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As 26 bancadas estaduais e a do Distrito Federal poderão oferecer emendas parlamentares impositivas à proposta orçamentária para 2021 no valor total de R$ 241.460.468. Esse montante poderá ser dividido entre 15 a 20 sugestões.

A determinação consta de instrução normativa aprovada nesta quinta-feira (25) pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. O texto foi apresentado pela presidente do colegiado, deputada Flávia Arruda (PL-DF).

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As emendas de bancada estadual devem corresponder atualmente, conforme disposto na Constituição, a 1,0% da Receita Corrente Líquida (RCL) apurada no ano anterior àquela da vigência da Lei Orçamentária Anual (LOA).

Na versão enviada pelo Poder Executivo (PLN 28/20), em agosto do ano passado, cada bancada estadual teria direito a emendas no valor total de R$247.193.166 ao Orçamento de 2021, conforme a RCL estimada na época.

Estimativa divulgada em dezembro passado pelo Tesouro Nacional indica uma RCL de R$ 651,9 bilhões no ano passado. Foi com base nessa estimativa que Flávia Arruada sugeriu o ajuste nas emendas das bancadas estaduais e do DF.

A instrução normativa aprovada determina que o total de R$ 241.460.468 de cada bancada, de execução obrigatória, será considerado resultado primário  (receitas menos despesas antes do pagamento dos juros da dívida pública).

Audiências

A CMO aprovou requerimentos para audiências públicas com os ministros Paulo Guedes (Economia), Eduardo Pazuello (Saúde) e Milton Ribeiro (Educação). A ideia é que apresentem os gastos realizados em 2020 e as previsões para 2021.

Vices eleitos

Ainda nesta quinta, a CMO elegeu a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) como 1ª vice-presidente, e o deputado Lucas Vergilio (Solidariedade-GO) como 2º vice. A representação do Senado na CMO indicará nome para a 3ª vice.

*Da Agência Câmara de Notícias

Depois de estrearem em março sistemas de votação retoma por conta da pandemia de covid-19, deputados e senadores farão nesta quinta-feira (2) a primeira sessão deliberativa remota do Congresso Nacional para votar um projeto para regulamentar a execução de emendas impositivas.

Único item da pauta, o PLN 2/2020 altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para inserir critérios que podem barrar a execução obrigatória de emendas parlamentares individuais ou de bancada. No projeto há uma lista de impedimentos técnicos para execução das emendas, como, por exemplo, a falta de comprovação pelos entes federados (estados, Distrito Federal ou municípios) da capacidade de colocar recursos próprios para manter serviços sugeridos por parlamentares por meio de emenda.

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Os deputados deverão se reunir virtualmente a partir das 11 horas para votar a proposta. Em seguida, será a vez dos senadores, que têm reunião marcada às 17 horas.

Os parlamentares acessarão a reunião por meio dos respectivos sistemas de deliberação remota. Um ato conjunto das Mesas da Câmara e do Senado será publicado para regulamentar o funcionamento da sessão, como tempo de fala e orientação de lideranças. 

Insegurança

Uma das intenções do PLN 2/2020 é, de acordo com o governo, reduzir a insegurança jurídica. Na justificativa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, explica que as emendas constitucionais que tratam do orçamento impositivo (EC 100 e EC 102) foram promulgadas em 2019 quando o substitutivo ao projeto da LDO de 2020 já havia sido aprovado pela CMO. Por isso, não foi possível, segundo o ministro, incluir naquele substitutivo os princípios balizadores da execução do orçamento impositivo.

Entre eles, está a definição de impedimento de ordem técnica para que os gestores possam justificar eventual não execução da programação orçamentária, o que deve ocorrer no prazo de 60 dias após o exercício financeiro de 2020. O texto também define os critérios para distribuição dos limites de empenho no caso de haver contingenciamento ao longo do exercício de 2020.

O texto foi aprovado em março pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).

*Da Agência Senado

O Poder Executivo enviou mensagem em que pede ao Congresso Nacional a retirada de proposta (PLN 3/20) que modifica o identificador de resultado primário (RP) de R$ 9,599 bilhões em emendas apresentadas pelo relator-geral do Orçamento de 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE). Aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), o texto aguarda análise dos deputados e senadores em sessão conjunta do Congresso.

O PLN 3/20 foi proposto pelo governo em meio a acordo para regulamentação das emendas parlamentares impositivas (de execução obrigatória).

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Ainda não foi divulgada a motivação do governo para retirada do PLN 3/20. Não é usual esse procedimento. De 2000 até hoje, o Executivo retirou alterações em leis orçamentárias apenas nove vezes. Em casos de crédito suplementar, para reforço de dotações existentes, o assunto voltou ao Congresso por meio de medidas provisórias.

Calamidade

O Congresso Nacional reconheceu o estado de calamidade pública em decorrência da covid-19. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) prevê essa situação, durante a qual fica dispensado o cumprimento da meta fiscal e o contingenciamento (bloqueio) de despesas caso não existam receitas suficientes. Algumas sanções também são afastadas.

No domingo (29), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes concedeu liminar para flexibilizar regras orçamentárias que, na visão do governo, poderiam colocar em risco a saúde da população. Com a decisão, enquanto durar o combate à covid-19, não é preciso apontar a origem do recursos para custear gastos emergenciais e urgentes.

Na segunda-feira (30), Executivo publicou o Decreto 10.295/20, que atualiza a programação orçamentária e financeira deste ano e libera o uso das dotações aprovadas para 2020. Conforme o texto, não haverá um cronograma específico para os empenhos.

*Da Agência Câmara

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou um aumento no valor das emendas parlamentares, verba que os deputados recebem do orçamento do Governo do Estado para investir em áreas de seus interesses. O valor destinado a cada deputado deve chegar a R$ 3,5 milhões anualmente, agora é de R$ 1,5 milhão.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda passará pela segunda votação, que ainda não tem data prevista, mas foi aprovada inicialmente nessa quarta-feira (24).  

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O texto é de autoria do deputado Alberto Feitosa (SD) e enfrentou a resistência da liderança do governo. Apesar disso, 30 parlamentares votaram a favor. Seis deputados foram contrários: Claudiano Martins Filho (PP), Delegado Erick Lessa (PP), Fabíola Cabral (PP), João Paulo (PCdoB), José Queiroz (PDT) e Roberta Arraes (PP). E cinco se abstiveram: Diogo Moraes (PSB), Dulcicleide Amorim (PT), Isaltino Nascimento (PSB), Simone Santana (PSB) e Sivaldo Albino (PSB).

A PEC aprovada ainda permite que as comissões permanentes da Alepe também tenham direito à emendas correspondente a 0,4% do orçamento estadual.

“As emendas são instrumentos fundamentais para o exercício do nosso mandato. Muitas vezes, elas são a única fonte de receita para municípios fazerem obras, comprarem ambulâncias e caminhões-pipa, entre outros equipamentos”, argumentou, Alberto Feitosa, ao comemorar a aprovação da PEC.

As emendas impositivas dos deputados estaduais pernambucanos podem ter o valor mínimo de R$ 100 mil em 2018, caso o Projeto de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) seja aprovado como o Governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Contrária à exigência, a deputada estadual Priscila Krause (DEM) apresentou uma emenda ao texto contestando a restrição e não poupou críticas a determinação do governo Paulo Câmara (PSB).

“Essa determinação vai inviabilizar muitas ações de menor porte, que são as que mais precisam de apoio”, pontuou, na sessão plenária dessa segunda-feira (14). Krause, que sugere a supressão do trecho, acredita que a determinação prejudicará uma prática comum na Casa, que consiste no esforço dos parlamentares de, conjuntamente, direcionar quantias menores para uma mesma instituição.

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“No ano passado, através de uma mobilização da deputada Terezinha Nunes (PSDB), deputados encaminharam emendas de R$ 10 mil para a Comunidade Obra de Maria. O entendimento é que juntos podemos ajudar várias entidades”, exemplificou. “Peço que a gente pondere sobre a questão durante a tramitação da matéria nas comissões”, acrescentou ao pedir o apoio dos pares a sua emenda.

De acordo com o líder do governo na Casa, deputado Isaltino Nascimento (PSB), a reivindicação da democrata é compartilhada por outros parlamentares – dentre os quais o presidente da Casa, deputado Guilherme Uchoa (PDT). “Já contactamos o secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Steffani, que entendeu que não haveria dificuldade em fazer a alteração solicitada. A questão está, portanto, equacionada”, esclareceu.

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