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O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT) na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (23), em Nova York, teve impactos divergentes no Brasil. Para uns,como o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB), o discurso da petista foi “altamente decepcionante”, “fraco” e “ridículo”. Já para outros como o cientista político e professor da UFPE, Adriano Oliveira, as palavras da presidenta qualificam ainda mais a "firmeza" da chefe do executivo brasileiro.
##RECOMENDA##A presidenta criticou duramente a espionagem americana, propondo que a ONU fiscalize mais ações como esta. Além de frisar o combate a pobreza, a mortalidade infantil e de propor uma reforma no Conselho da Organização. Segundo Vasconcelos, as palavras de Dilma foi uma iniciativa que envergonha a política externa brasileira. "Foi um expediente totalmente eleitoreiro, medíocre, que envergonha a história da política externa brasileira. Uma iniciativa ruim para a senhora Dilma Rousseff e seu partido, porém muito pior, muito mais grave, para o Brasil, como nação", afirmou o senador, para quem a política externa brasileira tem hoje “cunho altamente ideológico” e está subordinada aos interesses do Partido dos Trabalhadores.
De acordo com o senador e correligionário do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Dilma não vai alcançar seu objetivo e de seu partido, que é aparecer com boa pontuação nas próximas pesquisas eleitorais. O senador atribuiu as falhas do discurso a seu autor, Marco Aurelio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, a quem chamou de “grande xiita” do governo federal.
Em contrapartida o cientista político destacou que o pronunciamento da petista foi um recado as grandes nações, sobre a espionagem."Para a população brasileira foi um discurso que mostra que ela (Dilma) é uma mulher de firmeza, pois falou sem medo do monitoramento ao país, protagonizado pelos EUA, e esta abordagem é benéfica para o eleitorado brasileiro. Além disso, foi um recado as grandes nações, inclusive o governo alemão, de Angela Merkel", assegurou Oliveira.
Ainda segundo Adriano, a presidente abordou temas que são característicos do PT, como a eliminação da miséria, para reforçar o discurso e elencar ainda mais as obras que a sigla vem fazendo desde a administração de Lula. Alimentando assim o desejo de que o Brasil faça parte permanentemente do Conselho da ONU.
Confira o vídeo do discurso da presidente:
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