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Uma paralisação de motoristas e cobradores, sem apoio do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, trava o trânsito no Centro do Recife na manhã desta sexta-feira (3). Trabalhadores de diversas empresas e dos BRTs desceram dos veículos no cruzamento da avenida Guararapes com a rua do Sol, onde prometem permanecer por três horas. Os passageiros foram pegos de surpresa e muitos aguardam a volta da circulação dos coletivos. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) está com equipes no local tentando reorganizar o trânsito. 

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O presidente do Sindicato, Benilson Custódio Grilo, afirmou que a manifestação é guiada por Aldo Lima, líder da Oposição dos Rodoviários, a CSP-Conlutas. “Aldo quer participar das reuniões de negociação com a patronal, mas ele nem mais rodoviário é. Aí faz isso, como vingança, confundindo a categoria. Os motoristas estão me ligando para saber se é greve e estou desmentindo. A maioria me diz que não apoia Aldo”, afirmou Grilo. 

Aldo Lima, por outro lado, afirma que o protesto foi solicitado pela categoria insatisfeita. Eles solicitam aumento salarial de 30%, além de reajuste no valor do benefício para alimentação. "Se precisar, a gente faz outra paralisação como esta. Não teremos greve. Se houver, ela deverá acontecer de forma legal com as 72 horas de aviso", alerta Aldo.

Em nota, o Sindicato dos Rodoviários esclareceu que teve uma reunião, nesta quinta-feira (2), com a classe patronal. Na ocasião foram discutidos temas como seguro de vida, plano de saúde e adicionais para motoristas socorristas. Nada de concreto foi oferecido, mas ficou acordado que até a segunda-feira (6) – prazo limite para a contraproposta oficial das empresas de ônibus – nenhum protesto seria feito pela categoria. 

Com informações de Nathália Guimarães

O Sindicato dos Rodoviários realiza mais duas assembleias nesta segunda-feira (15), às 9h30 e às 15h30, na sede localizada no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. A discussão é basicamente a mesma da última assembleia, ocorrida no dia 9 de setembro: se vale a pena recorrer no Supremo Tribunal Federal (STJ) da decisão do reajuste salarial. A categoria conseguiu 10% de reajuste do tíquete-alimentação quando pedia 75%. 

Na última assembleia, a opinião da direção do sindicato eleito e de sua equipe jurídica era de que seria melhor não recorrer, para evitar que a diretoria também recorresse e os rodoviários saíssem prejudicados. Em votação, a categoria apoiou a sugestão. Nesta segunda-feira, uma nova votação ocorrerá, após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) lançar uma recomendação que os empregados não recorressem. Em contrapartida, os patrões retirariam os processos que visam apurar a legalidade das paralisações de agosto.

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Alguns integrantes da categoria estariam cogitando fazer uma paralisação no dia 5 de outubro, data das eleições. Segundo o integrante do sindicato eleito, Roberto Xavier, não é interesse do grupo que isso aconteça. “Nós não apoiamos isso”, respondeu ele, acusando a oposição. A oposição, entretanto, diz também não apoiar esta manifestação. “Quem está propondo isso são trabalhadores que querem boicotar quem tem relações políticas dentro do sindicato. Nós não queremos mais paralisações, mas queremos que a equipe jurídica continue recorrendo”, disse o secretário geral do Sindicato e apoiador do CSP-Conlutas, Josival Costa.

Política – O CSP-Conlutas foi o principal apoiador da candidatura do presidente eleito Benílson Custódio, mas hoje o grupo é classificado como oposição. Segundo a nova direção, o Conlutas estaria se aproveitando da categoria para interesses políticos. Já a oposição alega que isso é pretexto. “O principal motivo é que eles não querem mudar o estatuto do sindicato. Durante toda a campanha eles nos apoiavam nisso”, diz Josival Costa. O CSP-Conlutas defende que o tempo de gestão do presidente e o salário dele sejam reduzidos. “Hoje em dia, o salário do presidente equivale a oito salários de motoristas. Acreditamos que quando o profissional ganha muito mais que os demais, ele começa a se sentir o patrão”, conclui. 

A prisão de 19 ativistas na manhã do último sábado (12) por suspeita de envolvimento em atos violentos em protestos no Rio de Janeiro foi criticada nesta segunda-feira (14) durante audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), no Senado Federal, para debater a criminalização dos movimentos sociais. Representantes de estudantes e trabalhadores apontaram o episódio como exemplo do recrudescimento da repressão do Estado contra as manifestações.

Segundo os ativistas, as pessoas foram presas sem o devido processo legal, enquanto advogados, membros da OAB e jornalistas teriam sido detidos "para averiguação". A operação policial foi deflagrada para cumprir mandados de prisão expedidos pela 27ª Vara Criminal da capital fluminense. A polícia teria apreendido explosivos, computadores e celulares, além de uma máscara de proteção contra gás lacrimogêneo. A ação ocorreu na véspera da final da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina, no Estádio do Maracanã. O objetivo seria prevenir manifestações durante a partida.

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De acordo com o representante do CSP-Conlutas, Luis Carlos Prates, a prisão dos ativistas e a atuação da polícia militar contra manifestações durante a Copa do Mundo foram desproporcionais. Segundo ele, manifestantes vem sendo tratados como terroristas. “Prevê-se que você vai cometer um crime, segundo eles, que é fazer uma manifestação, e, de antemão, as pessoas são presas. Isso sequer no regime militar era feito dessa maneira. Então, é necessário barrar essa ofensiva”, disse Prates.

Segundo o representante da Assembleia Nacional de Estudantes Livres (Anel), Lucas Brito, desde as jornadas de junho do ano passado, o Estado tornou-se mais violento contra manifestantes. “A resposta que a gente teve de vários governos, e da polícia militar em especial, foi uma resposta de agressividade e criminalização de nossas lutas e de nossos lutadores e lutadoras”, relatou.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) afirmou que a greve dos motoristas, cobradores e fiscais chegou ao fim. A categoria e as Empresas de Transportes Integrados (Urbana-PE) permaneceram em reunião durante a madrugada de hoje. 

Durante uma coletiva de imprensa, realizada neste sábado (6), o presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira, afirmou que o retorno ao trabalho será imediato. “Nós e o Sindicato dos Rodoviários chegamos a um senso comum e acordamos que não terá mais nenhum movimento com paralisação”.

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Bandeira comentou também que as últimas solicitações feitas pela categoria foram atendidas. “Não serão descontados os dias de greve e não faremos nenhuma demissão de funcionários – exceto, é claro, daqueles que cometeram atos de vandalismo e arruaça”, pontuou. O presidente não informou quantas pessoas foram desligadas das empresas.

Em relação as 500 contratações feitas nos últimos dias – durante o período de protestos – o representante da Urbana-PE, disse que eles continuarão a prestar os serviços normalmente. “Os 500 admitidos, através do banco de reservas, continuarão a trabalhar normalmente. A decisão foi tomada porque as empresas já estavam precisando de um reforço no seu efetivo”.

Quanto a multa instituída ao Sindicato dos Rodoviários, Bandeira contou que as partes envolvidas ainda irão dialogar sobre o assunto e tentarão chegar a um consenso. O efetivo de ônibus utilizado neste sábado é de 70% da frota, que segundo Fernando Bandeira, é a mesma quantidade de carros utilizados normalmente durante o fim de semana.

A liderança da Oposição Rodoviária de Verdade, a CSP-Conlutas, divulgou uma nota nas redes sociais, informando que está disposta a voltar atrás em sua decisão em continuar com a greve. Para que isto aconteça, o governo teria que atender as reivindicações da categoria que solicitam a readmissão de todos os motoristas, cobradores e fiscais demitidos e estabilidade de três meses para os profissionais. 

Uma nova assembleia só acontecerá na próxima segunda-feira (8). Confira a publicação na íntegra:

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COMUNICADO 05/07/2013:

"NÓS TRABALHADORES (AS) NOS TRANSPORTES PÚBLICOS DO GRANDE RECIFE, COMUNICAMOS QUE ESTAMOS PROPONDO UM RECUO NA NOSSA LUTA. SIM, É ISSO MESMO, UM PASSO A TRÁS, PARA PODERMOS DAR DOIS A FRENTE. NÃO TEMOS CONDIÇÕES DE ENFRENTAR SOZINHOS A DITADURA HOJE VIGENTE EM PERNAMBUCO, DITADURA ESTA EXERCIDA PELO SR. CORONEL EDUARDO CAMPOS!

ATRÁVES DA OAB, QUEREMOS O FIM DAS DEMISSÕES, AMEAÇAS DE PRISÕES E REVERSÃO DAS DEMISSÕES JÁ OCORRIDAS, APENAS ISSO.

POR QUE NÃO SOMOS IRRESPONSÁVEIS, SOMOS PAIS E MÃES DE FAMILIA, E O QUE ESTÃO FAZENDO CONOSCO NÃO É JUSTO! SABEMOS QUE A MAIORIA DA POPULAÇÃO DO GRANDE RECIFE ESTA A NOSSO FAVOR, MAS NOSSAS FORÇAS SE ESGOTARAM. ESTAMOS SENDO AMEAÇADOS, NOSSAS CASAS ESTÃO SENDO VIGIADAS, NOSSAS VIDAS REVIRADAS, E NÃO CONSEGUIMOS MAIS ANDAR SOSSEGADOS(AS) PELAS RUAS. 

PROPOMOS ENTÃO UM RECUO NA GREVE; MAS PARA QUE ISSO OCORRA QUEREMOS A READMISSÃO DE TODOS OS DEMITIDOS; ESTABILIDADE DE 3 MESES PARA TODOS E TODAS TRABALHADORES(AS). CASO O GOVERNO EDUARDO CAMPOS, MPT ACEITE, ENCERRAMOS AS NOSSAS MANIFESTAÇÕES.

SEGUIREMOS ORGANIZANDO OS (AS) TRABALHADORES (AS), DEFENDENDO O PASSE LIVRE PARA OS ESTUDANTES E DESEMPREGADOS, NÃO DESCANSAREMOS ATÉ DERRUBARMOS PATRÍCIO/CUT, DEFENDEMOS A DEMOCRACIA NO SINDICATO, E POR UM SINDICATO DE LUTA.

QUEREMOS AGRADECER A TODOS (AS) QUE VEM NOS APOIANDO AQUI, E CONTINUEM NOS SEGUINDO, ESTAREMOS SEMPRE INFORMANDO OS PROBLEMAS DE NOSSA CLASSE, DO SISTEMA DE TRANSPORTE DE NOSSA REGIÃO. GOSTARIAMOS DE CONTAR COM SOLIDARIEDADE DAS ORGANIZAÇÕES SINDICAIS DE NOSSA REGIÃO PARA UM FUNDO DE GREVE PARA OS DEMITIDOS, POIS ALGUNS NADA RECEBERAM NESTE DIA 05/07 E COMEÇAM A PASSAR NECESSIDADE.

SEM MAIS

NOSSO AGRADECIMENTOS A TODOS E TODAS. A LUTA SEGUE, NÃO DESISTIREMOS!"

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