Tópicos | Era uma vez eu Verônica

A partir desta sexta (7), o filme pernambucano Eles voltam entra em cartaz no Recife, com sessões no Cinema da Fundação e São Luiz. Com direção e roteiro de Marcelo Lordello, o longa já foi exibido em 12 países da América, Ásia e África e venceu o Festival de Brasília de 2012, ao lado de Era uma vez eu, Verônica.

O filme conta a história de Cris (Maria Luíza Tavares) e Peu (Georgio Kokkosi), irmãos que são deixados na beira de uma estrada pelos pais. Eles foram castigados por brigar durante uma viagem à praia. Depois de algum tempo, Peu sai em busca de um posto de gasolina. Enquanto isso, Cris permanece no local e, sem notícias dos pais e do irmão, ela decide percorrer sozinha o caminho de volta para casa.

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No Cinema da Fundação, o filme ganha três sessões nesta sexta: às 16h30, 18h30 e 20h30. No São Luiz, a sessão é às 17h30 na sexta, sábado, domingo, terça e quarta-feira. A programação completa do Cinema da Fundação pode ser conferida no site da Fundaj

No São Luiz, a programação ainda tem Somos o que somos, às 15h30, também na sexta, sábado, domingo, terça e quarta-feira. O filme pernambucano Tatuagem segue em cartaz com sessões às 19h30.

Os ingressos do Cinema da Fundação custam R$ 10 inteira e R$ 5 meia. No São Luiz, R$ 4 inteira e R$ 2 meia.

De 19 de outubro a 1 de novembro acontece, em São Paulo, a tradicional Mostra Internacional de Cinema. Durante duas semanas, a capital paulista recebe, para a 36ª edição do evento, uma seleção de produções contemporâneas de várias partes do mundo, exibidas em diferentes pontos da cidade.

A programação completa ainda não foi divulgada, mas já se sabe que o longa pernambucano Era uma vez eu, Verônica, de Marcelo Gomes está na grade. O filme foi o mais premiado do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro este ano, levando para casa os prêmios de Melhor filme - júri oficial, Melhor filme - júri popular, Melhor Ator Coadjuvante para W.J. Solha, Melhor Roteiro para Marcelo Gomes, Melhor Fotografia para Mauro Pinheiro Jr, Melhor Trilha Sonora para Karina Buhr e Tomaz Alves Souza e o prêmio Vagalume de Melhor Longa-metragem, avaliado por um júri de deficientes visuais.

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No 60º Festival de Cinema de San Sebastian, Era uma vez... recebeu Menção Honrosa pela sua participação na seção Horizontes Latinos. Protagonizado por Hermila Guedes e com um elenco coadjuvante composto por João Miguel, W.J. Solha, Renata Roberta e Inaê Veríssimo, o filme revela as reflexões de Verônica, médica recém-formada que vive uma crise existencial e questiona não só suas escolhas profissionais, mas também suas relações afetivas e capacidade de lidar com a vida no cotidiano de uma cidade grande como Recife.

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo foi criada em 1977 pelo crítico Leon Cakoff. O evento já recebeu diretores como Win Wenders, Pedro Almodóvar, e Quentin Tarantino. A edição deste ano tem seu encerramento no Parque do Ibirapuera com a exibição do clássico do cinema mudo Nosferatu de F.W Murnau (1888-1931). Para acompanhar as atualizações do evento, acesse http://36.mostra.org/.

A dobradinha pernambucana formada pelos diretores Marcelo Gomes e Marcelo Lordello dividiu, na noite dessa segunda-feira (24), o principal prêmio das mostras competitivas do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Pela categoria de melhor longa-metragem de ficção, os cineastas receberam R$ 250 mil.

Com a trama Era Uma Vez Eu, Verônica, Marcelo Gomes apresentou o universo particular de uma médica recém-formada que vive uma crise existencial, revelando questionamentos universais sobre a profissão, as relações afetivas e o cotidiano em uma cidade grande, Recife, capital de Pernambuco.

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Para Gomes, o empate na disputa pelo melhor longa-metragem reforça a força do cinema pernambucano e os ingredientes que têm possibilitado os destaques que essas produções conquistaram. “É prova de que o cinema pernambucano está se renovando, acho que tem uma garra muito grande e o desejo de fazer cinema, uma vontade de refletir sobre o que é viver fora do eixo Rio-São Paulo. O Brasil não é uma Via Dutra. É mais do que isso”, avaliou.

Ambicioso, Marcelo Gomes, que elenca a garra e o diálogo entre os cineastas pernambucanos e a lei de fomento estadual como ingredientes do sucesso, acrescentou que os diretores e produtores entram, a partir de agora, em nova fase.

“Temos que atingir as salas do Brasil todo. Esse é o grande desafio. Acho que tantos os distribuidores quanto os exibidores têm de acreditar no nosso cinema e o governo fomentar a ida às salas de exibição no Brasil inteiro. A gente precisa formar plateias porque o nosso cinema é o espelho da nossa cultura, nossa identidade. Este país só vai reconhecer sua cultura fortemente quando tiver um cinema forte e que combata o Batman. Espero que Verônica tire o Batman de cartaz”, disse, aos risos.

O filme de Marcelo Gomes também foi vencedor do prêmio de júri popular, como melhor longa-metragem de ficção, e recebeu as premiações oficiais de melhor roteiro, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhor ator coadjuvante pela atuação de W.J. Solha. Era Uma Vez Eu, Verônica também foi vencedor do Prêmio Vagalume, de cinema para cegos.

O prêmio oficial de melhor longa-metragem de ficção, compartilhado com o diretor Marcelo Lordello que dirigiu Eles Voltam, reforçou a renovação do cinema pernambucano. Lordello apresentou um filme que retrata problemas sociais cotidianos ao longo da  história de uma menina de 12 anos, vivida pela atriz Maria Luiza Tavares, e seu irmão mais velho, que vivem experiências e aventuras no retorno para casa, depois de serem deixados na estrada por seus pais, durante uma viagem em família.

Lordello comemorou a vitória com a certeza de ter conseguido registrar o alerta para questões sociais que o filme aborda, como as desigualdades presentes no país. “Acho que estamos mandando o recado. É meu primeiro longa e vamos continuar a fazer cinema que quer tocar as pessoas e seguir arriscando”.

Pouco antes de correr para abraçar o filho que esperava ansioso pela comemoração, o diretor acrescentou que a divisão da premiação com outro pernambucano revela a força do setor no estado. “Estamos falando de uma edição do festival que teve vários filmes pernambucanos premiados. Isso é prova de que foi ótimo”.

Eles Voltam também foi vencedor do prêmio da crítica, como melhor longa-metragem geral. As atrizes Elayne de Moura e Maria Luiza Tavares receberam o prêmio de melhor atriz coadjuvante e melhor atriz.

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