Tópicos | críticas a Dilma

O deputado federal, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), usou a tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, após 30 anos de seu mandato como parlamentar em 1985 para uma analisar do atual cenário político nacional. O peemedebista fez críticas ao Governo da presidente Dilma Rousseff (PT), nesta segunda-feira (16) e disparou que a crise atual do Brasil nunca foi vista anteriormente.

“Começo a exercer o meu terceiro mandato de deputado federal num momento não menos turbulento, mas por razões que nunca imaginaríamos há 30 ou há 40 anos. O Brasil vive hoje – e não é alarmismo da minha parte – uma das maiores crises políticas da sua História Contemporânea”, alfinetou durante discurso postado na página de seu Facebook.

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Segundo o deputado pernambucano, na raiz de tudo está a “corrupção endêmica decorrente da promíscua relação entre os poderes Executivo e Legislativo e o aparelhamento perverso que o Partido dos Trabalhadores e seus aliados promoveram no Governo Federal e nas suas principais empresas estatais, como Caixa Econômica, Banco do Brasil, Eletrobrás, Correios e a maior de todas, a Petrobras – a mais expressiva vítima da corrupção, da ganância e da sede sem limites pelo poder”, detalhou.

Apesar de ser do mesmo partido do vice- presidente Michel Temer, o senador também criticou a democracia brasileira, dizendo que ela demonstra uma “tremenda robustez”, pois, apesar de tudo que vem sendo revelado, ele não enxerga nenhuma tentativa de quebra dos princípios constitucionais, como sempre ocorreu durante o século 20, marcado por golpes e insurreições militares. “Não vislumbro nenhum tipo de risco institucional, como ocorre em outros países vizinhos, assombrados pelo bolivarismo” ressaltou.

Na avaliação de Vasconcelos é preciso ficar bem claro que o exercício da política não pode ser confundido como um caminho fácil para fazer negócios e acumular riquezas pessoais. “Também não se justifica usar dinheiro sujo para bancar campanha eleitoral.” Para ele, é necessário mudar o “mar de mediocridade, um oceano que vive em permanente maré alta. Alta e poluída”, acrescentou.

“Alguém aqui imagina o que deve pensar um eleitor de Salgueiro, lá no Sertão de Pernambuco, quando assiste no ‘Jornal Nacional’ dia após dia, os escândalos que se acumulam?“, questionou. Para acrescentar em seguida: “Democracia não aguenta desaforo no nível que estamos vendo nos últimos anos. Algo precisa ser feito. E o caminho para isso começa por admitir os próprios erros e sinalizar à opinião pública que tudo que está aí precisa mudar”, alfinetou.

De acordo com o peemedebista a mudança deve começar pela presidente Dilma Rousseff. “Vencedora por uma margem pequena de votos numa eleição de segundo turno, dizendo que ia fazer determinada coisa e, logo após a vitória, passou a fazer exatamente o contrário. Um verdadeiro ‘estelionato eleitoral’, sem admitir, em nenhum momento, que errou no primeiro mandato”, criticou o senador que foi um dos políticos presentes na manifestação ocorrida nesse domingo (15), na Praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

 

Depois de Igarassu, mais um município pernambucano decidiu exonerar secretários. Desta vez, a iniciativa foi do prefeito de  Taquaritinga do Norte, Evilásio Araújo (PSB). De acordo com o gestor municipal, o motivo foi fechar as contas no limite do que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, que dentre outros pontos limita a 54%, os gastos da cidade com a folha de pagamento. “Não tinha outra saída para pagar a folha de dezembro e o décimo terceiro dos funcionários. Ou era isso (exonerar) ou prejudicar áreas importante para a população, como a saúde e educação. Mas manter o hospital e as escolas funcionando é muito mais importante. Me dói muito ter que fazer isso, mas não tinha outra saída, pois os repasses do FPM não suprem as necessidades da cidade”, declarou o prefeito, que exonerou 11 secretários e 130 funcionários do município. 

Taquaritinga do Norte foi o único município de Pernambuco que deu vitória ao então candidato Aécio Neves (PSDB). Mas segundo o gestor da cidade, o fato de integrar a oposição não reflete as criticas que tem contra a presidente. Um dos pontos levantados pelo prefeito foi a redução do IPI, que junto com a arrecadação do Imposto de Renda (IR) compõe o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo o socialista, o desconto que incide sobre os produtos industrializados (IPI) representa uma queda brusca no orçamento “ A nossa arrecadação diminuiu muito com o desconto no IPI. Então como vamos conseguir arcar com as contas do município? O repasse da FPM já é muito pouco, com esse desconto então, só nos restou fazer os cortes. Contamos com a colaboração dos nossos secretários, comissionados, que vão continuar nos ajudando, mas como voluntários”, pontuou Araújo, ressaltando que o desconto do IPI resultou num déficit de, aproximadamente, R$1,5 milhões.

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Evilásio Araújo ainda se mostrou indignado com a repercussão do caso, pois, segundo ele, a presidente passou por situação semelhante, mas contou com o apoio do Congresso para alterar a lei.  “O Governo Federal passou pelo mesmo problema, mas utilizou de artimanhas. O Congresso levou 18h para ‘violentar a lei’. Enquanto nós, que estamos produzindo receita, se tomamos uma atitude como essa, somos crucificados. Acho um absurdo, mas vou recorrer junto a Amupe e onde for preciso para mudar isso. Quero estar frente a frente com ela (Dilma), para dizer que assim como ela eu tenho legitimidade para agir, pois também fui escolhido pelo povo e não tenho medo de cara feia. Diante desses escândalos e roubalheiras ela não terá argumentos para me criticar”, cravou.

A busca por um emprego público cresce a cada dia. E, nessa terça-feira (5), foi encaminhado ao Congresso Nacional, pela presidente Dilma Rousseff, o projeto de lei que propõe cota de 20% das vagas de concursos públicos para negros. A medida, segundo a chefe do Executivo, serve para que a classe seja mais bem representada no serviço público. "Devemos reconhecer e valorizar essa diversidade cultural", disse, em seu discurso em evento sobre igualdade racial.

Com essa determinação, os concurseiros seriam prejudicados? As opiniões divergem. "Sou contra porque acredito que isso discrimina outras pessoas, outras classes raciais. Não é uma raça, uma cor que vai definir o intelecto da pessoa. Essa determinação não é uma forma de diminuir as diferenças", explica Gabriella de Paula, estudante de Direito.

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De acordo com o coordenador pedagógico do Núcleo de Concursos Especial (Nuce), Cícero Roseno, o sistema de cotas já foi conversado em sala de aula e a opinião foi unânime: todos discordaram. "Até mesmo os negros que estudam aqui no Núcleo, não concordaram com as cotas, pois isso diferencia um aluno do outro. Ao meu ver, parece que essa determinação é uma forma de se redimir dos sofrimentos antigos, ainda da época da escravidão. Todos enfrentam dificuldades, estudam do mesmo jeito e merecem ser tratados de forma igualitária", afirma o coordenador.

Para Joana Pessoa, negra, que sempre estudou em escolas e universidades públicas, essa é mais uma forma de discriminação. "Na realidade, as pessoas precisam estudar mais e ler mais, sinceramente, acho que não vale a pena um tipo de cotas como essa, onde se é necessário apenas o estudo de todos. É mais uma forma de discriminação e preconceito", conta.

Por outro lado, o ativista pelos direitos dos negros, Ronei Prado, concorda e entende que a proposta é uma forma de inclusão. "Sou a favor porque, no Brasil, ainda existe um racismo muito grande, que exclui uma grande parte da população negra. Se não der oportunidade a essa classe, esta nunca será valorizada. Hoje em dia, grande parte das pessoas discrimina um negro e, por isso, essa medida deve ser adotada", defende Prado.

O senador Mário Couto (PSDB-PA) fez duras críticas ao governo de Dilma Rousseff (PT), classificado por ele de "incompetente e mentiroso". Em discurso no Plenário nesta quarta-feira (30), o parlamentar paraense disse que "a população não aguenta mais sofrer com as mentiras" da petista.

Segundo Couto, foram várias promessas não cumpridas ao longo deste quase quatro anos de governo. Entre elas, a construção de 130 mil cisternas para populações que sofrem com a seca. "Não mente, Dilma! Este é seu grande problema. Não mente para a população! Você prometeu 130 cisternas e concluiu 59 mil!", disparou.

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Para o tucano, o governo também não chegou às 6 mil creches prometidas, teve a “cara de pau” de inaugurar duas vezes a Ferrovia Norte-Sul e entregou casas do Programa Minha Casa, Minha Vida sem água e sistema de esgoto. "Lá no meu Pará, chama-se isto de cara de pau. Chega uma hora que a população não aguenta mais de tanto sofrer", afirmou.

*Com informações da Agência Senado

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O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT) na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (23), em Nova York, teve impactos divergentes no Brasil. Para uns,como o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB), o discurso da petista foi “altamente decepcionante”, “fraco” e “ridículo”. Já para outros como o cientista político e professor da UFPE, Adriano Oliveira, as palavras da presidenta qualificam ainda mais a "firmeza" da chefe do executivo brasileiro. 

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A presidenta criticou duramente a espionagem americana, propondo que a ONU fiscalize mais ações como esta. Além de frisar o combate a pobreza, a mortalidade infantil e de propor uma reforma no Conselho da Organização. Segundo Vasconcelos, as palavras de Dilma foi uma iniciativa que envergonha a política externa brasileira. "Foi um expediente totalmente eleitoreiro, medíocre, que envergonha a história da política externa brasileira. Uma iniciativa ruim para a senhora Dilma Rousseff e seu partido, porém muito pior, muito mais grave, para o Brasil, como nação", afirmou o senador, para quem a política externa brasileira tem hoje “cunho altamente ideológico” e está subordinada aos interesses do Partido dos Trabalhadores.

De acordo com o senador e correligionário do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Dilma não vai alcançar seu objetivo e de seu partido, que é aparecer com boa pontuação nas próximas pesquisas eleitorais. O senador atribuiu as falhas do discurso a seu autor, Marco Aurelio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, a quem chamou de “grande xiita” do governo federal.

Em contrapartida o cientista político destacou que o pronunciamento da petista foi um recado as grandes nações, sobre a espionagem."Para a população brasileira foi um discurso que mostra que ela (Dilma) é uma mulher de firmeza, pois falou sem medo do monitoramento ao país, protagonizado pelos EUA, e esta abordagem é benéfica para o eleitorado brasileiro. Além disso, foi um recado as grandes nações, inclusive o governo alemão, de Angela Merkel", assegurou Oliveira. 

Ainda segundo Adriano, a presidente abordou temas que são característicos do PT, como a eliminação da miséria, para reforçar o discurso e elencar ainda mais as obras que a sigla vem fazendo desde a administração de Lula. Alimentando assim o desejo de que o Brasil faça parte permanentemente do Conselho da ONU.

Confira o vídeo do discurso da presidente:

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O deputado federal Mendonça Filho (DEM) criticou a presidente Dilma Rousseff (PT) pelo corte dos funcionários terceirizados da Chesf. Segundo o democrata, que em fevereiro apresentará um requerimento de informações sobre o caso, a demissão significa perda de excelência técnica. 

Mendonça pedirá ao Ministério de Minas e Energia explicações para a demissão de cerca de 25% dos contratos em vigor, que resulta na demissão de funcionários. “O corte de terceirizados é o começo das demissões para adequação da Chesf à Medida Provisória 579 do Governo Dilma, que mudou as regras de concessão para empresas de energia e impôs a Companhia uma perda de R$ 7,3 bilhões em ativos não amortizados”, denuncia o deputado.

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Em novembro do ano passado, durante audiência com o então ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, o deputado questionou o risco de um programa de demissão voluntária na Chesf. Na época, segundo o deputado, o ministro não descartou a possibilidade de demissões e reafirmou que a renovação das concessões para o setor elétrico obedeceria à regra. Além disso, disse também que as empresas teriam que passar por um processo de enxugamento de custos para se adequar as exigências do Governo.    

“É inaceitável que o Governo Dilma decida, de forma arbitrária, desmontar a Chesf, uma empresa importantíssima para o Nordeste e fique por isso mesmo”, criticou. O deputado disse que a Chesf já perdeu autonomia e um plano de enxugamento significará perda de pessoal qualificado, de excelência técnica e efetivará o esvaziamento. Ele acrescentou ainda que as demissões não devem ser vistas como uma questão coorporativa.

O democrata ressaltou que saída dos funcionários afeta diretamente a qualidade do serviço prestado à população e resulta em interrupções no fornecimento de energia. “A Chesf tem um quadro técnico qualificadíssimo e perder esses profissionais significa perda no planejamento e nos projetos de engenharia no setor de energia, que sempre foi referência nacional”, argumentou. 

Segundo a assessoria do deputado, ele recebeu informações de servidores da Chesf de que as demissões de funcionários terceirizados começam nesse mês de janeiro. Por isso, solicitou à equipe técnica da liderança do Democratas, em Brasília, a preparação do pedido de informações sobre o processo de demissões na Chesf.

Como sugestão para  desonerar o setor elétrico, Mendonça recomendou ao Governo Dilma que abra mão de impostos federais como os 9,5% do Pis/Cofins e contribuições sobre lucro, ao invés de sacrificar as empresas do setor elétrico. O parlamentar defende que o setor precisa de transparência, estabilidade e regras claras, que não mudem de acordo com o humor dos governantes. "O País está pagando um preço alto pela falta dessas regras. A gestão petista do setor elétrico tem sido arbitrária e pouco eficiente. Os apagões  são frequentes e o setor, claramente, precisa de correção de rumo”, alfinetou Mendonça.

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