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Da França ao Canadá, passando pelo Reino Unido e China, o mundo multiplica medidas sanitárias para conter a segunda onda da pandemia da Covid-19, que nesta terça-feira deu uma folga à Austrália, onde não foram registradas novas mortes pela primeira vez em dois meses.

Os números avançam lenta, mas inexoravelmente: a pandemia do coronavírus causou pelo menos 929.391 mortes no mundo desde que apareceu na China em dezembro, de acordo com uma contagem da AFP nesta terça-feira com base em fontes oficiais.

Além disso, 29.329.390 pessoas contraíram a doença, a uma taxa de mais de 300 mil casos por dia nos últimos dias, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que registrou no domingo um novo recorde de quase 308 mil novas infecções em 24 horas.

"O que estamos vendo nos números atuais deveria preocupar a todos", disse o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, cujo país registrou mais de 1.300 novos casos no fim de semana, algo que não era visto desde o início do verão (hemisfério norte).

"A última coisa que queremos é reviver um confinamento como na primavera", alertou Trudeau, lembrando a importância de seguir as regras de saúde pública.

O objetivo em todo o mundo é evitar um novo confinamento generalizado, como Israel decretou a partir de sexta-feira por pelo menos três semanas, pois teme-se que isso exacerbe as já severas consequências econômicas da pandemia.

A alternativa no momento é adotar medidas mais rigorosas no nível sanitário, incluindo confinamentos limitados a um foco ou cidade.

- Mais controles na Europa -

No Canadá, a província de Quebec (leste), uma das mais populosas do país, foi a primeira no sábado a sancionar as pessoas que se recusam a usar a máscara em espaços públicos fechados.

Na França, por exemplo, onde mais de 6.000 novas infecções foram relatadas na segunda-feira após um pico de 10.561 casos no sábado, festas estudantis, passeios escolares ou encontros de mais de dez pessoas foram proibidos em várias grandes cidades, incluindo Marselha (sul) e Bordeaux (sudoeste).

Birmingham, a segunda cidade mais populosa do Reino Unido, proibiu todas as reuniões entre familiares ou amigos a partir desta terça-feira. Em toda a Inglaterra, já é proibido nesta segunda-feira reunir mais de seis pessoas de diferentes casas.

A taxa de desemprego está começando a subir no Reino Unido e, apesar de ainda estar baixa em 4,1% em julho, os economistas esperam que uma aceleração no outono, o que pressiona o governo a agir para preservar empregos.

Segundo a OMS, a pandemia vai piorar na Europa nos próximos dois meses e a mortalidade vai aumentar. "Vai ser mais difícil. Em outubro, em novembro, veremos uma mortalidade maior", disse à AFP o médico belga Hans Kluge, diretor para a região da organização.

- Alívio na Austrália -

Na América Latina e Caribe, a região mais afetada do mundo, com mais de 8,3 milhões de casos e mais de 312.000 mortes, o Peru registrou na segunda-feira o menor número de mortes diárias (102) em quase quatro meses. O total de casos confirmados de coronavírus subiu para 733.860, e as novas infecções para 4.241 nas últimas 24 horas.

O Brasil é o país mais atingido da região, com mais de 132 mil mortes e 4,3 milhões de casos. Apenas os Estados Unidos superam, com 194.545 óbitos.

Do outro lado do planeta, a Austrália pode comemorar uma boa notícia, pois não registrou nenhuma nova morte por coronavírus pela primeira vez em dois meses. Apenas 50 novos casos foram registrados em todo o país, abaixo dos picos de mais de 700 no final de julho e início de agosto.

Na China, onde a doença surgiu no final de dezembro, os 210 mil habitantes da cidade de Ruili, na província de Yunnan, na fronteira com Mianmar, foram confinados após o aparecimento de três casos de Covid-19, informou nesta terça a prefeitura.

Todos os residentes devem permanecer em suas casas e fazer um teste. As lojas devem permanecer fechadas, exceto supermercados, mercearias e farmácias.

Uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida na China pode estar pronta para aplicação em larga escala a partir de novembro, afirmou um alto funcionário do governo à imprensa estatal, enquanto se intensifica a corrida mundial para alcançar a fase final de testes clínicos.

Os cientistas chineses estão muito otimistas com os avanços - as empresas Sinovac Biotech e Sinopharm inclusive exibiram durante este mês as vacinas "candidatas" em um evento comercial em Pequim.

O governador democrata da Pensilvânia tomou medidas "inconstitucionais" quando, para conter a pandemia, limitou o direito de reunião entre as pessoas e considerou algumas atividades econômicas "não essenciais", segundo decisão emitida nesta segunda-feira (14) por um juiz federal do estado norte-americano.

As medidas de confinamento decretadas em março, no início da pandemia na Pensilvânia, foram questionadas em maio no tribunal por vários congressistas republicanos e pequenos empresários; entre eles donos de barbearias e até um criador de cavalos, que consideravam que seus negócios foram seriamente comprometidos.

Na sentença divulgada, o juiz William Stickman deu razão a eles. Stickman considerou que as decisões do governador foram bem intencionadas, mas ele não está autorizado a ir além das "liberdades fundamentais". O juiz classificou como "arbitrária" a qualificação de "essencial" ou "não essencial" das atividades econômicas e observou que nenhuma "definição objetiva" dessa distinção foi fornecida.

"A constituição estabelece certos limites que não podem ser ultrapassados nem mesmo em uma emergência”, disse o magistrado, nomeado para o cargo em 2019 pelo presidente Donald Trump. "A constituição não pode aceitar uma 'nova normalidade' em que as liberdades básicas da população se subordinem a medidas de duração ilimitada para controlar uma situação de emergência", acrescentou.

O governador Tom Wolf suspendeu várias das restrições impostas conforme a disseminação do vírus, que matou 7.800 pessoas no estado, ficava sob controle. No entanto, algumas medidas persistem, incluindo o máximo de 25 pessoas que podem estar dentro de um bar e 250 fora.

Os tribunais dos EUA foram inundados com contestações às restrições impostas contra o coronavírus e as respostas variaram. Em maio, um juiz invalidou a prorrogação do confinamento em Wisconsin, enquanto outro a validou no estado de Michigan.

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou na noite deste domingo, horário local, um novo confinamento nacional, de três semanas, para conter a segunda onda do novo coronavírus.

"O governo decidiu hoje aplicar um confinamento estrito de três semanas, com a opção de prorrogar a medida", declarou o premier, cujo país se torna a primeira economia desenvolvida a tomar tal medida para conter uma segunda onda de infecções.

Israel, considerado um exemplo na luta contra o coronavírus no início da pandemia, agora enfrenta um forte aumento de casos que levou a um reconfinamento parcial e fortes críticas ao governo.

O país ultrapassou a barreira de 1.000 mortes neste fim de semana, triplicando assim o número de óbitos durante os meses de verão, que também foram marcados por manifestações contra a gestão da crise econômica e de saúde do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Este número não passou despercebido. Neste domingo, o jornal Yediot Aharonot, o mais vendido do país, inundou sua primeira página com os nomes das vítimas da covid-19, mencionando em suas páginas "um vergonhoso fracasso na gestão da crise desde maio".

Segundo dados da AFP, Israel é há duas semanas o quinto país do mundo em infecções por habitante, à frente do Brasil e dos Estados Unidos.

Na semana passada, mais de 3.000 novos casos diários foram registrados, um recorde para este país de nove milhões de pessoas e um contraste gritante com os primeiros meses da pandemia.

No início de março, Israel tomou medidas sérias. Os voos para o exterior foram cancelados quase totalmente, os comércios não essenciais foram fechados e a população foi confinada por várias semanas.

O país chegou a viver dois dias sem novos casos em meados de maio.

Números que permitiram ao governo acelerar o desconfinamento, com a reabertura de bares, restaurantes e cafés, locais de culto e com a autorização de casamentos, mantendo o uso obrigatório de máscara.

Mas, desde julho, as infecções multiplicaram por cinco, atingindo cerca de 125.000 casos.

Alguns apontam um desconfinamento precoce, combinado com tênues medidas de ajuda econômica aos mais afetados, levando assim a um retorno apressado ao trabalho. Outros culpam a desorganização do sistema de saúde.

- "Vermelho" -

O partido Likud (direita) de Benjamin Netanyahu é criticado tanto nas ruas quanto entre suas fileiras.

Um de seus dirigentes, Nir Barkat, pediu nos últimos dias a renúncia do ministro das Finanças, Israel Katz.

Para combater a propagação do vírus, as autoridades dividiram as cidades em quatro categorias: vermelha, laranja, amarela e verde, com base na taxa de infecção.

A partir de segunda-feira, parte de Israel dará um passo atrás com o fechamento de escolas e comércios não essenciais em cerca de trinta cidades "vermelhas".

O Exército apoiará a polícia com 7.000 reservistas nessas cidades.

"Devemos acabar com a indiferença e o desprezo", disse Ronni Gamzu, médico responsável pela luta contra o coronavírus, que alertou sobre os setores ultraortodoxos e árabes, considerados focos do vírus.

"Com 3.000 casos por dia, não há cidades verdes, o vírus passa de uma cidade para outra", considerou o ministro da Energia, Yuval Steinitz.

"A única opção é fechar tudo. É melhor confinar o país inteiro por duas semanas e voltar a ser um país verde do que ficar no vermelho por meses", acrescentou.

Outras personalidades dentro do governo de Netanyahu temem que a economia do país desmorone novamente se houver um confinamento geral.

Além disso, as formações ultraortodoxas que integram o governo se opõem ao fechamento das sinagogas na véspera dos feriados judaicos de Rosh Hashaná e Yom Kippur, de 18 a 29 de setembro.

A pandemia não vai interromper a tradição da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha (Refeno), que teve sua 32ª edição agendada para o dia 10 de outubro. A Administração de Fernando de Noronha emitiu um protocolo de recomendações para evitar o contágio da Covid-19 nesta que é considerada a maior regata oceânica da América do Sul.

Na manhã que antecede a largada, todos os competidores e a organização devem realizar o teste de RT-PCR - exame de nariz e garganta. Após o procedimento, uma pulseira amarela será entregue e eles vão seguir imediatamente para cumprir isolamento obrigatório dentro da embarcação, onde ficam até o início da competição.

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Quem for visto transitando fora da embarcação será excluído da Refeno, independente da pulseira. As inscrições seguem abertas no site da competição.

As escolas de Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia, reabriram nesta segunda-feira (31) graças a uma flexibilização do confinamento decidida pela primeira-ministra Jacinda Ardern, que se mostrou confiante na capacidade do país de controlar uma segunda onda de contágios de coronavírus.

Os habitantes de Auckland estão autorizados a sair de suas casas, mas o governo limitou as reuniões sociais ao máximo de 10 pessoas e o uso de máscara é obrigatório nos transportes públicos de todo o país.

O confinamento de Auckland começou em 12 de agosto, depois que foram detectados quatro casos na cidade de 1,5 milhão de habitantes, o que acabou com 102 dias sem transmissão comunitária de covid-19 no país.

Desde então, o foco cresceu até 141 casos, o maior registrado na Nova Zelândia. Nesta segunda-feira foram informados quatro novos contágios.

A origem do foco não foi determinada. Ardern disse que é "inevitável" para o país registrar mais casos vinculados a este foco.

Ardern, que adiou as eleições gerais na Nova Zelândia por um mês, até 17 de outubro, devido ao novo surto, pediu aos compatriotas que "façam sua parte" na luta contra o coronavírus.

"É natural que estejam cansados, o mundo inteiro está", disse.

"Mas em comparação com outros países, estamos realmente bem. Seremos capazes de ficar à frente do vírus se seguirmos as regras", completou.

As autoridades birmanesas ampliaram nesta quarta-feira (26) o confinamento no estado de Rakhine (oeste), que agora afeta um milhão de pessoas, para frear a propagação do novo coronavírus nesta região, cenário de tensões étnicas e religiosas.

Nas últimas 24 horas foram registrados 100 novos casos de coronavírus, em sua maioria nesta região. O país acumula até o momento 574 casos.

Depois de Sittwe, a capital do estado de Rakhine, o governo ordenou nesta quarta-feira a ampliação do confinamento para outros municípios.

"Os habitantes devem permanecer em suas casas e poucos veículos estão autorizados a circular", anunciaram as autoridades.

O objetivo é impedir uma propagação da epidemia, principalmente nos campos superpopulosos de rohingyas, onde vivem 130.000 pessoas desta minoria muçulmana perseguida.

Na semana passada, as autoridades visitaram o campo de Thae Chaung para enfatizar a necessidade de respeitar o distanciamento físico - algo impossível já que em média 10 famílias moram em apenas uma casa - e distribuir desinfetante para as mãos e máscaras.

O estado de Rakhine é cenário há muito tempo de conflitos étnicos e regionais.

Os rohingyas são controlados na região e têm acesso limitado aos serviços de saúde, educação e habitação.

Quase 750.000 membros desta minoria se refugiaram em Bangladesh em 2017, depois que fugiram da repressão militar que a ONU chamou de "genocídio".

Diversos estados apresentaram flexibilização de suas restrições sanitárias tomadas como forma de prevenção à disseminação da pandemia do novo coronavírus neste mês de agosto, mas a volta às aulas, anunciada em algumas unidades da Federação, foi adiada ou ainda segue em avaliação em vários locais. 

As decisões atendem a planos estaduais ou municipais que definiram a retomada gradual das atividades econômicas. A Agência Brasil vem acompanhando, quinzenalmente, a execução desses planos. No final de junho, foi publicado o primeiro levantamento, no início de julho, o segundo, na terceira semana de julho, o terceiro , e no dia 10 de agosto, o quarto.

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Na Bahia foram autorizados bares, restaurantes, academias e salões de beleza, entre outras atividades. Minas Gerais avançou na reabertura de comércios ao incorporar novas atividades, como academias, ao grupo de negócios permitidos.

No Maranhão, as apresentações musicais voltaram a ocorrer, embora com limite de integrantes para as bandas. O governo do Piauí permitiu atividades de organizações associativas. Em Sergipe, o governo liberou todos os setores do comércio, com limitação a 50% da capacidade.

Estados com programas baseados na classificação de estados em faixas tiveram atualizações. Em São Paulo, apenas seis regiões ficaram na fase 2, enquanto o restante foi enquadrada na fase 3. Em Mato Grosso do Sul, 31 cidades passaram para categorias de riscos menores, situação em que as atividades permitidas aumentam. Em Rondônia, 40 municípios. Em Alagoas, a capital Maceió avançou para a fase azul, última de transição.

Aulas

A volta às aulas é um dos temas mais polêmicos nos estados, com governos apontando neste caminho e outros atores, como sindicatos de trabalhadores e Ministério Público, apresentando questionamentos. Em meio a este embate, parte das unidades da Federação retrocederam em decisões ou ainda analisam o tema.

O Distrito Federal é um dos casos em que o retorno foi anunciado, mas depois houve recuo. Após a decisão do governo de começo das atividades escolares presenciais no início de agosto, a administração mudou de ideia e anunciou que a retomada está suspensa por tempo indeterminado.

Em Santa Catarina, a Secretaria de Educação manteve a suspensão do calendário pelo menos até outubro. No Rio Grande do Sul, o processo também se encontra em debate.

O Rio de Janeiro fixou calendário, com o início das aulas presenciais marcado para setembro na rede privada e outubro, na pública. O Rio Grande do Norte estabeleceu o retorno das escolas públicas e privadas em setembro. A exceção é  Amazonas, onde as aulas retomaram neste mês.

Veja abaixo o levantamento completo:

NORTE

Acre

No dia 19 de agosto, o governo do Acre anunciou que todas as regiões do estado permanecem classificadas na bandeira amarela. A classificação foi definida no plano Pacto Acre sem Covid. O estado foi dividido em regiões de saúde. O enquadramento na bandeira amarela se deu no início do mês. Segundo o governo do estado, a decisão se deveu ao avanço da infraestrutura de atendimento, com 90 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 352 clínicos para covid-19. No caso dos leitos de UTI, a taxa de ocupação está em 44%, enquanto os outros estão em 42%.

Na bandeira amarela, fica autorizada a abertura de bares, restaurantes, pizzarias, lanchonetes e sorveterias, com metade das mesas, além de teatros, cinemas e cultos religiosos, com 30% da capacidade. Foram fixadas obrigações específicas. Bares não podem ter música ao vivo. Além disso, ficam autorizados os serviços essenciais, como serviços médicos (mediante agendamento), indústria em geral, empresas em cadeias produtivas de gêneros de primeira necessidade (como alimentos, medicamentos, limpeza, água, gás e combustíveis), supermercados, transporte em rios, restaurantes e oficinas em rodovias, lavanderias, borracharias, call centers, bancos e lotéricas, construção civil, hotéis, motéis e serviços de telecomunicações.

Podem abrir também aqueles já autorizados na bandeira laranja, como oficinas, comércio varejista e lojas de móveis, eletrodomésticos, informática e materiais de construção, com restrição a 30% da capacidade, além de bares, distribuidoras e restaurantes no sistema delivery e drive thru. O plano foi apresentado em 12 de junho, criando diretrizes para a retomada a partir de indicadores que serão utilizados para definir os planos por município e setor, institucionalizado no Decreto nº 6.206, de 22 de junho. A autorização da volta de atividades não essenciais é baseada na redução do surgimento de novos casos, na quantidade de testagem, na disponibilidade de novos leitos e no número de internações e na quantidade de mortes em decorrência da pandemia.

Amazonas

No dia 10 de agosto tiveram início as aulas no estado, começando com alunos do ensino médio. O governo divulgou balanço segundo o qual 79% dos estudantes compareceram nas unidades da rede estadual na primeira semana de aula. Os alunos foram divididos em duas turmas, que assistem à aula em dias alternados. No dia em que não participar das atividades presenciais, é indicado ao estudante acompanhar os conteúdos por teleaulas.

Pelo calendário definido pelo governo do estado, os aluenos do ensino fundamental retomarão no dia 24 deste mês. No dia 20 de julho, o governo estabeleceu novos horários para diversas atividades por meio do Decreto Nº 42.526. A construção civil inicia às 6h30. No comércio de rua, foram estabelecidos horários distintos por área do centro da cidade.  

A prefeitura de Manaus prorrogou até o dia 31 de agosto o regime de teletrabalho dos servidores municipais. As atividades consideradas essenciais foram mantidas, com horário de funcionamento das 8h às 14h. Entre as diretrizes da administração municipal está também o regime de revezamento.

No início de julho, o governo deu início ao Quarto Ciclo do Plano de Retomada Gradual das Atividades Não Essenciais em Manaus. Nesta fase, fica liberado o funcionamento de bares, que podem receber clientes até a meia-noite. As apresentações ao vivo nesses estabelecimentos e em restaurantes foi contemplada, mas com grupos de até três pessoas. Também foi permitida a abertura de escolas, creches e universidades privadas. 

As academias, que já estavam funcionando desde o Terceiro Ciclo, tiveram seu horário de atividade ampliado. Os jogos de futebol foram retomados no dia 13 de julho. Já as pessoas do grupo de risco (que abrangem idosos e pacientes com doenças crônicas ou fatores de risco) ainda devem ficar em casa, segundo orientação da administração estadual.

Para as atividades liberadas, foram estabelecidas exigências como distanciamento mínimo de 1,5 metro, controle de aglomerações, uso obrigatório de máscara, promoção da higiene pessoal com disponibilização de álcool em gel e desinfecção dos locais. Os responsáveis pelos estabelecimentos devem empregar ações de orientação a funcionários e clientes, além de acompanhar a saúde dos trabalhadores. 

Amapá

No dia 14 de agosto, o governo publicou o Decreto Nº 2.720  prorrogando as medidas de distanciamento social até 29 de agosto, mas ampliando o escopo das atividades liberadas, como competições esportivas, clubes, salões de festa e eventos corporativos, técnicos, científicos, culturais e sociais.

O governo estabeleceu protocolos para essas atividades, como a taxa de uma pessoa a cada 4 metros quadrados, limites de 200 pessoas, shows com bandas de até cinco integrantes e funcionamento até as 23 h. Em agências de viagens, concessionárias, empresas de decoração, escritórios, imobiliárias, lavanderias e locadoras de veículos foi autorizado o atendimento sem agendamento.

No dia 17 de agosto, o governo do estado apresentou novo relatório epidemiológico. Diante do crescimento dos casos e dos níveis de ocupação de leitos hospitalares, o governador Waldez Goes afirmou que as medidas de flexibilização do distanciamento social poderiam ser revistas. 

No dia 1º de agosto, o governo publicou o Decreto Nº 2.418, que adiou o início das aulas presenciais até 31 de agosto. A norma determinou o retorno gradual do serviço público estadual a partir de 10 de agosto e a retomada dos concursos públicos em andamento. A volta ao trabalho presencial no Executivo estadual vai ocorrer em três fases, de 14 dias cada. Na primeira estão órgãos relacionados a serviços essenciais infraestrutura e desenvolvimento econômico. Na segunda, gestão, cultura e turismo. Na terceira fase, o governo avaliará o retorno às aulas presenciais.

Os serviços públicos essenciais – como saúde, segurança e atendimento integrado ao cidadão – permanecem autorizados a funcionar, mas devem ser adotadas medidas para prevenir e mitigar a transmissão do vírus entre servidores e usuários.

O estado criou um sistema de classificação de municípios que analisa indicadores da assistência à saúde e situação epidemiológica local. Do total, na atualização divulgada no dia 21 de julho, sete cidades estavam no nível de risco moderado. Mais nove estavam no nível baixo. 

Pará

O governo estadual anunciou nova atualização, em agosto, da classificação de risco do plano Retoma Pará. Pelo projeto, o estado foi dividido em regiões de acordo com indicadores como taxa de crescimento dos novos casos e de hospitalizações, leitos de UTI com ventiladores disponíveis, quantidade de equipamentos de proteção individual e índice de presença de equipes de saúde.

Foram inclusas no bandeiramento amarelo, de risco intermediário, Belém e a Região Metropolitana, Marajó Oriental e Baixo Tocantins. Já estavam na categoria as regiões Nordeste, Carajás e Marajó Ocidental. Nesse grupo, as prefeituras ficam autorizadas a avançar na abertura de atividades comerciais, desde que mantidos protocolos de saúde acordados entre estado e municípios. 

Fica autorizada a abertura dos setores já permitidos nas bandeiras Vermelha e Laranja. Além disso, há orientações específicas. Os ambientes de estabelecimentos, incluindo shoppings, podem funcionar com taxa de ocupação restrita a no máximo 60% da original. Instituições religiosas podem ter eventos com no máximo 30% da capacidade. Empregadores e responsáveis por locais devem garantir equipamentos de proteção individual, priorizar o teletrabalho ou fazer revezamento por turnos e afastar pessoas do grupo de risco. Continua a proibição de eventos em espaços públicos, academias, teatros, cinemas, aulas e atividades turísticas.

As demais regiões do estado (Tapajós, Araguaia, Xingu e Baixo Amazonas) estão na bandeira Laranja, quando o risco é médio. Os municípios ficam autorizados a definir as atividades não essenciais que podem ser abertas. É permitido, por exemplo, o funcionamento de concessionárias, indústrias, comércio de rua, shoppings, salão de beleza e construção civil, todas com metade da capacidade. Igrejas podem realizar atividades, mas com até 100 pessoas. Ainda não podem abrir escolas, academias, espaços públicos, atividades imobiliárias e clubes sociais. Não há mais regiões na Zona Vermelha, de risco alto, onde são permitidos apenas os serviços considerados essenciais.

A nova versão do decreto também permitiu que cursos de saúde de instituições públicas e privadas realizem aulas práticas, desde que fundamentais para a conclusão dos cursos e graduação dos estudantes.

Rondônia

No dia 13 de agosto foi publicado o Decreto Nº 25.291  com novos critérios para as medidas de distanciamento no estado. Foram inclusas nas segunda e terceira etapas do plano de abertura, respectivamente, práticas esportivas individuais e em academias (reservado o limite de uma pessoa por equipamento) e atividades esportivas coletivas profissionais ou amadoras (incluindo jogos entre equipes).

No fim de julho, havia sido publicado um o Decreto Nº 25.263, com novas regras para o funcionamento de atividades no estado. Foram autorizados comércios de cosméticos e produtos de higiene, bem como salões de beleza, além de eventos na modalidade drive-in. A norma também estendeu a suspensão das aulas das redes privada e pública até 1º de setembro. No caso de hotéis, o texto determinou que o café da manhã deve ser servido individualmente.

As fases foram disciplinadas no Decreto nº 25.138, de 15 de junho, alterado pelo Decreto nº 25.220 de 10 de julho. Essa divisão levou em consideração aspectos como o nível de ocupação de leitos e a taxa de crescimento da contaminação pelo vírus em cada região. Se a ocupação de leitos ficar acima de 80%, a cidade se enquadra na fase 1, de distanciamento social ampliado. Há sete cidades nessa categoria. Na Fase 2 ficam liberadas as atividades como cultos religiosos e shoppings (sem a liberação de praças de alimentação), concessionárias, academias, salões de belezas e lojas de roupas, informática, eletrodomésticos e sapatos, entre outros. Há cinco municípios nesta situação.

Na Fase 3 fica permitido o funcionamento de todo o comércio, à exceção de casas de shows, boates, bares e restaurantes e eventos com mais de 10 pessoas, mas seguem proibidos cursos para pessoas com menos de 18 anos, atividades de formação em instituições públicas e cursos com mais de 10 pessoas. Esses eventos serão autorizados apenas a cidades na Fase 4, de prevenção contínua. Na fase 3 está a maioria das cidades, 40, incluindo a capital Porto Velho.

Roraima

O governo estadual prorrogou por mais três meses o estado de calamidade pública no início de julho, com ações até setembro. Desde então não houve alteração nas estratégias relacionadas ao distanciamento social. Segundo a administração, a medida foi motivada pela necessidade de manter medidas de combate à pandemia. No dia 16 de junho, o governo publicou o Decreto nº 28.956-E, liberando viagens intermunicipais e interestaduais de transporte terrestre. As empresas que fornecem o serviço devem garantir exigências como fornecimento de álcool gel 70% aos passageiros, higienização dos veículos e lotação de até 75% da capacidade, além de reduzir o número de linhas e viagens em 50%.

No restante, segue em vigor o Decreto nº 28.662-E, de 22 de março, que definiu as medidas de isolamento social no estado. A norma autoriza o funcionamento de supermercados, açougues, bancos e lotéricas, hospitais e clínicas, farmácias, escritórios de advocacia, comércio de alimentos e medicamentos para animais, postos de combustíveis, oficinas, telecomunicações e internet, call centers e serviços de provimento de água, esgoto e energia elétrica, além de indústrias, serviços agropecuários e meios de comunicação. Os restaurantes e estabelecimentos que servem refeições foram autorizados a operar em sistema de entrega ou de busca no local.

Assim como em outros estados, aos setores permitidos foram estabelecidas obrigações, como disponibilização de álcool gel, fornecimento de máscaras, desinfecção frequente do ambiente e superfícies, controle das aglomerações nos locais, adoção de revezamento e escalas para os trabalhadores e distanciamento mínimo de 2 metros entre funcionários e clientes.

Tocantins

O governador Mauro Carlesse publicou o Decreto nº 6.12 prorrogando a suspensão das aulas e o regime especial de trabalho dos servidores até o dia 31 de agosto. Os trabalhadores do governo local estão operando na modalidade remota e cumprindo jornada de seis horas. As demais atividades ficam disciplinadas de acordo com o Decreto nº 6.083, de 13 de abril, e o Decreto nº 6.092, de 5 de maio, que trouxeram recomendações às prefeituras sobre as medidas de distanciamento. Entre elas está a proibição de serviços não essenciais a exemplo de shoppings, galerias, bares, restaurantes e feiras. Ficaram fora da recomendação farmácias, clínicas e locais de atendimento médico, entrega de refeições, supermercados, agências bancárias e postos de combustíveis.

Para os demais estabelecimentos comerciais, foram indicadas medidas de segurança como o distanciamento em filas e marcação para sinalizar o distanciamento mínimo entre os clientes, manutenção de ambientes arejados, disponibilização de álcool em gel e local para lavagem das mãos, sistema de escala e revezamento de jornada de funcionários, além de fixação de horários especiais para atendimento a idosos. 

O decreto também obrigou o uso de máscara no estado. Estão fechados parques e unidades de conservação e há restrição de visitas a prisões e unidades socioeducativas e a limitação de eventos de caráteres público ou privado que gerem aglomeração. O transporte público só pode funcionar com metade da capacidade de passageiros sentados. As aulas seguem suspensas no estado.

NORDESTE

Alagoas

Seguindo o protocolo do Plano de Distanciamento Social Controlado, definido em junho pelo governo do estado, a reabertura gradual de Alagoas está avançando para a Fase Azul na capital, Maceió, a última de transição para o “novo normal”.

A maior parte dos municípios está na Fase Amarela, mas as regiões do Médio e Alto Sertão Alagoano permanecem na Fase Laranja, a segunda mais rígida. A última classificação foi publicada no dia 11. Na classificação anterior, de 27 de julho, Maceió estava em Amarelo e todos os demais municípios em Laranja.

Com a cor laranja, estão liberados o comércio de ruas para lojas com menos de 400 metros quadrados (m²); os salões de beleza e barbearia com 50% da capacidade; e instituições religiosas com 30%. Na fase amarela as atividades religiosas podem ampliar o público para 60% da capacidade; ficam liberadas as lojas de rua com mais de 400 m², shoppings centers, galerias e centros comerciais; os bares e restaurantes, transporte intermunicipal, receptivo e turístico, além das academias podem atender com 50% da capacidade. 

Na Fase Azul, o decreto amplia o limite de capacidade para 75% em bares e restaurante e nas instituições religiosas. Os clubes podem reabrir com 50% do público. A Fase Verde é a última e ainda não foi atingida por nenhum município alagoano. Nela será permitida a volta das instituições de ensino em geral, das aulas presenciais na rede pública e privada de ensino, o trabalho presencial no serviço público e as atividades de cinemas, teatro, museu e eventos sociais.

Bahia

No momento, a capital baiana está na Fase 2 do plano de abertura, em acordo da prefeitura e governo do estado. Os shopping centers reabriram há um mês, mas ainda em horário reduzido, das 12h às 20h. Entre outros protocolos específicos para cada setor, foi definido que as praças de alimentação podem abrir com até 50% da capacidade de ocupação. Com a redução do percentual de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para abaixo de 75%, também foram reabertos comércios de rua de até 200 m², igrejas e drive-ins. A partir da redução da ocupação dos leitos de UTI para abaixo de 70%, no dia 10 de agosto, reabriram restaurantes e lanchonetes, academias, salões de beleza e barbearias, entre outros negócios.  

Em todo o estado, o principal critério adotado no protocolo comum é a capacidade de o poder público ofertar leitos de UTI à população baiana, de forma a priorizar a preservação de vidas. As medidas sanitárias envolvem diversas ações, a exemplo de desinfecção de hospitais, unidades de saúde, e de locais de circulação de pessoas, como feiras, centros de abastecimento, prédios públicos, asilos, restaurantes populares, dentre outros. Além disso, envio sistemático de máscaras para a população.

No dia 10 de agosto, o Governo do Estado iniciou a flexibilização do sistema de transporte intermunicipal na Bahia. No sistema hidroviário (lanchinhas e ferry boat) continua valendo a ocupação máxima de 50% da capacidade. A novidade será o cumprimento do quadro de horário regular, incluindo sábados, domingos e feriados. Lanchinhas voltam a funcionar a partir das 5h até as 21h, e os ferries com saídas de hora em hora, de 5h às 23h30. A operação de Catamarãs para Cairu (Morro de São Paulo) será retomada, cumprindo o quadro de horário regular e também com restrição de embarque de 50% da capacidade das embarcações.

Desde o sábado (22), o transporte intermunicipal estará suspenso em 355 cidades. A medida, que tem o objetivo de conter o avanço do novo coronavírus entre a população baiana, foi publicada em decreto no Diário Oficial do Estado da Bahia  de sexta-feira (21). Ainda não há previsão de volta às aulas na rede estadual de ensino. 

O governador Rui Costa tem reiterado que qualquer tipo de evento que promova aglomerações, como o Carnaval, só será viável depois da garantia de uma vacina para a covid-19 ou da definição de um medicamento específico para tratar pacientes com a doença.

Maranhão

Desde o dia 15 de agosto, o governo do Maranhão autorizou a retomada de apresentações musicais em bares, restaurantes e praças de alimentação, com até dois integrantes e equipe de apoio reduzida. A autorização consta na Portaria 54.

As aulas presenciais na rede privada retornaram no dia 3 e para o dia 28 está previsto o retorno de eventos com até 100 convidados, sem cobrança de ingresso e com fácil rastreabilidade pelo anfitrião, como festas de aniversários, batizados e casamentos, eventos científicos, inaugurações e lançamentos de produtos e serviços.

Continuam proibidos os grandes eventos, shows, congressos, seminários, sessões de cinema e eventos em casas noturnas, além das aulas presenciais na rede pública estadual. As medidas estão em avaliação permanente, mas segundo o governo do estado, a perspectiva é de ampliar a liberação de novas atividades, “tendo em vista a redução dos indicativos referentes ao quadro epidemiológico no Maranhão”.

Já foi autorizado o retorno do funcionamento de bancos e casas lotéricas; atividades da construção civil e lojas de materiais de construção; indústrias; clínicas médicas, odontológicas, de fisioterapia e de exames da rede privada; serviços de contabilidade e advocacia; concessionárias de veículos e oficinas mecânicas; comércio de móveis e variedades para o lar; livraria e papelaria; hotéis e similares; salões de beleza, cabeleireiro e barbearia; lojas de rua e shoppings centers; academias de ginástica; e bares, restaurantes, lanchonetes e praças de alimentação em shoppings.

Pernambuco

Avançando no Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19 em Pernambuco, que prevê 11 fases de retomada, as regiões Metropolitana do Recife e zonas da Mata Norte e Sul estão na Etapa 7, a mais avançada até o momento, na qual é permitida a ampliação do horário de funcionamento de shopping centers, bares e restaurantes até as 22h.

A flexibilização está ocorrendo de forma gradual, com recorte regional, e já abrangeu shoppings, comércio de rua, restaurantes e academias de ginástica. Na avaliação divulgada na última quinta-feira (20), o governo do estado informou que em breve o comércio de praia da Região Metropolitana do Recife será incluído na Etapa 8. A partir de hoje (24) fica liberado o treino de esportes coletivos para maiores de 12 anos.

As regiões de Caruaru e Garanhuns, no Agreste, e de Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, no Sertão, permanecem na Etapa 6. Também no Sertão, as regiões de Petrolina e Salgueiro passaram da Etapa 5 para a 6. Com isso, restaurantes e demais serviços de alimentação podem funcionar das 6h às 20h. Já o Sertão do Araripe, nas regiões de Ouricuri e Araripina, que haviam retroagido para a Etapa 2, agora avançaram para a 4.

Permanecem proibido em todo o estado a abertura de cinemas, teatros, museus, clubes sociais, eventos gerais, serviço público, parques de diversão e zoológicos.

Piauí

Dando prosseguimento ao Pacto pela Retomada Organizada - PRO Piauí, o estado autorizou a retomada a partir de hoje (24) das atividades de organizações associativas patronais, empresariais e profissionais, sindicais, defesa, direitos sociais e outros.

Permanecem suspensas as atividades artísticas, criativas e de espetáculos em cinemas, teatros e casas de espetáculos; as ligadas ao patrimônio cultural e ambiental em parques, praias, balneários, museus, bibliotecas, zoológicos; esporte, recreação e lazer em academias, clubes, eventos esportivos, casas de show e escolas esportivas; e os serviços domésticos. Todas essas estão com o retorno previsto a partir de 8 de setembro.

Na última fase da reabertura, prevista para o dia 22 de setembro, devem ser retomadas as aulas em creches, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio, superior, técnico e tecnólogo e outras atividades de ensino, como autoescolas, cursos de idiomas e preparatórios para concursos.

A reabertura no Piauí começou no dia 27 de julho e já foram autorizados, de forma escalonada a cada semana, o retorno de fábricas e comércio, lavanderias e tinturarias, conserto e manutenção de equipamentos de informática e comunicação, atividades religiosas, atividades físicas individuais ao ar livre, atividades imobiliárias, shopping centers e centros comerciais, corretoras de seguro e previdência, a administração pública, serviços de seleção de mão de obra e fornecimento de recursos humanos, tecnologia da informação, atividades de rádio, televisão e gravação; e os serviços de cuidados pessoais como clínicas de estética e cabeleireiros, hotéis e similares, restaurantes e bares com consumo no estabelecimento, agências de viagens e eventos, exceto culturais e esportivos.

Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte prorrogou até o dia 18 de setembro a suspensão das aulas presenciais nas redes pública e privada de ensino, por meio do Decreto 29.928. Desde o dia 5, o estado entrou na terceira e última etapa do Plano de Retomada das Atividades Econômicas, com a autorização de funcionamento para todos os setores econômicos, cumprindo os protocolos sanitários estabelecidos.

Na semana passada, foi ampliada a jornada de trabalho presencial nos órgãos do Estado, para servidores com até 50 anos de idade. O grupo de 51 a 59 anos retornam no dia 31 de agosto. Continuam proibidos os shows, eventos artístico-culturais, cinemas e qualquer outro evento de massa.

As definições sobre avanço para novas fases ou retorno são feitas quinzenalmente, mas podem ocorrer em períodos menores, de acordo com as avaliações diárias da Vigilância Epidemiológica do Estado e semanais do Comitê Científico.

Sergipe

Em resolução publicada no dia 13 de agosto, o estado de Sergipe foi reclassificado na Bandeira Amarela de restrições por causa da pandemia de covid-19, que corresponde à segunda fase do Plano de Retomada e Abertura Gradual da Economia.

Com isso, está permitido o funcionamento de todos os setores de comércio; shoppings centers, galerias e centros empresariais, com 50% da capacidade; restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares e afins, para consumo presencial também com 50% da capacidade; atividades religiosas com limitação de 30% de presença e apenas em quatro dias da semana.

O consumo presencial nas praças de alimentação dos shoppings foi liberado desde na última quarta-feira (19), mas permanecem proibidos os eventos sociais ou culturais e as áreas de lazer infantil, cinemas, academias e agências bancárias dentro desses estabelecimentos. Restaurantes não podem utilizar os sistemas de self service, buffet e rodízio, bem como estão proibidas as apresentações artísticas e eventos.

Na Bandeira Laranja já haviam sido liberados os escritórios de prestadores de serviços em geral; as clínicas e consultórios de odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, terapia ocupacional e podologia; alguns setores do comércio; operadores turísticos; treinamento esportivo profissional; salões de beleza e barbearias; e as atividades religiosas com limite de 30% da capacidade de público.

Para a Bandeira Verde, ainda sem previsão de início, poderão ser retomadas as academias de ginásticas, toda a Administração Pública; call-centers; clubes, praias, orlas, parques e praças públicas; restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares e afins para consumo no local sem restrição de capacidade, assim como shoppings, galerias, centro comerciais e atividades religiosas.

São consideradas atividades especiais, sem previsão de retorno, os eventos culturais e esportivos coletivos, como ginásios, estádios, teatro, cinema e casas noturnas; e as atividades educacionais nas redes pública e privada em todos os níveis, das creches ao ensino superior.

CENTRO-OESTE

Distrito Federal

No Distrito Federal, o governo anunciou no dia 19 de agosto a suspensão por tempo indeterminado do início das aulas na rede pública. O Decreto n° 40.939  previu o retorno para a rede privada no dia 27 de julho e para a pública no início de agosto. Depois de questionamentos do Sindicato dos Professores (Sinpro), o governo distrital anunciou um cronograma e depois recuou. Enquanto isso, está sendo mantido ensino remoto.  

No caso da rede privada, o tema ensejou uma guerra de decisões judiciais. O Ministério Público do Trabalho entrou com ação. No dia 25 de julho, a dois dias do início previsto, um juiz concedeu liminar suspendendo o retorno. No dia 4 de agosto, outra juíza do trabalho autorizou a retomada imediata das aulas. Dois dias depois, um desembargador suspendeu novamente o início das aulas presenciais. Até o fechamento da matéria, não havia sido firmado acordo para o estabelecimento de um cronograma.

No processo de monitoramento da evolução da pandemia na capital, o governo distrital anunciou no dia 19 que mudará o método de apresentação das atualizações, parando de dar mortes registradas e mantendo apenas as ocorridas em um dia. Como muitos óbitos demoram para ter o diagnóstico (o que ocorre semanas ou até meses depois), isso significa que dados “desaparecerão” dos balanços diários, sendo considerados somente no total acumulado.  

O decreto que previu a volta às aulas também autorizou a reabertura de bares e restaurantes na capital, dando continuidade ao plano de reabertura do Distrito Federal. Os estabelecimentos não poderão ter música ao vivo, nem eventos em geral. Entre as obrigações fixadas estão a higienização de mesas, cadeiras e cardápios regularmente, disposição das mesas a pelo menos 2 metros umas das outras, limite de seis pessoas por mesa, disponibilização de talheres em embalagens individuais, além de funcionamento com 50% da capacidade e restrição ao serviço de autoatendimento ou self-service.

No dia 7 de julho, voltaram a funcionar salões, barbearias e academias. Os proprietários de salões de beleza devem higienizar as cadeiras de uso regular, distribuí-las de modo a garantir o espaçamento de 2 metros entre os clientes, esterilizar todos os equipamentos após cada atendimento, empregar toalhas e lençóis de uso exclusivo e privilegiar a ventilação natural. 

Para as academias, as obrigações incluem higienização dos aparelhos de uso coletivo, proibição do uso de bebedouros e chuveiros, delimitação do espaço onde cada pessoa pode se exercitar, respeito à distância mínima de 2 metros, proibição de aulas coletivas e fechamento de uma a duas vezes por dia, por 30 minutos, para limpeza geral.

Goiás

Em Goiás, segue vigente o Decreto Nº 9.700, publicado no dia 27 de julho, que suspendeu a quarentena intermitente (14 dias fechados e 14 dias abertos) e prorrogando a abertura por tempo indeterminado de todas as atividades econômicas cuja autorização havia sido fixada em decreto anterior e perderia a validade.

Bares e restaurantes podem funcionar, embora com limite de 50% da capacidade. Eventos esportivos, como jogos de futebol, também são permitidos, mas sem participação de torcedores. A norma manteve a proibição de eventos públicos ou privados com aglomerações, como cinema, teatro, boate, salões de festa, clubes recreativos e áreas comuns de condomínios. Seguem também sem funcionar presencialmente aulas das redes pública e privada.

Mas a norma prevê que as prefeituras podem definir medidas próprias de distanciamento social. Em outra decisão, o governo anunciou que os parques estaduais e unidades de conservação ambiental passaram a funcionar no dia 10 de agosto. Foram mantidas regras de prevenção, como obrigação do uso de máscaras e manutenção de distância mínima entre os visitantes para evitar aglomerações.

O governo de Goiás criou uma secretaria específica para as medidas de retomada, em lei assinada no dia 4 de agosto. O órgão vai coordenar as ações de fomento às atividades econômicas para mitigar os impactos negativos da pandemia.  

Mato Grosso

Em Mato Grosso continua em vigor o Decreto nº 573 editado pelo Governo do Estado no dia 23 de julho. O decreto mantém regras rígidas de contenção da propagação do novo coronavírus nos municípios, principalmente os que estão classificados como Risco Alto, ou Muito Alto de contágio. O decreto leva em consideração a queda da média móvel de casos confirmados da doença e de hospitalizações, além da abertura de novos leitos de UTI.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) divulgou na última quinta-feira (20) o Boletim Informativo n°165 com o panorama da situação epidemiológica da covid-19 em Mato Grosso. Segundo o boletim, nenhuma cidade de Mato Grosso foi classificada com risco Muito Alto, cor vermelha, que indica alerta máximo de contaminação.

O documento mostra que 18 municípios estão classificados com risco Moderado. São eles: Cuiabá, Sorriso, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, Várzea Grande, Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra, Primavera do Leste, Paranatinga, Campo Novo do Parecis, Mirassol D’Oeste, Sapezal, Alta Floresta, Arenápolis, Barra do Bugres, São Félix do Araguaia e Indiavaí. Outros 123 municípios estão na classificação de risco Baixo, indicado pela cor verde e não apresentam grandes riscos de contaminação.

Nas cidades com risco Alto de contágio fica proibido qualquer atividade de lazer ou evento que cause aglomeração, como shows, jogos de futebol, cinema, teatro, casa noturna e congêneres, festas e confraternizações familiares, ainda que realizadas em âmbito domiciliar.

Setores não essenciais podem funcionar desde que obedeçam às medidas de distanciamento no atendimento e higiene e funcionem com no máximo 70% da capacidade de atendimento.

Fica mantido ainda o comércio pela internet, com entregas por delivery. Permanece a suspensão, sem previsão de volta, de aulas em escolas e universidades.

Já nas cidades de risco Muito Alto, além de todas as medidas de segurança já adotadas nas classificações de risco mais baixas de contágio, é preciso obedecer às seguintes regras: serviços não essenciais devem funcionar com no máximo 50% da capacidade de atendimento.

Continua proibido o atendimento presencial em órgãos públicos e concessionárias de serviços públicos em cidades com a classificação de 'risco muito alto", e a adoção de canais de atendimento ao público não-presenciais.

Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, o Programa de Segurança e Saúde na Economia (Prosseguir), divulgou seu terceiro relatório situacional dos 79 municípios do estado referente à 32ª Semana Epidemiológica, com indicação do grau de risco de cada município.

O mapa situacional das quatro macrorregiões de Saúde (Corumbá, Campo Grande, Três Lagoas e Dourados), referente à 32ª Semana Epidemiológica (de 2 a 8 de agosto), apresenta 10 municípios na faixa de risco tolerável (Bandeira Amarela), 46 municípios no grau médio (Bandeira Laranja), 21 no grau de risco alto (Bandeira Vermelha) e duas cidades no grau extremo (Bandeira Preta). Com relação ao mapa anterior, 41 municípios mantiveram seu grau de risco, 31 melhoraram seu grau de risco e 7 pioraram.

Nos municípios que estão na Bandeira Amarela é permitido atividades essenciais e não essenciais de baixo, médio e alto risco, como academias, cabeleireiro, barbearia, salões de beleza e afins; nos municípios com Bandeira Laranja são permitidas atividades essenciais e não essenciais de baixo e médio risco, como comércio e bares; e com Bandeira Vermelha são permitidas atividades essenciais e não essenciais de baixo risco como serviços de ambulantes e profissionais liberais. No grau extremo, Bandeira Preta, são permitidas apenas as atividades essenciais. As atividades que envolvem aglomeração de público continuam não recomendadas em todo o estado.

Os resultados da semana demonstram que os cumprimentos das recomendações do Prosseguir implicam diretamente na classificação dos municípios. O programa traz recomendações de medidas no âmbito da Saúde Pública, de Serviços Públicos e do Social a fim de nortear agentes da sociedade, principalmente entes públicos, a tomarem suas decisões e tornarem suas ações mais eficientes no combate à propagação e aos impactos da Covid-19.

No estado também não há previsão para o retorno das aulas presenciais.

SUDESTE

Espírito Santo

De acordo com a última atualização do Mapa de Gestão de Risco da Covid-19 feita no dia 15, 16 municípios capixabas estão classificados em Risco Baixo, mais 53 estão em Risco Moderado e nove em Risco Alto. A capital Vitória está classificada como rico moderado. O mapa teve vigência até ontem (23).

Nos municípios classificados como Risco Alto, os estabelecimentos comerciais podem funcionar de segunda a sexta, das 10 h às 16 h. Já os shoppings só podem funcionar das 12h às 20h. Já o funcionamento de restaurantes, inclusive os de shopping center, só está permitido de segunda a sábado até as 18h e a abertura de bares fica proibida.

Nos municípios classificados como Risco Moderado, como a capital Vitória, os estabelecimentos comerciais podem funcionar de segunda a sexta, das 10 horas às 16 horas e no sábado das 9h às 15h. Já os shoppings só podem funcionar das 12h às 20h, de segunda a sábado. Restaurantes, inclusive os de shopping center, podem funcionar até as 18h e a abertura de bares continua proibida.

Nos municípios classificados como Risco Baixo podem funcionamento todos os estabelecimentos comerciais com medidas qualificadas de um cliente por 10 m², distanciamento social em filas, sem restrição de horário de funcionamento. Restaurantes e bares podem abrir sem restrições de horários e dias da semana.

O mapa classifica os municípios capixabas em riscos Alto, Moderado e Baixo, a partir da avaliação de fatores como interação social, avanço do contágio e ocupação de leitos no estado.

As praias capixabas não sofreram restrição. Segundo a assessoria de imprensa, “o governo não estabeleceu nenhuma medida que proibisse o acesso às praias, entretanto desde o início a orientação dada aos cidadãos é de que mantenham o isolamento social e evitem aglomeração”.

Quanto à volta das aulas presenciais, a Secretaria da Educação (Sedu) do Espírito Santo informou que o protocolo que determina as Atividades Pedagógicas Não Presenciais (APNP) segue até o dia 31 de agosto. Não há data definida para retorno das aulas presenciais. A Sedu continua com o diálogo e planejamento da retomada das aulas junto ao Grupo de Trabalho, formado por instituições como União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Sindicato das Empresas Particulares de Ensino (Sinepe), Ministério Público, Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), dentre outras.

Seguindo o planejamento, o governo do estado publicou, recentemente, uma Portaria Conjunta, entre as secretarias de Educação e da Saúde, que estabelece as diretrizes para as medidas administrativas e de segurança sanitária a serem tomadas pelos gestores das instituições de ensino no retorno às aulas presenciais.

Minas Gerais

As academias de ginástica terão protocolos de reabertura na Onda Amarela do plano Minas Consciente, criado pelo governo estadual para garantir a retomada segura das atividades econômicas. Inicialmente, a previsão era que esses estabelecimentos só entrassem em funcionamento na Onda Verde, quando estão liberadas atividades não essenciais com alto risco de contágio.

A flexibilização foi deliberada na última terça-feira (18) pelo Comitê Executivo, que analisou o cenário atual da pandemia e identificou a possibilidade de antecipar a reabertura do setor. Mesmo assim, o funcionamento completo desses estabelecimentos só será permitido na Onda Verde e os protocolos da Onda Amarela serão mais restritivos.

Outra mudança foi a transferência também das agências de viagem da Onda Verde para a Onda Amarela do plano. O grupo considerou que a atividade não tem risco de grandes aglomerações, além de serem importantes para garantir viagens de negócios e o fortalecimento de outras cadeias produtivas, como aeroportos, hotéis e pousadas.

O Comitê Extraordinário Covid-19 decidiu ainda sobre o avanço da macrorregião de Saúde Leste para a Onda Amarela do Minas Consciente. A decisão se deve à baixa ocupação de leitos e tendência nítida de melhora nos indicadores. As demais macrorregiões serão mantidas nas ondas definidas na última semana.

A abertura de novos leitos de UTI adulto possibilitou a divisão de cinco novas microrregiões em Minas Gerais. Agora, passarão a ser consideradas individualmente as regiões de Congonhas (16 novos leitos), Araçuaí (6), Itaobim (4), São Gotardo (10) e João Pinheiro (10). Além das macrorregiões, os dados das 67 microrregiões mineiras são considerados pelo Comitê Executivo Covid-19, permitindo que elas sejam divididas por ondas, conforme as realidades específicas. Caso as ondas indicadas para as macro e microrregiões sejam diferentes, caberá a cada prefeito optar por qual das duas recomendações seguir.

As ondas do plano são divididas da seguinte forma: Onda 1 – Vermelha, podem funcionar serviços essenciais: supermercados, padarias, farmácias, bancos, depósitos de material de construção, fábricas e indústrias, lojas de artigos de perfumaria e cosméticos, hotéis. Onda 2 – Amarela, podem funcionar serviços não essenciais como lojas de artigos esportivos, eletrônicos, floriculturas, autoescolas, livrarias, papelarias, salões de beleza. Onda 3 – Verde, podem funcionar serviços não essenciais com alto risco de contágio, como academias, teatros, cinemas, clubes. Além da mudança na divisão das ondas, o novo plano trará um protocolo único de higiene e distanciamento, a ser cumprido por todas as empresas.

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais está elaborando um protocolo para o retorno às aulas presenciais, em consonância com as orientações da Secretaria de Estado de Saúde. O material será finalizado após amplas discussões e estudos realizados pela secretaria com entidades educativas e será apresentado em breve.

São Paulo

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (21) que nenhuma região do estado está na Fase 1 – Vermelha, onde seria preciso manter todos os serviços considerados não essenciais fechados.

De acordo com a nova atualização do Plano São Paulo, o governo manteve apenas seis regiões do estado na Fase 2 – Laranja. O restante das regiões, o que corresponde a 88,3% do território paulista, está na Fase 3 – Amarela, etapa de flexibilização.

Na Fase Amarela, as regiões podem reabrir bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade, além de academias com 30% de vagas. Com esta mudança, estes estabelecimentos poderão reabrir por oito horas por dia, sem ultrapassar o horário das 22h.

As regiões de Franca e de Registro, que se mantinham na Fase 1 – Vermelha, passaram na última sexta-feira para a Fase 2 – Laranja. Também estão nessa fase as regiões de Presidente Prudente, Marília, São José do Rio Preto e São João da Boa Vista. A Fase Laranja permite o funcionamento com 20% da capacidade de público em escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias, pelo período de quatro horas diárias, todos os dias; ou por seis horas, desde que abra apenas por quatro dias na semana.

Além de Franca e Registro, progrediram de fase no fima da semana passada outras três regiões do estado: Barretos e as sub-regiões oeste e norte da Grande São Paulo, que estavam na fase laranja e passaram para a amarela.

No estado, a volta às aulas está prevista para 7 de outubro. O retorno às aulas foi planejado com base no Plano São Paulo, de retomada econômica do estado. O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul).

Rio de Janeiro

Em decreto publicado na semana passada, o governo do Rio de Janeiro manteve a situação de emergência no estado em decorrência da pandemia de covid-19 e prorrogou até o dia 4 de setembro a suspensão de eventos com a presença de público, como shows, feiras, eventos científicos, comícios e passeatas, além da permanência nas praias, lagoas, rios e piscinas públicas. Também permanecem suspensas as visitas ao sistema prisional e a presença de público nos eventos esportivos.

O decreto autoriza o retorno das aulas na rede privada a partir do dia 14 de setembro e da rede pública em 5 de outubro, inclusive para o ensino superior. A medida vale nas regiões que permanecerem, por duas semanas seguidas, classificadas na Bandeira Amarela.

De acordo com a última atualização da nota técnica, divulgada na terça-feira (18), sete das nove regiões do estado estão classificadas na Bandeira Amarela: Metropolitanas I e II, Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea, Noroeste, Norte e Serrana. Houve avanço da Bandeira Laranja para a Amarela na Baía de Ilha Grande, Baixada Litorânea, Noroeste e Serrana. Permanece na Laranja o Médio Paraíba. O Centro-Sul Fluminense retrocedeu da Amarelo para a Laranja.

Com isso, foi autorizada a reabertura, desde o dia 20, de estabelecimentos culturais, como cinemas e teatros, nas regiões que estão com Bandeira Amarela, seguindo protocolos de restrição de ocupação e de segurança sanitária. Nessas regiões também podem funcionar os salões de cabeleireiros, barbearias e academias de ginástica com agendamento e capacidade restrita.

Para todo o estado, foi autorizada a prática desportiva ao ar livre, como ciclismo, caminhada e montanhismo, nos parques nacionais, estaduais e municipais; atividades culturais em sistema drive-in; a abertura de pontos turísticos com restrição de 50% da capacidade, assim como bares e restaurantes.

SUL

Paraná

O Governo do Paraná definiu em março por decreto, que ainda está em vigor, as atividades consideradas essenciais, mas não decretou quarentena geral. Em razão de decisão expedida pelo STF, os municípios paranaenses estão definindo o ritmo de abertura de atividades consideradas não essenciais. O boletim econômico conjuntural das secretarias de Fazenda e Planejamento indica que 97% das empresas formais já retomaram as atividades.

O mesmo boletim aponta indícios de retomada. As vendas no comércio varejista paranaense cresceram na primeira quinzena de agosto na maior parte dos segmentos, recuperando parte das perdas registradas no ano. Pela primeira vez desde o início da pandemia o número de segmentos com alta nas vendas (na comparação com o mesmo período do ano passado) supera o de grupos em baixa.

O estado mantém as orientações sobre a necessidade de isolamento e distanciamento social e ainda estuda formas de retomada de aulas presenciais nas redes pública e privada, suspensas desde março. Ainda não foi definida uma data, mas os protocolos já estão bem adiantados. Neste momento, a Secretaria da Educação do Paraná está fazendo uma consulta aos pais para colher opiniões sobre o retorno das aulas.

Até a última quarta-feira (19) o Paraná acumulava 108.659 casos confirmados e 2.778 mortes em consequência da Covid-19.

Na cidade turística de Foz do Iguaçu, no extremo oeste do estado, estão liberados desde a última quinta-feira  eventos com até 50 pessoas, seguindo protocolos sanitários. A medida, que segue um decreto municipal, pretende estimular o turismo na cidade. A previsão é que em 10 de setembro sejam liberados os eventos com 150 pessoas e a partir de 1º de outubro os encontros já serão liberados para ocorrer com 30% da capacidade total do local, seguindo os protocolos de segurança.

Rio Grande do Sul

O modelo de Distanciamento Controlado, adotado desde maio no estado, não estabelece "fases" com previsões de retomada das atividades econômicas. A partir do monitoramento de 11 indicadores, que medem o avanço da doença e a capacidade instalada de atendimento, o plano define classificações de risco (bandeiras) para cada uma das regiões, onde estão estabelecidos protocolos que definem o nível de funcionamento para cada atividade.

Desta maneira, conforme a cor da bandeira definida para cada região (amarela, laranja, vermelha e preta), o Distanciamento Controlado indica o nível de restrições para mais de cem atividades do serviço público, indústria, comércio e serviços. Com isso, mesmo as regiões com alto risco para a doença (vermelha), boa parte das atividades econômicas está com algum nível de atuação.

O Distanciamento Controlado recebe sugestões de modo contínuo para o seu aperfeiçoamento, o que inclui entidades representativas das diferentes atividades econômicas, especialistas e gestores públicos. A mais recente atualização do modelo é a possibilidade de cogestão com os municípios. Ou seja, uma região mesmo em bandeira vermelha, havendo concordância de dois terços dos prefeitos e com indicadores consistentes de controle sobre a pandemia, podem adotar através de planos próprios protocolos menos restritivos (laranja).

O valor médio diário de emissão de notas eletrônicas (NF-e e NFC-e) na última semana pesquisada, entre 8 e 14 de agosto, foi 4,8% maior que no período equivalente de 2019, informou a assessoria de imprensa do estado. Essa foi a quinta semana consecutiva de variações positivas no indicador, demonstrando tendência de retomada das atividades econômicas.

Entre o final de março e o início de abril, o resultado chegou a ser de -31,5%. No acumulado do período de análise, entre 16 de março e 14 de agosto, a redução é de -5,4%, representando que cerca de R$ 100 milhões deixaram de ser movimentados em operações registradas nas notas eletrônicas a cada dia.

A Secretaria Estadual da Educação informa que a proposta inicial sobre a retomada das aulas presenciais no estado traz a educação infantil como primeiro segmento a retornar. Esse cenário, que permanece em debate, vai ao encontro do contexto atual de retorno gradativo das atividades econômicas nos municípios, com a consequente necessidade de pais e responsáveis de contarem com o apoio dessas instituições para o acolhimento de seus filhos. Caberá aos pais ou responsáveis a escolha do retorno presencial dos alunos, não sendo uma obrigatoriedade. A Seduc reforça que as datas propostas são um ponto de partida na discussão sobre o retorno das aulas presenciais e não uma imposição de calendário por parte do governo.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, de acordo com dados da última quarta-feira (19), o estado acumula 126.850 casos de covid-19, dos quais 115.101 já estão recuperados e 9.831 continuam em acompanhamento. O total de óbitos é 1.918, com taxa de letalidade de 1,51%.

A Secretaria de Estado da Educação decidiu manter a suspensão de aulas presenciais pelo menos até 12 de outubro em Santa Catarina. A decisão vale para as redes pública e privada, municipal, estadual e federal, relacionadas à educação infantil, nível fundamental, médio, educação de jovens e adultos (EJA) e ensino técnico.

Na semana passada a Secretaria de Estado da Saúde emitiu a Portaria no 592/2020, atualizando as medidas de enfrentamento da covid-19 conforme a Avaliação de Risco Potencial nas Regiões de Saúde, classificadas como Gravíssimo, Grave, Alto e Moderado.

O estado mantém a regionalização, com autonomia dos municípios em ações específicas, desde que elas sejam mais rígidas que aquelas determinadas pelo Governo do Estado. Um município que esteja na situação Gravíssima, por exemplo, tem a autonomia de proibir o transporte público, tornando assim a regra mais rígida.

De qualquer forma, continuam suspensos em todo o Estado as aulas, reuniões públicas; cinemas; acesso de público a competições esportivas; as aulas presenciais; a permanência de pessoas em espaços públicos de uso comum, como parques, praças e praias, exceto para prática de esportes individuais; além da autorização de funcionamento do serviço público municipal, estadual e federal apenas de forma remota, excetuados os serviços essenciais.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, prolongou o confinamento em Auckland, a maior cidade do país, e anunciou que é necessário mais tempo para controlar um persistente foco de coronavírus.

"Os quatro dias a mais são necessários para permitir a redução do nível em Auckland, e permanecer com o nível reduzido", afirmou, em referência ao sistema de alerta nacional de quatro níveis.

"Queremos confiança e segurança para todos", completou a primeira-ministra. As autoridades anunciaram o confinamento em Auckland em 12 de agosto, um dia depois da detecção de novos casos. O país havia conseguido registrar 102 dias sem casos transmitidos localmente.

O foco do contágio aumentou e passou de quatro a 101 casos. A origem continua sendo desconhecida, apesar do grande dispositivo de rastreamento.

Ardern também afirmou que novos casos poderiam ser registrados e que as autoridades de saúde precisam confirmar que o foco está sob controle antes de flexibilizar o confinamento.

Além disso, a primeira-ministra anunciou que mesmo com uma flexibilização das restrições em Auckland, todo o país permanecerá em nível dois. Isto significa que a população deve respeitar as normas de distanciamento físico até pelo menos 6 de setembro.

As máscaras também são obrigatórias nos transportes públicos e aviões.

"E agora? Além desse desastre, a catástrofe do coronavírus?", lamenta Roxane Moukarzel. Ainda em estado de choque após a explosão que devastou bairros inteiros de Beirute em 4 de agosto, os libaneses voltam ao confinamento nesta sexta-feira (21) em razão do aumento de casos da Covid-19.

Ao confinamento, adotado por duas semanas, soma-se um toque de recolher das 18h às 6h, para fazer frente aos índices recordes de contaminação dos últimos dias, elevando o saldo desde o início da epidemia no Líbano para 10.952 casos, incluindo 113 mortes.

Preocupada com as consequências da epidemia, Moukarzel é a favor do confinamento, em particular após a explosão no porto da capital que deixou pelo menos 181 mortos e milhares de feridos.

Um primeiro confinamento de um mês foi imposto em meados de março, antes de ser gradualmente suspenso. Mas o aeroporto só voltou a reabrir em 1º de julho, e com atividade reduzida. Um novo confinamento foi imposto no final de julho, mas durou apenas cinco dias em razão da explosão. O aeroporto de Beirute opera normalmente.

"Do ponto de vista econômico, fechar o país não é bom porque as pessoas querem vender, mas é melhor perder um pouco do que adoecer", afirma Moukarzel.

"Não há vagas nos hospitais. Se as pessoas começarem a adoecer, onde vão colocá-las?", questiona a mãe de 55 anos.

As autoridades temem que o setor da saúde tenha dificuldades para responder a um novo pico de infecções pelo vírus, especialmente porque alguns hospitais perto do porto foram seriamente danificados.

O reconfinamento não afetará os esforços de limpeza e resgate nos bairros mais afetados pela explosão, segundo as autoridades.

Lojas de alimentos, supermercados e outros comércios poderão funcionar, mas com medidas preventivas.

A pandemia de Covid-19 apenas acentuou a crise econômica sem precedentes no Líbano, com alta da inflação, restrições draconianas às retiradas de dólares e milhares de pessoas que perderam seus empregos ou grande parte de sua renda.

Mesmo antes da explosão de uma enorme quantidade de nitrato de amônio armazenada no porto - o que provocou a ira dos libaneses, que acusam as autoridades de serem responsáveis por sua negligência - o índice da população considerada pobre dobrou com a crise, de acordo com estimativas da ONU.

- "Nada para comer" -

Sentado em sua oficina de carpintaria, em um distrito de Beirute longe do porto, Qassem Jaber, de 75 anos, não vê como outro confinamento seria útil.

"Não há trabalho. As pessoas não têm dinheiro e não têm nada para comer", diz.

O comerciante está determinado a permanecer aberto para ajudar as pessoas a reconstruírem suas casas.

"O que o coronavírus tem a ver? Estamos superando", acrescentou.

Para este muçulmano xiita, o Hezbollah agiu bem, convocando seus apoiadores a evitarem grandes reuniões este ano por ocasião do Ashura, que comemora o martírio do ímã Hussein, neto do profeta Maomé, um dos eventos fundadores do Islã xiita.

Normalmente, milhares de xiitas se reúnem nas ruas para as comemorações, que acontecem na sexta-feira.

Mas o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ordenou que as comemorações públicas fossem suspensas devido ao ressurgimento da epidemia.

"A situação saiu do controle, há muitos casos e os hospitais não podem mais lidar com isso", afirmou Nasrallah na segunda-feira, instando seus partidários a simplesmente colocarem bandeiras pretas na frente de suas casas e empresas para marcar o evento.

"Eles cancelaram o Ashura para que ninguém fosse infectado", aponta Jaber.

"Todos os dias, temos 100, 200, 300 novos casos. Se eles mantivessem o Ashura, todos estariam colados uns aos outros. Não seria bom", acrescentou.

Diante do ressurgimento de casos do novo coronavírus em vários países, os esforços aumentam em todo o mundo para conter a pandemia, com o Reino Unido impondo quarentena às pessoas procedentes da França, a Espanha fechando boates e a Nova Zelândia estendendo o confinamento de Auckland.

Centenas de milhares de turistas terão que mudar seus planos após o anúncio do governo britânico, uma nova ilustração de um mundo que parece estar se fechando após uma aparência de liberdade encontrada no início do verão em muitos países europeus.

A máscara se tornou obrigatória mesmo ao ar livre em certas cidades europeias, enquanto as autoridades espanholas decidiram fechar boates e proibir de fumar nas ruas sem respeitar a distância de segurança.

O novo coronavírus já matou mais de 754.000 pessoas em todo o mundo e infectou mais de 20,9 milhões, com consequências econômicas dramáticas, conforme mostrado pela recessão que atingiu a Polônia pela primeira vez desde o comunismo.

Na Europa, o número de casos vem crescendo nas últimas semanas, mas - pelo menos por agora - o número de mortes não, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A instituição está preocupada com um possível relaxamento, em particular por parte dos jovens que tendem a ter infecções menos graves e, portanto, menor mortalidade, e uma flexibilização da vigilância no período de verão.

Diante de um agravamento em seu solo, o governo britânico decidiu impor novamente, a partir de sábado, 14 dias de isolamento para viajantes que chegam da França, Holanda e Malta.

Quase 160.000 britânicos atualmente na França, assim como alguns dos 300.000 franceses que vivem no Reino Unido em férias em seu país, têm algumas horas para voltar para casa antes da implementação desta medida. Caso contrário, terão de se confinar, correndo o risco de dificuldades se não puderem trabalhar à distância ou faltar ao início do ano letivo.

- "Não é inevitável" -

"É um pesadelo. Mesmo se quiséssemos, não poderíamos voltar a tempo", reagiu Claudia, uma alemã de 42 anos que mora em Londres, em férias no oeste da França com o marido e a filha.

O Reino Unido, o país com mais mortes da Europa, contabilizando 41 mil óbitos, teme a chegada de casos do exterior, na busca pela reabertura de sua economia, que sofreu um colapso sem paralelo no continente europeu.

O setor do turismo reagiu fortemente, assim como o governo francês, que prometeu reciprocidade.

A medida é anunciada no momento em que os indicadores de monitoramento da pandemia de COVID-19 na França "continuam a piorar", segundo as autoridades da Saúde.

"Os sinais são preocupantes e a situação está piorando. Mas não é inevitável", assegurou na rádio France Inter, Jérôme Salomon, diretor-geral da Saúde.

Fora da Europa, as boas notícias são escassas. Aclamada por sua resposta eficaz à primeira onda da epidemia, a Nova Zelândia estendeu o reconfinamento de Auckland até 26 de agosto para conter o retorno do vírus.

A diretora-geral da Saúde, Ashley Bloomfield, admitiu que a população está nervosa, ao mesmo tempo que os exortou a não descontar sua frustração com os profissionais de saúde.

A Coreia do Norte, por outro lado, anunciou o fim do confinamento de uma cidade localizada na fronteira intercoreana, estabelecido no final de julho após a descoberta de um primeiro caso "suspeito" de coronavírus.

Pyongyang afirma não ter registrado nenhum caso de COVID-19 em seu território, o que especialistas internacionais duvidam, dada a devastação causada pelo vírus em todo o planeta.

- Esperanças de vacina -

Os Estados Unidos continuam sendo o país mais enlutado (167.242 mortes), à frente do Brasil (105.463 mortes), México (55.293) e Índia (48.040).

Nos Estados Unidos, a questão ultrassensível da máscara voltou ao centro das atenções na quinta-feira com o apelo do candidato presidencial democrata, Joe Biden, de torná-la obrigatória em todo o país, ideia imediatamente rejeitada por seu rival republicano Donald Trump, que o acusou de querer "trancar todos os americanos em seu porão por meses".

Diante do ressurgimento ou persistência do vírus, as esperanças se concentram na chegada de uma vacina, tema de uma corrida nos quatro cantos do mundo.

O governo britânico concluiu novos acordos com os laboratórios americanos Johnson & Johnson e Novavax, abrangendo 90 milhões de doses. Já garantiu um total de 340 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19, sem saber se serão eficazes.

O governo dos Estados Unidos, que investiram mais de US $ 10 bilhões em seis projetos de vacinas e assinaram contratos garantindo a entrega de centenas de milhões de doses se bem-sucedidas, prometeram na quinta-feira que as vacinas seriam distribuídas gratuitamente aos americanos.

O presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, garantiu que a vacina em que trabalha o laboratório anglo-sueco AstraZeneca, que será produzida na Argentina e no México para países da América Latina (exceto Brasil), "estará disponível a partir do primeiro trimestre do próximo ano".

Será "universal e gratuita" no México. Todos os mexicanos terão acesso à vacina. Os mais humildes não precisam se preocupar", afirmou.

burs-gmo/fb/lch/mr

A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, anunciou nesta sexta-feira a ampliação por pelo menos 12 dias do novo confinamento em Auckland, após a detecção de casos de Covid-19 na maior cidade do país e localidades próximas.

"O governo aceitou manter as medidas atuais durante 12 dias adicionais, o que eleva o total a duas semanas completas", declarou Ardern.

Desde que quatro pessoas testaram positivo para Covid-19 na terça-feira, acabando com 102 dias sem contágios de transmissão local no país, a Nova Zelândia detectou um foco de 30 novos casos.

A maioria foi registrada na região de Auckland, uma cidade de 1,5 milhão de habitantes. Mais preocupante, dois novos casos foram detectados em Tokoroa, a 210 quilômetros de Auckland.

A Nova Zelândia contabiliza 22 mortes por coronavírus em uma população de cinco milhões de habitantes e não registrava transmissões locais desde 1 de maio.

O país estava com uma vida praticamente normal, sem medidas de distanciamento físico e com a organização de eventos culturais e esportivos com a presença de público.

Mas as autoridades de saúde alertaram a população que uma segunda onda de infecções era "inevitável".

A Nova Zelândia planeja prolongar o confinamento de três dias em vigor atualmente na maior cidade do país, Auckland, após a detecção de um novo foco de infecção de coronavírus de 17 casos.

O diretor geral de Saúde, Ashley Bloomfield, anunciou que 13 novos casos foram registrados, todos vinculados às quatro pessoas da mesma família que apresentaram resultados positivos para o coronavírus na terça-feira (11).

A descoberta dos casos encerrou um período de 102 dias sem contaminação na Nova Zelândia. A ordem de confinamento em Auckland expira na sexta-feira à meia-noite.

Profissionais da saúde trabalham na identificação da fonte do foco de contaminação, destacou Bloomfield.

"Queremos conhecer a magnitude o mais rápido possível e, por isto, testamos todos os familiares, contatos casuais, colegas e familiares", disse.

Entre os novos casos está um estudante de uma das maiores escolas do país, que tem mais de 3.000 alunos, afirmou Bloomfield.

A primeira-ministra Jacinda Ardern indicou que o governo espera mais casos relacionados com o novo foco.

"A lição que aprendemos com a primeira onda de coronavírus é que uma vez que se identificada a fonte de contaminação, ela se desenvolve antes de diminuir", explicou.

Depois de classificar a situação como "séria e grave", Ardern disse que o governo administra a questão de maneira "urgente, mas calma e metódica".

Os resultados da investigação nas próximas 24 horas devem definir a ampliação do confinamento, afirmou Bloomfield.

Os asilos de idosos foram confinados nesta quarta-feira (12) na Nova Zelândia em função de um surto da casos de Covid-19, anunciou a primeira-ministra Jacinda Ardern, que não descartou adiar as eleições gerais previstas para setembro no país.

"Tenho consciência até que ponto será difícil para aqueles que têm entes queridos nestes estabelecimentos, mas é a forma mais forte de protegê-los e cuidar deles", explicou Ardern, que quer evitar que as casas de repouso dos idosos se tornem focos de contágios.

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Na terça-feira (11), a primeira-ministra ordenou a volta do confinamento por três dias a partir desta quarta-feira na maior cidade da Nova Zelândia, Auckland, após o surgimento, pela primeira vez em 102 dias, de casos de coronavírus transmitidos localmente.

A chefe do governo, cuja eficiente política de luta contra a pandemia foi elogiada no mundo todo, anunciou a detecção de quatro casos da doença em uma família de Auckland, mas que a origem da infecção era desconhecida.

A Nova Zelândia, que registrou no total 22 óbitos na população de 5 milhões de habitantes, não confirmava um caso de transmissão dentro de seu território desde 1º de maio.

Em relação ao possível adiamento das eleições previstas para 19 de setembro, Ardern declarou que estava estudando o assunto com a Comissão Eleitoral, "simplesmente para garantir que teremos todas as opções ao alcance", embora não informou quando tomará uma decisão sobre o caso.

A Nova Zelândia anunciou nesta terça-feira as primeiras infecções por transmissão local do coronavírus em 102 dias, o que levou a primeira-ministra Jacinda Ardern a ordenar o confinamento de Auckland, a maior cidade do país.

Ardern, que teve a gestão na luta contra a Covid-19 elogiada em todo o planeta, disse que foram detectados quatro casos de origem desconhecida em uma família de Auckland.

"Depois de 102 dias, temos nossos primeiros casos de Covid-19 fora do isolamento ou dos centros de quarentena. Apesar de termos trabalhado de modo incrivelmente duro para prevenir este cenário, também nos preparamos para isto", afirmou a chefe de Governo.

Na segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou o país como um exemplo por ter conseguido "eliminar com êxito a transmissão comunitária".

A Nova Zelândia contabilizou 22 mortes em uma população de 22 milhões de habitantes e não registrava transmissões locais desde 1 de maio.

Como resultado, o país tem uma vida praticamente normal, sem medidas de distanciamento físico e com a organização de eventos culturais e esportivos com a presença de público.

As autoridades de saúde, no entanto, advertiram de modo reiterado que uma segunda onda de infecções era "inevitável".

A população de Auckland permanecerá confinada por pelo menos três dias a partir de quarta-feira e algumas medidas de distanciamento físico serão retomadas no restante do país.

O governo das Filipinas voltará a confinar a partir de terça-feira mais de 27 milhões de pessoas, o que representa quase 25% da população do país, depois que associações médicas alertaram que a nação estava perdendo a batalha contra o novo coronavírus.

Desde o início de junho, quando a maior parte do país saiu de um dos confinamentos mais longos e estritos do planeta, os contágios multiplicaram por cinco, superando 100.000 casos.

No domingo à noite, o presidente Rodrigo Duterte anunciou um novo confinamento na capital, Manila, assim como em quatro províncias próximas, na ilha de Luzon.

Durante as próximas duas semanas, o transporte público e os voos locais serão interrompidos.

As autoridades pediram à população que permaneça em casa e que as pessoas saiam apenas para comprar produtos de primeira necessidade ou fazer exercícios.

Apenas um número limitado de empresas pode prosseguir com as atividades. Os restaurantes não serão autorizados a fazer entregas a domicílio.

"Não conseguimos estar à altura. Ninguém esperava isso", afirmou o presidente Duterte, que rejeitou os pedidos para demitir o ministro da Saúde, Francisco Duque.

No sábado, 80 associações de médicos alertaram em uma carta aberta ao presidente que o país estava perdendo a batalha contra a Covid-19 e pediram ao chefe de Estado o retorno de um confinamento mais estrito, no momento em que os contágios aumentam e que os hospitais, lotados, rejeitam pacientes.

Nesta segunda-feira, as associações receberam de maneira favorável a decisão do presidente por considerar que deve representar um alívio aos profissionais da saúde.

As autoridades filipinas anunciaram o recorde de 5.032 casos no domingo. O país registra quase 2.000 mortes provocadas pela Covid-19.

A justiça da Espanha suspendeu nesta segunda-feira o novo confinamento dos habitantes de uma zona da Catalunha ao redor da cidade de Lérida, ordenado no domingo pelas autoridades regionais após uma forte alta dos casos de Covid-19.

"O Tribunal da Guarda de Lérida concorda em não ratificar as medidas da Resolução de 12 de julho de 2020 adotadas pelo governo regional, por considerá-las contrárias ao direito", afirma a conta no Twitter do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

A decisão pode ser objeto de apelação. "Estamos analisando do ponto de vista jurídico para ver como resolvemos", declarou à imprensa a secretária de Saúde da região, Alba Verges.

"São medidas necessárias que não são adotadas por capricho de ninguém ou por prazer. Não faríamos se não fosse absolutamente necessário", completou, antes de pedir aos moradores da zona em que vivem quase 200.000 pessoas que permaneçam em suas casas, apesar da decisão da justiça.

Esta é a primeira vez desde 21 de junho, quando terminou o confinamento geral na Espanha, que o confinamento domiciliar volta a ser decretado para uma área do país.

A zona afetada abrange Lérida e sete localidades ao redor, a 150 km de Barcelona. A Espanha é um dos países mais afetados do mundo pela pandemia, com 28.400 mortos.

No domingo as regiões da Galícia e do País Basco, norte do país, organizaram eleições com medidas reforçadas de higiene e centenas de eleitores excluídos por estarem infectados com o novo coronavírus.

A capital da Sérvia foi palco na noite desta quarta-feira (8), pelo segundo dia consecutivo, de confrontos violentos entre a polícia e manifestantes indignados com a formo como o governo combate a pandemia de coronavírus.

Nuvens de gás lacrimogêneo e fumaça encheram o centro de Belgrado em meio a cenas caóticas que lembravam a violência da noite anterior, quando a polícia dispersou milhares de pessoas que saíram para protestar contra o retorno do confinamento no fim de semana devido ao aumento de novos casos da Covid-19.

Embora o presidente Aleksandar Vucic tenha dito nesta quarta que é provável que o toque de recolher do fim de semana seja suspenso, milhares de pessoas se reuniram em frente ao parlamento novamente para protestar.

A indignação está concentrada no presidente, a quem os críticos acusam de ter favorecido uma segunda onda da epidemia ao suspender muito rápido o confinamento para realizar as eleições de 21 de junho.

"O governo apenas procura proteger seus próprios interesses, as pessoas são danos colaterais", disse Jelina Jankovic, 53 anos, no meio do protesto.

O Partido Progressista Sérvio de Vucic (SNS) venceu confortavelmente a eleição em uma votação boicotada pela oposição.

Desde então, as infecções pelo novo coronavírus dispararam para mais de 300 casos por dia, superlotando hospitais.

"Já tivemos o suficiente com a manipulação dos dados da Covid-19", disse outra manifestante, Danijela Ognjenovic, referindo-se às acusações de que as autoridades estão subestimando o número de mortos.

Após um começo pacífico, a manifestação desta quarta-feira acabou tendo cenas de violência, depois que alguns manifestantes lançaram objetos nos policiais, que reagiram com gás lacrimogêneo.

Quando boa parte da multidão que estava em frente ao Parlamento se dispersou, a polícia de choque ainda perseguia manifestantes nas ruas próximas.

- Brutalidade policial -

Durante o dia, Vucic disse que ainda era a favor de uma nova fase de confinamento a partir do fim de semana, mas que uma equipe de crise do governo "decidirá amanhã" (na quinta-feira).

"Definitivamente haverá um aperto nas medidas para Belgrado", embora a "equipe de crise pareça achar que não deve haver toque de recolher", afirmou o presidente.

Vucic chamou os manifestantes de "fascistas" e disse que havia suspeita de "intromissão da inteligência estrangeira", sem fornecer nenhuma evidência.

O presidente sérvio também reconheceu que alguns policiais, acusados de força excessiva na noite de terça-feira, "falharam" e seriam responsabilizados.

Estima-se que os confrontos na véspera tenham deixado cerca de 60 feridos, incluindo manifestantes e policiais.

As cenas de brutalidade policial foram registradas pela televisão, incluindo um incidente na terça em que policiais usaram cassetetes para espancar três homens sentados pacificamente em um banco.

A Comissão de Direitos Humanos do Conselho da Europa condenou a "dispersão violenta de manifestantes", dizendo que "levanta sérias preocupações com os direitos humanos".

A nova onda de casos de coronavírus ocorre dois meses depois que a Sérvia suspendeu quase todas as restrições para permitir grandes eventos esportivos com milhares de espectadores e eleições em junho.

Nas últimas duas semanas, as infecções diárias dispararam, enquanto o país registrou seu pior dia na terça-feira, com 13 pessoas mortas pelo novo coronavírus.

Até agora, o governo registrou quase 17.000 infecções e 330 mortes em uma população de sete milhões.

O novo primeiro-ministro da França, Jean Castex, descartou nesta quarta-feira (8) a possibilidade de um retorno do confinamento total do país em caso de novo surto do coronavírus, com o objetivo de proteger a abalada economia e evitar o agravamento da situação.

"Meu objetivo é preparar a França para uma eventual segunda onda, preservando ao mesmo tempo nossa vida cotidiana, nossa vida econômica e social", disse Castex durante uma entrevista ao canal BFMTV.

"Mas não vamos impor um confinamento como o de março, porque aprendemos (...) que as consequências econômicas e humanas de um confinamento total são desastrosas", completou.

Ele explicou que no caso de um novo surto do vírus, que deixou quase 30.000 mortos na França desde março, o governo privilegiará os confinamentos "localizados".

Castex, que comandou a delicada fase de flexibilização do confinamento antes de assumir o cargo de primeiro-ministro na sexta-feira passada, viajará no domingo à Guiana Francesa, um território francês na América do Sul, onde a Covid-19 segue em propagação acelerada.

As autoridades anunciaram 124 novos casos na terça-feira no território, que tem fronteira com o Brasil, o que elevou o total a mais de 5.000. Para enfrentar a situação, Paris enviou equipes médicas para reforçar o serviço local.

Como consequência do impacto da pandemia do novo coronavírus, o PIB francês registrará este ano um retrocesso recorde de entre 8% e 10%, de acordo com diferentes estimativas.

As autoridades decretaram nesta terça-feira (7) um novo confinamento dos habitantes de Melbourne, a segunda maior cidade da Austrália, com quase cinco milhões de habitantes, para frenar a propagação do novo coronavírus.

O confinamento começará à meia-noite e deve durar pelo menos seis semanas, anunciou o primeiro-ministro do estado de Victoria, Daniel Andrews. "Não podemos fingir que a pandemia de Covid-19 terminou", afirmou Andrews ao explicar a decisão.

O anúncio do confinamento aconteceu depois da divulgação que a cidade registrou 191 novos casos da doença nas últimas 24 horas. "Estes números não podem continuar", disse Andrews.

"Ninguém deseja ficar nesta situação", declarou o chefe de Governo provincial, antes de reconhecer que aceitar as restrições "será muito difícil" para a população. O novo confinamento prevê o fechamento dos centros de ensino, o que obrigará a maioria dos alunos a acompanhar as aulas de maneira virtual.

Restaurantes e cafés só podem vender comidas e bebidas para retirada. "Esta é a única decisão possível, porque em caso contrário potencialmente teremos milhares e milhares de casos adicionais", disse Andrews à imprensa.

O novo confinamento dos habitantes de Melbourne se une ao isolamento do estado de Victoria, que fechou a partir da manhã desta terça-feira as fronteiras com o restante do país.

Policiais e militares controlam dezenas de pontos de fronteira e as forças de segurança mobilizaram aviões e drones para controlar o respeito ao isolamento. Até agora, as autoridades haviam decretado confinamentos parciais em Melbourne que afetavam 300.000 habitantes.

O confinamento deve prosseguir, a princípio, até 29 de julho. As restrições são as mais estritas adotadas na Austrália desde o início da pandemia em dezembro. O país registrou mais de 9.000 casos de coronavírus e 109 mortes.

Atualmente, a maioria dos casos de Covid-19 na Austrália se concentram em Melbourne. Nas outras regiões do país, as autoridades começam a flexibilizar as restrições adotadas para lutar contra a pandemia.

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