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Pelo menos 80 espécies de aves previamente mapeadas em unidades de conservação paulistas podem já ter desaparecido pelo desmatamento intenso registrado nas últimas décadas na região. É o que conclui um estudo publicado na Revista do Instituto Florestal. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam que a Mata Atlântica é o bioma que reúne o maior número de espécies ameaçadas do País, o equivalente a 24% do total.

O mapeamento foi feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, entre setembro de 2021 e janeiro de 2022, em quatro unidades de conservação no interior do Estado. De um total de 358 espécies mapeadas, os cientistas identificaram apenas 278 na pesquisa de campo.

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O levantamento visa a oferecer dados para ações de gestão, ecoturismo, educação ambiental e conservação, já que há muito pouco conhecimento disponível e atualizado das aves remanescentes nessas regiões. Entre as não encontradas estão arara-vermelha (ara chloropterus), juruva (baryphthengus ruficapillus), pica-pau-de-cabeça-amarela (celeus flavescens), mutum-de-penacho (crax fasciolata) e surucuá-variado (trogon surrucura).

INFORMAÇÃO ANTIGA

"A gente tinha a informação antiga, que embasou toda a nossa pesquisa e, agora, trouxemos informação recente. Entre a antiga e a mais recente, não havia nada", afirmou um dos autores do estudo, Vagner Cavarzere. Nesse período, a região sofreu intenso processo de desmatamento e degradação da vegetação. As poucas áreas preservadas ficam nas unidades de conservação integral.

Segundo Cavarze, registros anteriores indicavam que algumas áreas perto de unidades tinham mais espécies, muitas não encontradas desta vez. Para ele, as poucas áreas de mata nativa remanescentes fora das unidades de conservação devem ser preservadas antes que sumam junto com espécies que as habitam.

Dados mais recentes do IBGE apontam que o País abriga 50 mil espécies de plantas e mais de 122 mil espécies de animais em seus seis biomas. Entre animais e plantas, o Brasil teria 1.042 espécies em situação crítica, grande parte na Mata Atlântica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia após o presidente Lula (PT) visitar o Palácio do Alvorada, nessa quinta-feira (5), a primeira-dama Janja da Silva abriu as portas da residência presidencial e reclamou do estado de conservação dos cômodos, móveis e obras de artes deixado por Bolsonaro. Alguns objetos estão perdidos e tentam ser rastreados em outros prédios oficiais, disse a primeira-dama, que anunciou a reabertura do prédio para visitação pública depois de uma ampla reforma. 

Paredes mofadas, infiltração no teto, vidros rachados e o piso de jacarandá danificado foram mostrados por Janja no passeio dentro do Palácio com a reportagem do Globo News. Uma imagem religiosa do séc. XIX foi encontrada no chão e a famosa tapeçaria "Músicos", de Di Cavalvanti foi retirada da biblioteca e deixada exposta ao sol na Sala de Estado. “Você pode ver que ela foi colocada aqui e está desbotada. Aqui bate Sol. Infelizmente terá de ser restaurada”, observou a socióloga.  

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Ela revelou que Lula teria ficado decepcionado com a situação deixada pelo antecessor, principalmente ao dar falta de um mandacaru que havia plantado no jardim na sua gestão. Um cilindro de oxigênio foi deixado ao lado da cama do casal e o sofá de uma sala de estar privativa estava com o encosto manchado. Na biblioteca, espaço usado como cenário das lives semanais, Bolsonaro deixou buracos no tapete e em uma poltrona de couro. 

Objetos perdidos

De acordo com a primeira-dama, móveis e outras obras que ficavam na casa foram retirados pelo ex-presidente e ainda não foram localizados. "O que a gente percebe é que não teve cuidado, manutenção. Os pés dos móveis que são de latão não tão polidos. Os móveis não são originais e a gente vai tentar recuperar isso. Ainda preciso fazer uma visita no depósito e ver o que foi para lá. Teve muitos objetos transportados de um lado para o outro, do Planalto para cá, daqui para o Jaburu", afirmou. 

Depois de anunciar uma reforma em parte do prédio nos próximos 20 dias, Janja acrescentou que vai fazer um inventário dos objetos e utensílios que originalmente são do Palácio do Alvorada para evitar que futuros presidentes mexam no prédio como bem entender. "O prédio é tombado. Estamos pensando em fazer o tombamento das coisas que estão dentro do Alvorada. Para que não aconteça mais isso, de um governante chegar e retirar as coisas que são patrimônio do Estado brasileiro”, confirmou. 

Em 17 de agosto celebra-se o Dia do Patrimônio Histórico, data que visa conscientizar sobre a importância da preservação de estruturas ou itens culturais. A data também é uma homenagem ao nascimento do historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade (1898-1969), conhecido por ser o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), criado por meio da Lei nº 378, de 1937, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas (1882-1954).

Segundo o arquiteto e urbanista, doutor em planejamento urbano e regional, professor de história da arquitetura e urbanismo da Universidade Guarulhos (UNG), Roberto S. Moreno, os patrimônios históricos são testemunhas da história humana, e, por meio deles, é possível compreender o modo de vida de diversas gerações.

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O arquiteto lembra que o mundo sempre evoluiu de acordo com as culturas anteriores. Testemunhos como Stonehenge, no Reino Unido, a cidade de Ur, na antiga Suméria, as construções da antiga Grécia ou Egito e as arquiteturas presentes no Brasil possibilitam a interpretação dos hábitos, costumes e manifestações artísticas de gerações passadas. “Preservar é preciso, é necessário, pois sem isso a memória se esvai, se perde no tempo. Preservar é também sinônimo de turismo, economia pujante ligada à cultura. Cria empregos e conhecimentos”, afirma Moreno.

De acordo com o professor universitário, a preservação abrange prédios, cidades e monumentos, pois a prática trata do antigo e não do velho. “O antigo tem cultura, o velho não”, comenta. Moreno destaca que para isso, existem as cartas patrimoniais, que são documentos redigidos por organizações nacionais e internacionais, as quais contêm orientações para a conservação dos patrimônios mundiais, entre elas, Carta de Atenas (1931); “Carta de Veneza” (1934), “Convenção de Paris” (1972), “Declaração e Manisfesto de Amsterdã” (1975).

Para o investidor e colecionador Renoir Vieira, a preservação dos patrimônios históricos garante que futuras gerações tenham acesso à história de maneira tangível. Segundo ele, por meio da conservação desses monumentos ou itens, a sociedade se beneficia ao adquirir maior senso de identidade, coesão nacional e consolidação do turismo, além de garantir que os contextos atuais sejam melhores compreendidos. “A evolução histórica é um 'continuum', portanto, o momento atual não está solto no tempo e espaço, ele é parte de uma evolução histórica, cuja compreensão depende do entendimento do processo histórico”, analisa.

Vieira ressalta que as leis brasileiras têm atribuído o sentido de patrimônios históricos a imóveis, principalmente no que tange à categoria de construções históricas. “Sem dúvidas que imóveis podem ser, em alguns casos, considerados patrimônio histórico, contudo, outros itens como quadros e esculturas também podem ser considerados patrimônio histórico”, defende.

 

A Secretaria de Meio Ambiente, por meio do Zoológico Municipal, promove nesta quarta-feira (1º), às 10h, no Zoo (rua dona Glória Pagnoncelli, n° 344 – Jardim Rosa de França) a divulgação da Lista de Espécies da Fauna Silvestre do Município de Guarulhos, em que consta um total de 774 espécies registradas na cidade.

Das 774 espécies, 33 encontram-se ameaçadas de extinção e necessitam de atenção especial em projetos de conservação. Outras 11 apresentam dados insuficientes e 31 figuram como “quase ameaçadas”. Do total de espécies registradas no município, 146 foram classificadas como endêmicas, que ocorre somente em uma determinada área ou região geográfica, nesse caso – a Mata Atlântica, e dependem exclusivamente da diversidade de habitats providos por este Bioma. Além disso, são reconhecidas populações estabelecidas de 24 espécies exóticas e sete nativas introduzidas. “O monitoramento dessas populações é essencial para avaliar o impacto direto e indireto sobre a biodiversidade local, dentre outros possíveis impactos ecológicos e econômicos causados por elas”, esclarece o biólogo Marcos Melo.

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A lista atualizada conta com a inclusão de aproximadamente 143 espécies animais, sendo 84 invertebrados e 59 vertebrados. Dentre os invertebrados adicionados, encontram-se 20 espécies representadas por moluscos, duas de crustáceos, 31 de aracnídeos e outros 31 de insetos. O grupo dos vertebrados possui nove espécies de peixes, 13 de anfíbios e répteis, 30 de aves e sete de mamíferos.

Espécies ameaçadas

A lista atualizada mostra espécies ameaçadas de extinção e que necessitam de atenção especial, como o caso do Sagui-da-serra-escuro, cujo nome científico é Callithrix aurita. Uma espécie de primata, que pesa cerca de 450 gramas e tem pelagem que varia de tons pardos ao negro, além de uma máscara facial branca característica. Sua alimentação é basicamente composta por frutas, fungos, insetos, pequenos vertebrados e goma das árvores.

 

 

Profissionais e estudantes interessados em aprender sobre a conservação de materiais artísticos e históricos já podem se inscrever na capacitação gratuita do projeto Guardar na Memória e Salvar com Ações, promovida pela empresa Evolution Gestão de Serviços. O curso terá quatro módulos e será realizado na Caixa Cultural, no Recife. Durante a programação, os participantes terão a oportunidade de aperfeiçoar as técnicas de conservação e reparos em materiais como fotografias, pinturas, desenhos, entre outros.  

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo e-mail evolution.projetorecife@gmail.com, a partir desta quarta-feira (30/08) até 17 de setembro de 2017. Segundo a organização do evento, estão sendo oferecidas 30 vagas. Para a efetivação da matrícula, a pessoa inscrita e selecionada deverá colaborar com um quilo de alimento não perecível, no início das atividades, para ser repassado à instituição que cuida de idosos, em Recife. 

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As aulas, práticas e teóricas, de cada módulo vão proporcionar o contato dos participantes com recentes tecnologias, novos equipamentos e materiais, com encontros interativos, dinâmicos e com recursos audiovisuais. As aulas serão realizadas de terça a sábado, das 14h às 18h. Confira a programação:

Módulos 

FOTOGRAFIA – 19 a 23/09 –  As aulas sobre fotografias em suporte de papel, negativos em chapa de vidro, filmes em poliéster, polaroid e slides serão realizadas pela professora Sandra Baruki, mestre em Conservação pelo Camberwell College of Arts, The London Institute, Londres, e membro do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte desde 1986. 

TELA – 26 a 30/09 – Quem ministra o tema da pintura em tela é a pesquisadora Pérside Omena Ribeiro, licenciada em Educação Artística pela Universidade Federal de Pernambuco em 1980, que iniciou na área de conservação restauração, como estagiária, no Museu do Estado de Pernambuco em 1978. Ela tem especializações em conservação/restauração pelo Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis – Cecor/EBA/UFMG e Analise Físico-química Aplicada à Conservação de Pintura, pelo Instituto de Física da Universidade Politécnica de Milão – Itália. 

TÊXTIL – 3 a 7/10 – O tratamento dos tecidos terá a orientação da professora Cláudia Regina Nunes, conceituada profissional de conservação têxtil do Rio de Janeiro. 

PAPEL – 10 a 14/10 – As aulas serão ministradas por Renato Carvalho da Silva, mestre em museologia pela UFBA e especialista em História da Arte pela Faculdade de Artes do Paraná, com foco em conservação e restauro.  

Serviço 

Projeto “Guardar na Memória e Salvar com Ações” 

CAIXA Cultural Recife - av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE 

De 19 de setembro a 14 de outubro de 2017 (de terça a sábado) | das 14h às 18h. 

(81) 3425-1915 

O Ministério da Educação liberou R$ 286,97 milhões para escolas públicas de educação básica de todo o país. O montante foi repassado por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) às unidades executoras de escolas estaduais e municipais, e é referente à primeira parcela do Programa Dinheiro Direto na Escola de 2017.

Segundo o MEC, os recursos deverão beneficiar cerca de 21,7 milhões de alunos em 85,7 mil escolas. O benefício é destinado a pequenos reparos nas unidades de ensino e manutenção e conservação da infraestrutura das instituições. A verba também pode ser utilizada para a compra de material de consumo e de bens permanentes. O valor é pago às escolas em duas parcelas durante o ano.

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O PDDE foi criado em 1995, com o objetivo de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos.

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A partir de dezembro de 2017, uma área de 1,55 milhão de quilômetros quadrados na Antártida terá proteção especial para a conservação da vida marinha. A decisão foi tomada, em uma reunião na Austrália, pelos países que integram a Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártida, da qual o Brasil faz parte. Todos os países-membros da comissão concordaram com a proposta, feita pelos Estados Unidos e pela Nova Zelândia.

A maior área de proteção marinha do mundo, localizada no Mar de Ross, vai limitar ou proibir totalmente algumas atividades para atender a conservação específica, a proteção do habitat, o monitoramento de ecossistemas e o manejo de pesca. Em 72% da área de proteção haverá uma zona de proibição total de pesca, enquanto outras áreas vão permitir a captura de alguns peixes para investigação científica.

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Secretário-executivo da comissão, Andrew Wright lembrou que a decisão levou vários anos para ser tomada. “Alguns detalhes sobre a área de proteção ainda estão sendo finalizados, mas não há dúvidas sobre o estabelecimento da zona protegida e estamos incrivelmente orgulhosos de ter chegado a este ponto', disse Wright.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse, em nota, que a aprovação da proposta foi um progresso extraordinário e que não aconteceu por acaso, mas “graças a muitos anos de persistentes estudos, intensas negociações e diplomacia baseada em princípios. Aconteceu porque nossas nações entenderem a responsabilidades que partilhamos para proteger esse lugar único para as futuras gerações”, disse.

A Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártida foi estabelecida por um acordo internacional em 1982, com o objetivo de promover a conservação da vida marinha no continente. Além da União Europeia, 24 países fazem parte da comissão: Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, República da Coreia, Namíbia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Rússia, África do Sul, Espanha, Suécia, Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos e Uruguai.

Como tornar temas como sustentabilidade e preservação ambiental mais atraentes e acessíveis ao grande público? Melhor que isso, como proliferar as ideias de conservação, proteção do meio ambiente e motivar as pessoas a compartilhar informações sobre o uso correto de recursos hídricos e como a reciclagem e a invasão de áreas protegidas pode ser prejudicial? Essas são as perguntas que motivaram o artista plástico potiguar Oziel de Souza a adotar uma nova proposta: se tornar um indivíduo não governamental. Os ING´s, sigla pela qual são conhecidas essas pessoas, assim como as ONG´s, têm como objetivo doar seu tempo e trabalho para construção de um mundo melhor, seja no campo ambiental, social, político ou, até mesmo, reunindo os três em uma única proposta.

Morador do bairro que margeia o rio Cabuçu, situado ao pé da Serra da Cantareira e, consequentemente, seu parque estadual, Oziel conversou com o Leia Já sobre o projeto da ONG Movimento Cabuçu, da qual é um dos fundadores, sobre sua luta pela criação e preservação de uma área de proteção ambiental no local e sobre o trabalho que realiza junto à comunidade desde sua chegada na década de 70:

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Leia Já: O que é e quando começou o Movimento Cabuçu?

Oziel de Souza: Nós somos ING´s, começamos em 2009 focando na resolução de problemas locais relativos ao meio ambiente e que afetavam a comunidade, tais como preservação da fauna, flora, lençol freático, que contemplam a nossa região, ressaltando a importância de uma das poucas reservas de mata atlântica que ainda existem, na porção do Parque Estadual da Cantareira que fica no Jardim Cabuçu (Guarulhos). Em 2009 conseguimos criar uma APA – Área de Proteção Ambiental – e desde então lutamos para protegê-la através das manifestações teatrais de rua que promovemos.

LJ: Quais os projetos que você desenvolve dentro do Movimento Cabuçu?

OS: Eu sempre atuei como artista plástico, poeta e ator. Dentro do projeto, eu levo o meu conhecimento das artes para alunos da rede pública estadual e os cidadãos do bairro através de oficinas, com a intenção de criar um vínculo entre o espaço de preservação e a comunidade, para que ela entenda a real importância que aquela área tem e o quanto afeta suas vidas.

LJ: Faz tempo que você atua na comunidade?

OS: Quando me mudei para o bairro, nos anos 70, a intenção já era trabalhar esse raciocínio; eu queria me tornar personagem para absorver melhor o conhecimento da região e passar aos demais, as gerações que viriam a seguir... queria absorver o pensamento da comunidade e que eles, em contrapartida, absorvessem o meu também. Por isso, participei de protestos e manifestações com a comunidade na luta por moradia e serviços básicos como saneamento, água e iluminação pública.

LJ: Existe apoio financeiro para o projeto?

OS: Em outro momento, nós chegamos a ter incentivos financeiros por parte do governo municipal, porém, isso acabou podando algumas de nossas ideias e tivemos que abrir mão dessa ajuda. Eu tenho uma visão bem clara do que queremos fazer, mas, de repente, nos vimos obrigados a tangenciar um pouco nossas ações para agradar aqui e ali. Por essa razão, hoje desenvolvemos inúmeras ações para arrecadar o necessário para manter o movimento, com captação própria de recursos e ajuda da população, através das organizações de bairro e demais representantes da comunidade.

LJ: Como fica a questão da moradia nessas áreas, que também são carentes?

OS: Primeiramente nós temos que separar as coisas: mesmo a população mais carente tem que entender que não se pode morar em uma APA. Ninguém tem o direito de destruir o que é de todos. Essas áreas servem para benefício de todos, portanto, todos devem usufruir dela da melhor forma, que é preservando. Conservar não é uma questão somente ambiental, tem a ver com saúde pública, bem-estar e qualidade de vida. Uma das problemáticas é que temos algumas pessoas interessadas na exploração imobiliária do local, ou seja, tomar parte da área para depois construir empreendimentos maiores como condomínios ou prédios, desvirtuando de uma ideia inicial de moradia popular.

LJ: Como você avalia o trabalho que vem sendo feito na região?

OS: Como artista, eu dirigi meu esforço no intuito de fazer com que meu trabalho propagasse e conscientizasse as pessoas com maior velocidade e atingindo mais pessoas, uma vez que eu entendo que a manifestação artística não tem fim, eu passo a visão e ela continua, independente da minha ação, se espalhando. A arte popular tem um ciclo que não se encerra em si, ela vai além de quem a cria, além da peça que se cria. O teatro de rua, em especial, absorve a realidade a sua volta e a recria, isso é muito sério: a pessoa consome aquela arte ao passo que também é consumida.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nesta quarta-feira (4) os resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2015. Os resultados mostram que mais da metade das rodovias brasileiras estão em situação regular, ruim ou péssima, por causa de problemas gerais de pavimentação, sinalização e de traçado da via. Dos 100 mil km analisados pela instituição, 6,3% estão em péssimo estado, 16,1% em situação ruim e 34,9% em condição regular. Outros 42,7% tiveram classificação como ótimo ou bom.

O levantamento, que está em sua 19ª edição, ultrapassou a marca dos 100 mil quilômetros pesquisados, incluindo os 55 mil km das rodovias federais e os principais trechos de estradas estaduais. Segundo a CNT, há um total de 1,720 milhão de km de vias no Brasil, sendo apenas 12,4% pavimentados.

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Quando observada apenas a situação do pavimento, o resultado mostra que 48,6% têm algum tipo de deficiência. Em relação à sinalização, os problemas aparecem em 51,4% da extensão avaliada. Sobre a geometria da via, 77,2% têm condições inadequadas de traçado.

O levantamento revela ainda que 86,5% dos trechos analisados são rodovias simples de mão dupla. Além disso, apenas 60% das malhas têm acostamento. Quanto a curvas perigosas, 42% desses trechos não possuem placas de alerta para o motorista. Quando analisadas as condições apenas das rodovias federais, 51,9% estão em condições ruins ou péssimas. "O que nos preocupa é que há trechos de estradas no Brasil que não melhoram nunca", disse Bruno Batista, diretor executivo da CNT.

No ranking das melhores estradas do País, a melhor ligação rodoviária do Brasil é o trecho que liga as cidades de São Paulo e Limeira, englobando a SP-310, a BR-364 e a SP-348. Todas as 10 melhores estradas que aparecem no ranking têm em comum o fato de que são concedidas à iniciativa privada, cobram pedágio e passam pelo Estado de São Paulo. O pior trecho de estrada do País é a ligação entre os municípios de Marabá e Dom Eliseu, no Pará, a BR-222.

Perdas

As estimativas apontam que R$ 46,8 bilhões foram perdidos em 2014 devido a deficiências no pavimento das estradas. No ano passado, ocorreram 169.153 acidentes rodoviários, com 8.227 vítimas fatais. O custo dos acidentes foi de R$ 12,3 bilhões.

Segundo a CNT, o governo investiu R$ 9 bilhões em seus 55 mil km de rodovias federais, enquanto as concessionárias gastaram R$ 6,9 bilhões em 16,5 mil km. Na média, o poder público injetou R$ 165 mil por quilômetro de rodovia que gerencia, enquanto a média da iniciativa privada foi de R$ 422 mil por km.

A CNT apontou 618 projetos prioritários, que custariam R$ 294 bilhões em investimentos. Se considerados as perdas do País com a precariedade das estradas e seus gastos com acidentes, disse Bruno Batista, todos esses trajetos seriam atendidos no prazo de cinco anos.

O estudo anual avalia as condições do estado geral, do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Também são apontados os pontos críticos e o impacto que o estado das rodovias tem no custo operacional do transporte rodoviário. São consideradas, ainda, as situações viárias por tipo de gestão - pública ou concedida - por Estado e região geográfica.

A pesquisa tem o intuito de ajudar na orientação de políticas públicas, projetos privados e programas governamentais para a promoção do desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.

O diretor da CNT Vander Costa disse que a iniciativa privada é o que tem dado respostas mais efetivas de qualidade às estradas do País.

O Governador Paulo Câmara (PSB) sancionou, nesta terça-feira (23), a Lei 15.529, que institui a Política Estadual de Gestão Documental. A norma tem o objetivo de aprimorar o arquivamento, digitalização, catalogação e conservação da documentação produzida pelos órgãos públicos estaduais.

A legislação também reforça o papel do Arquivo Público Estadual João Emerenciano (APEJE) como órgão coordenador dessa política e responsável pela gestão e guarda dos acervos de caráter permanente (de valor histórico); e dá à Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), com exclusividade, a função da guarda e gestão dos documentos de caráter intermediário (administrativos). “A lei trará grandes benefícios à preservação da nossa história, porque a história é construída pelos documentos devidamente conservados e acessados pelas gerações”, avaliou o governador.

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Para o secretário da Casa Civil, Antonio Carlos Figueira, os documentos anteriormente tutelados por empresas privadas ficarão mais seguros sob a guarda do Estado, além da economia gerada pela execução dessas atividades. “Por ano, havia um custo de R$ 15 milhões com empresas de digitalização e arquivamento. Essa é uma redução importante de custos, considerando quadro econômico nacional. Porém, o que é mais importante, com um salto de qualidade”, argumentou.

Para regulamentar a lei e definir os critérios e normas de preservação de ofícios, notas fiscais, decretos, processos e projetos, foi criada uma comissão, formada por especialistas integrantes de órgãos como Casa Civil, Secretaria de Educação, Procuradoria Geral do Estado, Cepe, Arquivo Público, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Memorial da Justiça e Instituto Ricardo Brennand. A comissão tem um prazo de 60 dias para apresentar um texto de regulamentação da política.  

Com o objetivo de integrar e otimizar a gestão documental do Estado, o Arquivo Público com cerca de 15 mil títulos, entre jornais, livros e obras raras dos séculos XVI a XX - foi transferido para a Casa Civil, a qual também está vinculada a Cepe.

Segundo o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, a companhia foi transferida por meio do decreto 41.847 para a Casa Civil. O APEJE, anteriormente ligado à Secretaria de Educação, mantém as mesmas competências e atribuições. E, para assumir as novas funções, a Cepe criou uma Superintendência de Digitalização, Guarda e Gestão Documental. “Faremos, nos próximos meses, investimentos na construção de novos galpões compra de novos equipamentos, de forma a fazer da entidade uma referência, em Pernambuco, no arquivamento de documentos público-administrativos”, informou Leitão.

A vigilância sanitária do Recife (VISA)interditou na manhã desta terça-feira (27) um depósito de alimentos localizado na Rua Doutor Tomé Dias, próxima ao Mercado de Casa Amarela. Segundo Adeilza Ferraz, gerente da VISA, o estabelecimento não tinha licença e estava em condições precárias. A fiscalização chegou ao local através de denúncias de ex-funcionários.

Ferraz não acredita na reabertura do depósito. "Acredito que ele não volte a funcionar devido às péssimas condições. Se voltar terá que fazer adequações do piso ao teto, então só se for em outro lugar", disse a gerente. Ela também alertou quanto aos perigos dos alimentos comercializados no local. "Poderiam causar desde uma infecção até mesmo a óbito, dependendo da quantidade consumida e do estado do produto", afirmou.

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Segundo o Procon, foram encontrados pedaços de carne de charque sem condições de consumo e alimentos como maionese e margarina sendo armazenados em temperatura ambiente. Devido à média de 30ºC de temperatura, o estabelecimento foi considerado impróprio para condicionar alimentos. O depósito ficará fechado por 15 dias para que as irregularidades sejam corrigidas.

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Com colaboração de Priscila Urpia

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O programa Opinião Brasil desta segunda-feira (29) traz como pauta as reservas extrativistas. Para participar falar sobre o tema, o apresentador Thiago Graf recebe nos estúdios do Portal LeiaJá, a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mônica Costa, e a doutoranda e pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), Beatriz Mesquita. 

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O programa inicia explicando como funcionam, de fato, as reservas extrativistas, que são unidades de conservação de uso sustentável, buscando defender a biodiversidade. As 'resex', como são chamadas, tem como principal objetivo proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, assegurando o uso sustentável dos recursos naturais.

“A costa nordestina está vivendo um processo de criação de um plano de manejo - que não é um processo rápido - para a criação dessas resex. Essa demora acontece porque é necessário haver estudos científico e técnico, além também um processo político para que essa resex seja criada”, explica Beatriz Mesquita sobre o processo de criação das resex. 

A utilização dos recursos naturais para utilidade pessoal ou comercial é aprovada, desde que isto esteja claro no plano de manejo. “As comunidades podem e devem utilizar os recusos também para fins comerciais. Isso porque eles empregam mais pessoas, dão qualificação e meios para a comunidade canalizar recursos”, acrescenta a professora da UFPE Mônica Costa. 

Confira todos os detalhes no vídeo. O Opinião Brasil é exibido toda semana aqui, no Portal LeiaJá.

Até o próximo domingo (15), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) recebe inscrições para cursos gratuitos nas áreas de conservação, turismo e lazer. As oportunidades são para a unidade da instituição localizada na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

Os interessados em participar dos cursos devem se inscrever pela internet. No mesmo endereço virtual está disponível o edital do processo seletivo para ingresso nas capacitações.

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Segundo o Senac, o resultado final com a relação dos inscritos será divulgado na segunda-feira (16), e as matrículas deverão ser feitas nos dias 17 e 18, também deste mês. Outras informações sobre os cursos podem ser conseguidas pelo telefone 0800-081-1688. A unidade de Paulista do Senac fica na Avenida Vice Prefeito José Rodrigues Costa Filho, 30, no bairro de Jardim Paulista.

Nesta quarta-feira (12), o governo de Pernambuco anunciou que o Estado pode ganhar quatro novos refúgios para animais silvestres. O objetivo da criação desses espaços será para a manutenção do bioma e da Mata Atlântica.

As áreas beneficiadas são a Mata dos Mascarenhas, que fica nos municípios de Timbaúba, Vicência e Macaparana, na Zona da Mata Norte, e a outra na Mata do Sirigi, em São Vicente Férrer, no Agreste. Petrolina, no Sertão pernambucano, também ganhará duas novas áreas de preservação: Parque Estadual Serra do Areal e Refúgio de Vida Silvestre Riacho Pontal.

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As áreas da Mata Norte e Agreste já foram aprovadas, as de Petrolina ainda serão votadas nesta quinta-feira (13). O secretário-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade Hélvio Polito explicou a importância dos refúgios. “Tem uma representatividade imensa para a biodiversidade. Para ter uma ideia, temos catalogados 866 tipos de aves diferentes nessa região”, disse. 

Com informações da assessoria

O baixo índice de visitantes nos parques nacionais ajuda a explicar a falta de engajamento para a implantação de unidades de conservação no País. É uma das constatações que o norte-americano James Barborak, especialista da Universidade do Colorado, pretende apresentar nesta quinta-feira em sua palestra no 7.º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), em Natal.

Segundo levantamento feito pelo Ministério do Turismo em 2011, os 31 parques nacionais abertos ao público receberam 4 milhões de visitantes em 2009 - nos EUA, apenas um, o Great Smoky Mountains National Park, recebe anualmente cerca de 10 milhões.

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"São só alguns milhões de visitantes por ano, em um país com quase 200 milhões de habitantes. Isso não é um bom presságio para aumentar o apoio do público e dos tomadores de decisão para a necessidade de conservação", diz Barborak, que dirige o Centro de Treinamento e Manejo de Áreas Protegidas da Universidade do Colorado. "É preciso melhorar a infraestrutura de acesso com trilhas, locais de observação e áreas de piquenique, com a ajuda da comunidade e de parcerias público-privadas."

Para Barborak, o turismo é a melhor forma de angariar apoio à causa, mas não pode servir como forma de financiamento, mesmo nos próprios parques. "Até nos EUA as taxas de turismo cobrem apenas 10% do total da verba para os parques nacionais", afirma.

Ele defende um amplo sistema nacional de conservação, com ações integradas de todas as esferas do governo, para que haja verbas estáveis. "As perspectivas a longo prazo para qualquer sistema de áreas protegidas dependem em grande parte de se ter estratégias econômicas sustentáveis, e múltiplas formas de financiamento", afirma. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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