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A segunda edição da Maratona Tech, competição de tecnologia entre escolas brasileiras, acontece nos meses de agosto e setembro deste ano. Esta edição alcançou 10 vezes mais inscritos que o evento do último ano, com o total de 314 mil alunos inscritos em todo o Brasil.

A competição terá a participação de 2,7 mil escolas públicas e particulares de diversos estados brasileiros e quase quatro mil professores. Entre os estudantes inscritos, a grande maioria é de escolas da região Nordeste, sendo 35%. A região Sul teve 33% do total de cadastros, já o Sudeste teve 20%.

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Os 300 alunos vencedores e 75 escolas irão receber medalhas, notebooks e cursos de imersão de tecnologia. A Maratona Tech procura incentivar o interesse dos jovens pela área e abrir portas para vagas no setor.

O Sindicato dos Professores Municipais do Paulista (Sinprop), na Região Metropolitana do Recife, expõem que a prefeitura do município propôs não remunerar, pelo trabalho excedente, os gestores das escolas municipais. De acordo com o sindicato, a medida exige que as escolas do município passem a funcionar aos sábados, "gerando preocupação e indignação entre os profissionais da Educação".

“Vão colocar a equipe gestora para abrir a escola de segunda a sábado sem receber um centavo a mais, ninguém foi consultado sobre isso. O Sinprop solicita ao prefeito Yves Ribeiro e à Secretaria de Educação que perguntem aos gestores se essa situação é aprovada por eles, e caso seja que paguem o valor, todos precisam receber pelo trabalho dado de forma excedente, o que não pode acontecer é impor o trabalho e não pagar devidamente”, afirmou Gilberto Sabino, presidente do Sinprop.

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Ainda segundo o Sinprop, a rede municipal de ensino teve vários déficits de aula e, consequentemente, os alunos não puderam vivenciar o ano letivo completo. Além disso, Gilberto Sabino ressalta que a decisão da prefeitura de Paulista acarreta no aumento das responsabilidades e carga de trabalho dos gestores, sem oferta de compensação financeira.

“Nós não estamos pedindo nada demais, solicitamos apenas o correto. O problema das aulas não foi causado pelos gestores, não é justo que eles tenham que pagar por isso. Já são muitas obrigações de segunda a sexta-feira, o mínimo que a prefeitura pode fazer é dar o devida compensação a todos”, finalizou o presidente do sindicato.

A Secretaria de Educação de São Paulo, na última quinta-feira (3), confirmou o afastamento de um professor da Escola Estadual Comendador Luciano Guidotti, em Piracicaba. Caso as denúncias de assédio sexual contra duas alunas que teriam 16 e 17 anos e as denúncias de comportamento inadequados forem confirmadas, o docente perderá seu contrato. 

No Boletim de Ocorrência as vítimas informaram que o professor teria dito para uma das alunas que “você é bonita, eu me casaria com você”. Além disso ele teria passado o filme After em sala de aula, que contém cenas de sexo e a produção não é apropriada para menores de 14 anos. As jovens ainda informaram que o docente assediou outros alunos.

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Em nota, a Seduc-SP informou que por meio do Programa de Melhoria de Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP), os alunos estão tendo todo o suporte com acolhidas e rodas de conversa. “A Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) repudia toda e qualquer forma de assédio dentro ou fora do ambiente escolar”, reafirma o órgão.

Durante a cerimônia de sanção do Programa Escola em Tempo Integral (PEI), nesta segunda-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou a criação de um novo programa, “Escola Especial de Matemática”. A iniciativa visa dar suporte para estudantes destaques em olimpíadas de matemáticas desenvolverem suas habilidades específicas.

Alunos que possuem uma notória participação na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e outras competições de matemática. O presidente afirmou que o projeto irá dar recursos para que os alunos medalhistas consigam aprimorar seus talentos.

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“A Escola Especial de Matemática surge como uma resposta para acolher esses jovens talentos, proporcionando condições para desenvolver suas habilidades e competir internacionalmente”, declarou o Planalto.

O presidente defendeu a ideia como uma oportunidade para que jovens brasileiros possam evoluir um caminho nas áreas específicas que possuem maior destaque. Ainda não foram divulgadas informações sobre a data de lançamento ou detalhes de beneficiados do programa, o Ministro da Educação Camilo Santana (PT) contou que a instituição será em tempo integral e localizada no Rio de Janeiro.

"Será uma faculdade especial de matemática para esses alunos [medalhistas]. Ela será no Rio de Janeiro e em tempo integral. O aluno, inclusive, irá morar na faculdade e nós teremos oferta de apartamentos para eles. É uma forma de estimular esses grandes talentos que temos na matemática", afirma Camilo.

Por Mateus Moura

Na última segunda-feira (10), um vídeo de um professor sendo ovacionado pelos alunos viralizou nas redes sociais. O professor de Filosofia e Sociologia Marcilio Lins foi surpreendido pelos alunos do Erem Dr. Francisco Siqueira Carneiro da Cunha, em Lagoa do Carro, Zona da Mata Norte de Pernambuco, ao ser recebido por um corredor de aplausos. Nas imagens, os alunos aparecem aplaudindo e gritando o nome do educador, que estava saindo do colégio após o encerramento do contrato como docente. O vídeo foi gravado no último dia 6 de julho. 

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Marcilio estava na sala dos professores quando uma de suas alunas o avisou que a diretora queria falar com ele. Assim que chegou no corredor com as provas que iria aplicar de baixo dos braços, Marcílio se deparou com a comemoração. A ideia da homenagem partiu dos próprios alunos e foi realizada com autorização da gestão da escola. “Eu estava muito triste porque tive que sair, mas eles confortaram meu coração com tanto carinho. Me contive durante a homenagem no corredor, mas ao chegar na sala para distribuir as provas eu desabei. Chorei feito criança”. Relata o professor. 

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As festas nas salas de aulas ocorreram no último horário. Os estudantes, vindos de uma realidade difícil, se juntaram para fazer bolo, salgados e presentear o tão querido professor com lembranças. “Nunca vou me esquecer das lembranças. Me deram uma caixa cheia de tufos de cabelos com o nome deles (risos), uma alusão à minha careca. A minha tristeza foi vencida pela força do carinho”. Lembra Marcílio. 

Marcílio, que tinha contrato com o estado, teve seu vínculo encerrado após a nomeação dos professores aprovados no último concurso da Secretaria de Educação. Só havia uma vaga no Polo, que atende uma área composta por quatro cidades: Nazaré da Mata, Tracunhaém, Vicência e Buenos Aires. Ele participou do certame, mas ficou na segunda colocação e entrou no cadastro reserva. Mas relata que apenas um professor, não é o suficiente para atender todo o polo. “Ocorre que o déficit de professores segue maior que o número de nomeados. Isso que é injusto”, lamenta o professor. 

O professor ainda aguarda a nova lista de nomeações do Governo do Estado, mas ainda não há previsão para o novo chamamento. “O contrato é minha única fonte de renda. Então, não tem como não ficar preocupado ou ansioso”. Conclui Marcílio. 

Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, afirma que novos professores foram aprovados e nomeados no último concurso, por isso alguns contratos foram encerrados para dar lugar aos concursados. “A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) esclarece que alguns contratos de professores da Rede Estadual de Ensino foram rescindidos por se tratarem de vínculos temporários antigos. Eles estão sendo substituídos pelos docentes aprovados e nomeados no último concurso”, disse o comunicado.

A Delegacia de Sorriso cumpriu nesta sexta-feira (30) mandado de busca e apreensão contra um professor, de 55 anos, investigado por crimes sexuais contra seis vítimas, entre professoras e estagiárias de uma escola do município.

A.A.C.O., é investigado por assédio sexual e violência psicológica. Ele exercia a função em uma escola municipal no Assentamento Jonas Pinheiro onde, desde 2021, já havia reclamações sobre assédios cometidos por ele contra estagiárias, algumas menores de idade, e professoras da unidade.

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De acordo com a delegada Jéssica Assis, do Núcleo de Atendimento a Mulheres, Crianças e Idosos, relatos de vítimas apontam que o investigado alardeava que tinha uma arma de fogo e uma delas o viu com uma pistola na unidade escolar.

A diretoria da escola e a Secretaria de Educação de Sorriso foram informadas dos fatos e o servidor removido para outra unidade educacional no Distrito de Caravaggio. No dia 15 de junho, o investigado foi afastado cautelarmente de suas funções públicas Secretaria Municipal.

Da assessoria.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) apresentou, nesta quarta-feira (28) as conclusões da investigação do ataque à Escola Estadual Professora Helena Kolody, ocorrido no último dia 19. De acordo com as informações, um jovem de 18 anos, que foi preso em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, dois dias depois do crime, é considerado o mentor intelectual do atentado, cometido por um ex-aluno de 21 anos, que atirou em dois estudantes à queima roupa. As informações são da Folha de S. Paulo.

O autor dos disparos conheceu o pernambucano em 2021, quando começaram a ter mais contato por meio de redes sociais e grupos privados na deepweb. O mentor intelectual tinha um grupo virtual onde incitava o ódio e a violência, e chegava a pagar “bônus” ao membro que cometesse algum ato de crueldade. 

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Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina (PR), Fernando Amarantino Ribeiro, o crime vinha sendo planejado há cerca de um ano e meio. “Ele é considerado o autor intelectual e, junto com o atirador, foi o responsável, desde a segunda quinzena de dezembro de 2021, por planejar, arquitetar e trocar mensagens, equipamentos, para a prática deste ato", afirmou durante entrevista coletiva.

As vítimas eram um casal de namorados, Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto da Silva, de 16. O autor dos disparos foi detido ainda na escola, e encaminhado para Londrina, distante cerca de 15 quilômetros de Cambé. Ele foi encontrado morto na cela no mesmo dia em que o mentor de Gravatá foi preso.

Ataque de Cambé

No dia 19 de junho, o atirador entrou na escola alegando que queria obter seu histórico escolar. Ele atirou nos dois adolescentes, e também foi ao banheiro, onde permaneceu por cerca de quatro minutos. Do banheiro, ele publicou um manifesto online em suas redes sociais, em que falava sobre bullying e as motivações para cometer os crimes. Ao ser preso, ele vestia uma veste preta, como a usada em formaturas. Segundo o delegado à frente das investigações, o ato cometido por ele seria considerado como um rito de passagem dentro da célula da qual fazia parte.

O criminoso ainda teve ajuda de outros cúmplices. Um homem de 21 anos, preso no mesmo dia do ataque, em Rolândia, o ajudou a manter o foco, e também entregou a veste preta que ele usou na escola. Alguns dias depois, dois homens, um de 35 anos e outro de 39, foram presos suspeitos de terem vendido a arma usada no crime. A polícia apontou que eles não sabiam para qual fim seria usada a arma.

O terceiro suspeito do ataque que deixou duas vítimas em uma escola estadual do Paraná foi preso, nessa quarta (21), em Gravatá, no Agreste de Pernambuco. O homem de 18 anos é apontado como possível envolvido no crime. 

A localização se deu através do trabalho conjunto entre as polícias civis do Paraná e de Pernambuco, conforme explicou a Secretaria de Segurança Pública do Paraná.  

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"Na tarde desta quarta-feira (21) um outro homem, de 18 anos, foi preso por suspeita de ligação com o episódio ocorrido em Cambé. A captura ocorreu em Gravatá, no estado do Pernambuco, após expedição de mandado de prisão solicitado pela Polícia Civil do Paraná. O cumprimento contou com auxílio de policiais daquele estado. As investigações da PCPR sobre esse caso seguem em andamento", informou em nota. 

LeiaJá também: Lula repudia ataque a tiros em escola no Paraná

O ataque armado ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, ocorreu na segunda (19) e resultou na morte do casal Karoline Verri Alves, de 17 anos, e Luan Augusto, 16.

O autor, um ex-aluno da instituição de 20 anos, foi preso e levado à Casa de Custódia de Londrina. Ele foi achado morto dentro da cela na noite da terça (20). Outro suspeito dividia o espaço com ele e chamou os guardas. Um menor também está apreendido. 

 O governo do Paraná informou nesta quarta-feira (21) que o autor do ataque a um colégio em Cambé, onde dois adolescentes de 16 e 17 anos foram assassinados, foi encontrado morto em uma cela.

O assassino foi achado sem vida por volta da meia-noite, em uma cela da Casa de Custódia de Londrina, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública paranaense e da Coordenação do Departamento Penitenciário de Londrina.

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As causas da morte do atirador de 21 anos estão sendo investigadas.

O assassino estava na mesma cela que um homem suspeito de ter participado do planejamento e da compra do armamento usado no ataque ao Colégio Estadual Helena Kolody. 

Da Ansa

A Escola Técnica Estadual (ETE) de Criatividade Musical localizada no Centro do Recife, em Pernambuco, abriu 95 novas vagas nos cursos técnicos de instrumento musical e canto. Os cursos são gratuitos e as inscrições estão abertas entre os dias 20 de julho até o dia 27 de junho, pelo formulário disponibilizado na internet.

A ETE também irá garantir o direito de inscrição daquelas pessoas que não possui acesso à internet e, por isso, disponibilizará um local de apoio com computadores funcionando de segunda a sexta, das das 8h às 12h e das 13h às 17h, para o público que queira fazer seu cadastro.

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Para participar, é exigido que o candidato tenha concluído ou esteja cursando o ensino médio e que tenha conhecimento em teoria musical, em percepção e solfejo, conhecimento de canto ou do instrumento escolhido para aprender.

O processo seletivo será dividido em duas fases, ambas de caráter eliminatório e classificatório. A primeira com um teste online sobre a teoria e a percepção musical e a segunda, a prova prática de instrumento musical e de canto, será presencial. 

É possível se inscrever apenas em uma opção de curso. As provas estão previstas para acontecer nos dias 29 de junho e no dia 05 de julho. As aulas devem começar no dia 26 de julho.

A brasileira Fernanda Nunes, natural de Londrina, no Paraná, contou em suas redes sociais que foi demitida da escola onde atuava, em Portugal, após o vídeo em que ela aparece conversando com alunos sobre o Brasil viralizar no TikTok. A professora está no país europeu desde o ano passado e foi comunicada por telefone sobre seu desligamento. No vídeo, ela pede à turma opiniões sobre o Brasil e curiosidades do país. 

Em um novo vídeo publicado no Instagram, nessa segunda-feira (19), a brasileira pediu desculpas aos pais e alunos que possam ter se ofendido com a postagem do primeiro vídeo.   

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"Vim pedir desculpas aos pais das crianças, embora tenha preservado todos, não tenha mostrado o nome da escola ou os alunos, tenha mostrado apenas o meu rosto, muitas pessoas se ofenderam", disse.

No TikTok que provocou a demissão, a professora aparece conversando com os estudantes portugueses. Ela pergunta a eles "quem sabe alguma coisa do Brasil” e os alunos dão respostas curiosas. Nesse vídeo, apenas a professora aparece e, no fundo, é possível ouvir as respostas das crianças.  

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Fernanda contou que sempre conversava com os alunos sobre o país em que nasceu e, em um dia, decidiu gravar as respostas. Ela não esperava que o vídeo viralizasse.

"Gravei porque eu amo dar aula, amo aquelas crianças, amo como eles são criativos em dar aquelas respostas. Eles são muito curiosos sobre questões que vêm de outro país. Sempre gostam de coisas que têm no Brasil. Um dia decidi gravar e tomou proporções que eu não esperava", afirmou. 

A professora contou que foi comunicada sobre a demissão por telefone. Emocionada, ela disse que não teve a oportunidade de se despedir dos alunos, mas garantiu que irá respeitar a decisão tomada pela escola. 

"A escola me ligou agora há pouco e pediu para eu não voltar mais na escola porque os pais não gostaram do vídeo. Não tive a chance de me despedir deles, não conseguir ver eles, mas vou respeitar a decisão da escola e dos pais", frisou. Após o ocorrido, Fernanda excluiu o vídeo com os alunos.

Morreu na madrugada desta terça-feira (20) a segunda vítima do tiroteio registrado no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná, depois que um ex-aluno entrou armado na instituição. A informação foi confirmada pelo Hospital Universitário de Londrina, onde o jovem estava internado. A família do estudante autorizou a doação dos órgãos. O nome da segunda vítima ainda não foi divulgado.

O ataque ocorreu na manhã dessa segunda-feira (19). Em nota, o governo do Paraná informou que o ex-aluno teria entrado na escola alegando que solicitaria o seu histórico escolar. O atirador foi detido e encaminhado para Londrina. O governador Ratinho Junior decretou luto oficial de três dias e lamentou o ocorrido. 

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De acordo com a polícia civil, o atirador afirmou que o objetivo era atacar jovens, pois, para ele, “estaria retaliando aquele sofrimento” e mágoa que guardava do tempo em que estudou no colégio. O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, disse que, em depoimento, o autor dos disparos confirmou não ter vínculo com as vítimas. 

O secretário informou ainda que o atirador já havia efetuado um ataque com faca em uma outra escola, no passado, e foi denunciado pelo ministério público. Na época, a polícia militar foi acionada, mas ele fugiu. 

Terceiro ataque

O tiroteio no Colégio Estadual Professora Helena Kolody é o mais recente de um total de três ataques com mortes contabilizados em escolas brasileiras este ano. Desde janeiro, pelo menos seis pessoas morreram em razão de atos violentos praticados em colégios no país. 

Denúncias

O Disque 100 recebe denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100.  O Ministério da Justiça e Segurança Pública também dispõe de um canal para receber denúncias de violência escolar.  

As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Os dois alunos atingidos por disparos de arma de fogo durante o ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná, eram namorados e colegas de sala. A informação foi confirmada ao Estadão por fontes oficiais do governo do Estado.

Um ex-aluno, de 21 anos, entrou armado no colégio na manhã desta segunda-feira (19) alegando que solicitaria seu histórico escolar. Ele disparou contra o casal e foi detido por um professor. Em seguida, foi encaminhado para Londrina, cidade vizinha de Cambé. A polícia investiga a motivação do crime.

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Ex-coroinha em uma igreja da cidade, Karoline Verri Alves, de 17 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. Ela participava do grupo de jovens da Paróquia Santo Antônio de Cambé, onde seus pais são coordenadores. "A jovem era atuante na Igreja", disse a paróquia.

"Neste momento de dor, a Paróquia Santo Antônio de Cambé e a Comunidade Nossa Senhora do Divino Amor transmitem os sentimentos e fazem orações pelos familiares das vítimas e à comunidade escolar psicologicamente abalada", acrescentou, em nota nas redes sociais.

Karoline cursava o 3º ano do ensino médio e era colega de sala do namorado, de 16 anos. O adolescente segue internado em "estado gravíssimo" e os médicos do Hospital Universitário de Londrina tentam estabilizar o quadro de saúde do jovem.

Conforme boletim mais recente, o paciente iniciou infusão de antibioticoterapia, profilaxia (vacina para difteria e tétano), com necessidade de associar medicamento para manutenção dos níveis de pressão arterial e transfusão de sangue, devido aos traumas. Ele respira com ajuda de aparelhos e está na sala de emergência do Pronto Socorro.

"Devido seu quadro de extrema instabilidade, está contra indicado o transporte ao bloco cirúrgico da instituição, por risco de alteração dos parâmetros vitais", afirma o boletim médico.

Ao Estadão, o secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, disse que as informações preliminares apontam que o autor não tinha relação com as vítimas. "É um ex-aluno, que estudou por lá em 2014", disse. Segundo ele, o agressor abandonou os estudos, sem concluir o ensino médio, no ano passado.

Foram apreendidos, junto com o agressor, uma machadinha, carregadores de revólver e a arma utilizada no crime. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que, além desses itens, foi encontrado um caderno com anotações sobre ataques em escolas. Além disso, foi revelado que o agressor é esquizofrênico e estava em tratamento para essa condição, de acordo com informações fornecidas por sua família. No começo da noite, um outro homem, também de 21 anos, foi preso por suspeita de ajudar a organizar o ataque.

O Colégio Estadual Professora Helena Kolody tem cerca de 40 turmas e 634 alunos, segundo a Secretaria da Educação do Paraná. A escola atende turmas de ensino fundamental e médio.

Governador decretou luto de três dias

Por meio das redes sociais, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), lamentou a tragédia. "A violência do brutal ataque em uma escola estadual em Cambé causa indignação e pesar. O assassino foi preso, será julgado e condenado pelo crime bárbaro que cometeu", publicou.

"O professor que imobilizou esse ex-aluno passou por um treinamento recentemente, e as forças policiais chegaram em apenas três minutos ao colégio depois do acionamento, o que evitou uma tragédia ainda maior", disse ele, que decretou luto oficial de três dias no Estado.

Em abril, após atentados em escolas de São Paulo e Blumenau (SC), Ratinho Junior anunciou reforço de 5,6 mil policiais para fazerem rondas nas regiões de escolas estaduais para conter ataques nas instituições de educação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrou indignado com o ataque a tiros em uma escola em Cambé, no Paraná, que resultou na morte de uma jovem, nesta segunda (19). Em publicação no Twitter, Lula prestou solidariedade aos familiares e disse que não dá mais para tolerar a violência nas escolas. 

"Recebo com muita tristeza e indignação a notícia do ataque no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos juntos um caminho para a paz nas escolas. Meus sentimentos e preces para a família e comunidade escolar", escreveu o mandatário.

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Na manhã desta segunda, um ex-aluno do Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná, entrou na unidade com a justificativa de solicitar o seu histórico escolar. Ele matou uma jovem e deixou um outro adolescente de 16 anos ferido. O autor dos disparos tem 21 anos.

Uma aluna morreu e, ao menos, uma pessoa ficou ferida em um ataque a tiros a uma escola de Cambé, no interior do Paraná, na manhã desta segunda-feira (19). De acordo com informações preliminares da Polícia Militar do Estado, o atirador é um homem de 20 anos, ex-aluno da instituição, e que foi preso no local. A ocorrência foi registrada no Colégio Estadual Professora Helena Kolody.

A morte da menina atingida foi confirmada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Um outro aluno, de idade não revelada, teria sido socorrido em estado grave e encaminhado ao Hospital Santa Casa de Misericórdia do município, apresentando ferimentos na cabeça. O colégio atende alunos com idades entre 11 e 18 anos, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, e do 1º ao 3º ano do ensino médio.

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A Prefeitura da cidade afirmou que o atirador procurou a secretaria do colégio para buscar o histórico escolar. Após conseguir o documento, o ataque começou. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros isolaram o local e os estudantes foram liberados das aulas. O Governo do Paraná ainda não se pronunciou.

Familiares desolados reuniram-se neste domingo (18) em um necrotério de Uganda à procura de notícias dos seus entes queridos, após o ataque de um grupo rebelde que deixou 41 mortos em uma escola, a grande maioria estudantes.

O papa Francisco condenou o "ataque brutal" e disse que estava orando pelos jovens neste domingo, quando se encontrou com os fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Pelo menos 41 pessoas morreram na noite de sexta-feira (16) em uma escola de ensino médio do oeste do país, localizada muito perto da República Democrática do Congo (RDC), o reduto da milícia jihadista a quem as autoridades atribuíram o ataque.

As vítimas foram mortas a facadas, baleadas ou queimadas na escola Lhubiriha, na cidade de Mpondwe.

O exército e a polícia acusaram as Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo rebelde ligado ao grupo jihadista Estado Islâmico. A milícia levou seis pessoas sequestradas para a RDC.

Muitas das vítimas morreram queimadas quando os agressores incendiaram um dormitório coletivo, o que complica a identificação e contagem dos desaparecidos.

No necrotério de Bwera, perto de onde ocorreu o ataque, as famílias choravam quando os corpos de seus parentes foram colocados em caixões e levados para o enterro.

Outras continuam sem notícias de seus entes queridos. Muitas das vítimas que morreram queimadas foram levadas para a cidade de Fort Portal, onde passarão por exames de DNA para serem identificadas.

No ataque, 17 estudantes do sexo masculino morreram queimados em seu dormitório. Vinte alunas foram mortas a facadas, de acordo com a primeira-dama e ministra da Educação de Uganda, Janet Museveni. Um segurança também foi morto, segundo as autoridades.

O ataque de sexta-feira foi o mais sangrento em Uganda desde 2010, quando 76 pessoas foram mortas em um duplo ataque em Kampala realizado pelo grupo jihadista somali Al Shabab.

- Um ato "terrível" -

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, denunciou o ato "terrível", e tanto os Estados Unidos quanto a União Africana também condenaram o massacre e enviaram suas condolências.

Ao mesmo tempo, foram levantadas questões sobre como os milicianos evitaram ser detectados em uma área de fronteira sujeita a uma forte presença militar.

O general Dick Olum disse à AFP que os elementos de inteligência coletados apontam para a presença de milicianos da ADF na área pelo menos dois dias antes do ataque, e especificou que será necessária uma investigação para esclarecer os erros.

A milícia ADF começou como um grupo insurgente em Uganda, de maioria muçulmana, e se estabeleceu no leste da RDC em meados da década de 1990. Desde então, foi acusada de matar milhares de civis.

Em 2019, eles juraram lealdade ao grupo Estado Islâmico, que apresenta os combatentes da ADF como um ramo local na África Central. São acusados de ataques jihadistas na RDC e em solo ugandense.

Uganda e a República Democrática do Congo lançaram uma ofensiva conjunta em 2021 para expulsar a ADF de seus redutos congoleses, mas essas operações não conseguiram conter os ataques do grupo.

As escolas são a base educacional da sociedade, desde as fases iniciais aos últimos anos do ensino médio. Além dos conteúdos concretos, as instituições de ensino básico também incentivam o pensamento crítico e a reflexão sobre a realidade.

Em alguns momentos, essa reflexão é feita por uma perspectiva religiosa, por meio da disciplina de ensino religioso.

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O tema faz parte da grade escolar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como uma matéria facultativa, apesar de estar presente em boa parte das instituições de ensino. A forma de lecionar a disciplina pode ser feita de duas maneiras: através de um viés laico ou focado em uma única crença.

O Brasil, um país majoritariamente religioso e cristão, possui milhares de escolas confessionais, ou seja, aquelas que têm uma religião declarada e desenvolvem seus fundamentos durante suas aulas.

Segundo a Prospecta Educacional, em uma pesquisa de agosto de 2020, o país tem  mais de mil unidades escolares que são evangélicas. Já na página de associados da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), estão presentes 901 mil escolas e 117 instituições de ensino superior católicas em 900 municípios brasileiros.

Desde 1890, o Brasil é declarado um país laico e tomou a responsabilidade de separar o Estado da religião para garantir que toda fé tenha direito de existir no país. Ao trazer o conceito religioso para dentro de salas de aulas, para crianças em diferentes fases de crescimento, um questionamento pode surgir: qual deve ser a metodologia utilizada?

Ensino religioso na história

Colonizados por um país católico, nativos e escravizados trazidos para o Brasil tiveram que enfrentar uma catequização para apresentar a religião cristã e seus fundamentos. Durante muito tempo na história do Brasil, a religião e o ensino religioso esteveram presentes com um único objetivo: catequizar e proferir ideais de uma religião específica, neste caso, a cristã.

A proposta de Estado Laico surgiu pela Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (1891), mas foi oficialmente estabelecida na Constituição Federal de 1988 que tornou o ensino religioso uma matéria facultativa nas escolas, ou seja, opcional, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

Confessional x interconfessional

O ensino confessional é voltado para os ensinamentos de uma determinada religião, realidade mais presente nas escolas particulares. Já o ensino interconfessional visa passar informações de mais de um grupo religioso, englobando maiores diferenças e crenças em seu ensino.

A LDB vigente até os dias atuais é a de 1997, que proíbe qualquer tentativa de converter estudantes dentro de sala de aula. Ela foi base para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em que o ensino religioso aparece como uma área específica do conhecimento, com determinações de ensino e formação.

Hoje, o ensino religioso já é reconhecido como uma das cinco áreas de conhecimento do ensino fundamental de nove anos, segundo a Resolução CNE/CEB n.º 04/2010 e Resolução CNE/CEB n.º 07/2010. A disciplina, em teoria, visa transmitir a variedade de fundamentos e valores de diferentes religiões de maneira interdisciplinar e mais subjetiva que outros conteúdos.

O conteúdo segundo a teoria

A BNCC menciona que o ensino religioso tem um caráter científico e integrante das Ciências Humanas. A sua introdução no ensino fundamental I trabalha a escola como uma instituição social que mexe com a imanência e transcendência do ser humano.

“O ser humano se constrói a partir de um conjunto de relações tecidas em determinado contexto histórico-social, em um movimento ininterrupto de apropriação e produção cultural. Nesse processo, o sujeito se constitui enquanto ser de imanência (dimensão concreta, biológica) e de transcendência (dimensão subjetiva, simbólica)”, cita a BNCC.

Seguindo este pensamento, a criança começa a trabalhar e conhecer as diferentes identidades, o igual e o diferente dele. A unidade temática “Identidades e Alteridades” aparece no primeiro ao terceiro ano do fundamental e procura trabalhar as diferenças de cada pessoa, enquanto se aprende e valoriza cada uma delas.

O entendimento de símbolos, ritos, rituais, tradições, espaços e territórios sagrados é trabalhado na unidade temática “Manifestações religiosas”, no primeiro ao quarto ano e retomado no sétimo ano do fundamental. É aqui que as crenças começam a ser apresentadas com seus símbolos e significados para compreender e respeitar as várias religiões.

As “Crenças religiosas e filosofias de vida” estão presentes do quarto ao nono ano do ensino fundamental e trabalham o mito, a divindade, as doutrinas e a fé. O mito procura dar explicações para o que não se tinha explicação, e nele se encontram as divindades que juntas trabalham as doutrinas e as crenças existentes no país.

“No conjunto das crenças e doutrinas religiosas encontram-se ideias de imortalidade (ancestralidade, reencarnação, ressurreição, transmigração, entre outras), que são norteadoras do sentido da vida dos seus seguidores. Essas informações oferecem aos sujeitos referenciais tanto para a vida terrena quanto para o pós-morte, cuja finalidade é direcionar condutas individuais e sociais, por meio de códigos éticos e morais. Tais códigos, em geral, definem o que é certo ou errado, permitido ou proibido. Esses princípios éticos e morais atuam como balizadores de comportamento, tanto nos ritos como na vida social”, declara o texto da BNCC.

É assim que os alunos são apresentados à filosofia da vida e como se desenvolvem os códigos éticos de um povo, nem sempre presas a uma religião. A BNCC diz que “pessoas sem religião adotam princípios éticos e morais cuja origem decorre de fundamentos racionais, filosóficos, científicos”, que se unem à moral comum daquela sociedade.

Interessados podem conferir e ler a Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino religioso e qual arranjo definido para as unidade temáticas e aprendizados ao longo dos nove anos de ensino fundamental clicando aqui.

O conteúdo colocado na prática

Todo conteúdo definido pela BNCC é apenas um modelo sugerido e não obrigatório. É verdade que o Brasil é um estado laico em que nenhum aluno pode sofrer proselitismo religioso, mas é difícil fugir das descendências históricas. Só no âmbito do catolicismo, existiam 2 mil escolas católicas com cerca de 2 milhões de alunos em 2018, um número que cresce cada vez mais.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) declara que oferece o ensino religioso nas unidades escolares da Rede Estadual como não confessional e facultativo. Cerca de 83 professores atuam no estado lecionando a disciplina.

A SEE-PE também informou ao LeiaJá que o ensino é “baseado no respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil, como determina o art. 33 da LDB. As escolas são orientadas a consultar o responsável pelo estudante menor de idade, no ato de efetivação da matrícula, sobre a opção ou não pelo componente em pauta.”

A maior parte das escolas que vão além do ensino religioso e trabalham com uma educação religiosa declarada são instituições privadas e muito procuradas pelos pais.

A pedagoga Érica Viana entende que o ensino é muito polêmico por causa da diversidade étnica da população brasileira.

“O docente deve ter formação pedagógica assegurada na área de Ciências da Religião. A aula consiste em reflexões sobre os fundamentos e costumes das religiões presentes na sociedade brasileira, além de poder estender a outros territórios como religiões orientais e demais que permeiam o mundo”, defende Érica.

No entanto, a possibilidade de ensino confessional e interconfessional diferencia a abordagem de uma escola com educação religiosa e uma escola ‘laica’.

“A diferença da escola laica é que baseia-se no plano de ensino de uma corrente pedagógica. A escola confessional é uma corrente teológica, embora ambas não devem tratar da conversão de seus alunos. Os conteúdos devem explorar, de maneira interdisciplinar, com atividades de estímulo ao diálogo e respeito, e pontuar a solidariedade, amor, paciência, perdão, honestidade e justiça”, explica a pedagoga.

Érica reforça que, de modo algum, a escola pode utilizar seu papel de ensino para catequizar seus estudantes, mesmo no caso da abordagem confessional. Porém, ainda reconhece a preferência dos pais por colocar os alunos em instituições que sigam suas identidades pessoais.

“Proliferou em bairro, em escolas fundamentais, principalmente o fundamental I, que é até o quinto ano, as escolas confessionais, ou seja, que proferem uma fé. Mas termina sendo algo mais engessado que fere um pouquinho a ideia da BNCC”, afirma Viana.

“A BNCC, no fundamental II, cita o ensino religioso como uma matéria obrigatória, então ela já é mais tênue nesta questão. As escolas são mais abertas porque o Estado comporta esse nível de ensino, então elas são mais reguladas, já é mais organizado, digamos assim”, continua.

Érica finaliza seu pensamento ao citar que a responsabilidade que todas as unidades escolares precisam seguir ao ministrar o ensino religioso para seus jovens. Ir de acordo com o que é definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e na Base Nacional Comum Curricular é de total importância pois “no mundo globalizado, se faz necessário essa abertura de entender a diversidade dos povos, de suas crenças e de sua fé.”

O ensino religioso como profissão

Wellington José da Silva é professor de ciências humanas e ministra aulas de ensino religioso há mais de 14 anos. Formado em história e pós-graduado em história da religião, o professor de 40 anos é um grande defensor da valorização do ensino religioso nas escolas.

Wellington José da Silva ministra aulas de ensino reliogoso (Foto: Mariana Ramos/LeiaJá)

“As pessoas acabam confundindo o ensino religioso com uma escola dominical, ou como se fosse uma catequese ou um crisma, né? Na verdade, as aulas de ensino religioso não trilham esses caminhos da doutrina dos ensinamentos mais específicos, mais dogmáticos, mais eclesiásticos das instituições religiosas”, relata o docente.

O professor explica que as aulas de ensino religioso são sobre a “análise do sagrado na sociedade” ao longo da história como um fenômeno social que "está presente há tempos, desde o meio paleolítico, em todas as sociedades".

“O sagrado tem uma relação intrínseca com o ser humano. Então quando a gente tá na escola e vai estudar a cultura religiosa, ensino religioso, a gente vai entender essa relação do ser humano com o sagrado na sociedade, como ele se manifesta. O sagrado é uma questão social, é uma questão que envolve uma relação do ser humano com como ele entende sua vida, como entende a pós-morte”, explica o historiador.

Ao LeiaJá, Wellington José deu maiores detalhes sobre o conteúdo que ministra em sala. Do sexto ano ao terceiro ano, o aluno experimenta o conhecimento diverso da história das religiões, seja judaísmo, islamismo, candomblé, umbanda, cristianismo, etc. São passados o surgimento de cada religião, os princípios delas, quem são seus principais líderes, como elas aparecem na sociedade, em que países predominam, entre outras informações.

“Nós vamos sempre por esse contexto histórico, social e filosófico. Nunca por um caminho doutrinário. O Colégio Maria Auxiliadora [escola em que trabalha] é uma instituição confessional, mas nós temos estudantes das mais variadas religiões possíveis, e também aqueles que não têm religião. São famílias bem plurais”, garante o professor.

Além dos valores, Wellington relembra que os conteúdos de ensino religioso também caem no vestibular. No Sistema Seriado de Avaliação (SSA) 1, 2 e 3, da Universidade de Pernambuco (UPE), há questões sobre sistema religioso, matrizes religiosas e cultura afro em Pernambuco. O Exame do Ensino Médio (Enem) também contempla o assunto desde a história antiga, idade média, a reforma e contrarreforma da idade moderna, as revoluções gloriosas.

Para ele, o ensino religioso deve estar presente em todas as escolas, como forma de conhecer e compreender a sociedade brasileira, que está tão envolvida com a religião em toda a sua história. É a partir deste conhecimento que a sociedade pode trabalhar na empatia e no respeito às diferenças culturais e religiosas.

“O ensino religioso vai, sobretudo, conduzir o estudante a entender que a religião dele não é a verdadeira, não é a mais importante, a religião dele não é que vai se sobrepor. Por isso, a disciplina de ensino religioso é muito importante no combate à descriminação religiosa, à intolerância religiosa que é muito forte no Brasil. A disciplina de ensino religioso conduz o estudante a entender que a gente vive uma pluralidade no mundo”, ressalta.

“Educação é um complexo de setores: Ciências Humanas, Linguagens, Ciências da Natureza e Ciências Exatas. A nossa disciplina também compõe um elemento, ela também compõe um currículo do conhecimento. Então, não é uma disciplina que deve ser vista com preconceito, é uma disciplina que tem que ser vista como um conteúdo essencial ao desenvolvimento humano, assim como é sociologia, história e filosofia”, assegura o docente de ensino religioso.

Instituições confessionais

Com 77 anos de casa, o Instituto Profissional Maria Auxiliadora Recife é referência em escola católica em Pernambuco. A unidade faz parte da Rede Salesiana de Escolas que possui mais de 100 unidades educativas espalhadas pelo Brasil, todas com a missão de “educar e evangelizar os jovens”.

O Instituto Profissional Maria Auxiliadora Recife possui cerca de 280 alunos, sendo duas irmãs trabalhando diretamente na casa, além dos 93 funcionários, que estão fora da missão Salesiana cristã mas ajudam na escola e são nomeados como “leigos” pela Rede, que são os professores, coordenadores, colaboradores de vários setores.

A diretora da escola Maria Auxiliadora, Irmã Robelvânia, de 54 anos, explica que o ensino religioso é “primordial na formação da pessoa” e que ele aparece nas salas de aula do instituto assim como em todas as outras escolas, por ser exigido pelo Ministério da Educação.

Além da discplina, também são apresentados diferentes projetos envolvendo a pastoral do colégio, como confissões com padre, catequese e crisma, acolhidas na capela, grupo de jovens, entre outros.

“A pastoral é a alma da nossa escola, é o que dá vida. O ensino religioso é uma disciplina que é apenas a cultura, a cultura religiosa. Mas a pastoral, o restante, é a gente que faz através de projetos. (...) Para sua vida, é esse conjunto: as disciplinas com a pastoral, a gente não pode imaginar uma escola católica, salesiana, sem essa identificação. Aí está nossa força e nossa resposta como missão”, defende a Irmã Francisca Dias, de 82 anos, apoio geral da escola.

Porém, apesar de se colocar como uma escola de ensino religioso confessional católico e com uma ligação direta com a pastoral, o colégio garante que recebe qualquer estudante de braços abertos para qualquer crença. 

A instituição salienta, ainda, que há uma variedade de credos entre seus alunos, mas que os pais sempre estão cientes que estão optando por uma escola católica.

“Nós temos uma variedade muito grande aqui de escolhas de opções formativas de vida. Como uma religião, a qual a pessoa escolhe. Então, nós não excluímos, jamais. Quando o pai procura a escola ele já vem ciente que aqui é uma escola católica e que a gente tem uma missão específica, mas que não fazemos discriminação nestas questões. Há um respeito muito grande às crenças e aos valores de outras famílias de outros tipos de crença, mas respeitam também a escolha que eles fizeram enquanto escola [católica]”, declara a diretora.

A Rede Salesiana possui mais de 100 unidades educativas e mais de 60 mil alunos. Estes números significativos apontam uma intensa procura dos pais por essa educação religiosa. As irmãs fazem parte da escola Maria Auxiliadora Recife acreditam que os responsáveis escolhem por um ensino confessional não só pelas aulas, mas também pelos valores que são ensinados no ambiente escolar.

“É comum os pais procurarem nossas escolas [Salesianas] por causa dos valores que a gente transmite, valores educativos, valores humanos, valores éticos, isso pesa muito também. A gente tem princípios, então isso também é uma busca, além dos valores cristãos”, afirma Irmã Francisca.

“Por isso, trabalhamos tanto os valores. Não adianta a gente pegar um jovem e somente passar conhecimento cognitivamente e ele se sentir a pessoa mais preparada para lidar com o mundo, mas ele ter a consciência que esse mundo passa primeiro por ele. O que a gente traz é formar um bom cristão e um honesto cidadão, que passa pelo viés desses grandes aspectos que são os valores que a gente trabalha quanto escola”, finaliza Irmã Robelvânia.

Ao menos 37 pessoas, a maioria estudantes, morreram num ataque de um grupo rebelde vinculado à organização jihadista Estado Islâmico contra uma escola de ensino médio no oeste do Uganda, muito perto da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).

"Trinta e sete corpos foram encontrados e levados para o necrotério do hospital Bwera", disse o porta-voz do Exército, Felix Kulayigye, em um comunicado neste sábado, referindo-se à cidade nas proximidades do ataque na noite de sexta-feira.

Em um balanço anterior, Joe Walusimbi, comissário do distrito de Kasese, onde se situa a escola, na localidade de Mpondwe, a menos de 2 km da fronteira, havia relatado 25 mortos, todos estudantes.

O porta-voz da polícia de Uganda, Fred Enanga, explicou que a milícia ADF (Forças Democráticas Aliadas), que tem seu reduto no leste da RDC, atacou uma escola de ensino médio perto de Bwera, onde "incendiaram um dormitório e saquearam uma mercearia".

O porta-voz da polícia descreveu o ataque como "terrorista" e disse que oito vítimas também foram resgatadas com vida, internadas "em situação crítica" no hospital de Bwera.

O exército e a polícia estão perseguindo os agressores que fugiram para o Parque Nacional de Virunga, localizado do outro lado da fronteira, na RDC. Segundo o porta-voz do Exército, os assaltantes levaram seis sequestrados para lá.

"Nossas forças estão perseguindo o inimigo para resgatar os sequestrados e destruir este grupo", disse Kulayigye.

- Fechado com chave -

O general Dick Olum disse à AFP que, de acordo com as informações coletadas, os milicianos estavam na área há pelo menos dois dias. Ele alegou que os agressores tinham informações detalhadas sobre a escola.

"Eles sabiam onde ficavam os dormitórios masculino e feminino", disse Olum.

"Os rebeldes trancaram o quarto dos meninos com chave e atearam fogo. A seção das meninas não estava trancada, então elas conseguiram fugir, mas quando o fizeram, algumas foram atacadas com facões e outras baleadas", explicou o militar.

Segundo ele, alguns dos corpos estão tão carbonizados que serão necessários exames de DNA para identificá-los.

O general Olum especificou que solicitou reforços e aviões para resgatar os reféns e localizar os esconderijos dos rebeldes.

- Recompensa de US$ 5 milhões -

A milícia ADF começou como um grupo insurgente em Uganda, de maioria muçulmana, e se estabeleceu no leste da RDC em meados da década de 1990. Desde então, foi acusada de matar milhares de civis.

Em 2019, eles juraram lealdade ao grupo Estado Islâmico, que apresenta os combatentes do ADF como um ramo local na África Central. Eles são acusados de ataques jihadistas na RDC e em solo ugandense.

Este fim de semana não é o primeiro ataque a uma escola em Uganda atribuído à ADF.

Em junho de 1998, 80 estudantes foram queimados vivos em seus dormitórios durante um ataque da ADF ao Instituto Técnico de Kichwamba, perto da fronteira com a RDC. Mais de 100 estudantes foram sequestrados.

Uganda e a República Democrática do Congo lançaram uma ofensiva conjunta em 2021 para expulsar a ADF de seus redutos congoleses, mas até agora essas operações não conseguiram impedir os ataques do grupo.

Os Estados Unidos anunciaram no início de março que ofereceriam uma recompensa de até US$ 5 milhões (R$ 24 milhões na cotação atual) por qualquer informação que pudesse levar a seu líder, um ugandense de 40 anos chamado Musa Baluku.

“Depois que a Taís entrou na Creche-Escola Iris, tudo mudou. Ela ficou mais comunicativa, está aprendendo a ler, a escrever, a ser grata por tudo o que tem e o que ganha. A ONG está sendo uma bênção na vida da Taís e na vida das mães de todos os alunos que estudam lá”, disse Laudiana Valente, mãe de aluna atendida pela ONG Creche-Escola Íris - Crianças aos Olhos De Deus, que atende mais de 200 crianças no bairros de Águas Lindas, em Belém.

Criada em 2018, a ONG Creche-Escola Íris nasceu da necessidade de acolher crianças em situação de vulnerabilidade social em um dos bairros mais carentes de Belém. O espaço foi pensado para atender, principalmente, famílias de baixa renda, que não têm como pagar alguém para cuidar de dos filhos e só contam com ajuda de amigos e familiares.

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A Creche-Escola foi idealizada e fundada por Clô Santos, atual diretora da ONG. Clô ressalta a importância da creche para o desenvolvimento socioeducacional da comunidade, com prioridade às mulheres chefes de família. “Nosso foco são as mães que deixam de trabalhar, porque não têm com quem deixar seus filhos, ou aquelas que deixam seus filhos com outras pessoas, parentes ou amigos, para poderem ir trabalhar”, disse a fundadora do projeto.

Atendendo crianças do maternal à educação infantil, de 2 a 6 anos, a Creche-Escola Iris tem como principal objetivo combater a violência sofrida por crianças com uma educação de qualidade, aliada ao acolhimento dos alunos e os pais dos alunos.

Casa de Izabel

Anexo à Creche-Escola Íris, o projeto de extensão Casa de Izabel tem como objetivo dar continuidade ao acolhimento das crianças que passam para o ensino fundamental, de 6 aos 10 anos. “A gente cansou de ver crianças que, quando saíam da nossa creche, acabavam por não serem acompanhadas nas outras escolas, ficando nas ruas e sem uma educação de qualidade. As crianças acabavam crescendo em um ambiente social muito mais vulnerável”, disse Carla Rodrigues, coordenadora do projeto há cinco anos.

A Creche-Escola Íris Crianças aos Olhos de Deus é uma ONG sem fins lucrativos, que se mantém por meio da ajuda da comunidade, doações e parcerias com empresas solidárias ao projeto. Também são realizados sorteios de brindes e bazares com objetivo de arrecadar recursos para custear as despesas da ONG com alimentação, material de higiene, material escolar, entre outras necessidades da instituição.

Serviço

A Creche-Escola Íris aos Olhos de Deus está localizada na rua Vitória 41-b, Águas Lindas. Para fazer doações ou firmar parcerias, bastar estrar em contato com a ONG pelos números (91) 8358-4771 ou (91) 98358-4771. A ONG também atende pelo e-mail contatocrecheiris@gmail.com ou pelo Instagram @projetoiris_oficial.

Por Renato Carneiro, especialmente para o LeiaJá.

Um ex-policial acusado de não intervir no ataque a uma escola em 2018 em Parkland, na Flórida, começou a ser julgado nesta quarta-feira (7) por um tribunal de Fort Lauderdale, sudeste do estado.

A Procuradoria imputou a Scot Peterson sete acusações de negligência infantil pela morte de quatro estudantes e lesões em outros três na escola Marjory Stoneman Douglas.

Em 14 de fevereiro de 2018, Nicolas Cruz entrou em um dos prédios de sua antiga escola com um fuzil semiautomático AR-15 e muita munição.

Durante pouco mais de seis minutos, ele percorreu os três andares do prédio e abriu fogo, matando 17 pessoas - 14 estudantes e três funcionários - e ferindo outras 17, em um dos piores ataques a escolas nos Estados Unidos.

Em outubro de 2022, Cruz foi condenado à prisão perpétua.

Peterson era agente no gabinete do xerife do condado de Broward, encarregado de vigiar a escola desde 2009. Ele chegou ao local do crime com a arma em mãos depois que o alarme tocou, cerca de dois minutos após o início dos disparos.

Porém, em vez de entrar quando ouviu os tiros, escondeu-se nos arredores porque, segundo ele, não sabia em qual bloco estava o atirador.

Naquele momento, Cruz já havia matado 13 pessoas e ferido 14 no térreo e seguia para os andares superiores. Por isso, a Procuradoria acusa Peterson apenas em relação aos mortos e feridos no terceiro andar.

Em sua declaração inicial, o procurador Steven Klinger garantiu que Peterson pôde ouvir os disparos e ver as crianças fugindo a partir do local onde estava escondido. Ele afirmou ainda que o agente ficou a salvo durante 45 minutos, muito tempo depois do final do ataque.

O advogado do acusado, Mark Eiglarsh, afirmou que Peterson cumpriu com seu dever ao se dirigir ao local dos disparos, ao avisar seus colegas do gabinete e tentar descobrir a procedência dos tiros.

"Meu cliente não é um criminoso", disse. "Fez o possível, com a informação que tinha, para proteger vidas".

Peterson, de 60 anos, se aposentou pouco depois do ataque, antes de ser destituído de forma retroativa. Ele pode ser condenado a até 97 anos de prisão.

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