Tópicos | Cuidados médicos

No apagar de 2023, perto de completar um ano dos atos golpistas do dia 8 de janeiro em Brasília, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o veterinário César Guimarães Galli Júnior e o empresário Luiz Antônio Villar de Sena, presos na fase 19 da Operação Lesa Pátria.

Ambos foram colocados em liberdade provisória, com tornozeleira eletrônica, porque precisavam de cuidados médicos especializados que o Centro de Ressocialização de Várzea Grande, em Mato Grosso, onde estavam presos, não tinha estrutura para oferecer. A decisão é de 19 de dezembro.

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"Atento a essas particularidades e considerada a presença de comorbidades, a necessidade de tratamento específico, e a informação de que o estabelecimento carcerário não teria condições de prestar o tratamento adequado para todas, é possível a substituição da prisão preventiva anteriormente decretada por medidas cautelares", escreveu Moraes.

Além da tornozeleira, eles precisam observar uma lista de exigências, como entregar passaportes e ficar afastados das redes sociais. Se as medidas cautelares forem descumpridas, eles podem voltar à prisão. A decisão atendeu a um pedido dos advogados Sérgio Gerges e Regilene Padilha, que representam o empresário.

Em 18 de dezembro, Moraes já havia mandado soltar outros 46 denunciados por participação nos atos do dia 8 de janeiro.

Quase um ano após os protestos violentos na Praça dos Três Poderes, cerca de 60 pessoas seguem presas, a maioria preventivamente. A prisão preventiva é uma modalidade de prisão processual, ou seja, decretada antes de uma eventual condenação. Elas não têm prazo definido, mas precisam ser revistas a cada 180 dias.

Todas as prisões foram avaliadas por Moraes no final do ano passado. No caso de suspeitos de incitação e financiamento, a Procuradoria-Geral da República foi contra a soltura. Outros presos já foram condenados e começaram a cumprir suas penas.

A vítima do acidente em um brinquedo no parque Mirabilandia,  em setembro deste ano, passou por uma nova cirurgia nesta segunda-feira (9), segundo confirmação da família. Dávine Leandro Muniz Cordeiro, 34 anos, passou pelo procedimento de retirada dos ferros na coluna vertebral, por começarem a apresentar infecção. As placas foram realocadas para os braços, que também sofreram fraturas expostas no momento do impacto. 

Segundo Ricardo Lima, primo de Dávine, e que acompanha a situação clínica dela diariamente, a equipe de fisioterapia do hospital começou, nesta segunda-feira, um exercício de desmame, “retirando os aparelhos de respiração nos próximos três dias”. Dávine depende do aparelho de traqueostomia para respirar desde quando foi internada, mas a equipe já estuda a possibilidade de ela desenvolver autonomia. “Se ela estiver sem aparelhos [nos próximos dias], vem a equipe de fonoaudiologia”, complementou Ricardo. 

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Dávine está internada no Hospital São Marcos, no Recife, desde o dia 3 deste mês. A transferência do Hospital da Restauração (HR), na área central da cidade, se deu após uma decisão judicial que determinou que o Mirabilandia se responsabilizasse por todos os custos para a recuperação da vítima. Seu estado de saúde ainda é grave e ela continua inconsciente, apesar de já ter apresentado algumas reações físicas

Ricardo afirmou ainda que o acompanhamento médico tem sido feito por uma equipe multidisciplinar, havendo visitas diárias de profissionais de diferentes áreas. “Ela aceita estímulos externos, mas segue sem muita resposta ativa”, explicou. No entanto, a família se mantém esperançosa ao ver o desenvolvimento de Dávine com os tratamentos. 

Esta é a quarta cirurgia pela qual ela é submetida desde o dia em que foi socorrida, sendo a segunda de traumatologia, que cuida das fraturas ósseas. A primeira aconteceu no dia do acidente, assim como a bucomaxilofacial. A terceira foi na área de neurologia.  

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Dávine Cordeiro foi arremessada de uma altura de 12 metros, quando o cabo de aço que a segurava no brinquedo em que estava se partiu. Ela sofreu traumatismo cranioencefálico e fraturas nos membros superiores. Levada às pressas para o hospital, ela chegou a passar alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HR, mas a família passou a pedir a transferência, pois não havia conforto para os acompanhantes da paciente. 

O Mirabilandia foi interditado pelo Procon-PE ainda em setembro, logo após o acidente, e segue com as atividades suspensas. 

 

A gestante Claudineia dos Santos Melo, de 29 anos, teve que ser submetida a uma cesariana de emergência na noite dessa sexta-feira (30) depois que um tiro atingiu sua região pélvica e feriu o bebê que esperava há 39 semanas. Ela continua internada no Hospital Municipal Dr. Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio. Em estado grave, o menino foi transferido para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes.

Claudineia chegou lúcida ao hospital e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, contou que foi atingida pelo disparo ao ir ao mercado e ser surpreendida por um tiroteio na localidade conhecida como Vila Leal, no centro do município.

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No útero da mãe, o bebê foi atingido por um tiro que atravessou o tórax e feriu também uma das orelhas. Logo após nascer, ele foi entubado e levado para Unidade de Terapia Intensiva, de onde foi transferido para o hospital estadual.

De acordo com a secretaria de saúde, a transferência ocorreu para que o bebê recebesse acompanhamento de equipe médica de neurologia e outras especialidades.

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