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O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se todas as pessoas que frequentam os tribunais brasileiros devem passar por detectores de metais instalados nas portarias dos fóruns. A questão será julgada em uma ação protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que juízes, promotores, defensores públicos, além de advogados particulares sejam obrigados a passar pelo procedimento ou dispensados da medida. A ordem defende a aplicação dos critérios de forma isonômica. 

Apesar de não ter sido protocolada com base em um caso específico, a ação da OAB coincide com dois episódios ocorridos na última semana envolvendo ameaças a juízes por pessoas que transitam diariamente pelos tribunais e, geralmente, são dispensadas desse procedimento de segurança. 

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Além do relato do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que diz ter ido armado ao STF no intuito de matar o ministro Gilmar Mendes, na quinta-feira (3), um procurador da Fazenda Nacional conseguiu entrar no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, com uma faca de cozinha escondida nas vestimentas e feriu uma juíza no pescoço. 

A OAB argumenta que a Lei 12.694/2012 autorizou os tribunais a tomarem medidas de segurança, entre elas, a instalação de detectores de metais. De acordo com a norma, todos que queiram ter acesso aos prédios dos tribunais devem se submeter ao procedimento de segurança. 

Além disso, a entidade argumenta que diversos tribunais possuem normas particulares sobre quem deve passar nos detectores, geralmente excluindo magistrados e membros do MP, e mantendo os advogados. A OAB defende que a questão seja tratada de forma isonômica, ou seja, que todos passem pelos aparelhos ou ninguém se submeta ao procedimento.

"Em visitas realizadas durante as Caravanas Nacionais das Prerrogativas, representantes deste Conselho Federal [da OAB] puderam constatar em diversos tribunais que membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, magistrados, serventuários da justiça e outros servidores ou contratados podiam adentrar as dependências dos tribunais sem qualquer espécie de controle, enquanto apenas os advogados, as advogadas e os demais cidadãos continuavam a ser submetidos ao mecanismo de detecção ou até mesmo à revista pessoal, sem qualquer justificativa plausível para a existência de tratamento diferenciado", diz a OAB. 

O relator do caso é o ministro Luís Roberto Barroso. Não há data definida para o julgamento da questão. 

Casos Janot e TRF3

Na sexta-feira (27), a Polícia Federal (PF) realizou busca e apreensão na casa e no escritório do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em Brasília. As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, e ocorreram após Janot afirmar, em entrevista, que chegou a ir armado com um revólver ao STF com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar. O fato teria ocorrido 2017. 

Na decisão na qual determinou as buscas, Moraes também suspendeu o porte de arma de Janot, proibiu o ex-procurador de se aproximar de integrantes da Corte, de entrar nas dependências do tribunal, além da apreensão da arma citada nas entrevistas. Ao tomar conhecimento das declarações, Gilmar Mendes disse que Janot é “um potencial facínora".

Na quinta-feira (3), o procurador da Fazenda Nacional, Matheus Carneiro Assunção, entrou na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sediado em São Paulo, com uma faca de cozinha escondida nas vestimentas. Segundo o tribunal, o procurador invadiu o gabinete do desembargador Paulo Fontes, que não estava no local por motivo de férias. Ao entrar na sala, Assunção se deparou com a juíza federal Louise Filgueiras e feriu a magistrada com um corte superficial no pescoço. Um servidor conseguiu conter o agressor, que foi preso pela Polícia Federal. A juíza foi atendida pelo serviço médico do tribunal e passa bem.

O operador de um fórum da internet não pode ser considerado responsável judicialmente dos comentários injuriosos ou grosseiros desde quando não contenham discursos de ódio ou incitação à violência, declarou nesta terça-feira (2) a Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH).

Em uma sentença sobre um litígio diante da Justiça húngara, os juízes europeus definiram a jurisprudência fixada em junho passado a propósito dos sites da internet com relação aos comentários publicados nos fóruns. 

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Nesta sentença, haviam destacado que os operadores eram responsáveis pelas mensagens injuriosas escritas por internautas que incluíam expressões manifestas de ódio e ameaças flagrantes publicadas em seus fóruns.

Ao contrário, nesta terça-feira (2), a Corte determinou que os tribunais húngaros não deveriam responsabilizar os portais da internet por propósitos contra sites de anúncios imobiliários, porque embora injuriosos e inclusive grosseiros, este comentários não eram de fato declarações difamatórias, mas a expressão de um juízo de valor ou de opiniões, e portanto não constituíam propósitos claramente ilícitos.

Neste caso, dois portais húngaros haviam apresentado um processo diante da CEDH porque consideravam que a decisão da Justiça húngara os obrigava a moderar o teor dos comentários deixados pelos internautas, o que, segundo eles, vai contra a liberdade de expressão da internet. 

A CEDH lhes deu a razão destacando que os portais haviam instalado uma opção para marcar conteúdos inapropriados, de forma a poder suprimi-los.

Os juízes europeus destacaram também que, assim tal qual, a sentença da Justiça húngara poderia incentivar os demandantes a suprimir completamente a possibilidade de que os internautas deixem comentários online, o que manifestadamente constituiria um obstáculo à liberdade de expressão.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, Marcos da Costa, disse que "é um equívoco" a medida tomada pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de mandar o Ministério Público desocupar as salas nos prédios forenses que abrigam promotores.

É a primeira manifestação da OAB sobre a ameaça que inquieta os promotores. "É um equívoco (desalojar os promotores) porque Justiça se faz com magistrados, advogados e promotores", alerta Marcos da Costa. "O fórum é um local que precisa ter espaço para que os profissionais da Justiça, da Advocacia e do Ministério Público exerçam suas missões."

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A medida para a desocupação foi comunicada no dia 17 de abril pelo presidente do TJ/SP, desembargador Ivan Sartori, ao procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa.

Na petição ao chefe do Ministério Público Estadual, o desembargador alega que os juízes estão sem espaço para exercer suas funções e fixou prazo de 40 dias a até 90 dias para que todos os promotores desocupem as salas.

O ato alcança 522 promotores e 1290 servidores do Ministério Público que atuam em 58 fóruns.

O choque entre os chefes do Judiciário paulista e do Ministério Público Estadual foi parar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por iniciativa de Elias Rosa, que não admite que seus pares sejam desalojados e decidiu enfrentar pessoalmente a demanda.

Elias Rosa pediu abertura de procedimento no âmbito do CNJ e liminar para impedir que a medida de Sartori tenha êxito. O CNJ marcou para o próximo dia 6 uma audiência de conciliação entre Sartori e Elias Rosa.

O presidente da OAB paulista disse que reconhece as dificuldades de espaço nos fóruns, mas repudia a desocupação das salas dos promotores. "Existem limitações físicas nos prédios, conhecemos o problema, mas o caminho é conseguir orçamento para construção dos fóruns", recomenda Marcos da Costa.

Ele reitera que é "um equívoco" a medida adotada pela Presidência do TJ. "É preciso reservar nos fóruns espaços adequados para o exercício da magistratura, da advocacia e da promotoria."

A crise entre o Ministério Público e o Tribunal de Justiça de São Paulo, que pretende desalojar 522 promotores e 1290 servidores de 58 prédios forenses no Estado, ganhou um novo capítulo. Em despacho emitido na noite desta quinta feira, 25, o juiz conselheiro José Guilherme Vasi Werner, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), marcou para o dia 6 de maio uma audiência na qual ficarão frente a frente o procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, e o presidente do TJ, desembargador Ivan Sartori.

Vasi Werner, que nesta sexta feira participou de evento promovido pela Escola Paulista da Magistratura e da Associação Paulista de Magistrados, pretende "colher melhores informações sobre a controvérsia e viabilizar possível acordo entre as instituições". Ele decidiu convocar o encontro entre os chefes dos dois poderes após examinar representação de Elias Rosa, que insurgiu-se contra o desalojamento dos promotores.

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Em seu despacho, Vasi Werner, que é juiz de carreira, fez uma solicitação que causou preocupação entre promotores e procuradores. O conselheiro quer que o Ministério Público, em 48 horas, apresente "informação a respeito da existência de cronograma de desocupação das áreas a ele afetadas nos prédios forenses, apresentando no mesmo prazo o próprio cronograma". Promotores argumentam que esse trecho do despacho do conselheiro indica um suposto "pré julgamento".

Vasi Werner pediu ao TJ que, também em 48 horas, entregue "informação pormenorizada sobre os espaços e suas respectivas dimensões, que planeja manter em poder do Ministério Público".

Serão inaugurados nesta quarta-feira (11) dois novos fóruns em Pernambuco. As unidades são nas cidades de São José da Coroa Grande e Cortês.  As solenidades contarão com a presença do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador José Fernandes de Lemos.

A iniciativa tem como objetivo melhorar o atendimento jurisdicional, beneficiando, dessa forma, a população. Também busca uma prestação mais célere. A primeira inauguração será a do Fórum de São José da Coroa Grande, às 10h30. O evento acontece na rua Inaldo Morais de Acioli, s/n, no centro da cidade. Já a cerimônia de inauguração do Fórum de Cortês acontecerá às 16h30, na PE 85, km 26.

O Fórum de São José da Coroa Grande tem dois pavimentos com, aproximadamente, 600 m² de área construída. A unidade tem espaço para uma vara, com secretaria, sala de audiências, gabinete de juiz e sala do assessor, além de salão do Tribunal do Júri, depósito judicial, defensoria, distribuição, arquivo geral e salas dos jurados, dos oficiais de justiça, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A obra custou R$ 1.272.529,93.

A unidade de Cortês possui um pavimento com cerca de 400 m². O Fórum abriga salas para OAB e defensoria, para oficiais de justiça, arquivo, promotoria, distribuição, além de salas para o juiz, de audiência e salão do júri, com 58 lugares. O valor total da obra foi de R$ 1.121.105,76.

Os prédios foram projetados em conformidade com as normas de acessibilidade para portadores de necessidades especiais, com a instalação de rampas, corrimãos, banheiros e estacionamentos adaptados. Os projetos foram desenvolvidos pela Diretoria de Engenharia e Arquitetura do TJPE.

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