Barbra Banda, um dos grandes nomes da seleção feminina da Zâmbia e sensação da Olimpíada de Tóquio, foi cortada da convocação final para a Copa Africana feminina. Nesta quarta-feira, as "razões médicas" dadas pela Associação de Futebol de Zâmbia (AFZ) foram explicadas.
Andrew Kamanga, presidente da AFZ, declarou que a jogadora foi cortada por ter sido reprovada em um exame de gênero, exigido pela Confederação Africana de Futebol (CAF) a todas as atletas. "Infelizmente ela (Barbra Banda) não atendeu aos critérios estabelecidos pela CAF. Infelizmente, nós acabamos tendo de ir para o torneio sem a nossa principal jogadora", afirmou o dirigente em entrevista à BBC.
##RECOMENDA##Lux September, diretor de comunicações da CAF, afirmou que "não existe tal decisão do comitê médico da entidade", quanto à exclusão de atletas que não passam no exame de gênero, o que explica o fato de Banda ter atuado nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado. Nesta edição, se tornou a primeira jogadora na história das Olimpíadas a marcar dois hat-tricks consecutivos - contra Holanda e China - e a primeira a marcar dois hat-tricks em uma única edição.
No entanto, Kamanga não exime a CAF de culpa quanto à exclusão da principal atacante do continente africano. "Nós passamos informações para a CAF, que testa os jogadores, se necessário, para os torneios. É injusto dar meia volta e dizer que a entidade não é parte integrante do que aconteceu".
Atualmente, Banda está treinando em Marrocos, mas isolada do grupo que disputa a Copa Africana. "Todo mundo no país foi levado a acreditar que a AFZ não fez nada e decidiu por sua conta excluir a jogadora", afirmou o presidente. Nos dois primeiros jogos, a seleção de Zâmbia empatou com Camarões, em 0 a 0, e derrotou a Tunísia por 1 a 0, jogo este que aconteceu nesta quarta-feira.