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Principal base de sustentação do presidente Michel Temer no Congresso Nacional, o PSDB deve adiar mais uma vez sua decisão de desembarque ou não do governo peemedebista. O partido marcou para a tarde desta segunda-feira, 12, reunião de sua executiva nacional para tratar do assunto. O encontro, porém, deve servir apenas para discussão, sem anúncio de uma decisão final.

"A ideia é não tomar uma decisão amanhã (12). Será mais ouvir os diversos segmentos. É muito curto o tempo entre a decisão do TSE e a reunião", afirmou o secretário-geral do PSDB, o deputado federal Silvio Torres (SP). Ele se referia ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral concluído na última sexta-feira, 9, e que absolveu a chapa Dilma-Temer da cassação por 4 votos a 3.

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Nos bastidores, tucanos argumentam que, após o TSE, é preciso agora esperar a denúncia contra Temer que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve enviar até o fim de junho. "Temos que nos preocupar também com os 14 milhões de desempregados no Brasil e, sobre esse aspecto, é que o PSDB deve decidir", afirmou o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP).

Sem perspectiva de anunciar uma decisão, os principais caciques tucanos podem não comparecer à reunião desta segunda-feira. Um dos parlamentares mais próximos do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Torres afirma que o gestor paulista e outros governadores avaliam não comparecer. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não irá ao encontro, segundo sua assessoria de imprensa, pois tem uma reunião no Instituto FHC.

Os grupos de Alckmin e do senador afastado Aécio Neves (MG) atuam nos bastidores para evitar o desembarque agora. A avaliação de "aecistas" é de que o rompimento dos tucanos com o governo Temer pode prejudicar o mineiro. O pensamento é de que, caso o PSDB desembarque, o PMDB, maior partido do Congresso, atuará para que o tucano seja cassado. Aécio foi fortemente atingido pela delação da JBS.

Dos quatro ministros do PSDB, Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) também trabalham contra o rompimento. Os ministros e o próprio presidente Michel Temer entraram em campo na semana passada e conversaram pessoalmente ou por telefone com parlamentares tucanos para tentar conter o movimento favorável ao desembarque.

Na reunião desta segunda-feira, a defesa mais enfática pelo rompimento será feita pelos "cabeças-pretas", como são chamados os tucanos mais novos. O grupo, formado principalmente por deputados, é o que mais pressiona o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), a desembarcar. Eles temem que a impopularidade de Temer contamine o PSDB nas eleições de 2018.

Interlocutores de Tasso dizem que ele está relutante em adiar mais uma vez a decisão pelo desembarque ou não. Na semana passada, o senador cearense deu declarações públicas mais fortes, que foram interpretadas como um desejo dele de que o PSDB rompa com o governo Temer. Em uma delas, disse que o partido não precisa de ministério para apoiar as reformas.

O conturbado quadro político atual levou dois dos maiores bancos do País, o Bradesco e o Itaú Unibanco, a refazerem suas projeções sobre as principais variáveis macroeconômicas. As principais modificações foram feitas nas expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e para o Produto Interno Bruto (PIB).

Em nota, o Bradesco diz que "o enfraquecimento da atividade apontada pelos indicadores correntes nos levou a calibrar nossas expectativas para o PIB e a inflação".

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Já o Itaú Unibanco apresentou o relatório "Reformas incertas, cenário mais desafiador", onde o banco mostra que a previsão para a inflação de 2017 foi reduzida, enquanto a projeção para 2018 foi elevada, em função da estimativa de depreciação cambial.

No caso do Bradesco, para o PIB a estimativa atual é de estabilidade este ano e crescimento de 2% em 2018, na comparação com as projeções anteriores de alta de 0,3% (2017) e de 2,5% (2018). Na análise do Bradesco, apesar do crescimento de 1,0% do PIB no primeiro trimestre deste ano, a alta foi quase totalmente explicada pelo setor agropecuário, com desempenho ainda fraco da indústria e do segmento de serviços. Somado a isso, avalia, os dados correntes apontam para uma contração de 0,4% do PIB no segundo trimestre, aumentando as dúvidas sobre a intensidade da retomada da economia no segundo semestre.

Depois do crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, o Itaú Unibanco prevê queda de 0,2% no dado do período de abril a junho, com ajuste sazonal. Para o PIB fechado em 2017, a projeção foi reduzida de alta de 1,0% para expansão de 0,30%, dada a expectativa de retomada mais lenta da atividade no segundo semestre deste ano. Para 2018, a projeção é de crescimento de 2,7% do PIB. "A complexidade do cenário, a incerteza sobre as reformas e a queda menor dos juros constituem um cenário desafiador e devem pesar sobre a atividade."

De acordo com o banco, a nova trajetória de crescimento da atividade é consistente com a taxa de desemprego a 14,0% ao fim de 2017 (previsão anterior era de 13,8%) e de 14,3% no encerramento de 2018 (ante previsão passada de 13,6%). A taxa de desocupação deve atingir, segundo a instituição, o auge em setembro do ano que vem, quando tende a chegar a 14,3%.

Inflação e juros. Para o Bradesco, a projeção para o IPCA deste ano passou de 3,70% para 3,40%, enquanto a estimativa para o a inflação fechada no ano que vem saiu de 4,10% para 4,00%. Com previsão de alta do dólar no ano que vem, o Itaú aumentou a projeção para o (IPCA) de 3,80% para 4,10%. Porém, para 2017, diminuiu a previsão de 3,90% para 3,70%. O Itaú explica que a inflação mais bem comportada na margem mais do que compensou o efeito da revisão no cenário para a taxa de câmbio.

A expectativa do Itaú é que a inflação acumulada em 12 meses desacelere para 3,2% em junho, com um piso no ano de 2,9% em agosto, e atingindo 3,2% em setembro.

O Bradesco entende que a manutenção da política econômica segue fundamental para a retomada gradual da economia. Segundo a instituição, o ambiente desinflacionário, com expectativas bastante ancoradas, deve permitir que o ciclo de queda da taxa de juros se estenda ao longo do segundo semestre, levando a Selic a 8,00% no fim de 2017.

O Itaú acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá o ritmo de corte da taxa de juros de um ponto para 0,75 ponto porcentual em julho. Nas reuniões seguintes, o banco espera a velocidade de queda dos juros diminua novamente, para 0,50 ponto porcentual por encontro e continue neste passo até que a taxa Selic atinja 8% no final no ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líderes da base aliada avaliam que o resultado do julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a favor do presidente dá um fôlego, mas não traz tranquilidade ao governo. Governistas afirmam que Temer seguirá ameaçado por eventual denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar contra ele com base na delação da JBS.

"Não acaba com a crise. Temos que monitorar se houver instabilidade para o País com fatos relevantes", afirmou o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP). Segundo ele, além da absolvição pelo TSE, a legenda vai levar em conta os "14 milhões de desempregados" que o País tem hoje, ao decidir sobre o desembarque ou não do governo. A decisão será tomada durante reunião marcada para esta segunda-feira.

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Para o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA), a absolvição de Temer pelo TSE é positiva para o governo, mas não encerra a crise política. "A cada dia podem surgir fatos novos. Estávamos na expectativa do TSE, agora da denúncia da PGR e continua a expectativa das delações, se o (doleiro Lúcio) Funaro vai delatar, se (o ex-assessor de Temer e suplente de deputado, Rodrigo) Loures, vai relatar", afirmou Rocha.

O líder do PSD, deputado Marcos Montes (MG), avaliou que o resultado do TSE melhora o cenário Temer, mas não o faz "navegar em mares calmos". Segundo ele, a decisão da corte dá a Temer uma "força relativa". "Ele vai ficar na corda bamba, mas vai se equilibrar", afirmou. Montes afirmou, porém, que dois fatos podem "afinar" a corda: o desembarque do PSDB e possíveis delações "bombásticas".

Desembarque. A avaliação é a de que uma eventual saída dos tucanos da base aliada tem potencial para provocar um desembarque em cascata de outras legendas.

A bancada do PRB, por exemplo, já marcou reunião também para segunda-feira para avaliar o cenário pós-TSE/PSDB. "Hoje nossa posição é a de se manter no governo, mas aguardamos o desfecho das situações e estamos acompanhando movimento dos demais partidos", disse o líder da sigla, deputado Cleber Verde (MA).

Líderes da base avaliam ainda que uma eventual denúncia da PGR hoje não passa na Câmara, mas, dependendo de seu teor, o cenário pode mudar. "Hoje não passa, mas se ela for pesada, complica muito mais. Não só o teor, mas as comprovações", afirmou Montes. O parlamentar avaliou que o TSE julgou Temer mais em uma "linha eleitoral", deixando, com isso, a parte criminal para que o Supremo analise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os presidentes do PSDB e PMDB se encontraram na tarde desta quinta-feira (8), após os tucanos indicarem tendência por desembarque do governo do presidente Michel Temer.

Na noite de quarta-feira (7), após reunião com as bancadas tucanas da Câmara e do Senado, Tasso Jereissati, presidente interino da legenda, afirmou que o partido "não precisa de cargo e ministério para aprovar as reformas", avaliou que fatos novos sobre o governo, como a viagem de Michel Temer em aeronave da JBS, "vai mudando o pensamento de senadores e deputados" e afirmou que segunda-feira é o "limite" para um posicionamento do PSDB sobre a saída do governo.

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No dia seguinte, o presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), ameaçou não apoiar os tucanos em 2018. "Se o PSDB deixar hoje a base, vai ficar muito difícil de o PMDB apoiá-los nas eleições de 2018. Política é feita de reciprocidade", afirmou Jucá ao jornal Folha de S.Paulo.

As declarações dos caciques incomodaram peemedebistas e tucanos, incendiando a relação difícil que os partidos têm mantido nas últimas semanas.

Segundo a assessoria de Jucá, o encontro desta quinta tratou da atual conjuntura da reforma política e a conversa foi "amistosa". Outra agenda entre eles ficou marcada para a semana seguinte.

Sem citar diretamente a crise política ou o processo que está sendo julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pode cassar o seu mandato, o presidente Michel Temer usou o discurso do anúncio no Plano Safra 2017/2018 para tentar empregar uma ideia de otimismo e reafirmou que está seguro de que permanecerá no cargo. "Vamos conduzir o governo até 31 de dezembro de 2018", disse para uma plateia de lideranças rurais e diversos políticos que ocuparam o Salão Nobre do Palácio do Planalto.

Temer, que chegou ao evento acompanhado dos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de ministros, disse ainda que o setor agropecuário dá uma "injeção de otimismo no País" e que é com "essa alma e esse vigor" que a cerimônia provoca é que ele terminará seu mandato.

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O presidente, que anunciou o total de R$ 190,25 bilhões para o Plano Safra, destacou que, ao ver a quantia que está sendo colocada à disposição do campo, não há razões para não ser otimista. "Quando eu percebo os R$ 190,25 bilhões que estamos colocando, quando vejo o que está sendo feito no setor da agricultura, do agronegócio, eu digo: será que temos o direito de ser pessimistas no Brasil? Não tenho dúvida que o otimismo permeia essa solenidade", completou.

No evento desta quarta-feira, tido como uma tentativa de agenda positiva para mostrar que o governo segue trabalhando independente da crise, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, anunciou ainda a redução da taxa de juros para algumas modalidades de crédito, e Temer destacou que a iniciativa fazia parte de seu governo. "Convenhamos que temos nos preocupado com juros menores do que os do passado", disse.

Após barrar um posicionamento do PSDB paulista que poderia pressionar a legenda tucana pelo desembarque do governo Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou que defenda a permanência do partido no governo federal.

Em entrevista a jornalistas após participar de um congresso tecnológico da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), na capital paulista, Alckmin afirmou que defende que o PSDB tenha uma decisão única nacionalmente e que priorize as reformas, não necessariamente a permanência no governo federal com cargos. Ele reforçou a defesa de que é preciso aguardar o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que começa nesta terça-feira, 6, para uma decisão definitiva dos tucanos.

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"Quem disse que eu sou contra o desembarque? Não. Se você pegar minhas declarações, lá atrás, eu até dizia que o partido deveria apoiar o governo, as medidas de interesse do País, sem necessariamente participar com ministro no governo", afirmou o governador.

A declaração foi dada no momento em que Alckmin respondia sobre o posicionamento das chamadas "cabeças pretas", ala jovem do PSDB que defendem desembarque imediato do governo. "No que ela a minha posição é diferente?", questionou o governador, afirmando que não está defendendo a permanência do partido no governo de Temer.

Alckmin disse que é preciso agir com responsabilidade e que, ao estimular ontem a direção estadual do partido a não tomasse uma decisão neste momento, defendeu a escuta de todos para que o PSDB tome uma única decisão nacionalmente.

"Nós devemos preservar o Brasil, proteger o País, não agir de forma açodada", disse. "Qualquer que seja a decisão, o compromisso é com as medidas econômicas, com a retomada do emprego e do crescimento da economia. Ter ministro ou não ter ministro é secundário". Em outro momento, Alckmin citou que é importante "apoiar as medidas do governo, aquilo que é interesse do País".

Alckmin citou o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE e reforçou a defesa em aguardar a decisão do judiciário para que o PSDB tome uma decisão definitiva. Ele afirmou que espera que a decisão do julgamento possa ser "resolvida nos próximos dias".

Questionado sobre a possibilidade de pedido de vistas por um dos ministros do TSE e um arrastamento da decisão pelos recursos disponíveis à defesa de Temer e de Dilma Rousseff (PT) na corte eleitoral e no Supremo Tribunal Federal (STF), Alckmin negou que o PSDB aguardará muito tempo para tomar uma decisão. "Não, não vai. Nos próximos dias, vamos nos reunir em Brasília."

Alckmin afirmou que é preciso garantir a aprovação das reformas para manter a expectativa de crescimento econômico. Ele citou que é possível chegar ao fim do ano com o Brasil crescendo "quase 3%" e ter um ano melhor em 2018.

Turbulências

Em seu discurso no evento, o governador afirmou que turbulências políticas do País tendem a passar e fortalecer as instituições. "Essas turbulências políticas passam, elas ate consolidam nossas instituições", disse. Durante sua fala, o tucano destacou que as reformas trabalhista e da Previdência são "exatamente importantes".

Alckmin e o prefeito João Doria, durante o evento, fizeram uma dobradinha para criticar o "populismo" diante da crise política e econômica. "Estou convencido que o Brasil não quer populismo, quer eficiência, geração de emprego e renda", afirmou Alckmin.

O governador repetiu o interesse em criar uma holding de saneamento básico que será integrada pela Sabesp e outras empresas subsidiárias, o que deve avançar no segundo semestre.

O prefeito da cidade de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), procurou ser cauteloso na manhã desta segunda-feira (5) ao falar com jornalistas sobre a reunião do diretório estadual de seu partido para definir a permanência ou o desembarque da base de apoio do governo do presidente Michel Temer (PMDB-SP).

"Vamos aguardar a decisão do TSE para dar um posicionamento do PSDB sobre o governo Temer", disse Doria ao chegar para evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), entidade que foi presidente até antes de se candidatar a prefeito, que trata na manhã desta segunda-feira, 5, do tema Saúde.

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Neste domingo (4), ministros tucanos foram até ao Palácio do Jaburu, em Brasília, residência oficial do presidente Temer, para confirmar ao mandatário a permanência da sigla no governo. Os tucanos paulistas, no entanto, estão pressionando pelo rompimento com o governo federal, posição que não recebe o apoio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nem do prefeito.

Entendimento igual tem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em artigo no jornal O Estado de S. Paulo, de domingo defendeu a serenidade no tocante a uma decisão do PSDB.

Na sexta-feira à noite, o presidente Michel Temer veio a São Paulo e se reuniu por cerca de uma hora e meia com Alckmin no Palácio dos Bandeirantes. A visita teve como objetivo pedir ao governador que convencesse os prefeitos paulistas tucanos a não romperem o apoio ao governo federal. Antes da reunião com Temer, Alckmin já havia se encontrado com um grupo de prefeitos para tratar do tema.

"Não é hora de precipitar decisões. No momento é preciso proteger a economia e estimular a aprovação das reformas no Congresso", disse Doria. Ele disse que a sua posição é a mesma do governador. "A nossa posição é a mesma do governador Geraldo Alckmin.

Rigorosamente a mesma. Não é hora de precipitar decisões. Nós temos amanhã o julgamento no TSE. Pode ser concluído amanhã ou nos próximos dias se houver vistas. Vamos aguardar essa decisão e aí sim dar um posicionamento do PSDB", reforçou o prefeito, afirmando que participará da reunião estadual de seu partido, prevista para hoje na Capital.

Recessão

O prefeito de São Paulo disse, ainda, que após três anos de recessão no País, a economia começa a mostrar seus "primeiros insumos de oxigênio" e que isso não pode ser contaminado por temas políticos. Ele fez a afirmação ao ser indagado sobre se o PSDB permanecerá ou não na base de apoio do governo Temer.

"Um País que tem 14 milhões de desempregados, mais sete milhões de subempregados e mais uma população com uma renda muito baixa precisa ter cuidado ao tratar desse assunto para não contaminar a economia com um tema da política", disse o prefeito.

"Depois de três anos de recessão estamos tendo os primeiros insumos de oxigênio na economia. Não se pode comprometer isso com decisões precipitadas", reiterou Doria, acrescentando que o momento exige que se cuide da economia. Perguntado sobre qual é seu entendimento de cuidado, o tucano disse: "Eu respeito a lei. Que as investigações prossigam. O que não pode é precipitar julgamentos e tomar decisões antes do que a própria lei (determinar)"

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, disse neste sábado (3) que a prisão do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) não abala o governo Michel Temer. "É um erro judicializar a política e politizar o judicial. Cada um na sua esfera", afirmou o ministro ao Estado.

"Nós estamos empenhados em trabalhar pela saúde das instituições". Ao ser questionado sobre a ameaça do PSDB de deixar o governo, Moreira Franco disse que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, já havia respondido à questão "com muita cultura e graça".

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Nesta sexta-feira, 2, em Washington, o chanceler tucano lembrou o clássico do escritor francês Gustave Flaubert para defender a lealdade de seu partido ao governo Temer. "O PSDB não é madame Bovary", afirmou Aloysio, numa referência à personagem do século 19 que trai um marido insosso e, acossada por dívidas, tem um fim trágico.

A Polícia Federal informou que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi preso na manhã deste sábado, em Brasília, por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Lava Jato. Rocha Loures é ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB).

Rocha Loures e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram gravados pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, em negociação de pagamento de propina. Depois, ambos foram alvo de ações controladas pela Procuradoria-Geral da República. Em um dos vídeos gravados pela Polícia Federal, Rocha Loures aparece correndo com uma mala com R$ 500 mil.

O homem da mala, ex-assessor especial do presidente Michel Temer, foi preso neste sábado (3) por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. O mandado de prisão de Rodrigo Santos da Rocha Loures, ‘brasileiro, divorciado, administrador de empresas…’ foi cumprido pela Polícia Federal.

Fachin orientou discrição na ação policial que culminou com a captura de Loures, flagrado em abril correndo por uma rua dos Jardins, em São Paulo, carregando uma mala estufada de propinas da JBS - 10 mil notas de R$ 50, comando R$ 500 mil.

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"O cumprimento do mandado deve ocorrer com a máxima discrição e com a menor ostensividade", determinou o ministro.

"Deverá a autoridade policial responsável pelo cumprimento da medida tomar as cautelas apropriadas para preservar a imagem do preso, evitando qualquer exposição pública."

"Não se tratando a pessoa em desfavor de quem se impõe a presente medida de indivíduo perigoso, no sentido físico, deve ser evitado o uso de algemas."

O presidente Michel Temer vai se reunir neste sábado (3) com seu advogado, o criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira. O encontro será em São Paulo, para onde Temer retornou de Brasília.

O presidente está preocupado com os rumos da Operação Patmos, que o cerca. A prisão de Rodrigo Rocha Loures e uma eventual delação premiada de seu ex-assessor especial inquietam o presidente e aliados.

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Mariz de Oliveira, um veterano da advocacia criminal, estuda o caso minuciosamente. Caberá a ele definir a estratégia jurídica do presidente no âmbito da Operação Patmos.

A base da investigação contra o presidente é a delação premiada de executivos da JBS.

O acionista do grupo Joesley Batista gravou reunião com Temer no Palácio do Jaburu na noite de 7 de março. Nesse encontro, Joesley narrou ao presidente uma rotina de crimes, como o pagamento de mesada de R$ 50 mil para o procurador da República Ângelo Goulart em troca de informações sigilosas da Operação Greenfield, investigação sobre rombo nos maiores fundos de pensão do País.

A gravação mostra Temer supostamente incentivando Joesley. "Ótimo, ótimo’, diz, em certo momento, o presidente ao ouvir de Joesley que estava ‘segurando’ dois juízes.

O "homem da mala" vai para a Papuda, o famoso complexo penitenciário de Brasília. Preso neste sábado (3), Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado (PMDB/PR) e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, ocupa uma cela na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, para onde foi levado por volta de 6h da manhã, quando os agentes o prenderam em casa por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. A transferência para a Papuda deverá ocorrer na segunda-feira (5).

Loures foi flagrado em abril correndo por uma rua dos Jardins, em São Paulo, carregando uma mala estufada de propinas da JBS - 10 mil notas de R$ 50, somando R$ 500 mil em dinheiro vivo.

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Na semana passada ele devolveu a mala com R$ 465 mil. Os restantes R$ 35 mil ele depositou dias depois em uma conta judicial.

Ao pedir a prisão preventiva do "homem da mala", o procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou que Rocha Loures é "homem de total confiança" do presidente Temer.

Segundo Janot, o ex-assessor é "um verdadeiro longa manus de Temer" - definição para executor de crime ordenado pelo topo de uma organização criminosa.

Temer e Loures são alvo de um mesmo inquérito da Operação Patmos, desencadeada no dia 18 de maio. A base da investigação é a delação premiada de executivos da JBS, entre eles Joesley Batista.

Os delatores gravaram conversas com Loures e com Temer. Também gravaram reuniões com o senador Aécio Neves (PSDB/MG), que teria pedido propina de R$ 2 milhões à JBS. O tucano é alvo de outro inquérito, este sob relatoria do ministro Marco Aurélio Mello.

Ao decretar a prisão preventiva de Loures, o ministro Edson Fachin anotou que ele "teria encontrado lassidão em seus freios inibitórios e prosseguiria aprofundando métodos nefastos de autofinanciamento em troca de algo que não lhe pertence, que é o patrimônio público".

Fachin considerou não haver brecha para lhe impor medidas alternativas à prisão, como o uso de tornozeleira eletrônica. "Tratando-se o deputado federal Rodrigo Santos da Rocha Loures de político com influência no cenário nacional, até pouco tempo assessor do presidente Michel Temer, pessoa de sua mais estrita confiança, como declarado em áudio captado por Joesley (Batista, da JBS), revelam-se insuficientes para a neutralização de suas ações medidas diversas da prisão. Não se deixa, sem embargo, de lamentar que se chegue a esse ponto."

Para Fachin, "o teor dos indícios colhidos demonstra efetivas providências (de Loures) voltadas ao embaraço das investigações, de modo que não é difícil deduzir que a liberdade do representado põe em risco, igualmente, a apuração completa dos fatos."

A prisão do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi comemorada no 6º Congresso do PT, que termina neste sábado (3), em Brasília. Na avaliação dos petistas, a base aliada do governo vai "ruir" com a provável saída do PSDB da equipe e a crise política tende a se agravar a partir de agora, dando fôlego à campanha por Diretas Já para substituir o presidente Michel Temer.

Até ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a cúpula do PT achavam que Temer poderia ganhar uma sobrevida porque estava sendo mais rápido na reação às denúncias contra ele do que a oposição no ataque para derrubá-lo. Mesmo Lula sendo réu na Lava Jato, o diagnóstico no PT agora é o de que o cenário piorou muito mais para Temer e a oposição pode tirar dividendos políticos da nova turbulência no Planalto.

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"O governo acabou", disse o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP). "Até alguns dias atrás, o Planalto ficava contando voto para aprovar a reforma da Previdência e agora terá de contar voto para impedir o impeachment."

Os petistas estão convictos de que Rocha Loures fará uma delação premiada, embora Temer tenha dito duvidar dessa possibilidade. Após o acordo de colaboração firmado pela JBS com o Ministério Público, o deputado afastado foi flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil de um executivo da empresa.

"As provas são robustas e, se Temer conseguir escapar esta semana, vai ser um milagre", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE). "A tendência é que aumente o número de partidos que vai se afastar do governo e, então, a base aliada será corroída. O governo está sob forte cerco político."

O PSDB paulista convocou para a próxima segunda-feira uma reunião ampliada para discutir a crise. Temer conversou ontem com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na tentativa de impedir que o PSDB paulista puxe um movimento de desembarque do governo. Os tucanos comandam hoje quatro ministérios. Além disso, na próxima terça-feira, dia 6, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomará o julgamento que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. O Planalto aposta em um pedido de "vista" de algum ministro do TSE para analisar o caso, o que pode retardar o desfecho do caso.

"Independentemente de o TSE concluir ou não esse julgamento agora, a simples revelação do voto do relator do processo (Herman Benjamin), que, ao que tudo indica, será pela cassação, produzirá um abalo maior ainda no governo", disse Humberto Costa. "Com isso, será muito difícil a economia se recuperar."

Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a prisão de Rocha Loures "acelera" o movimento pela saída de Temer. "Prenderam o braço direito do presidente", afirmou Teixeira.

O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (PSDB-SP), disse que a prisão do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), amigo do presidente Michel Temer, já era esperada pelo decorrer dos últimos acontecimentos. Segundo ele, o episódio não necessariamente vai acelerar um eventual desembarque do PSDB do governo.

"Depende. O PSDB está avaliando dia a dia a evolução desses casos. Até o final da próxima semana vamos avaliar tudo o que aconteceu e vamos definir uma posição", declarou ao Broadcast Político. Tripoli afirmou que ainda não conversou com os deputados do PSDB sobre a prisão de Loures.

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Ontem, o líder tucano defendeu que o partido não pode ficar no "meio-termo". "A opinião pública quer um desfecho", disse o parlamentar. Embora evite manifestar sua posição pessoal sobre a situação do governo, Tripoli reconhece que a bancada está dividida.

A Polícia Federal apreendeu nas buscas feitas na empresa Argeplan Arquitetura e Engenharia, que pertence a João Baptista Lima Filho, amigo e ex-assessor de Michel Temer, documentos de um projeto de reforma de um imóvel, em São Paulo, com o nome de uma das filhas do presidente, Maristela Temer.

"Caixa de arquivo azul com documentos referentes a um projeto de reforma de imóvel c/ nome Maristela Temer, na Rua Silva Celeste de Campos, 343, Alto de Pinheiros/SP", registra o item 7 do auto de apreensão da Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, deflagrada no dia 18, que tem como alvo Temer, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

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São dois itens relacionados ao "projeto de reforma" e ao nome "Maristela Temer", localizados na sala de arquitetura da empresa. "Saco plástico contendo pasta suspensa com edital de concorrência p/ serviço de construção recibo de pagamento em nome de Maristela de Toledo Temer Julia e Projeto de Reforma", lista o item 10.

A página do site Street View Google na internet registra uma foto de 2014 do endereço. No local, há um imóvel em obra de dois andares. O presidente Temer é alvo de investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR), aberta na semana passada, por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decorrente da delação premiada dos donos do Grupo J&F - controlador da JBS.

As buscas na sede da Argeplan tinham como alvo o amigo do presidente. Coronel reformado da Polícia Militar, ele é sócio da empresa. O endereço foi apontado pelos delatores como local de entrega de uma caixa com R$ 1 milhão de propina, em dinheiro vivo, em 2014 para uma pessoa indicada pelo presidente Temer conhecido como "Coronel".

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou que "a casa mencionada é da filha do presidente, Maristela Temer". Por meio de nota, a assessoria respondeu que "ela apenas fez orçamento com a Argeplan". "Por isso encaminhou cópia do projeto arquitetônico à empresa, mas executou a obra com outro prestador de serviço".

Segundo a nota, a filha do presidente comprou o imóvel há cerca de dois anos e decidiu reformar, por isso fez o orçamento na Argeplan. A reforma teria sido feita com outra empresa e paga com recursos próprios. A assessoria informou ainda que João Baptista Lima Filho "cuidava do gerenciamento das campanhas de Temer desde os anos de 1980, sendo natural que tivesse cópias de documentos das disputas anteriores". O presidente nega qualquer recebimento de valores ilícitos.

O advogado da Argeplan que acompanhou as buscas, Cristiano Rego Benzota de Carvalho, foi procurado, mas não foi localizado. O coronel João Baptista Lima Filho não foi localizado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao reapresentar no Supremo Tribunal Federal pedido de prisão preventiva do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o classificou como "homem de total confiança, verdadeiro 'longa manus' do presidente da República Michel Temer". 'Longa manus' quer dizer executor de crime premeditado por outro.

Janot insistiu na prisão de Loures tão logo ele perdeu a imunidade parlamentar - com o retorno do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) à Câmara após ser demitido do cargo de ministro da Justiça.

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No início da Operação Patmos, em 18 de maio, Janot havia pedido a prisão preventiva do então assessor de Temer, mas o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, rejeitou a medida e apenas limitou-se a afastá-lo do mandato.

Loures foi flagrado correndo por uma rua de São Paulo, em abril, carregando uma mala com R$ 500 mil divididos em 10 mil notas de R$ 50. O dinheiro, segundo ação controlada da Polícia Federal, veio da JBS. Ele e Temer são alvo de um mesmo inquérito sob condução de Fachin. A Procuradoria suspeita da prática de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à investigação. Temer nega ter cometido ilícitos.

Janot reafirmou que o ex-assessor especial do presidente "aceitou e recebeu com naturalidade, em nome de Michel Temer", oferta de propina de Joesley Batista, acionista da JBS.

O procurador se refere a uma propina de 5% que teria sido acertada com Loures sobre o benefício econômico a ser auferido pelo grupo J&F, especificamente em favor da Empresa Produtora de Energia (EPE) Cuiabá. O então assessor especial de Temer teria, em contrapartida, de interceder em favor do grupo em processo administrativo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão antitruste do governo federal.

"Após esse acordo inicial, momento em que o crime de corrupção se consumara, o deputado federal ainda recebeu os valores da propina acertada do também colaborador Ricardo Saud (diretor de Relações Institucionais da J&F, controladora da JBS)", disse o procurador.

Ao citar a ligação entre Loures e Temer, Janot afirmou ainda que "este último permanece detentor de foro por prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal". O procurador-geral apontou ainda "evidente conexão intersubjetiva e instrumental das condutas em tese praticadas por Rodrigo Loures e Michel Temer". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um esforço para evitar o desembarque do PSDB do governo, o presidente Michel Temer viajou nessa sexta-feira (3) a São Paulo para pedir pessoalmente ao governador Geraldo Alckmin que contenha o movimento dos tucanos paulistas que defendem entrega dos cargos da sigla na administração federal.

O Palácio do Planalto teme que um gesto oficial do diretório paulista do PSDB pelo rompimento repercuta em outros Estados e amplie a pressão sobre a cúpula.

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O presidente do PSDB-SP, deputado estadual Pedro Tobias, convocou prefeitos, deputados e dirigentes do partido para uma reunião ampliada da Executiva na segunda-feira que deve deliberar sobre o tema. Ao Estado, Tobias disse que defende o rompimento do PSDB com Temer.

Os diretórios da legenda no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul já fecharam questão pelo desembarque do partido. Em sintonia com o senador Tasso Jereissati (CE), presidente interino do PSDB, Alckmin havia tomado a iniciativa de tentar conter a rebelião de sua base.

Em um jantar na quinta-feira na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, o governador reuniu os prefeitos de Santos, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Jundiaí e Piracicaba, além do presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, e do secretário de Governo, Samuel Moreira. O prefeito de Santo André, Paulo Serra, não foi porque estava viajando.

Segundo relato de um dos participantes, Alckmin pediu ajuda para impedir que o diretório tire uma resolução formal anti-Temer. O chefe do Executivo paulista teria dito que defende a permanência do peemedebista no poder até 2018, e acredita nela. A avaliação é que uma eleição indireta "desorganizaria" a eleição presidencial do ano que vem.

Com o senador afastado Aécio Neves (MG) abatido por denúncias, licenciado do comando do partido e considerado fora da disputa presidencial, Alckmin despontou como nome natural da legenda.

Por fim, o governador teria dito que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seria o nome mais forte em uma eventual disputa indireta.

Outro participante do jantar, porém, diz que em nenhum momento Alckmin pediu de forma direta por uma intervenção no diretório, e que ele mais ouviu do que falou.

A bancada do partido na Câmara esta dividida, mas o movimento pelo desembarque do PSDB vem ganhando força. Segundo o deputado Ricardo Tripoli, líder do PSDB na Casa, o martelo será batido na semana que vem. "Não dá para ficar no meio termo. A opinião publica quer um desfecho".

Enquanto as bases tucanas pressionam, a cúpula do partido age para conter os ânimos e segue defendendo Temer. Nesse cenário, as reiteradas declarações de lealdade ao governo Temer do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, irritaram a bancada.

Tripoli evita manifestar sua posição pessoal, mas reconhece que a bancada está dividida. Segundo parlamentar, a maioria dos tucanos paulistas quer que o partido entregue os cargos que tem na administração federal. "Sou cauteloso, mas até o final da semana que vem vamos ter o desfecho na bancada. Estão chamando os defensores do rompimento com o governo na bancada de ‘cabeças pretas’, mas o líder do grupo, deputado João Gualberto, tem 60 anos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado de Rodrigo Rocha Loures, Cezar Bitencourt, argumentou em sua defesa ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que a Procuradoria-Geral da República solicitou a prisão de seu cliente com objetivo "forçar delação" premiada, como publicado na edição deste sábado no Estado. O ex-deputado foi preso nesta manhã pela Polícia Federal.

Loures é ex-assessor especial do presidente Michel Temer e foi flagrado saindo de um restaurante em São Paulo com uma mala de R$ 500 mil, dinheiro que seria propina, de acordo com a delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS.

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"Há três anos assiste-se os espetáculos lamentáveis e totalmente desnecessários, transformando a prisão em regra, quando deveria ser exceção", escreveu Cezar Bitencourt nas alegações da defesa. "Prende-se para investigar, para descobrir provas, para forçar delações, por precisar de tempo para produzir provas, mas não por necessidade da prisão", diz o advogado, que cita no documento o editorial do Estado de anteontem, "É isto a Justiça?".

Bitencourt, que criticou o que chamou de "espetacularização" das prisões da Operação Lava Jato, afirmou ainda que o Ministério Público "confessou" na imprensa que prende para "forçar deleção e facilitar as delações".

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a prisão de Loures é "imprescindível" para garantia da ordem pública e instrução criminal, diante de fatos gravíssimos que teriam sido cometidos pelos parlamentares.

O advogado afirma também que foi a mídia que "insistiu" que Loures poderia ser preso após o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio (PMDB-PR) não aceitar o Ministério da Transparência. O ex-assessor especial da Presidência da República perdeu prerrogativa de foro após o ex-ministro do PMDB voltar à ocupar o mandato na Câmara. Loures era suplente de Serraglio na Câmara.

Gravação

A defesa de Loures também critica na peça de defesa a gravação entre Temer e Joesey Batista. Bitencourt considera ilegal a gravação feita pelo dono da JBS no Pálácio do Jaburu, no dia 7 de março passado.

"As gravações ardilosas contra o presidente, colhidas pelo delator, com o fim exclusivo de incriminá-lo, foram a única e exclusiva causa de investigação, interceptações, gravações e filmagens de Rodrigo Rocha Loures. Sem aquela prova ilícita originária, Rodrigo Rocha Loures não estaria sendo investigado, dessa forma."

Cezar Bitencourt solicitou ainda o acesso da íntegra do inquérito de Loures e de todas as diligências já realizadas pelo Ministério Público.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar do pedido de vista, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá ter maioria para aprovar a restrição do alcance do foro privilegiado. Anteontem, o julgamento foi suspenso após o ministro Alexandre de Moraes alegar que precisava de mais tempo para analisar a questão.

Mesmo assim, três ministros - Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e a presidente da Corte, Cármen Lúcia - decidiram antecipar o voto e acompanhar o entendimento do relator, Luís Roberto Barroso. Para eles, a prerrogativa do foro no Supremo só deve valer para crimes cometidos no cargo e em função dele.

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Ao final da sessão, Barroso cobrou celeridade. O gabinete de Moraes afirmou que o ministro vai devolver o processo ao plenário o "mais rápido possível".

Entre os ministros que devem votar a favor da restrição do alcance do foro está o decano Celso de Mello, que é antigo crítico da prerrogativa. Luiz Fux também já sinalizou concordar com Barroso. Com esses dois votos, o plenário já formaria maioria em torno da questão.

Durante o julgamento de anteontem, além de Moraes ter feito diversos questionamentos ao voto do relator, os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli rebateram a ideia de que a prerrogativa de foro no Supremo provoca impunidade.

Dois ministros ainda não sinalizaram como votarão. O relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, e Ricardo Lewandowski. Fachin já declarou que o foro é "incompatível com o princípio republicano", mas não revela de que lado se posicionará no debate sobre se o Supremo pode restringir ou se só o Congresso deve tomar essa decisão.

Lewandowski já se manifestou ser contra o instituto. Na época do julgamento do mensalão, ele deu declarações sobre o assunto, mas agora tem dito o Congresso deve resolver a questão.

Na quarta-feira, enquanto o plenário do Supremo começava a discutir o assunto, o Senado aprovou em segundo turno de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que põe fim ao foro, com exceção dos presidentes da República, Senado, Câmara e Supremo, além do vice-presidente da República. A PEC será discutida na Câmara

Para Barroso, porém, a decisão não impede o Supremo de restringir o foro, uma vez que a proposta do ministro valeria para os cargos que continuarem com a prerrogativa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer (PMDB) disse, em entrevista à revista IstoÉ publicada nessa sexta-feira (2), que não tem medo e duvida de uma eventual delação do seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, flagrado em vídeo correndo com uma mala com R$500 mil. Na avaliação do presidente, o ex-deputado - que perdeu o mandato na Câmara após o retorno do ex-ministro Osmar Serraglio - é "uma pessoa decente".

"Duvido que ele faça uma delação. E duvido que ele vá me denunciar. Primeiro, porque não seria verdade. Segundo, conhecendo-o, acho difícil que ele faça isso", afirmou Temer, que ponderou em seguida: "Agora, nunca posso prever o que pode acontecer se eventualmente ele tiver um problema maior, e se as pessoas disserem para ele, como chegaram para o outro menino, o grampeador (Joesley): ‘Olha, você terá vantagens tais e tais se você disser isso e aquilo’."

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Questionado sobre a mala de dinheiro que seu ex-assessor carregava, Temer considerou "surpreendente" e até uma "ingenuidade suprema". "Não sei a que atribuir isso, se atribuo à ingenuidade suprema, porque o sujeito pegou uma mala numa pizzaria", afirmou o presidente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal informou que o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), aliado do presidente Michel Temer (PMDB), foi preso neste sábado (3), por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão ocorreu nesta manhã em Brasília. O ex-deputado se encontra na Superintendência Regional da PF na capital federal. Segundo a PF, não há previsão, neste momento, de transferência.

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Rocha Loures e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram gravados pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, em negociação de pagamento de propina. Depois, ambos foram alvos de ações controladas pela Procuradoria-Geral da República. Em um dos vídeos gravados pela Polícia Federal, Rocha Loures aparece "correndo" após supostamente ter recebido uma mala com R$ 500 mil.

A prisão de Rocha Loures havia sido pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato. A captura de Rocha Loures foi negada por Fachin. O ministro do STF havia alegado a imunidade parlamentar de Rocha Loures para não autorizar a prisão.

O ex-assessor de Temer havia assumido o mandato de deputado federal no lugar de Osmar Serraglio (PMDB-PR) que foi ao Ministério da Justiça. Após ser deposto da Justiça, Serraglio decidiu recusar a oferta de Temer para virar ministro da Transparência e reassumir o seu mandato.

Após Rocha Loures perder a prerrogativa do foro privilegiado, já que Osmar Serraglio havia voltado à Câmara, Janot, então, pediu a reconsideração da prisão do aliado de Temer.

Na semana passada, Janot já havia pedido para Fachin reconsiderar a decisão tanto relativa a Rocha Loures quanto ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

Para o procurador-geral da República, a prisão dos dois é "imprescindível" para garantia da ordem pública e instrução criminal, diante de fatos gravíssimos que teriam sido cometidos pelos parlamentares.

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