Uma onda de explosões ocorreu em várias cidades de maioria xiita ao sul de Bagdá e deixou pelo menos 28 mortos, após terminar o período de jejum deste domingo (14), que faz parte da tradição muçulmana durante o mês sagrado de Ramadã.
As mortes seguem-se a uma série de atentados a bomba e assassinatos, os quais causam preocupações de que as lutas sectárias estejam sendo retomadas no país. Também no norte, uma série de tiros e bombas mataram seis pessoas.
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Os insurgentes tem causado uma série de ataques há meses, a pior onda de violência em cinco anos. O ritmo dos atentados aumentou desde o início do mês sagrado muçulmano de Ramadã, na quarta-feira (10), com incidentes diários em um período de caridade e reflexões de paz. A violência atual no Iraque é a pior desde 2008 e já deixou mais de 2,7 mil pessoas mortas desde o começo de abril.
As explosões deste domingo ocorreram antes do jantar que marca o fim do jejum de um dia, cerimônia do Ramadã. Pelo menos oito pessoas foram mortas e 15 ficaram feridas na cidade portuária de Basra, ao sudoeste, por um carro-bomba e outras explosões que se seguiram próximo a um escritório político xiita, disseram dois policiais. Basra é o maior polo da indústria de petróleo do Iraque, a 550 quilômetros ao sudoeste de Bagdá.
Outro carro-bomba explodiu entre lojas e restaurantes em Kut, 160 quilômetros ao sudoeste de Bagdá. Segundo o vice-governador da província, Haidar Mohammed Jassim, cinco pessoas morreram e 35 foram feridas.
A polícia informou que outras explosões de carro-bomba deixaram quatro mortos em uma rua comercial na cidade sagrada xiita de Karbala, cinco próximas a uma feira livre em Nasiriyah e sei próximas a mesquita xiita de Mysayyib, além de 60 feridos no total.
No começo do dia, a policia informou que um homem armado matou dois soldados em um posto de segurança em Mosul, a 360 quilômetros ao noroeste de Bagdá. Horas depois, uma bomba plantada na rua matou um membro do conselho municipal e seu filho em cidade próxima a Mosul. Um atirador em outra área, ao sul de Mosul, atirou contra pontos de checagem matando dois policiais.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques. Mas extremistas sunitas, incluindo o braço iraquiano do Al-Qaeda, costumam estar relacionados a ataques contra xiitas, servidores e forças de segurança, em seu esforço para minar o governo xiita.
Um porta-voz do primeiro-ministro do Iraque disse que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que está prestes a sair do governo, pretende visitar o Iraque no final desta semana. Será sua segunda visita ao Iraque. O governo xiita do Iraque fortaleceu seus laços com Teerã desde que Saddam Hussein foi deposto em 2003.
Fonte: Associated Press.