últimos três anos. O próprio inglês apontou a Ferrari como favorita ao título em 2017, mas ao menos neste primeiro teste mostrou que sua equipe continua em grande forma.

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A Fórmula 1 chegou a alterar as regras de disputa para esta temporada, justamente para diminuir o abismo entre as equipes. Nos testes de pré-temporada, a Ferrari, de fato, parecia ser mais veloz na pista, mas nesta sexta, Hamilton deixou para trás as especulações e foi o mais veloz com o tempo de 1min22s188.

Esta foi a 62.ª vez que Hamilton conquistou a pole position na carreira. O piloto está a três de seu ídolo, o brasileiro Ayrton Senna, e a seis do recordista, o alemão Michael Schumacher. E ele ainda terá seu novo companheiro de Mercedes bastante próximo. O finlandês Valtteri Bottas, contratado para a vaga do atual campeão Nico Rosberg, que se aposentou ao fim da última temporada, anotou 1min22s481 em sua melhor volta nesta sexta e abrirá a segunda fila no domingo, na terceira posição.

Se não foi capaz de superar a Mercedes neste primeiro teste, a Ferrari ao menos mostrou que deve mesmo ser a equipe capaz de fazer frente aos ingleses e intercalou as posições com a rival. O alemão Sebastian Vettel largará na segunda colocação, enquanto o finlandês Kimi Raikkonen será o quarto.

Apontado por Hamilton como favorito ao título deste ano, até por seu desempenho nos testes da pré-temporada, o tetracampeão Vettel ficou a quase três décimos do inglês ao completar sua melhor volta em 1min22s456. Já Raikkonen sequer conseguiu ficar na casa de 1min22s, alcançando apenas a marca de 1min23s033.

Havia também a expectativa da Red Bull rivalizar com Ferrari e Mercedes, mas ela não foi confirmada na pista. O holandês Max Veerstapen veio logo atrás destas equipes e sairá em quinto, ao marcar 1min23s485. Já o australiano Daniel Ricciardo foi responsável pelo grande susto do dia, ao rodar e bater logo no início do Q3. Como não anotou tempo nesta sessão, sairá automaticamente na décima colocação.

O primeiro treino classificatório da Fórmula 1 em 2017 também mostrou que os torcedores da tradicional McLaren deverão mesmo sofrer mais uma vez nesta temporada. A equipe segue enfrentando problemas com seu carro, e isto ficou claro nesta sexta. Fernando Alonso sequer foi ao Q3 e sairá em 13.º, após cravar 1min25s425. Já o novato Stoffel Vandoorne foi ainda pior, anotou 1min26s858 e será o 18.º.

MASSA É SÉTIMO - Quem fez bonito no treino de classificação para o GP da Austrália foi o brasileiro Felipe Massa. O piloto que chegou a anunciar a aposentadoria ao fim da temporada, mas voltou atrás após a saída de Bottas da Williams, conseguiu a sétima colocação no grid com o tempo de 1min24s443.

Massa sonhava com uma vaga na terceira fila em Melbourne, mas a sétima colocação fica de ótimo tamanho para quem sofreu com problemas no carro na sexta-feira. Na segunda sessão de treinos livres, o brasileiro viu sua Williams ter falhas elétricas e, por isso, completou somente seis voltas no circuito.

O piloto almeja terminar a primeira prova do calendário entre os seis primeiros, algo que só conseguiu em três das 21 etapas da temporada passada. Ele e os outros competidores da categoria voltarão à pista para a disputa do GP da Austrália na madrugada de sábado para domingo, às 2 horas (de Brasília).

Confira o grid de largada do GP da Austrália:

1.º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min22s188

2.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - 1min22s456

3.º - Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min22s481

4.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 1min23s033

5.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min23s485

6.º - Romain Grosjean (FRA/Haas) - 1min24s074

7.º - Felipe Massa (BRA/Williams) - 1min24s443

8.º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso) - 1min24s487

9.º - Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso) - 1min24s512

10.º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull) - não marcou tempo

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11.º - Sergio Perez (MEX/Force India) - 1min25s081

12.º - Nico Hülkenberg (ALE/Renault) - 1min25s091

13.º - Fernando Alonso (ESP/McLaren) - 1min25s425

14.º - Esteban Ocon (FRA/Force India) - 1min25s568

15.º - Marcus Ericsson (SUE/Sauber) - 1min26s465

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16.º - Antonio Giovinazzi (ITA/Sauber) - 1min26s419

17.º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - 1min26s847

18.º - Stoffel Vandoorne (BEL/McLaren) - 1min26s858

19.º - Lance Stroll (CAN/Williams) - 1min27s143

20.º - Jolyon Palmer (ING/Renault) - 1min28s244

Apontado como grande candidato a encerrar a hegemonia da Mercedes na Fórmula 1, Sebastian Vettel viu Lewis Hamilton mais uma vez à sua frente nesta sexta-feira (24). No primeiro dia de treinos livres para o GP da Austrália, que acontecerá no domingo, o piloto da Ferrari não conseguiu ser páreo para o inglês, que liderou as duas sessões. Ainda assim, minimizou o resultado.

"Na sexta-feira, é sempre difícil dizer muita coisa. De qualquer forma, foi legal estar de volta no cockpit. Nesta primeira sessão, nós tivemos alguns pequenos problemas que nos deixaram um pouco mais devagar, mas tudo foi melhor na segunda sessão", avaliou.

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Vettel foi somente o sexto mais rápido na primeira sessão desta sexta, com o tempo de 1min25s464. Pela tarde, melhorou, conseguiu 1min24s167 e terminou na segunda posição, mas ainda bem atrás de Hamilton, o mais rápido do dia com a marca de 1min23s620, mais de meio segundo à frente do alemão.

Mais do que o resultado, Vettel lamentou os problemas enfrentados com sua Ferrari e cobrou evolução para o treino classificatório deste sábado. "Em relação ao balanço do carro, hoje não foi ruim, mas ainda há espaço para evolução. Os tempos da volta não significam nada. Apenas amanhã vamos saber melhor como estamos."

Companheiro de Vettel na Ferrari, Kimi Raikkonen foi um pouco mais lento do que o alemão. Na primeira sessão, até ficou em sua frente, na quinta posição, com 1min25s372, mas à tarde anotou 1min24s525 e foi somente o quarto colocado. Ainda assim, se mostrou feliz com o desempenho do carro.

"Nós podemos ficar satisfeitos, porque no geral o dia não foi ruim. Aprendemos muito com tudo e agora sabemos em que áreas precisamos melhorar. Em termos de desempenho, não podemos comparar com os testes de inverno, em partes porque é uma pista incomum e não produz um desenho claro da situação", comentou.

Considerado o grande candidato a ficar com o título da temporada de 2017, o que ficou claro principalmente após a surpreendente aposentadoria do campeão de Nico Rosberg, Lewis Hamilton afirmou nesta quinta-feira (23) que vê a Ferrari como a equipe mais rápida do grid e a favorita a triunfar no Mundial de Fórmula 1 que começa neste domingo (26), em Melbourne, palco do GP da Austrália.

"Vejo a Ferrari sendo mais rápida no momento e acho que eles (Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen) são definitivamente os favoritos, mas vamos ver mais sobre isso dentro do final de semana", disse o piloto inglês, na entrevista coletiva na qual em seguida destacou acreditar que Vettel "esteja escondendo o jogo" antes da primeira prova do ano, embora tenha ressaltado que o piloto alemão e a própria Ferrari tiveram um "ritmo obviamente bom" nos testes coletivos da pré-temporada.

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Nesta primeira conversa oficial com a imprensa na F-1 de 2017, porém, o tricampeão mundial também fez questão de elogiar a Mercedes, com a qual tentará manter o domínio imposto pela equipe nas últimas três temporadas. E desta vez ao lado do finlandês Valtteri Bottas, ex-piloto da Williams que herdou a vaga aberta por Rosberg.

"Nenhuma equipe conquistou títulos na esteira de uma grande mudança nas regras. Então estamos aqui para vencer e fazer algo que ninguém jamais fez. Tenho toda a esperança de que minha equipe pode fazer isso", ressaltou Hamilton, se referindo ao fato de que a categoria máxima do automobilismo passou a contar com um novo regulamento técnico a partir deste ano, no qual os carros ficaram mais rápidos e mais difíceis de dirigir.

Embora as mudanças impostas pelo novo regulamento sejam uma séria ameaça ao domínio da Mercedes, o inglês deixou claro que concorda que as mesmas serão benéficas para a Fórmula 1, que promete exibir um cenário mais equilibrado de forças para 2017. "O desafio de explorar esses novos carros é ótimo e é mais na direção do que a F1 deveria ser", analisou. "Eu acho que os fãs querem ver uma corrida mais apertada, mas entre todos nós aqui", reforçou, em outro ponto da entrevista coletiva.

Hamilton ainda destacou que está "ansioso para ver o que a Red Bull trouxe para cá (Melbourne)" depois de a equipe ficar atrás dos concorrentes, "principalmente em relação à Ferrari", nos treinos coletivos da pré-temporada. "Nós não vimos eles trazendo muitas atualizações (nos testes)", afirmou, apostando que a equipe que conta com a talentosa dupla formada pelo australiano Daniel Ricciardo e o holandês Max Verstappen irá apresentar um carro mais competitivo a partir do GP da Austrália.

O chamado da Williams pesou para Felipe Massa cancelar a aposentadoria e aceitar o convite para disputar pela 15.ª vez uma temporada de Fórmula 1. Até perto do Natal, porém, o piloto não pensava nesta possibilidade. Estudava propostas de categorias como o Mundial de Endurance (WEC), a DTM e a Fórmula E como possíveis destinos, fora analisar projetos como embaixador de marcas e de comentarista de televisão.

O retorno improvável se concretizou quando o atual campeão da F-1, Nico Rosberg, anunciou aposentadoria de forma surpreendente. A decisão inesperada fez a Mercedes recrutar Valtteri Bottas, ex-companheiro de equipe do brasileiro, e deixar a Williams com uma vaga livre. "Voltei porque a minha equipe precisou de mim, tem muito carinho comigo e eu também tenho com eles. Não consegui recusar. Segui meu coração", explicou Massa em entrevista ao canal ESPN Brasil.

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A escuderia quis contar com o experiente piloto para ajudar na transição para o novo regulamento técnico da categoria e na adaptação de um jovem estreante. O outro piloto titular do time inglês será o canadense Lance Stroll, de apenas 18 anos.

Aos 35 anos, Massa disse na chegada à Melbourne, palco do GP da Austrália, que abre a temporada neste domingo, estar ansioso para o novo campeonato. "A Austrália é o lugar perfeito para iniciar a temporada. É uma pista um tanto complicada, por ser metade autódromo e outra metade circuito de rua, mas é bom ter um desafio logo no início", disse. "Estou ansioso para que tudo comece. É a primeira vez que todas as equipes vão competir juntos para valer", completou.

A Fórmula 1 dá a largada na temporada esta noite, pelo horário brasileiro - o primeiro treino livre para o GP da Austrália tem início marcado para as 22 horas (de Brasília) - ansiosa pelo início de uma nova era. Depois da mudança no regulamento em 2014, com a adoção dos motores turbo, a categoria terá para 2017 a maior alteração. Os carros vão para a pista em Melbourne para mostrarem ao público novidades no visual, no barulho e, principalmente, na velocidade.

A tendência é que nas 20 etapas do ano ocorram seguidas quebras de recordes de tempo de pista. A maioria dos autódromos tem marcas já antigas sem serem batidas. É o caso, por exemplo, de Interlagos, onde desde 2004 tanto o melhor tempo de pole position, como o de corrida não é superado. As duas marcas foram obtidas pelo colombiano Juan Pablo Montoya. Agora, porém, as novidades no regulamento devem forçar o surgimento de novos feitos.

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"Vemos o despertar de uma nova era, de várias maneiras. É a primeira vez que a Fórmula 1 mexeu no regulamento para deixar os carros mais rápidos. O foco foi deixar esta geração de carros como a mais rápida do esporte", resumiu Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, atual tricampeã do Mundial de Construtores.

Segundo estimativa das equipes, os pilotos vão conseguir andar até 40 km/h mais rápidos nas curvas em comparação com o ano passado, em um total de quase 5 segundos por volta. As novas dimensões das asas, pneus mais largos e mudanças aerodinâmicas possibilitam esse impacto, sentido já de forma introdutória na pré-temporada, realizada em oito dias de testes na Espanha.

Os pilotos estão ansiosos pela estreia para ver como vão lidar com as novidades. Os carros mais velozes, e também 20 kg mais pesados, vão exigir mais da parte física. "Há um ar de desconhecido nesta nova Fórmula 1. Nós não sabemos como cada um pode render, porque os testes tiveram um caráter mais experimental do que nunca. Será interessante ver o quanto estamos rápidos. Será muito desafiador guiar", comentou o espanhol Fernando Alonso, da McLaren.

Os fãs da categoria tiveram um importante apelo atendido. Os motores de 2017, mesmo com configuração parecida à de anos anteriores, trazem como principal diferença a volta do barulho. A falta do som alto foi estabelecida em 2014, com a adoção dos motores turbo. A novidade impôs um ruído abafado à unidade motriz e foi criticada por parte do público. Preocupada com a perda de fãs, a categoria resolveu incluir na mudança do regulamento técnico para esta temporada a permissão para um limite de giros mais altos.

O ano inicia com uma grande mudança de gestão. Após estar durante quase 40 anos como o grande chefe e centralizador da Fórmula 1, o inglês Bernie Ecclestone deixou o cargo. O grupo americano Liberty Media se tornou o acionista majoritário da categoria e afastou o ex-dirigente.

"Porcaria" foi uma das críticas mais leves recebidas pelo novo formato de treinos de classificação da Fórmula 1, que estreou neste sábado, em Melbourne, no GP da Austrália. Se até o chefão da categoria, Bernie Ecclestone, não gostou, tudo indica que as coisas devem mudar já para a próxima etapa, no Bahrein. A imprensa especializada diz que uma reunião de emergência no domingo, antes da corrida, vai decidir isso.

O novo formato prevê a eliminação do último colocado a cada 90 segundos após sete minutos de treino no Q1, seis no Q2 e cinco no Q3. Imaginava-se que isso fosse gerar mais emoção no treino, mas o que se viu foi os pilotos mais rápidos abdicando da disputa. Quando Kimi Raikkonen foi eliminado, por exemplo, o último colocado, em terceiro, era Vettel. Ele tinha 1min30s para se salvar, mas ficou no boxe. Quase todo mundo fez assim.

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Ecclestone assistiu pela TV e não gostou. "Eu assisti e tenho que dizer que não foi animador o primeiro dia. Foi uma verdadeira porcaria. Mas isso é o que temos, até a gente poder mudar", disse ele em entrevista ao site da revista britânica Autosport. O chefão da F1 ainda reclamou que a ideia era gerar alguma emoção com a possibilidade de os melhores errarem nas primeiras voltas e "bagunçarem" o grid. "Mas o que aconteceu é que a Mercedes ainda é muito, muito boa".

Para ele, de qualquer forma, o ideal não é retomar o formato que vinha sendo utilizado. "Se voltarmos ao sistema antigo, eu vou te dizer que a Mercedes vai continuar fazendo primeiro e segundo. O que eu não quero é que as pessoas saibam qual será o grid antes da classificação e qual será o resultado da corrida antes de terminar", explicou.

Até Lewis Hamilton criticou, ainda que para ele não importe muito o formato. "Dissemos desde o começo que não era o caminho certo, mas você não pode abandonar uma coisa antes de experimentá-la. Experimentamos e os engenheiros estavam com a razão. Mas para mim não fez diferença nenhuma no fim."

Já Sebastian Vettel, que vai largar em terceiro, acredita que a torcida prefere ver duelo entre os melhores no final. "Não sei por que todo mundo se surpreendeu. Já havíamos dito que isso ia acontecer. Eles nos disseram para que esperássemos e víssemos. Já vimos e não acredito que foi emocionante. Não acho que seja um bom caminho, porque não tem o que ver. A torcida que Lewis (Hamilton), Nico (Rosberg), Kimi (Raikkonen) ou querm quer que seja apertando ao limite no final da sessão", opinou.

A temporada 2016 da Fórmula 1 começou com uma novidade, neste sábado, em Melbourne, na Austrália. O treino de classificação segue dividido em três partes, mas agora o carro mais lento é eliminado a cada 1min30s. As mudanças foram só no formato, porque o resultado foi o mesmo de sempre: as Mercedes andando mais rápido.

O britânico Lewis Hamilton fez a primeira pole position da temporada, sua 50.ª na carreira, e vai largar na frente no GP da Austrália, às 2h deste domingo, pelo horário de Brasília. O atual bicampeão da F1 dominou todo o treino e fez sua volta mais rápida no Q3 em 1min23s837. Colocou boa vantagem inclusive sobre Nico Rosberg, seu companheiro de equipe, que larga em segundo e fechou o treino com uma volta de 1min24s197 como sua mais rápida.

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Num indício muito claro do que deve ser este início de temporada, a Ferrari ocupará a segunda fila completa do grid de largada, com Sebastian Vettel (1min24s675) e Kimi Raikkonen (1min25s033).

O treino teve muito menos emoção do que o previsto e todos os primeiros colocados aceitaram a posição no grid, sendo eliminados com seus carros no box, sem voltar para a pista para uma volta de tudo ou nada. Rosberg e Hamilton ainda duelaram por um tempo, mas o alemão recolheu sua Mercedes cerca de dois minutos antes do fim do treino. O relógio rodou sem nenhum carro na pista.

Felipe Massa conseguiu levar a Williams para um bom sexto lugar do grid (1min25s438), sendo eliminado por pouco antes de Max Verstappen, o jovem holandês que colocou a Toro Rosso em quinto (1min25s434). O outro carro da Toro Rosso, de Carlos Sainz, sai em sétimo, num desempenho melhor do que da equipe-mãe, a Red Bull, que tem Daniel Ricciardo em oitavo e Daniil Kvyat em 18.º.

Felipe Nars sai só em 17.º, uma posição atrás do seu companheiro de equipe, o sueco Marcus Ericsson. À frente da Sauber apareceram ainda os dois carros da Force India (nono e 10.º), os dois da McLaren (12.º e 13.º), os dois da Renault (14.º e 15.º) e o outro carro da Williams, de Valteri Bottas, que sai em 11.º. Com cinco posições à frente, Massa foi um dos únicos a deixar seu companheiro bem para trás - o outro foi Ricciardo, da Red Bull.

Como esperado, os carros da Manor foram os primeiros a serem eliminados no treino, após 7 minutos de Q1. Pascal Wehrlein estreou o formato, mas quem larga em último é Rio Haryanto, punido por bater Romain Grosjean nos boxes no terceiro treino livre. Logo depois saíram os carros da Haas, equipe que estreia na F1 largando no 19.º e no 20.º lugares.

Confira como ficou o treino de largada do GP da Austrália:

1.º - Lewis Hamilton (GBR/Mercedes), 1min23s837

2.º - Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min24s197

3.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), 1min24s675

4.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), 1min25s033

5.º - Max Verstappen (HOL/Toro Rosso), 1min25s434

6.º - Felipe Massa (BRA/Williams), 1min25s458

7.º - Carlos Sainz (ESP/Toro Rosso), 1min25s582

8.º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), 1min25s589

9.º - Sergio Pérez (MEX/Force India), 1min25s753

10.º - Nico Hülkenberg (ALE/Force India), 1min25s865

11.º - Valtteri Bottas (FIN/Williams), 1min25s961

12.º - Fernando Alonso (ESP/McLaren), 1min26s125

13.º - Jenson Button (GBR/McLaren), 1min26s304

14.º - Jolyon Palmer (GBR/Renault), 1min27s601

15.º - Kevin Magnussen (DIN/Renault, 1min27s742

16.º - Marcus Ericsson (SUE/Sauber), 1min27s435

17.º - Felipe Nasr (BRA/Sauber), 1min27s958

18.º - Daniil Kvyat (RUS/Red Bull), 1min28s006

19.º - Romain Grosjean (FRA/Haas), 1min28s322

20.º - Esteban Gutiérrez (MEX/Haas), 1min29s606

21.º - Ryo Haryanto (IND/Manor), 1min29s627

22.º - Pascal Wehrlein (ALE/Manor), 1min29s642

A Mercedes começou mais uma temporada da Fórmula 1 na frente. Na noite desta quinta-feira (manhã de sexta-feira local), o tricampeão Lewis Hamilton liderou o primeiro treino livre do ano, em preparação para o GP da Austrália, em Melbourne. Logo atrás do piloto inglês vieram os carros da surpreendente Red Bull, com o russo Daniil Kvyat e o local Daniel Ricciardo, em terceiro. Os brasileiros Felipe Massa e Felipe Nasr registraram o 12º e 13º tempo, respectivamente.

A primeira sessão oficial da temporada 2016 da F1 foi marcada pelo tempo instável. Chuva e vento atrapalharam o rendimento dos novos carros. A maior parte dos pilotos demorou para ir para a pista. A Ferrari, por exemplo, foi contida. O alemão Sebastian Vettel, sensação dos testes coletivos da pré-temporada, nem marcou tempo.

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Com a pista seca ainda, Hamilton registrou o melhor tempo desta sessão de abertura do GP australiano: 1min29s725. Kvyat anotou 1min30s146, seguido do companheiro Ricciardo, com 1min30s875. O rendimento surpreendeu porque a Red Bull esteve longe de impressionar nas duas baterias de testes em Barcelona.

Atrás da dupla do time austríaco, o alemão Nico Hülkenberg levou a Force India ao quarto posto, com 1min31s325, mesmo completando apenas sete voltas no traçado - os dois primeiros tiveram 14 giros. E o holandês Max Verstappen, da Toro Rosso, fechou o Top 5 ao registrar 1min31s720.

Na metade do treino, a chuva apareceu e embaralhou os resultados. Nesta condição mais instável, a McLaren se destacou. O espanhol Fernando Alonso anotou o sétimo tempo, com 1min33s060, e o inglês Jenson Button foi o oitavo mais veloz, com 1min33s129. Pouco à frente da dupla, o alemão Nico Rosberg marcou o sexto tempo: 1min31s814.

O Top 10 foi complementado pelo mexicano Sergio Pérez (1min33s370), da Force India, e pelo dinamarquês Kevin Magnussen, da Renault (ex-Lotus), com 1min34s060.

Entre os brasileiros, Felipe Massa foi quem entrou primeiro na pista, na metade da sessão. Ele e Nasr foram dos que rodaram pouco no circuito. O piloto da Williams completou apenas seis voltas. Na mais veloz delas, anotou 1min34s679.

Já a Sauber esperou mais de uma hora para ir para a pista. Nasr só entrou no traçado quando faltava 25 minutos para o final da sessão. Deu sete voltas na pista e marcou 1min34s796.

Na Ferrari, destaque dos testes de Barcelona, o finlandês Kimi Raikkonen deu dez voltas no circuito. Não passou do 1min40s754, o 17º melhor tempo da sessão. Vettel completou oito voltas, mas em razão do tempo instável nem registrou tempo. O mesmo aconteceu com o espanhol Carlos Sainz Jr, da Toro Rosso. Foram os únicos a não marcar tempo.

O segundo treino livre do GP da Austrália será realizado a partir das 2h30 (horário de Brasília), na madrugada desta sexta-feira.

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