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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, expuseram, durante as reuniões do G-20, na capital da Turquia, que continua o ajuste macroeconômico do Brasil, com efeitos nítidos em três frentes: monetário, externo e fiscal. Porém, há um descasamento temporal entre a aferição de custos e benefícios do ajuste, o que tem gerado "um pessimismo exagerado", que surgiu da extrapolação para o futuro dos custos presentes das mudanças, sem levar em consideração os fatores positivos que serão mantidos no longo prazo.

Eles destacaram que a forte desvalorização do câmbio elevou a competitividade das exportações do Brasil. Neste ano, as vendas de produtos para o exterior, descontadas as importações, dará a primeira contribuição positiva para o PIB desde 2005. O fluxo de recursos prossegue em ritmo intenso e o déficit de transações correntes cairá mais de 20% neste ano ante 2014.

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Quanto à política monetária, apesar do intenso reajuste de preços relativos, as ações nessa área do governo foram capazes de ancorar as expectativas de inflação entre 2017 e 2019, considerados como médio e longo prazos. Embora a inflação esperada para este ano seja alta, nos primeiros meses de 2016 o IPCA deverá exibir acentuada queda, no acumulado de 12 meses. Esse movimento, junto com o desempenho mais benigno da inflação, tende a ajudar na ancoragem de expectativas para dezembro de 2016.

Para os ministros brasileiros, a política fiscal já produziu resultados na diminuição das despesas públicas e o governo continuará perseguindo o superávit primário de 0,7% do PIB em 2016. Essa é uma discussão que tende a se tornar mais profunda agora, com a tramitação no Congresso do Orçamento de 2016.

Representantes das maiores economias do mundo se comprometeram neste sábado a não recorrer a desvalorizações cambiais competitivas em reação à desaceleração da economia chinesa. A decisão é resultado da reunião de dois dias dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais dos países do G-20 na Turquia. O esforço do grupo para evitar guerras cambiais ocorre após a desvalorização do yuan no mês passado e em meio a um cenário de crescimento mais lento da China, maior volatilidade no mercado e preocupações com um possível aumento da taxa de juros dos Estados Unidos.

As lideranças políticas presentes em Ancara também prometeram melhorar a transparência e reduzir incertezas por meio de comunicados claros sobre suas principais decisões políticas.

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"Vamos nos abster de desvalorizações competitivas e fugir de todas as formas de protecionismo," afirmou o grupo em comunicado no final da reunião. "Continuaremos acompanhando a situação, avaliando as repercussões e lidando com os riscos a fim de promover a confiança e a estabilidade financeira".

As lideranças presentes disseram ainda que o crescimento global está aquém das expectativas do G-20, ainda que algumas economias estejam se fortalecendo. Os países-membros do grupo se comprometeram a "tomar medidas decisivas" para apoiar o crescimento econômico global.

Alguns países desenvolvidos, cujas economias vêm se recuperando, poderão elevar as taxas de juros acima de seus níveis históricos, segundo o comunicado, já que os bancos centrais do Reino Unido e dos Estados Unidos se preparam para estabilizar suas políticas monetárias. As lideranças salientaram, porém, que a flexibilização monetária por si só não será capaz de reconduzir o mundo a um caminho de crescimento sustentável e equilibrado. Por isso, apelaram a todos os membros para implementar reformas estruturais em seus países.

O primeiro ministro da Turquia, Cevdet Yilmaz, declarou a jornalistas no final da

reunião que os membros do grupo foram tranquilizados com a perspectiva de que a China continuará crescendo em torno de 7% ao ano. "Há uma visão geral de que o crescimento vai se manter em cerca de 7%. Isso vai apaziguar as preocupações", disse Yilmaz.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), no entanto, afirmou em comunicado que acredita que os riscos para o crescimento aumentaram. "Especialmente para as economias emergentes", afirmou Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI. "O crescimento ainda é muito moderado e desigual. A única coisa que é muito alta é o desemprego", complementou.

Já o ministro de finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, afirmou que mesmo um abrandamento esperado na economia global não é razão para grande nervosismo. "Não somente a China, como a economia mundial, é resistente o suficiente". Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Na opinião do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é preciso "discutir se há interesse da sociedade para garantir a meta de primário", para o próximo ano, que ele afirmou ser de 0,70% do PIB. Ele disse neste sábado que há um "compromisso do governo" em cumprir este objetivo.

No campo das receitas para 2016, Levy afirmou que "há diversas coisas sendo consideradas, como venda de ativos do governo". Por outro lado, manifestou que em projetos de infraestrutura há bom potencial, que inclusive chama a atenção de países membros do G-20.

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"Estamos discutindo dentro do Congresso e sociedade questões fiscais", afirmou o ministro. "O governo está empenhado, inclusive como tratar de renuncias fiscais", disse. "Há avanços. O Senado também votou a emenda para não ter novos gastos de despesas", disse, ressaltando várias vezes que é preciso encontrar um meio para "viabilizar o ajuste fiscal". "Na democracia se faz as coisas por persuasão", enfatizou.

Levy também apontou que a regularização de recursos de brasileiros que estão no exterior sem declaração ao fisco deve gerar R$ 20 bilhões de uma só vez. A repatriação, segundo ele, pode ser votada na próxima semana no Congresso.

Para Levy, aplicar políticas diferentes na área de tributos para os setores produtivos da economia "é ruim", inclusive porque provoca efeitos negativos sobre a arrecadação federal. "Evitar a erosão da base tributária é evitar a piora da distribuição de renda", comentou. O ministro Levy fez os comentários ao lado do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, depois de ambos participarem das reuniões do G-20 na capital da Turquia.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a conversa que ele teve nesta semana com a presidente Dilma Rousseff foi sobre "economia e orçamento". A frase foi dita depois de ser perguntado por jornalistas se nesta reunião foi discutida a sua permanência ou saída do governo. "Não se discutiu em nenhum momento eu ficar ou não", afirmou.

Ele disse que discute "políticas" públicas e ressaltou que o importante é o País viabilizar a meta de superávit primário de 0,7% do PIB para 2016. "Ajustes com cortes e mais imposto funciona em vários países e pode ser assim no Brasil", afirmou. "Temos que ter humildade em novos compromissos fiscais. Vejo que temos que tomar decisões firmes para manter o grau de investimento", ressaltou.

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"O risco de perder o grau de investimento está ligado à execução do ajuste fiscal", disse. Levy fez os comentários ao lado do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, depois de participarem das reuniões do G-20 na capital da Turquia.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse neste sábado que até o final do ano a economia voltará a crescer, na margem. "Mas só vai ter retomada do crescimento se não tiver perda do grau de investimento", afirmou em entrevista, numa das várias vezes que enfatizou a necessidade da realização do ajuste fiscal. "A questão do investment grade gera incertezas. E quando há dúvidas, fica difícil o PIB crescer", ponderou.

Na avaliação do ministro, já há sinais de recuperação da economia, especialmente nas contas externas, com melhor desempenho das exportações líquidas. "A agricultura vai bem. A safra cresceu 8%, segundo alguns", acrescentou. "Daqui a pouco, as empresas reduzirão bem os estoques", disse. Levy fez os comentários ao lado do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, depois de participarem das reuniões do G-20 na capital da Turquia.

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse neste sábado que a meta de superávit primário para 2016 é de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). "No rádio da Paraíba, a presidente Dilma Rousseff confirmou a meta de 0,7% do PIB para o superávit primário em 2016", afirmou, em entrevista com a imprensa, referindo-se à entrevista que ela concedeu a emissoras do Estado na manhã de sexta-feira (4). Ele continuou: "Precisamos de meta firme para manter o grau de investimento do Brasil. É preciso encontrar um meio para viabilizar isso, inclusive no Congresso."

Levy, que participa do último dia da reunião de ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países integrantes do G-20, destacou que é preciso discutir se há interesse da sociedade em garantir a meta do superávit primário do Brasil. Reforçou também que a perda do grau de investimento para o País colocaria em risco empregos e ainda poderia piorar a vida dos brasileiros.

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A China mudou de posição e passou a apoiar a iniciativa anticorrupção adotada pelos líderes do G-20 no encontro que terminou neste domingo. Com isso, o país também se comprometeu a apoiar medidas de transparência que permitirão revelar os proprietários beneficiários de empresas de fachada e fundos ao redor do mundo.

Os princípios foram divulgados em comunicado ao final do G-20 e devem levar os países a compartilhar informações com agências para a aplicação da lei, para descobrir os donos de companhias de fachada e fundos utilizados por magnatas para sonegar impostos, lavar dinheiro e esconder iniciativas corruptas.

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Inicialmente, a China havia se posicionado contra a aprovação da questão, argumentando que havia pouco tempo para avaliar as reformas propostas. "Foi uma questão interna difícil para eles, mas eles conseguiram passar sobre isso", afirmou um representante da União Europeia sobre as negociações com o país asiático.

Os líderes também apoiaram as recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para fechar brechas na legislação que permitem a multinacionais mover lucros por países para evitar o pagamento de impostos.

O apoio chinês à transparência pode ser motivado por um desejo de combater ainda mais a corrupção, com medidas que permitirão a Pequim investigar indivíduos que querem esconder seus investimentos com empresas de fachada e estruturas de propriedade cruzada. A embaixada da China não comentou a questão. Fonte: Dow Jones Newswires.

A reunião do G-20 na Austrália, essa semana, trará um componente extra para o governo brasileiro. Está confirmada a realização de agenda bilateral da presidente Dilma Rousseff com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Embora tenham conversado por telefone e até se encontrado em outras reuniões internacionais, como na última assembleia da ONU, nos Estados Unidos, essa será a primeira reunião formal com os líderes dos dois países desde a crise diplomática provocada pela espionagem americana no Brasil.

Na prática, Obama já tinha conversado sobre o assunto formalmente com Dilma na reunião passada do mesmo G-20, em São Petersburgo, na Rússia, em setembro do ano passado. Na ocasião, ele tentou fazer um gesto para amenizar o mal-estar provocado pela revelação da espionagem e prometeu apresentar explicações sobre o caso. O gesto de Obama, entretanto, não impediu que Dilma cancelasse a visita oficial que faria até Washington, no mês seguinte, reforçando publicamente sua insatisfação com o problema.

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Agora, as áreas diplomáticas dos dois países concluíram que já existe novamente clima para a retomada de conversas normais entre os dois países. O gelo já havia sido quebrado em telefonemas trocados pelos dois e, especialmente, depois que Obama ligou para Dilma parabenizando-a pela reeleição.

Ainda não está definido o conteúdo do encontro entre os dois presidentes durante a reunião do G-20.

A presidente Dilma Rousseff pretende escolher o novo ministro da Fazenda antes da reunião de cúpula do G-20, marcada para os dias 15 e 16 de novembro, na Austrália. A intenção é acalmar o mercado, desfazer incertezas sobre investimentos e recuperar a credibilidade internacional, aparecendo no grupo das 20 maiores economias do mundo como a presidente disposta a fazer o dever de casa.

Dilma reuniu nesta terça-feira, 28, no Palácio da Alvorada, os ministros Guido Mantega (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Miriam Belchior (Planejamento), mais o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, para discutir as medidas econômicas que devem ser anunciadas pelo governo, na tentativa de segurar a inflação e aumentar o crescimento do País.

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"Acredito que vamos encerrar o ano melhor", disse Mercadante ao Estado. "O período eleitoral é sempre de incerteza e especulação. Passada a eleição, a vida volta ao normal."

Auxiliares da presidente dizem que ela terá de fazer um ajuste fiscal capaz de dar mais eficiência aos programas para garantir emprego e renda e, ao mesmo tempo, apresentar metas consistentes para os próximos anos. A presidente já decidiu que o programa de concessões de infraestrutura sofrerá alterações para se tornar mais atrativo aos bancos privados.

O problema é o tamanho do ajuste. Dilma afirma que ele não será tão severo porque o Brasil está em melhor situação do que em 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo. Em conversas reservadas, porém, até integrantes da equipe econômica afirmam que Dilma deve indicar logo um nome forte para a Fazenda, de preferência do mercado financeiro, para acalmar os investidores.

Trata-se de uma tentativa de reverter a crise de confiança que abala o governo no início do segundo mandato. Na lista dos cotados estão Rossano Maranhão, ex-presidente do Banco do Brasil e executivo do Safra; o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco; e o economista Nelson Barbosa.

O PT prefere Barbosa, que foi secretário executivo da Fazenda no governo Dilma. O economista saiu em 2013 ao entrar em rota de colisão com Arno e com o próprio Mantega, mas se reúne periodicamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem também atuou no governo. Professor da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, Barbosa é colaborador do Instituto Lula.

Em meados do ano passado, Lula sugeriu a Dilma que trocasse Mantega pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Ela, que nunca gostou da "ortodoxia" de Meirelles, não aceitou a sugestão.

Amarras

O escolhido estará mais amarrado à política econômica em curso, sem muito espaço para imprimir sua marca, pelo menos no período inicial do próximo mandato. Esse é um risco apontado por integrantes da área técnica do próprio governo, ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, e pode se tornar um problema para a presidente achar um nome. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, comparecerá à reunião de líderes do G-20 em novembro, confirmou o Secretário do Tesouro da Austrália, Joe Hockey.

Em entrevista à Australian Broadcasting Corp, Hockey disse ter confirmado a informação com o ministro de Finanças da Rússia, Anton Siluanov. "Ele confirmou que o presidente Putin virá à conferência de líderes do G-20 em Brisbane e eu acho que será um diálogo completo e franco", afirmou.

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A Austrália tem se mostrado crítica às atividades da Rússia na Ucrânia, mas Hockey acrescentou que o consenso no G-20 é de que Putin deve comparecer ao encontro. Ele citou o apoio dos EUA e da Alemanha para argumentar contra os pedidos para banir a presença do presidente russo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil se manteve em 2013 entre os países mais desiguais do G-20 pelo terceiro ano consecutivo, mostrou estudo elaborado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) com base em uma compilação de números da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil continuou na 17ª colocação no quesito desigualdade social, à frente apenas de África do Sul e Índia. Em quatro anos de pesquisa, o melhor desempenho brasileiro foi em 2010, quando ocupava a 15ª posição. O levantamento desconsidera a participação da União Europeia e, por isso, conta com 19 países.

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"Particularmente o coeficiente de Gini é um indicador importante relacionado a este ranking e mostra o Brasil em situação bastante desconfortável com relação à distribuição da renda (...). O Brasil tem melhorado neste coeficiente de Gini ao longo dos últimos anos, no entanto, ainda há um longo caminho a percorrer", alertou a Anefac. Austrália, Alemanha e Canadá aparecem como os países menos desiguais do G-20, nesta ordem.

O Brasil ocupou a 14ª colocação no ranking de pobreza, mesmo patamar do ano anterior. "Os países abaixo do Brasil nesse ranking apresentam desempenho que não ameaça a 14ª posição brasileira, porém, aliado ao indicador de desigualdade, constata-se uma distância entre a posição do Brasil como economia global em relação à posição correspondente ao desenvolvimento humano", explicou a Anefac. Abaixo do Brasil seguem México, Indonésia, África do Sul, China e Índia. A associação acrescentou que aproximadamente 10% da população brasileira vive na miséria, e 10 milhões vivem com apenas US$ 1,25 por dia.

No ranking geral, que além desses itens já citados leva em conta tópicos como IDH, Saúde, Educação, Renda e Economia, Desigualdade de Gênero e Sustentabilidade, o Brasil manteve a 15ª colocação pelo segundo ano consecutivo, à frente de Turquia, Indonésia, África do Sul e Índia. A associação explicou que a nota brasileira melhorou, subindo de 4,22 pontos para 4,45 pontos, mas ponderou que os demais países progrediram mais.

As primeiras posições do ranking geral são ocupadas por Alemanha, França e Canadá. Os EUA, maior economia do mundo, estão na oitava colocação. Segundo a Anefac, esse desempenho norte-americano é explicado pelas pontuações fracas nas categorias Saúde e Educação.

O Brasil piorou nas avaliações de IDH (14 para 15), Educação (14 para 15) e Desigualdade de Gênero (14 para 17). O País apresentou estabilidade em Saúde (13) e melhorou em Sustentabilidade (3 para 2) e em Renda e Economia (15 para 11). Este último item passou por uma revisão de critério em relação ao ano anterior. Segundo a Anefac, o Brasil "não apresenta um posicionamento equivalente nos indicadores que compõem a avaliação de renda na ONU".

O G-20 concordou neste sábado em adotar um amplo pacote de medidas estruturais para tentar elevar o crescimento global em 2 pontos porcentuais nos próximos cinco anos. O projeto é uma das prioridades da Austrália durante a presidência do País no G-20 e deve levar ao Plano de Ação de Brisbane, que será assinado durante uma reunião de cúpula nos dias 15 e 16 de novembro.

O pacote foi anunciado durante uma conferência de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 em Cairns. Os representantes também estudam como modernizar o sistema tributário internacional e evitar práticas antiéticas de grandes companhias. "Nós temos a oportunidade de mudar o destino da economia mundial", disse o secretário do Tesouro da Austrália, Joe Hockey, no início do encontro. Segundo ele, o pacote foi montado a partir de mais de 900 propostas enviadas pelos países do grupo.

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Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia global deve crescer 3,4% este ano. De acordo com membros da delegação alemã que participou do encontro do G-20 na Austrália, o pacote anunciado levaria a um aumento de 1,8 ponto porcentual no PIB mundial, na comparação com 2013, mas só se fosse implementado imediatamente. O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, defendeu a meta de 2 pp, mas também alertou que algumas dessas medidas podem alimentar riscos para a estabilidade financeira no longo prazo, segundo informaram fontes com conhecimento do assunto.

Recentemente, Schäuble rebateu críticas de que a Alemanha não esteja fazendo o bastante para apoiar o crescimento global. Durante a conferência na Austrália, ele teria rejeitado demandas dos EUA para que seu país aumentasse os gastos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fez uma avaliação bastante positiva sobre a estratégia adotada pelo Brasil para reagir à turbulência gerada pela normalização da política monetária nos Estados Unidos. Ao lembrar do aumento do juro, câmbio flutuante e, mais recentemente, do corte do Orçamento, Tombini disse que "não há reparo" a ser feito.

"O Brasil tem adotado políticas bastante clássicas no enfrentamento dessa situação de transição: ajuste da política monetária, flexibilidade no câmbio e, agora, foi anunciado o corte do Orçamento. Ou seja, um aperto na política", disse durante entrevista no fim das reuniões do G-20 neste domingo na Austrália.

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Além disso, o presidente do BC lembrou que o Brasil também tem um colchão de mais de US$ 375 bilhões em reservas internacionais e que parte desse volume foi acumulado durante o período de forte ingresso de capitais estrangeiros. "De forma que oferecemos proteção contra as variações cambiais para fazer com que esse ajuste nos preços relativos seja absorvido com tranquilidade no País", disse.

"Esse é mais ou menos o receituário que a gente já vem fazendo. Ou seja, não há reparo nesse sentido", disse.

Os líderes de finanças das maiores economias do mundo terão como objetivo impulsionar o crescimento global em mais de US$ 2 trilhões nos próximos quatro anos, visando acelerar a economia mundial em um momento volátil. A meta é que o crescimento global avance 2 pontos porcentuais em 5 anos.

Reunidos em Sydney neste final de semana, o grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20, considerou um plano do Fundo Monetário Internacional (FMI), que inclui a recomendação de que as economias avançadas mantenham sua política de estímulos.

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O plano prevê que os mercados emergentes controlem a inflação e aumentem a competitividade por meio da reestruturação das suas economias.

O FMI estabeleceu uma estratégia para que o crescimento da economia global suba 0,5 ponto porcentual ao longo de quatro anos a partir de 2015. O fundo projetou que o crescimento global será de 3,7% este ano e de 3,9% em 2015.

Os investidores, porém, devem moderar as suas expectativas. As tentativas anteriores do G-20 não foram suficientes para estimular o crescimento ou foram minadas pelas realidades da política nacional e internacional.

"A economia global continua longe de alcançar um crescimento forte, sustentável e equilibrado", disse o G-20, em seu comunicado oficial.

Os ministros de finanças e os presidentes dos bancos centrais dos países do G-20 discutiram maneiras de lidar com as turbulências da economia da global, e falaram sobre a redução do programa de estímulos dos EUA, a tentativa dos mercados emergentes de subjugar os fluxos de capital voláteis e a estratégia para a zona do euro evitar a deflação.

Alguns países em desenvolvimento disseram que a recente volatilidade dos mercados emergentes refletiu a rápida redução do programa de compra mensal de ativos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Já o Fed atribuiu a volatilidade às políticas internas dos países.

Mesmo com os sinais recentes de melhora nos Estados Unidos e na zona do euro, o G-20 continua preocupado com a elevada taxa de desemprego em países ricos e com a desaceleração do crescimento das economias emergentes.

A nova estratégia do G-20 precisa que os Estados Unidos, o Japão e a zona do euro mantenham os estímulos para os mercados, enquanto os governos adotam medidas para reduzir os níveis de dívida pública e para tornar suas economias mais competitivas.

Durante as reunião com os demais presidentes das autoridades monetária, Janet Yellen, presidente do Fed, concordou em ser cautelosa com a saída do programa de estímulos para evitar impactos negativos no crescimento econômico norte-americano.

Além disso, o plano do G-20 recomenda que os países emergentes controlem a inflação. Os governos das economias avançadas e emergentes disseram que vão trabalhar na reestruturação de suas economias, incluindo o mercado de trabalho.

O plano do FMI ainda considera que países com superávits comerciais expressivos, como a Alemanha e a China, devem aumentar o consumo interno e se afastar da dependência das exportações.

"Nós sabemos que a reforma estrutural é difícil, mas não temos escolha", disse Joe Hockey, secretário do Tesouro da Austrália. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fez uma avaliação positiva sobre o fluxo de capitais estrangeiros para o Brasil nos dois primeiros meses de 2014. Após a saída de recursos no fim de 2013, a tendência mudou e o País já recebeu algo em torno de US$ 3 bilhões no fluxo cambial acumulado de janeiro e fevereiro.

"Nesses últimos dois meses, nós temos recebido fluxo líquido no Brasil. Em janeiro, foi US$ 1,6 bilhão. Fevereiro ainda não saiu, mas até o momento recebemos mais de US$ 1 bilhão. Fevereiro está vindo forte. Então, estamos caminhando para receber algo em torno de US$ 3 bilhões nos dois meses", disse Tombini em entrevista após a reunião das 20 maiores economias do mundo, o G-20, ao comentar os dados do fluxo cambial. "Depois de alguns meses de saídas líquidas, realmente o número de janeiro fechou bem".

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Além do fluxo cambial positivo, Tombini também ressaltou que os dados de Investimento Estrangeiro Direto (IED) também têm demonstrado força. "O IED veio forte em janeiro. Nós vimos esta semana mais de US$ 5 bilhões de IED", disse, ao comentar o ingresso de recursos observado no mês passado. "Então, o Brasil continua recebendo, mas vai receber menos como todos os outros países emergentes".

A presidente Dilma Rousseff relacionou a suspeita de espionagem ao governo brasileiro feita pelo serviço secreto dos Estados Unidos com interesses comerciais ou econômicos dos norte-americanos. Em entrevista antes de deixar a Rússia, a presidente disse que como o Brasil é uma democracia e não representa ameaça terrorista, a espionagem "não tinha nada a ver com segurança nacional, tinha a ver com fatores geopolíticos, fatores estratégicos ou comerciais e econômicos". Dilma disse que na noite de quinta-feira argumentou com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que a espionagem entre grandes democracias "é incompatível".

"Isso ocorrer no Brasil é um fato gravíssimo porque o Brasil é uma forte, sólida e grande democracia. O Brasil vive há mais de 140 anos em harmonia e de forma pacífica com seus vizinhos da região. O Brasil não tem conflitos étnicos, religiosos, não abriga grupos terroristas e tem em sua Constituição um artigo que veta o uso e a fabricação de armas nucleares. Portanto, todas essas características jogam por terra a justificativa de que todos os atos de espionagem sejam uma forma de proteção contra o terrorismo", disse Dilma.

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Diante dos argumentos, a presidente disse na entrevista que o quadro "só nos permite uma conclusão". "Que essa espionagem, como não tinha nada a ver com segurança nacional, tinha a ver com fatores geopolíticos, com fatores estratégicos ou comerciais e econômicos. E isso é inadmissível principalmente porque se tratam de países com uma tradição de relacionamento histórica", disse, ao comentar que a relação dos dois países e as características do Brasil "jogam por terra qualquer alegação de segurança ou qualquer argumento ligado à proteção contra o terrorismo".

Para Dilma, a espionagem de autoridades brasileiras pelos norte-americanos "afeta interesses econômicos brasileiros, a soberania do Pais, direitos humanos e civis, o que é estarrecedor partindo de um país que tinha na sua fundação o valor da liberdade e dos direitos humanos".

A presidente Dilma Rousseff não confirmou nem negou que a expressão "terrorismo" tenha sido usada pelo grupo dos maiores países emergentes, os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), para se referir à espionagem supostamente feita pelos Estados Unidos. Ontem, o porta-voz do gabinete presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que os Brics teriam comparado a espionagem com "terrorismo". "Não vou dizer se alguém falou ou não falou porque posso não ter ouvido. Mas acho gravíssimo. É pior ou igual", disse Dilma.

Dilma afirmou que "não ouviu" o presidente russo, Vladimir Putin, usar a expressão "terrorismo" ao tratar da suspeita de espionagem dos Estados Unidos sobre terceiros países. "Você sabe que em uma reunião que tem russo, chinês e indiano eu posso não ter ouvido. Mas eu acho irrelevante essa comparação. É pior ou é igual. Acho que é gravíssimo espionar um país democrático", disse Dilma antes de retornar ao Brasil em entrevista no aeroporto de São Petersburgo.

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"Não vejo como alguém defenda que espionar um país democrático, espionar a privacidade de pessoas, dos cidadãos e quebrar a soberania de um país possa ser algo simples", disse. "A gente tem de dar os nomes que as coisas merecem. Terrorismo é terrorismo e espionagem de país democrático é espionagem. Sem julgamento de valor", afirmou, ao comentar que os líderes dos cinco maiores países emergentes "não estavam satisfeitos" com o tema na reunião realizada ontem antes da abertura do encontro de cúpula do G-20.

A presidente Dilma Rousseff teve na manhã desta quinta-feira, 05, uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping. No encontro, Dilma estava acompanhado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega; o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Ao deixar o hotel, Dilma não falou com a imprensa. "A gente faz um balanço de tudo depois. É mais correto fazer isso. Então, falo das reuniões bilaterais, das reuniões dos BRICS e da reunião do G-20", disse, citando os compromissos previstos na Rússia. Há a perspectiva de que Dilma Rousseff fale com a imprensa na saída do país, amanhã à tarde.

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A delegação brasileira impediu nesta quarta-feira, 4, a prorrogação no G-20, por três anos, do acordo chamado Stand Still, pelo qual as maiores economias do mundo, reunidas em São Petersburgo, Rússia, se comprometiam a não mexer em tarifas de importação ou adotar novas medidas protecionistas. Com apoio da Argentina, o Brasil impediu um consenso à renovação até 2016 com a alegação de que o acordo mantinha uma situação injusta.

O Stand Still foi adotado na Cúpula de 2008, em Washington, com a intenção de não permitir que os países do grupo adotassem medidas protecionistas para se proteger da crise financeira, ainda em seu início. Desde então, foi renovado a cada encontro anual. Dessa vez, a intenção era manter a validade do acordo por um período mais longo. A necessidade de consenso, no entanto, esbarrou na determinação das delegações brasileira e argentina.

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A justificativa do Itamaraty é que o Brasil teria espaço ainda, se quisesse, para aumentar suas tarifas dentro das regras estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Outros países do grupo, no entanto, que teriam subsídios e barreiras considerados ilegais, não mudam por estarem protegidos pelo acordo do G-20.

Do outro lado das negociações, alguns países desenvolvidos avaliaram que a posição brasileira é de quem enterrou de vez as esperanças de ver a Rodada Doha sair da atual imobilidade. Ou seja, o Brasil aceitava o acordo até que a rodada desse resultados, quando todas as tarifas cairiam. A visão chegou a ser usada como pressão sobre a delegação brasileira, pois passariam um sinal negativo justamente quando o brasileiro Roberto Azevêdo assume a direção-geral da OMC com a determinação de ressuscitar Doha.

O Itamaraty, no entanto, alega que a posição é o contrário: o stand still mantinha, em teoria, as coisas como estavam e facilitava para que os países desenvolvidos tivessem interesse em se dedicar a Doha. Com a perspectiva de retomada das negociações a partir do encontro ministerial de Bali, em dezembro, não haveria por que manter um acordo injusto.

O Stand Still, na verdade, não passa de um acordo de cavalheiros, já que não tem força vinculante. O Brasil é o maior exemplo. Nesse período aprovou, com os demais países do Mercosul, a elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) para 100 produtos. Por conta própria, aumentou em 30 pontos porcentuais o Imposto sobre Produtos Industrializados para carros fabricados fora do Brasil. As tarifas reduzidas foram de produtos que não são fabricados no País.

Medidas semelhantes foram tomadas por outros países. O Stand Still (manter-se imóvel, na tradução literal do inglês), na realidade, moveu-se bastante nesse período.

A presidente Dilma Rousseff chegou no início da noite desta terça-feira (3) ao aeroporto Pulkovo, na cidade russa de São Petersburgo. O desembarque aconteceu por volta das 20h30 no horário local (13h30 em Brasília). A presidente irá participar da reunião de cúpula do grupo das 20 maiores economias do mundo, o G-20.

Dilma ficará hospedada na área conhecida como "Villa Presidencial", uma região de acesso restrito onde há vários palacetes no entorno do local onde acontecerão as reuniões de cúpula do G-20. O encontro entre os grandes líderes mundiais acontecerá na quinta (5), e sexta-feira (6) na região de Strelna, no sul de São Petersburgo, às margens do Golfo da Finlândia.

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Por enquanto, a presidente não tem a previsão de agenda pública na quarta. Durante o período em que estará em São Petersburgo, Dilma também participará de uma reunião dos Brics, grupo composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O encontro de São Petersburgo debaterá como a economia global pode sair da crise de uma forma sustentável e balanceada. Entre os maiores desafios está reduzir o desemprego e a persistência dos desequilíbrios globais.

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