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Há poucos dias, Rachelle Halabi acompanhou seu pai, muito doente pela Covid-19, a um hospital em Beirute, mas o médico pediu que eles voltassem e tratassem dele em casa, devido à falta de leitos na UTI.

Recentemente, foram registrados novos picos diários de contágios no Líbano, e os profissionais de saúde soaram o alarme, levando o governo a anunciar um novo confinamento de quinta-feira (7) até o final de janeiro.

"O médico do pronto-socorro sugeriu que comprássemos uma máquina de oxigênio e administrássemos o tratamento em casa", conta Rachelle por telefone, que também deu positivo.

Ela afirma ter seguido as recomendações por vários dias, mas o estado de saúde de seu pai de 85 anos "não melhorou", o que a levou a tentar a sorte novamente nos hospitais.

Mas é difícil. As festas de fim de ano trouxeram um aumento nos casos de contágio e quase saturaram as unidades de terapia intensiva. Enquanto isso, as filas de espera nos serviços de emergência aumentam.

Depois de entrar em contato com vários hospitais e após inúmeras recusas, Rachelle encontrou um leito disponível em um hospital particular na cidade de Zahlé (zona leste), a cerca de 50 km de Beirute. Teve de pagar ao hospital um depósito de 15 milhões de libras, cerca de US$ 10.000 no câmbio oficial.

"Como é para quem não tem recursos?", questiona indignada essa mulher em um país mergulhado em uma grave crise econômica.

Nas redes sociais, aumentam os pedidos para ajudar os pacientes a encontrarem um lugar nos hospitais.

"Uma mulher de 69 anos sofre de sintomas graves (...) e precisa urgentemente ser hospitalizada (...) Alguém pode ajudar?", postou Riwa Zouein no Facebook na segunda-feira.

Apesar do aumento da capacidade de acolhida dos hospitais nas últimas semanas, o número de contágios gerou uma nova saturação.

- Cenário catastrófico -

"A situação atualmente é catastrófica, tanto pelo número de pacientes que chegam em massa às emergências, quanto pela gravidade dos casos", lamenta o chefe do serviço de emergência do Hôtel-Dieu de France, Antoine Zoghbi.

"Agora transportamos cerca de 100 pacientes por dia que precisam de internação", acrescenta o secretário-geral da Cruz Vermelha, Georges Kettaneh.

Em 31 de dezembro, foram registrados mais de 3.500 novos casos, um pico diário.

Desde o início da pandemia, o Líbano registrou mais de 192.000 casos, com cerca de 1.500 óbitos, para uma população de em torno de seis milhões de pessoas. Deste total, 1,5 milhão são refugiados.

Nas redes sociais, as críticas às medidas decretadas pelas autoridades não param.

O governo "abre o país para as festas (...) depois fecha o país e as empresas após as festas (...)", protesta Yara Sreikh no Twitter.

"Assim conseguiremos atenuar a propagação da epidemia", ironiza.

Com hospitais lotados e filas de pacientes para internação, prefeituras já transferem doentes com a Covid-19 para outras cidades no interior de São Paulo e o Ministério Público decidiu cobrar eitos. Nos últimos 15 dias, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a ocupação de leitos exclusivos subiu de 52,7% para 60,2%, mas em muitas cidades a lotação da rede hospitalar chega a 100%, atingindo picos iguais aos do auge da pandemia.

O Ministério Público de São Paulo mandou a prefeitura de Presidente Prudente, no oeste paulista, contratar leitos em hospitais da região para garantir o atendimento a pacientes acometidos pela Covid-19. Na manhã desta quarta-feira, 16, 12 pessoas com o coronavírus aguardavam vagas para internação em hospitais da cidade, que estavam lotados. No dia anterior, a cidade havia registrado 55 novos casos de covid e um recorde no número de pessoas internadas - 79 pacientes, dos quais 29 em UTI.

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Conforme o promotor Marcelo Creste, as enfermarias do Hospital Regional e da Santa Casa de Presidente Prudente tinham atingido a ocupação máxima. "É sabido que o município não tem hospital próprio e tampouco criou leitos clínicos para o enfrentamento da Covid-19, ao contrário de outros municípios, como Dracena. Também não instalou hospital de campanha", disse. O promotor determinou que a prefeitura faça uso de verba federal já liberada para enfrentamento da pandemia, ampliando a oferta de leitos à população.

Anteontem, Sorocaba tinha 41 pacientes com covid internados, 28 deles em UTI. Pela manhã, 12 infectados eram mantidos em estabilidade na rede pré-hospitalar municipal aguardando internação, dois deles com indicação para UTI. À tarde, apenas um conseguiu vaga. O hospital Adib Jatene, mantido pelo Estado, tinha 100% de leitos de UTI ocupados, e a enfermaria da Santa Casa, vinculada à prefeitura, já estava com capacidade máxima.

A prefeitura de Indaiatuba contratou oito leitos para covid-19 no Hospital Samaritano de Campinas, mas todos estavam ocupados. O município foi obrigado a acionar a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) do governo estadual na segunda-feira.

A Santa Casa de Birigui registrou, na terça, 100% de ocupação dos 22 leitos de UTI e enfermaria. A prefeitura deixou de prontidão a Santa Casa de Araçatuba e o Hospital de Campanha de Penápolis para receber transferências de novos casos de internação. Também estavam com 100% dos leitos para covid-19 as Santas Casas de Ourinhos, Santa Cruz do Rio Pardo e Lins. No Hospital das Clínicas de Botucatu, que é público e referência para covid-19 na região, a ocupação de leitos voltou ao patamar de julho. Na segunda, a taxa chegou a 87%, com 42 pacientes internados.

Receio

Na manhã de terça-feira, o emergencista Leandro Fonseca, de 40 anos, foi acordado com uma notícia triste. Sua colega de plantões em um hospital de Itu tinha acabado de morrer. "Ela trabalhava bastante e se cuidava, como cuidava da família, mesmo assim se contaminou. É desanimador ver quantas pessoas a gente continua perdendo."

O profissional da saúde disse que os hospitais já estão lotados e acha que a situação, que já está bem ruim, pode piorar. "Hoje trabalhei em dois hospitais, a Santa Casa de Piedade e o Evangélico de Sorocaba. Estão lotados. Atendi uns dez pacientes com covid e, se precisasse, não teria como internar."

Fonseca lamenta que as pessoas não estejam entendendo a gravidade da situação. "Ando pelas ruas de Sorocaba e vejo metade das pessoas sem máscara. Moro próximo da rodovia Raposo Tavares e pertinho de minha casa tem um pessoal que faz samba e pagode todo fim de semana."

A jornalista Ana Paula Freire, de 48 anos, teve a "sorte" de pegar a covid-19 no início de novembro, quando o repique da doença ainda estava começando. Assim, ela conseguiu vaga no Hospital Evangélico, em Sorocaba, onde mora, e teve alta após cinco dias de internação. Nesta quarta-feira, o hospital particular completava três dias sem vagas para a Covid-19.

"Quando eu estava para receber alta, eu já ouvia as enfermeiras falarem 'Está voltando, está voltando, está tudo cheio de novo'", diz Ana. "Por isso, agradeci a Deus porque tinha toda aquela estrutura ali. Eu sabia que estava recebendo a intervenção na hora certa e muita gente não teve oportunidade."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Balanço da Secretaria estadual da Saúde de São Paulo, divulgado na tarde deste domingo (5), demonstra que o Estado soma agora 16.078 óbitos provocados pelo novo coronavírus (Covid-19).

Até hoje, São Paulo contabiliza 320.179 casos confirmados de coronavírus, identificados em 628 dos 645 municípios do estado. Desse total de casos diagnosticados, 175.439 pessoas estão recuperadas, sendo que 47.768 delas tiveram alta médica após internação.

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Há 14.094 pessoas internadas em todo o estado em casos suspeitos ou confirmados com a covid-19, sendo 6.416 em unidades de terapia intensiva (UTI) e 8.488 em enfermarias. O número de pessoas internadas em estado grave, ou seja, internadas em UTIs, cresceu bastante nos últimos dias. Na sexta-feira (3) haviam 5.646 pessoas internadas em UTIs.

A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado é de 63,6%, enquanto na Grande São Paulo está em torno de 63,2%.

Os pacientes que sofrem de doenças crônicas devem manter seus tratamentos apesar da pandemia de coronavírus - insistem as autoridades de saúde, que também alertam para a importância da vacinação durante esse período.

"Esta semana, o serviço (de pneumologia) não recebeu nenhum de seus pacientes regulares: as pessoas têm tanto medo que não aparecem. Mas elas não podem desaparecer assim", explica Béthsabée Garel, do hospital Cochin de Paris.

No momento, essa dermatologista reforça este serviço na linha de frente contra condições respiratórias relacionadas ao coronavírus.

Ao mesmo tempo, mantém consultas em seu departamento de câncer dermatológico. "Mas não acho que as pessoas mais velhas apareçam. É uma pena", diz.

Alguns temem ir ao hospital e encontrar dezenas de pacientes infectados com o coronavírus. Outros não se atrevem a entrar em contato com os médicos, os quais imaginam estarem sobrecarregados da pandemia.

Para Patrick (nome fictício), que tinha uma consulta de controle pós-operatório, pesam as duas coisas. Ele ficou surpreso quando sua clínica confirmou seu exame no dia anterior.

"Achava que teriam coisas mais importantes para fazer. De qualquer forma, não faria uma ressonância magnética. Como ter certeza de que desinfectam a máquina após cada paciente?", disse à AFP.

- Menos acidentes e infartos -

Além da COVID-19, "as outras patologias ainda estão em nosso radar", esclarece o dr. Elie Azoulay, do Hospital Saint-Louis de Paris. "Reservamos leitos (para esses pacientes), mas eles não vêm", acrescenta.

Tendo vivido uma situação semelhante durante os anos da grande epidemia de aids, Azoulay tem certeza de que "muitos não vêm por medo de serem infectados. Há também aqueles que não vêm visitar seus entes queridos por esse motivo".

Ao mesmo tempo, o confinamento imposto em muitos países como a França também reduziu o número de "acidentes de trânsito. E as pessoas fazem menos esforço. Por isso, temos menos ataques cardíacos e cardiovasculares".

No leste da França, por exemplo, uma das regiões mais afetadas pela pandemia de coronavírus, "a atividade no departamento de emergência caiu seis vezes", relata o médico Marc Noizet, chefe do setor de emergência do Hospital de Mulhouse, embora saturado pela COVID-19.

"É incrível. Também temos menos apendicite, menos oclusões (intestinais)...", descreve.

"Embolia pulmonar, flebite, peritonite não cessam, devido ao vírus", reforça Christian Lehmann, clínico-geral na região de Paris.

"Mesmo em tempos de crise, os cuidados básicos devem continuar: bebês nascem, vacinas precisam ser dadas, e as pessoas ainda precisam de tratamentos vitais", afirmou na segunda-feira (30) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

- Ameaça para os mais frágeis -

Uma situação semelhante ocorreu com a epidemia de ebola na África Ocidental em 2014: os pacientes fugiam das clínicas, e as maternidades ficaram desertas.

A OMS recomenda que, enquanto se espera uma vacina contra a COVID-19, "é necessário garantir que as pessoas se protejam contra doenças", para as quais existe uma.

Um boom no número de casos de outras doenças "seria uma catástrofe para as comunidades afetadas pela COVID-19", explica a dra. Katherine O'Brien, diretora de vacinação e de imunização da OMS, que cita como exemplo as 6.000 mortes por sarampo na República Democrática do Congo (RDC) durante a epidemia de eboFnla.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicou a mesma recomendação: "As crianças das famílias mais pobres dos países afetados por conflitos e desastres naturais são as mais expostas" a esse perigo, disse sua diretora, Henrietta Fore, "preocupada" especialmente com Afeganistão, RDC, Somália, Síria e Sudão do Sul.

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A covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, pode acometer qualquer pessoa. Mas, além dos idosos, os mais vulneráveis, pacientes oncológicos e portadores de doenças de base estão no chamado grupo de risco. No vídeo, veja entrevista com a médica oncologista clínica Amanda Gomes sobre o que é a enfermidade e qual a melhor maneira de se prevenir.

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A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou nesta quinta-feira (26) que o Pará já registra 13 casos confirmados de Covid-19, 376 foram descartados e 60 estão em análise. A atualização ocorreu às 11 horas. Belém, Ananindeua, Marabá, Castanhal e Itaituba são os municípios com pessoas doentes.

Para manter a população devidamente informada sobre a dinâmica de contágio pelo novo Coronavírus no Pará e o andamento das ações preventivas adotadas pelo Estado, o governador Helder adiantou que o Estado distribuirá 535.700 cestas básicas para todos os alunos da rede pública estadual de ensino. A medida substituirá a entrega diária de merenda nas escolas, que havia sido mantida pela Secretaria de Educação (Seduc) desde a suspensão das aulas.

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Segundo Helder Barbalho, a medida visa resguardar a saúde dos servidores, que acabavam indo às escolas para preparar a merenda e, ao mesmo tempo, garante aos alunos o acesso ao alimento básico de qualidade.

Helder Barbalho também anunciou o Programa “Todos em casa pela educação”, executado pela Seduc, em parceria com a Fundação de Radiodifusão (Funtelpa), para transmitir aulas pela TV Cultura, todas as tardes, a partir da próxima segunda-feira (30), às 15h.

A partir de segunda-feira (30) devem chegar ao Estado os equipamentos comprados pelo Executivo para quadruplicar o número de exames feitos diariamente, e assim reduzir os números de casos investigados.

Com informações da Agência Pará.

 

O papa Francisco pediu nesta terça-feira (10) aos padres que "tenham o valor de sair e visitar" os enfermos afetados pelo novo coronavírus, durante a missa matinal em sua residência, a casa Santa Marta.

"Peçamos ao Senhor também por nossos sacerdotes, para que tenham o valor de sair e visitar os enfermos, levando a força da palavra de Deus e da Eucaristia, e de acompanhar os médicos e voluntários no trabalho que realizam junto aos pacientes", disse Francisco.

O pedido do pontífice foi feito um dia depois do governo da Itália ter solicitado justamente que os italianos limitem seus deslocamentos e evitem contato com os pacientes. A praça São Pedro do Vaticano estava relativamente vazia nesta terça-feira, com dezenas de pessoas, a maioria sem máscara de proteção.

O governo italiano publicou na segunda-feira um novo decreto que amplia a todo o país as medidas excepcionais de confinamento adotadas no domingo para 15 milhões de pessoas na região norte. Todas as medidas permanecerão em vigor até 3 de abril.

Após serem abandonados numa casa, doze cães foram resgatados em situação extrema de maus-tratos. Desnutridos, em um imóvel com bastante lixo, fezes, urina e várias outras coisas espalhadas, os cachorros estavam há vários dias sem comer; o que ocasionou a debilitação e doença dos animais. Esse caso aconteceu no bairro Campo Verde, em Cuiabá.  

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De acordo com apurações do G1 do Mato Grosso, a Polícia Civil descobriu a casa após a própria proprietária do imóvel (que tinha sido alugado por uma idosa) denunciar e fazer o registro do boletim de ocorrência na Delegacia do Meio Ambiente (Dema). A proprietária, que não foi identificada, disse que a casa foi abandonada pela idosa no último dia 7 de junho; ficando os cães desde então jogados a própria sorte.  

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) encaminhará um laudo ao Dema, para que possa ser juntado ao procedimento criminal de maus-tratos dos animais. A suspeita pelo abandono foi identificada, mas não foi localizada pela polícia. Os cães farão exames veterinários e serão levados para um abrigo.  

Na manhã dessa quinta (1), resgataram 20 gatos em situação de maus tratos, no bairro Assunção, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Os animais, a maioria com doenças de pele, estavam presos em caixas de papelão lacradas com fita crepe.

Os agentes receberam informações de que animais estariam sendo maltratados por um morador de um imóvel localizado no bairro Assunção. Iniciadas as investigações, os agentes conseguiram identificar o imóvel e seu proprietário.

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Os animais foram resgatados e encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses de São Bernardo do Campo para avaliação e atendimento médico veterinário. O proprietário do imóvel vai responder a processo criminal por maus tratos a animais.

A ação foi da Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente de São Bernardo do Campo (Demacro), 

Um total de 20.000 pessoas doentes ou deficientes chegaram nesta sexta-feira a Roma para seu Jubileu, que começará com o sermão de um sacerdote cego e surdo e acabará com uma missa, no domingo, na Praça de São Pedro.

O Vaticano fez deste Jubileu de pessoas doentes o ponto forte da metade do Ano Santo da Misericórdia que o papa Francisco iniciou em dezembro, lembrando a importância do respeito pelos doentes no ensino da fé cristã e no compromisso da Igreja.

Desta vez, o Vaticano também celebra desde quinta-feira um congresso internacional sobre a lepra que reúne mais de 200 pesquisadores, membros de associações e vítimas desta doença e do estigma que costuma carregar. A lepra, erradicada na maior parte do mundo, ainda afeta 200.000 pessoas por ano.

Durante os três dias do Jubileu, estão previstos sermões e atividades em toda a Roma e no Vaticano. Paralelamente, 3.509 voluntários concederão consultas de clínica geral, dermatologia, pediatria e ginecologia.

Na noite de sábado, vários dançarinos e cantores deficientes físicos animarão uma festa sobre o tema "Além dos limites" nos jardins do famoso castelo de Sant'Angelo, em frente ao Vaticano.

No domingo, o papa Francisco presidirá uma grande missa, traduzida em linha de sinais, que contará com a participação de pessoas com alguma deficiência do mundo inteiro.

Desde o início do Jubileu, em dezembro, mais de nove milhões de peregrinos chegaram a Roma para participar de alguma das celebrações ou assistir a uma audiência do Papa, segundo um último balanço do Vaticano.

Crianças com câncer poderão ter aulas escolares dentro do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no Recife. A proposta será firmada na tarde desta segunda-feira (2), com a solenidade de assinatura do convênio para a instalação da primeira classe hospitalar de Pernambuco, graças a uma ideia do Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC-PE), em trabalho conjunto com a Prefeitura local e o Instituto Ronald Mc Donald.

Segundo informações da Prefeitura do Recife, a sala de aula hospitalar, batizada de Semear, pretende fazer com que crianças e adolescentes da unidade possam continuar os estudos mesmo internados para tratamento contra o câncer. Caberá à Secretaria de Educação da capital pernambucana colaborar com a mão de obra e o material didático.

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Ainda de acordo com a Prefeitura, nesta fase inicial, houve colaboração financeira do Instituto Ronald Mc Donald para implantação da estrutura. O funcionamento da classe hospitalar será numa sala do 5º andar do hospital, onde há leitos de enfermarias para internamento.

A classe terá estudantes e conteúdos de diversas séries da educação infantil, bem como do ensino fundamental I, com alunos de 4 a 15 anos de idade. A solenidade de assinatura do convênio será às 15h de hoje, no HUOC, no bairro de Santo Amaro, área central da cidade.

Uma pesquisa encomendada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) mostra que os professores das redes municipais e estadual de ensino estão doentes. O levantamento, realizado pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da Universidade Federal de Minas Gerais  (Gestrado/UFMG), aponta que nos últimos dois anos 24% dos professores pediram licença médica.

De acordo com a pesquisa, entre os professores, os problemas decorrentes do trabalho em sala de aula representam 36% dos pedidos de afastamento. Depressão, ansiedade, nervosismo, doenças musculoesqueléticas e estresse são os casos mais corriqueiros. Em relação aos pedidos de afastamento para a realização de cirurgias, licença maternidade, acidentes e doenças infectocontagiosas são as situações mais comuns. 

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Outra constatação do estudo é que mais da metade dos funcionários das escolas públicas e quase 30% dos docentes não praticam atividades físicas durante a semana. Além disso, segundo o levantamento, o tempo livre dos entrevistados é pouco aproveitado para o lazer: 48% das docentes mulheres relataram que dedicam seu tempo livre a atividades domésticas e 38% a programas de família.

O estudo, denominado “Trabalho na Educação Básica em Pernambuco”, contou com a participação de 1591 pessoas, entre funcionários e professores das escolas. Foram avaliadas 60 unidades educacionais, localizadas em 17 cidades pernambucanas, incluindo o Recife. 

 

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Com um olhar sereno, a enfermeira Janaina - nome fictício para preservar a identidade da entrevistada - relatou com voz trêmula o que sentiu durante as crises de depressão. "Eu só queria morrer! Não tinha vontade de interagir com ninguém, não conseguia fazer nada e ainda não aceitava que estava com depressão”, disse. Desde 2011, a profissional da área de saúde luta contra a doença, e, entre crises e melhoras, afirma que nunca pensou que isso poderia acontecer e que hoje pensa apenas em voltar a atuar na área.

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Essa realidade é cada vez mais comum. Segundo a psiquiatra Ângela Tavares, que atua há 25 anos atendendo pacientes com esse quadro clínico, o número de pessoas aumentou drasticamente, nos últimos cinco anos, e que consequentemente, a procura por psiquiatras e psicólogos cresceu. “É notório a quantidade de homens e mulheres com esse problema. Posso considerar que de dez pacientes que atendo, seis apresentam sintomas depressivos”, exemplificou a médica.

Ainda de acordo com a médica, não há como prevenir a doença, uma vez que ela pode culminar por fatores internos ou externos. “Os internos, normalmente são acarretados por questões pessoais, como ansiedade ou algum problema que o paciente possua. Já os externos são desencadeados por situações adversas, nesses casos, eles  são estimulados por outras pessoas”, explicou.

Durante a entrevista, a médica alertou também que em ambos os casos os sintomas são os mesmos, porém, a intensidade pode variar em cada paciente: "insônia, perda do apetite, apatia, ausência de motivação, ansiedade e, em casos extremos, o desejo de se suicidar”, citou.

Esse foi o cenário da nossa personagem, a Janaina, que durante uma crise psíquica, em 2012, tentou tirar a própria vida com veneno para matar ratos. Em depoimento ao Portal LeiaJá, ela falou emocionada como tudo aconteceu. Assista a entrevista em vídeo:

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Depressão no trabalho

A psicóloga Julieta Souza expõe que a maioria dos casos de depressão é ocasionada por vários motivos, dentre eles estão a cobrança exacerbada, pressão, metas e a "necessidade de não desconectar do trabalho". “Normalmente esses problemas acontecem com trabalhadores de empresas de call center, fábricas, construtoras e profissionais de saúde”, aponta. Ela ainda disse que o principal problema é o paciente é se interiorizar. “Simplesmente ela se fecham pra si e não conseguem externar o que estão sentindo e a partir daí a auto-estima muda e a segurança é abalada”, falou.

O auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRTE/PE), Fernando Sampaio, explica como é desencadeada a doença psicossomática, como a depressão no ambiente de trabalho. “Na maioria das vezes, a enfermidade é desenvolvida através do assédio moral, como mudando as atribuições do trabalhador, falando ou demonstrando que ele é incompetente e estimulando a insegurança no profissional. A partir daí surgem os sintomas da depressão”, disse. “Além disso, muitos gestores consideram que a depressão não é uma doença e que o funcionário não vai trabalhar porque não quer. As empresas devem ter ciência que quem tem depressão não consegue e não pode exercer suas atividades laborais”, orienta Sampaio. O auditor ainda explica que caso o colaborador sinta que está sofrendo algum tipo de assédio moral, ele deve documentar, através de gravação, protocolo ou e-mail, com a hora e descrição do que está acontecendo. Isso é primordial para comprovar o assédio ”, concluiu.

O especialista em Recursos Humanos, Semaías Rosas, diz que a melhor maneira de prevenir o assédio moral é externar ao gestor o que está sentindo. Confira no áudio: 

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Direitos do trabalhador

Segundo o especialista em Direito e Processo do Trabalho, Giovanne Alves, o colaborador detém vários direitos. “No caso de depressão ocasionada por motivos pessoais, o trabalhador pode se ausentar do trabalho mediante a laudo médico e o mesmo tem garantia de seguridade, apenas, durante o período estabelecido no atestado”, explicou Alves. Já quem adquiriu a doença através de assédio moral, no ambiente laboral, há outras questões. “Após o laudo e caso o colaborador precise se afastar por mais de 15 dias, ele deve entrar com a estabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), durante um ano. Caso haja necessidade de prorrogação, esse período será estendido”, complementa. Alves ainda alerta que quando o funcionário volta a atuar na empresa, o mesmo possui o direito à estabilidade. “Isso significa que a organização não pode demitir durante o período de um ano”, concluiu.

Dicas contra a depressão

Mesmo sendo uma doença que não há como prevenir, a médica Ângela Tavares tem algumas dicas contra a depressão. “Em primeiro lugar, as pessoas devem fazer aquilo que gostam. Caso percebam que estão com alguns dos sintomas citados, elas devem fazer atividades que proporcione alegria e bem estar”. Já nos casos de depressão no ambiente laboral, o colaborador deve se desvincular do trabalho, principalmente após o horário do expediente. “Viagens, passeio e atividades de lazer são essenciais”, finaliza.

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, considera que os homossexuais são pessoas "doentes", mas que não devem ser assassinados ou ficar presos por toda a vida, afirmou nesta sexta-feira (17) seu porta-voz, confirmando a rejeição do chefe de Estado de promulgar uma lei que aumenta a repressão da homossexualidade.

"O presidente não aprova a homossexualidade, mas ele acredita que essas pessoas têm o direito de existir", declarou à AFP Tamale Mirudi. Mirudi confirmou a informação da imprensa, segundo a qual o presidente não quis assinar um projeto de lei, aprovado em 20 de dezembro de 2013 por uma maioria do Parlamento, endurecendo a repressão da homossexualidade, e prevendo prisão perpétua para os reincidentes.

"Os homossexuais são pessoas doentes, você não pode matar uma pessoa doente. As pessoas que forem reconhecidas culpadas de práticas homossexuais não podem ser presas por toda a vida", acrescentou o presidente, segundo Mirudi. Ele assegurou que Museveni não recuou devido às pressões internacionais. "Não é por causa de um suposto lobby. Ninguém influenciou o presidente", insistiu.

"O que o presidente disse, é que não devemos perseguir os homossexuais. Isto é um ponto importante. Pode ser que a sociedade queira isso, mas eles não podem ser perseguidos por esta questão", acrescentou. "O presidente ressaltou que sempre existiu homossexuais na África e que eles nunca foram perseguidos. Mas não os autorizamos a se casar publicamente, ou organizar uma manifestação em Kampala", concluiu o porta-voz.

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