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A partir desta sexta (7), o filme pernambucano Eles voltam entra em cartaz no Recife, com sessões no Cinema da Fundação e São Luiz. Com direção e roteiro de Marcelo Lordello, o longa já foi exibido em 12 países da América, Ásia e África e venceu o Festival de Brasília de 2012, ao lado de Era uma vez eu, Verônica.

O filme conta a história de Cris (Maria Luíza Tavares) e Peu (Georgio Kokkosi), irmãos que são deixados na beira de uma estrada pelos pais. Eles foram castigados por brigar durante uma viagem à praia. Depois de algum tempo, Peu sai em busca de um posto de gasolina. Enquanto isso, Cris permanece no local e, sem notícias dos pais e do irmão, ela decide percorrer sozinha o caminho de volta para casa.

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No Cinema da Fundação, o filme ganha três sessões nesta sexta: às 16h30, 18h30 e 20h30. No São Luiz, a sessão é às 17h30 na sexta, sábado, domingo, terça e quarta-feira. A programação completa do Cinema da Fundação pode ser conferida no site da Fundaj

No São Luiz, a programação ainda tem Somos o que somos, às 15h30, também na sexta, sábado, domingo, terça e quarta-feira. O filme pernambucano Tatuagem segue em cartaz com sessões às 19h30.

Os ingressos do Cinema da Fundação custam R$ 10 inteira e R$ 5 meia. No São Luiz, R$ 4 inteira e R$ 2 meia.

A Jornada de Luta por Reforma Agrária no Recife, começa nesta segunda-feira (15), com três dias de exibições de filmes e debates no cinema São Luiz e Teatro Arraial. O evento é uma parceria entre MST e Fundarpe/Secult e conta com a participação de cineastas e de João Pedro Stédile (direção nacional do MST), debatendo agroecologia e luta pela terra.

O mês de Abril para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) é um mês de manifestações. No dia 17 de Abril de 1996 ocorreu um dos mais cruéis massacres ao movimento, dezenove sem-terra foram assassinados, no município de Eldorado dos Carajás, decorrente da ação da polícia do estado do Pará. A data se tormou o Dia Internacional de Luta pela Reforma Agrária e o mês, Abril vermelho.

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A programação envolve filmes que tratam as questões de conflito na luta pela terra, do agronegócio e agrotóxicos, bem como os que trazem discussões mais filosóficas sobre a temática. Na segunda (15) às 19h, é exibido no Cinema São Luiz, o longa-metragem de ficção Eles Voltam, filme do diretor Marcelo Lordello, possui uma cena filmada no assentamento Chico Mendes. Sobre esse mesmo tema será o debate com João Pedro Stédile no Teatro Arraial, após a exibição do filme O Veneno está na Mesa, do cineasta Silvio Tendler, às 19h.

O evento também conta com uma feira de produtos orgânicos de assentamentos da região metropolitana e apresentações musicais de repentistas e música nordestina em geral, na quarta (17), às 11h, na Casa da Cultura.

Confira a programação da Jornada de Luta por Reforma Agrária:

Segunda (15) | 19h - Cinema São Luiz

Eles Voltam, com apresentação do diretor Marcelo Lordello

Terça (16) | 19h - Teatro Arraial


O Veneno está na Mesa Debate com João Pedro Stédile 

Quarta(17) | das 11h às 14h - Casa da Cultura

Feira de Produtos Orgânicos da Reforma Agrária

 

Apresentações musicais:

Talis Ribeiro

Edilson Ferreira e Antônio Lisboa

Adriana e Nelson

Quarta(17) | 19h - Teatro Arraial

Raiz ForteVidas Cheias

Encerrando a mostra Expectativa 2013, nesta quarta-feira (19), às 19h30, o cinema da Fundação Joaquim Nabuco programou uma nova sesão do filme “Eles Voltam” de Marcelo Lordello.  A projeção será seguida por um debate com o diretor, a produtora Mannuela Costa e parte da equipe do filme.

As primeiras 100 pessoas da fila, terá entrada gratuita para assistir a sessão.

Eles Voltam

(Bra., 2012) De Marcelo Lordello. Com Maria Luiza Tavares, Georgio Kokkosi, Elayne de Moura, Mauricéia Conceição, Jéssica Silva, Irma Brown, Clara Oliveira, Germando Haiut, Teresa Costa Rêgo. Cris, 12 anos, e seu irmão mais velho são deixados na beira da estrada por seus pais.

Em pouco tempo percebem que o castigo vem a se tornar um desafio ainda maior. O filme acompanha Cris em sua jornada de retorno ao lar. Um caminho feito de encontros, em que realidades distintas serão seus guias. Uma fábula de tons realistas sobre vivências que farão Cris se revisitar.





 

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A dobradinha pernambucana formada pelos diretores Marcelo Gomes e Marcelo Lordello dividiu, na noite dessa segunda-feira (24), o principal prêmio das mostras competitivas do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Pela categoria de melhor longa-metragem de ficção, os cineastas receberam R$ 250 mil.

Com a trama Era Uma Vez Eu, Verônica, Marcelo Gomes apresentou o universo particular de uma médica recém-formada que vive uma crise existencial, revelando questionamentos universais sobre a profissão, as relações afetivas e o cotidiano em uma cidade grande, Recife, capital de Pernambuco.

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Para Gomes, o empate na disputa pelo melhor longa-metragem reforça a força do cinema pernambucano e os ingredientes que têm possibilitado os destaques que essas produções conquistaram. “É prova de que o cinema pernambucano está se renovando, acho que tem uma garra muito grande e o desejo de fazer cinema, uma vontade de refletir sobre o que é viver fora do eixo Rio-São Paulo. O Brasil não é uma Via Dutra. É mais do que isso”, avaliou.

Ambicioso, Marcelo Gomes, que elenca a garra e o diálogo entre os cineastas pernambucanos e a lei de fomento estadual como ingredientes do sucesso, acrescentou que os diretores e produtores entram, a partir de agora, em nova fase.

“Temos que atingir as salas do Brasil todo. Esse é o grande desafio. Acho que tantos os distribuidores quanto os exibidores têm de acreditar no nosso cinema e o governo fomentar a ida às salas de exibição no Brasil inteiro. A gente precisa formar plateias porque o nosso cinema é o espelho da nossa cultura, nossa identidade. Este país só vai reconhecer sua cultura fortemente quando tiver um cinema forte e que combata o Batman. Espero que Verônica tire o Batman de cartaz”, disse, aos risos.

O filme de Marcelo Gomes também foi vencedor do prêmio de júri popular, como melhor longa-metragem de ficção, e recebeu as premiações oficiais de melhor roteiro, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhor ator coadjuvante pela atuação de W.J. Solha. Era Uma Vez Eu, Verônica também foi vencedor do Prêmio Vagalume, de cinema para cegos.

O prêmio oficial de melhor longa-metragem de ficção, compartilhado com o diretor Marcelo Lordello que dirigiu Eles Voltam, reforçou a renovação do cinema pernambucano. Lordello apresentou um filme que retrata problemas sociais cotidianos ao longo da  história de uma menina de 12 anos, vivida pela atriz Maria Luiza Tavares, e seu irmão mais velho, que vivem experiências e aventuras no retorno para casa, depois de serem deixados na estrada por seus pais, durante uma viagem em família.

Lordello comemorou a vitória com a certeza de ter conseguido registrar o alerta para questões sociais que o filme aborda, como as desigualdades presentes no país. “Acho que estamos mandando o recado. É meu primeiro longa e vamos continuar a fazer cinema que quer tocar as pessoas e seguir arriscando”.

Pouco antes de correr para abraçar o filho que esperava ansioso pela comemoração, o diretor acrescentou que a divisão da premiação com outro pernambucano revela a força do setor no estado. “Estamos falando de uma edição do festival que teve vários filmes pernambucanos premiados. Isso é prova de que foi ótimo”.

Eles Voltam também foi vencedor do prêmio da crítica, como melhor longa-metragem geral. As atrizes Elayne de Moura e Maria Luiza Tavares receberam o prêmio de melhor atriz coadjuvante e melhor atriz.

A partir desta terça (18), 30 filmes inéditos disputam as atenções do público e dos jurados da 45ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. As mostras competitivas começam a ser exibidas às 19h na Sala Villa Lobos, do Teatro Nacional, até o próximo dia 24.

A disputa pelo melhor longa-metragem documentário começa com Um Filme para Dirceu. Dirigido pela roteirista e documentarista Ana Johan, o filme conta a história de um gaiteiro que sonhava em viver da música e aos 17 anos ficou paraplégico. Ana Johan acompanhou a vida de Dirceu por três anos para concluir a obra.

Na categoria longa-metragem de ficção, o diretor Marcelo Lordello abre a disputa com Eles Voltam, que relata a trajetória de dois irmãos deixados à beira da estrada como castigo de seus pais, que começam uma jornada de volta ao lar.

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Serão exibidas também mostras de curtas-metragens de ficção, de animação e de documentário. Os filmes que disputam as mostras competitivas foram selecionados entre mais de 600 inscritos e vão disputar prêmios que totalizam R$ 635 mil, distribuídos nas cinco categorias.

Para Vítor Ortiz, secretário executivo do Ministério da Cultura, os festivais de cinema do país são referências importantes para a população. Ele acrescentou que, no caso do Festival de Brasília, esse significado produz reflexos ainda maiores sobre a produção audiovisual do país.

“O Festival de Brasília não é apenas tradicional, mas tradicional e inovador, o que faz com que seja um dos mais importantes do Brasil, pela grande participação e repercussão que sempre alcança. É um espaço importante que dá visibilidade à produção audiovisual brasileira”, avaliou

Ortiz, que representou a ministra da Cultura, Marta Suplicy, na abertura oficial do evento, na noite de ontem (17), acrescentou que hoje o país comemora a aprovação da Lei 12.485, sancionada no ano passado, apontada como uma conquista para a produção audiovisual. “A lei abriu o sistema de TV por assinatura, com a exigência de que tenha cota para o cinema nacional. Essa cota resultou no incremento do Fundo Setorial do Audiovisual, de quase R$ 1 bilhão [recursos de 2012 e 2013], o que representará grande transformação na produção audiovisual brasileira”, disse.

Segundo ele, o incremento vai estimular tanto as produções para a televisão quanto para o cinema. “A abertura desse mercado significa o fortalecimento das produtoras que trabalham com TV, cinema e outras formas de audiovisual”.

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