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As produções cinematográficas de Pernambuco ganharam em 15 das 22 categorias do Festival de Cimema de Brasília, realizado nesta terça-feira (23), no Cine Brasília. Porém nem tudo foi satisfatórios para os participantes do Festival. Uma carta endereçada aos organizadores do evento foi criada, com o intuito de pontuar algumas instatisfações.

A carta possui ao todo seis itens. Os participantes reclamaram do valor do prêmio finalista de R$ 250 mil ser tão diferente das outras categorias, o que implicaria num clima de competitividade exacerbada entre os diretores. Na carta, eles deixam claro que não são contra ao fato de haver uma competição entre as produções, porém, sentiram-se desconfortáveis com essa disparidade e resolveram dividir o prêmio final em partes iguais. 

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"O gesto proposto pelos realizadores este ano serve como sugestão de uma partilha futura dos recursos hoje concentrados no prêmio de melhor longa-metragem. Entendemos que uma distribuição de verba entre os filmes, à título de pagamento de direitos de exibição, associada ao um prêmio em dinheiro para melhor filme, representaria uma forma mais isonômica de emprego do valor". A carta conseguiu mais de trinta assinaturas.


As produções cinematográficas de Pernambuco ganharam em 15 das 22 categorias do Festival de Cimema de Brasília, realizado nesta terça-feira (23), no Cine Brasília. A premiação de melhor longa foi Branco sai, preto fica, de Adirley Queirós, da Ceilândia (DF). 

Entre os curtas apresentados, Sem coração, da Trincheira Filmes, ganhou quatro troféus na noite: melhor curta, melhor curta pelo Canal Brasil, montagem e direção (os dois últimos por Nara Normande e Tião).

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Entre os longas-metragens, Ventos de agosto, de Gabriel Mascaro, faturou Melhor Fotografia (feita pelo próprio Gabriel Mascaro), melhor atriz (Dandara de Morais) e o Troféu Cinema para Cegos. Já Brasil S/A foi considerado melhor roteiro e direção (para Marcelo Pedroso), levando ainda mais dois candangos - de som, para Pablo Lamar e trilha sonora, para Mateus Alves. 

 No 47º Festival de Cimema de Brasília, os diretores concorrentes à categoria de Melhor Filme optaram por dividir entre eles o prêmio de R$ 250 mil em dinheiro.

Confira a lista completa dos premiados aqui.

Confira o trailer do curta Sem Coração:


 

Estão abertas as inscrições para as mostras competitivas do 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Além do Troféu Candango, serão distribuídos 37 prêmios totalizando R$ 700 mil aos vencedores. O evento será realizado de 17 a 24 de setembro, no Cine Brasília.

Para concorrer, os filmes de longa metragem deve ter duração mínima de 70 minutos, ser inédito no Distrito Federal e, preferencialmente, nos demais estados, e não ter obtido o prêmio de melhor filme do júri oficial em outro festival nacional. Nesse caso, há dua categorias: ficção e documentário.

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Já os curtas poderão competir em três grupos: animação, ficção e documentário. A obra precisa ter no máximo 25 minutos e ser inédita no DF.

As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de junho no site do festival. Todas as obras devem ter sido concluídas a partir de agosto de 2012 e não ter participado dos eventos anteriores.

No ano passado, os diretores pernambucanos Marcelo Gomes e Marcelo Lordello dividiram o principal prêmio das mostras competitivas. Pela categoria de melhor longa-metragem de ficção, eles venceram com Era uma vez eu, Verônica e Eles voltaram.

A dobradinha pernambucana formada pelos diretores Marcelo Gomes e Marcelo Lordello dividiu, na noite dessa segunda-feira (24), o principal prêmio das mostras competitivas do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Pela categoria de melhor longa-metragem de ficção, os cineastas receberam R$ 250 mil.

Com a trama Era Uma Vez Eu, Verônica, Marcelo Gomes apresentou o universo particular de uma médica recém-formada que vive uma crise existencial, revelando questionamentos universais sobre a profissão, as relações afetivas e o cotidiano em uma cidade grande, Recife, capital de Pernambuco.

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Para Gomes, o empate na disputa pelo melhor longa-metragem reforça a força do cinema pernambucano e os ingredientes que têm possibilitado os destaques que essas produções conquistaram. “É prova de que o cinema pernambucano está se renovando, acho que tem uma garra muito grande e o desejo de fazer cinema, uma vontade de refletir sobre o que é viver fora do eixo Rio-São Paulo. O Brasil não é uma Via Dutra. É mais do que isso”, avaliou.

Ambicioso, Marcelo Gomes, que elenca a garra e o diálogo entre os cineastas pernambucanos e a lei de fomento estadual como ingredientes do sucesso, acrescentou que os diretores e produtores entram, a partir de agora, em nova fase.

“Temos que atingir as salas do Brasil todo. Esse é o grande desafio. Acho que tantos os distribuidores quanto os exibidores têm de acreditar no nosso cinema e o governo fomentar a ida às salas de exibição no Brasil inteiro. A gente precisa formar plateias porque o nosso cinema é o espelho da nossa cultura, nossa identidade. Este país só vai reconhecer sua cultura fortemente quando tiver um cinema forte e que combata o Batman. Espero que Verônica tire o Batman de cartaz”, disse, aos risos.

O filme de Marcelo Gomes também foi vencedor do prêmio de júri popular, como melhor longa-metragem de ficção, e recebeu as premiações oficiais de melhor roteiro, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhor ator coadjuvante pela atuação de W.J. Solha. Era Uma Vez Eu, Verônica também foi vencedor do Prêmio Vagalume, de cinema para cegos.

O prêmio oficial de melhor longa-metragem de ficção, compartilhado com o diretor Marcelo Lordello que dirigiu Eles Voltam, reforçou a renovação do cinema pernambucano. Lordello apresentou um filme que retrata problemas sociais cotidianos ao longo da  história de uma menina de 12 anos, vivida pela atriz Maria Luiza Tavares, e seu irmão mais velho, que vivem experiências e aventuras no retorno para casa, depois de serem deixados na estrada por seus pais, durante uma viagem em família.

Lordello comemorou a vitória com a certeza de ter conseguido registrar o alerta para questões sociais que o filme aborda, como as desigualdades presentes no país. “Acho que estamos mandando o recado. É meu primeiro longa e vamos continuar a fazer cinema que quer tocar as pessoas e seguir arriscando”.

Pouco antes de correr para abraçar o filho que esperava ansioso pela comemoração, o diretor acrescentou que a divisão da premiação com outro pernambucano revela a força do setor no estado. “Estamos falando de uma edição do festival que teve vários filmes pernambucanos premiados. Isso é prova de que foi ótimo”.

Eles Voltam também foi vencedor do prêmio da crítica, como melhor longa-metragem geral. As atrizes Elayne de Moura e Maria Luiza Tavares receberam o prêmio de melhor atriz coadjuvante e melhor atriz.

Pernambuco é destaque na programação da 45ª edição do Festival de Cinema de Brasília, que foi divulgada nesta quarta-feira. Entre os 126 longas e 45 curtas-metragens enviados, o Estado reúne quatro títulos na lista dos selecionados para a mostra competitiva de longas-metragens e dois curtas. Outro destaque foi o Rio de Janeiro, que também é representado por quatro produções na mostra.

A competição oficial de longas apresenta seis filmes. O destaque pernambucano fica com Era Uma Vez Eu, Verônica, filme de Marcelo Gomes (Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo – 2009).  Os outros conterrâneos participantes da categoria ficção são Boa Sorte, Meu Amor, de Daniel Aragão, Eles Voltam, de Marcelo Lordello, e o documentário Doméstica, de Gabriel Mascaro.

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A 45ª edição do Festival de Cinema de Brasília acontece entre 17 e 24 de setembro e distribui R$635 mil em prêmios. O filme escolhido para abrir o Festival (alheio às competições) é A Última Estação, de Márcio Curi.

Filmes participantes

Longas-metragens de ficção
A Memória que me Contam, de Lucia Murat (RJ)
Boa sorte, Meu Amor, de Daniel Aragão (PE)
Eles Voltam, de Marcelo Lordello (PE)
Era Uma Vez Eu, Verônica, de Marcelo Gomes (PE)
Esse Amor que Nos Consome, de Allan Ribeiro (RJ)
Noites de Reis, de Vinicius Reis (RJ)

Longas-metragens de documentário
Doméstica, de Gabriel Mascaro (PE)
Elena, de Petra Costa (SP)
Kátia, de Karla Holanda (PI)
Olho Nu, de Joel Pizzini (RJ/MT)
Otto, de Cao Guimarães (MG)
Um filme para Dirceu, de Ana Johann (PR)

Curtas-metragens de ficção
A Mão que afaga, de Gabriela Amaral Almeida, 19min (SP)
Canção para minha irmã, de Pedro Severien, 18min (PE)
Eu nunca deveria ter voltado, de Eduardo Morotó, Marcelo Martins Santiago e Renan Brandão, 15min (RJ)
Menino peixe, de Eva Randolph, 17min (RJ)
Vereda, de Diego Florentino, 20min (PR)
Vestido de Laerte, de Claudia Priscilla e Pedro Marques, 13min (SP)

Curtas-metragens de animação
Destimação, de Ricardo de Podestá, 13min (GO)
Linear, de Amir Admoni, 6min (SP)
Mais Valia, de Marco Túlio Ramos Vieira, 4min22 (MG)
O Gigante, de Luís da Matta Almeida, 10min35 (SC)
Phantasma, de Alessandro Corrêa, 10min20 (SP)
Valquíria, de Luiz Henrique Marques, 8min32 (MG)

Curtas-metragens de documentário
A cidade, de Liliana Sulzbach, 15min (RS)
A ditadura da especulação, de Zé furtado, 10min20 (DF)
A guerra dos gibis, de Thiago Brandimarte Mendonça e Rafael Terpins, 19min30 (SP)
A onda traz, o vento leva, de Gabriel Mascaro, 24min47 (PE)
Câmara escura, de Marcelo Pedroso, 25min (PE)
Empurrando o dia, de Felipe Chimicatti, Pedro Carvalho e Rafael Bottaro, 25min (MG)

Brasília - O filme Hoje, de Tata Amaral, foi o grande vencedor do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Além do Candango de Ouro de melhor filme, o longa levou o prêmio da crítica e as estatuetas melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor roteiro e de melhor atriz para Denise Fraga. "Espero que nunca mais haja tortura em nosso país", disse a diretora Tata Amaral, ao receber o maior prêmio da noite.

O filme aposta na mistura de sentimentos e prende a atenção do público com uma história que vai desnudando traumas, culpas e medos de um casal torturado pelo regime militar.

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O filme Meu País, de André Ristum, levou os prêmios de melhor montagem, melhor trilha sonora, melhor direção e de melhor ator para Rodrigo Santoro. A trama de Meu País trata das sutilezas das relações parentescas.

O documentário As Hiper Mulheres, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro, levou o prêmio de melhor som.

O prêmio de melhor atriz coadjuvante foi para Gilda Nomacce, por sua atuação no longa Trabalhar Cansa. O escolhido como melhor ator coadjuvante foi Ramon Vane, do longa O Homem que Não Dormia.

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