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Se 2017 foi o ano de Anitta, 2018 também está prometendo não ficar atrás. Além de novas parcerias na música e de ser convidada para ser a protagonista de um filme, agora a estrela deve alcançar também a área acadêmica.

Segundo o colunista Leo Dias, a cantora foi convidada para palestrar no evento Brazil Conference, na Universidade de Harvard. De acordo com o colunista, ela já aceitou o convite e deve estar na conferência que acontece no dia 6 e 7 de abril.

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Não é a primeira artista pop que foi convidada para um evento da célebre universidade norte-americana. Em março de 2017, Rihanna recebeu uma homenagem da instituição por suas contribuições humanitárias em Barbados, local em que nasceu.

Um ano após o Acordo de Paris entrar em vigor - e alguns meses depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado que vai tirar o país do tratado -, começa nesta segunda-feira, 6, a 23ª Conferência do Clima (COP) das Nações Unidas em Bonn (Alemanha), com o desafio de manter os esforços de pé e fazer caminhar o manual que definirá exatamente como será na prática a articulação mundial de combate às mudanças climáticas.

Sob a presidência de Fiji, país-ilha que está na mira da elevação do nível do mar, esta conferência deve ter componente emocional forte para que os governos comecem a se mover em direção a tornar mais ambiciosos seus compromissos de redução de gases de efeito estufa.

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É a primeira vez que um país-ilha preside esse tipo de conferência e o primeiro ministro de Fiji, Frank Bainimarama, já fez um apelo. "O sofrimento humano - causado pela intensificação de furacões, incêndios florestais, secas, inundações e ameaças à segurança alimentar provocadas pelas mudanças climáticas - indica que não há tempo para desperdiçar", disse em comunicado à imprensa.

O Acordo de Paris foi fechado em 2015, com cada um dos 196 países dizendo com quanto poderia contribuir para combater o problema. As chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) trazem, portanto, metas diferentes para cada um. Mas o objetivo é que, juntas, elas sejam capazes de limitar o aquecimento do planeta a bem menos de 2°C até o final do século, com tentativa de ficar em 1,5°C.

Mas desde 2015 já se sabe que esses compromissos são insuficientes para se atingir a meta, e o mundo ruma em direção aos 3°C de aquecimento. Relatório divulgado na semana passada alertou que as metas representam apenas 1/3 do necessário. Pelo acordo, porém, elas só devem ser revisadas em 2023, para valer a partir de 2030. Para tentar acelerar isso, Fiji promoveu ao longo deste ano um tipo de reunião comum no país, os chamados "diálogos talanoa".

"A ideia deles é revisar o progressos até agora e criar um consenso, uma ideia comum entre todos os países sobre o que fazer para atender a meta. Fiji acha necessário uma conclusão de que os países devem revisar suas NDCs antes de 2020 para pode fechar a lacuna", explica Mark Lutes, especialista em negociações internacionais do WWF Internacional.

Enigma

A conferência também começa com uma dúvida: como vão comportar os Estados Unidos. Apesar de Trump ter anunciado em junho a intenção de retirar o país do acordo, na prática isso pode apenas ocorrer quatro anos após a ratificação - em outubro de 2020. E nesse meio tempo, negociadores americanos continuam participando das negociações.

Nas reuniões prévias à COP ao longo do ano, diplomatas de carreira continuaram trabalhando nas posições tradicionais do país. Como exemplificou um negociador brasileiro, eles não estavam agindo de modo a romper com tudo. Ainda assim permanece a dúvida se eles tentarão bloquear o progresso do acordo. Também fica uma suspeita sobre como outros países vão reagir se os Estados Unidos forem muito reativos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O auditório da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo (SDECTI) irá receber a conferência internacional “A Cidade e o Jovem – Mobilidade e Tecnologia”, que será realizada no dia 31 de outubro. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/conferencia-internacional-em-sao-paulo-debate-mobilidade-e-tecnologia/institutomobih.com.br/acidadeeojovem.

O evento é uma realização do Instituto Mobih, que pretende compartilhar informações sobre a mobilidade humana, assim como incentivar campanhas e mudanças de comportamento e consciência social no trânsito.

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“A mobilidade humana precisa ser discutida, levando em consideração a multiplicidade de atores e de opiniões que influenciam a sua construção. O evento será uma ótima oportunidade para ouvir diferentes especialistas. O público terá uma dimensão das principais iniciativas em curso no mundo e de como adaptá-las à realidade das grandes cidades brasileiras”, comentou o diretor da Instituto Mobih e especialista em trânsito, Carlos Santana.

O auditório fica localizado na Avenida Escola Politécnica, 82, e as palestras acontecem a partir das 9h e vão até o 12h. 

Confira a programação abaixo: 

8h30 – Credenciamento

9h – Abertura oficial e assinatura do termo de parceria entre Instituto Mobih e Denatran

9h30 – Conferência de Pablo Noy Serrano

10h45 – Mesa redonda

12h – Encerramento

O Clube Português/Aeso, time feminino de handebol, viajou para Fortaleza, no Ceará, no último final de semana, para disputar as finais da Conferência Nordeste da Liga Nacional 2017/2018. A equipe conquistou não apenas a classificação para a fase nacional da competição, como também se tornou bicampeã da etapa regional depois de vencer as donas da casa do Fortaleza, por 15x14, nesse domingo (1º). Esta será a segunda vez que o time pernambucano irá disputar a Liga Nacional com equipes de outras regiões do Brasil.

Mesmo com um placar apertado, a técnica Monique Costa, que substituiu Cristiano Rocha neste final de semana, afirmou que o Português/Aeso dominou toda a partida. "Foi um jogo que a gente poderia ter vencido com mais facilidade. Não foi uma tarde inspirada da equipe, mas o importante foi a nossa vitória. São nesses momentos em quee vemos que temos um elenco de qualidade, pois podemos rodar todo o grupo e o nível não cai. Agora é ajustar alguns detalhes para entrarmos fortes na fase Nacional da Liga", disse segundo informações da assessoria de imprensa. 

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Além do bicampeonato da Conferência Nordeste, as lusas ainda terminaram com quatro jogadoras na seleção do torneio, sendo elas Priscilla Annes, a melhor meia-esquerda; Talita Correia, melhor armadora central; Dayana Rodrigues, melhor ponta-esquerda; e Ana Cecília, melhor ponta-direita. "Fizemos uma grande Conferência e acredito que com poucos ajustes podemos chegar ainda mais longe na Liga Nacional. Se no ano passado terminamos em quinto lugar, em 2017 pretendemos ficar pelo menos entre os quatro melhores. Este é o nosso segundo ano na competição e o planejamento é melhorar a cada temporada", afirmou o diretor de Esportes do Português/Aeso, Felipe Rêgo Barros segundo a assessoria de imprensa. 

Júnior

Na categoria júnior feminina, o Português/Aeso conquistou uma medalha de prata no Campeonato Brasileiro, também neste final de semana, em Anápolis, no estado de Goiás. O título ficou com o Força Atlética, donas da casa. 

Os alunos do 6º semestre de Pedagogia da Universidade da Amazônia (Unama) realizaram uma Simulação de Reunião na ONU (Organização das Nações Unidas) para discutir Educação no Brasil. A simulação foi dividida em duas apresentações. A primeira ocorreu na última sexta-feira (8) e a segunda será na próxima sexta-feira (15). A simulação é um trabalho avaliativo da professora de Pedagogia Leila Almeida, que ministra a disciplina de Políticas Públicas e Educação com a turma.

A professora explica a importância de trabalhos como esse serem realizados em sala de aula, já que o tema proposto agrega muito com a proposta da disciplina. “Como a disciplina trabalha muitos temas atuais sobre a educação, e como o Brasil, às vezes, é chamado para responder sobre os direitos humanos, eu resolvi juntar os conteúdos da minha disciplina e realizar uma simulação de conferência da ONU”, explica Leila.

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Os alunos de Relações Internacionais da Unama também foram convidados para ajudar na simulação, representando as autoridades dos organismos internacionais presentes para compor a bancada. “Como já faz parte do curso deles fazerem essas simulações, eu pensei que seria muito oportuno para a disciplina os alunos que já entendem bastante dessa dinâmica de uma conferência da ONU estarem presentes”, conta a professora.

Durante a simulação houve debates, perguntas e réplicas da plateia. A sala ficou bastante ambientada como se fosse uma conferência da ONU. “O evento foi muito bom, os alunos levaram a sério mesmo, estudaram muito cada um dos seus temas. Fiquei muito satisfeita principalmente porque os alunos foram protagonistas”, diz Leila.

A professora explica que esse tipo de trabalho avaliativo é chamado de pedagogia ativa de sala de aula invertida. “O aluno que se prepara para temática sugerida e orientada pelo professor vai expor aquela temática na frente de todo mundo”, relata.

Além da simulação, os alunos tiveram que realizar artigos científicos sobre as suas temáticas no trabalho. “E outro ponto muito relevante para a vida acadêmica deles é que, em cima das pesquisas que eles fizeram para defender o tema da ONU, as equipes escreveram artigos científicos, e estamos analisando a oportunidade de fazer publicações em revistas de educação sobre os artigos produzidos”, conta Leila.

Para Leila, a expectativa é que a próxima apresentação seja ainda melhor e que os trabalhos sejam concluídos com o objetivo proposto de gerar debate e argumentações válidas entre os alunos. “Acredito será melhor ainda, porque os alunos já vão entendendo mais a dinâmica do processo, vão se sentindo mais seguros e conseguindo alcançar a proposta do trabalho de gerar problematização, debate e despertar a produção de pensamento entre os alunos”, diz.

O aluno de pedagogia Ibraim Assaid, que apresentou o trabalho na sexta-feira (8) com o tema "Declaração da Unesco sobre a educação e suas orientações e acordos com o Brasil", conta que aprendeu muito desenvolvendo esse trabalho. Ele falou da importância de levantar discussões sobre a educação no Brasil: “A simulação sobre a conferência da ONU nos deu a possibilidade de falar sobre a situação que a educação se encontra no nosso país e quais são as expectativas para o futuro. Como futuro pedagogo, acredito que novas práticas metodológicas são sempre bem-vindas. A educação bancária, que consiste na expectativa do professor ser o transmissor do conhecimento, não faz parte do atual contexto em que estamos inseridos”, disse.

Das seis metas estipuladas pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Brasil conseguiu alcançar apenas duas. Ibraim acredita que, no Brasil, a educação é pouco valorizada e muito envolvida em interesses políticos. “Aqui no nosso país a política vê que a educação não é algo de imediato. Mas creio que deveria ser, independente de partido ou de governo”, completou.

Por Leticia Aleixo.

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Cientistas e líderes tecnológicos de todo o mundo pediram ontem (21), na Conferência Conjunta Internacional sobre Inteligência Artificial, realizada em Melbourne, na Austrália, que o desenvolvimento de armas usando inteligência artificial fosse interrompido pois "uma vez que esta caixa de Pandora for aberta, será difícil de fechar." A informação é da agência Xinhua.

Numa carta aberta às Nações Unidas (ONU), os cientistas e líderes empresariais presentes ao evento pediram a proibição do uso de armas autônomas letais ou “robôs assassinos”, assim como armas químicas e biológicas no campo de batalha.

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A Conferência Conjunta Internacional sobre Inteligência Artificial (IA), que teve sua primeira edição em 1969, reuniu nesta edição especialistas de renome internacional, como Toby Walsh,  professor de IA na Universidade de New South Wales (Austrália), o empresário Elon Musk, da Tesla e SpaceX, e o executivo James Chow, da Ubtech, empresa de robótica baseada na China.

Preocupação global

Assinado por muitas das principais mentes relacionadas à IA do mundo, a carta foi encabeçada  por Walsh, que recentemente disse à Xinhua que está preocupado com o que ele sente ser uma "corrida armamentista" que ocorre em torno do mundo.

"Estou muito preocupado com o impacto que a autonomia (robótica) terá nos campos de batalha. Há uma corrida de armamentos desse tipo acontecendo hoje, que você pode ver no Exército dos EUA, nas Forças Armadas do Reino Unido, no Exército russo, é basicamente uma corrida armamentista, 
Acabaremos em um mundo muito perigoso e desestabilizado se nos permitirmos lutar a guerra com esses tipos de armas," alertou Walsh.

O professor da Universidade de New South Wales e seus coordenadores estão pedindo que as Nações Unidas intercedam e proíbam armas autônomas. Ele  disse que já houve algum movimento positivo da ONU nesse sentido, esperando que esta carta estimule ainda mais ações.

Uma das maiores preocupações dos líderes tecnológicos é que um Estado desonesto, ou regime tirânico, seja capaz de usar essas armas para reprimir sua população. "É certamente uma preocupação que eu tenho, de estes robôs autônomos de guerra serem utilizados para submeter uma nação inteira, e será muito mais fácil do que costumava ser," disse Walsh.

O problema com a tecnologia autônoma é, de acordo com Walsh, o fato de que possui um duplo uso, o que significa que exatamente os mesmos processos que são realizados por criações artificiais benéficas também são usados nos armamentos inteligentes.

Walsh disse que, embora seja importante que continuemos a desenvolver essa tecnologia, já que os benefícios para toda a humanidade serão aparentemente infinitos, os controles e os equilíbrios devem ser acordados para garantir que a segurança das pessoas em todo o mundo seja considerada primordial.

Da Agência Xinhua

A Universidade da Amazônia (Unama) realizou a II Conferência sobre Combate aos Crimes Sexuais contra Pessoas com Deficiência. O evento começou às 15 horas de quinta-feira (17) e ocorreu no campus Senador Lemos da instituição. O tema "Violência Sexual Contra Pessoas com Deficiência e Vulneráveis".

A principal proposta da conferência é incentivar e estimular a formação de profissionais difusores de informação. O promotor de justiça estadual Luiz Gustavo Quadros afirma que, para haver soluções e punições para esses crimes, é necessário que o máximo de informação seja transmitido. “Os crimes sexuais contra pessoas com deficiência são crimes de difícil apuração, então  é primordial a participação efetiva dos estudantes, como agentes formadores de opinião e difusores de informação”, disse.

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O promotor também ressaltou o quão importante é a conferência para os estudantes, não apenas para sua graduação, mas, também, para a construção da cidadania: “Esse debate é importante tanto para a sua formação profissional quanto para sua formação como cidadão. Dessa forma, eles saberão solucionar estes problemas tanto no ambiente de trabalho quanto em situações do cotidiano”.

As delegadas Silvia Mara Ferreira Tavares e Joseângela Cristina Costa dos Santos também fizeram parte da mesa de palestrantes. 

 

 

 

Autor de dezenas de livros, o poeta, prosador, ensaísta e professor João de Jesus Paes Loureiro deu início aos seminários da XXI Feira Pan-amazônica do Livro, domingo (28), no Hangar, em Belém. A conferência de Paes Loureiro foi sobre o tema desta edição da Feira, escolhido por ele. “É um tema que é muito próximo da minha vida, do meu carinho, do meu afeto, que é a poesia”, disse o poeta paraense.

A proposta do seminário foi considerar o “país da poesia” como um mundo sem fronteiras, uma vez que é essa a dimensão que a poesia tem. De acordo com Paes Loureiro, a poesia sempre foi fundamental na história das civilizações, das culturas, das religiões. Ele destacou também que, hoje, há uma grande vantagem de publicação e divulgação, e um número muito maior de poetas e de livros do que tempos atrás. Assim, aumenta a presença da poesia no mundo e seu significado para a humanidade.

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Nascido em Abaetetuba, onde passou a infância, a adolescência e realizou seus primeiros estudos, Paes Loureiro tem hoje obras traduzidas na França, Alemanha, Itália, Japão e Portugal. Entre seus livros estão "Epístolas e palavras", "Cantares Amazônicos", "Altar em chamas", "Pássaros da terra". Recebeu o prêmio Jabuti de literatura em 1998 com a obra "Romance das três flautas".

Paes Loureiro transita por várias áreas, mas é a poesia que o define. Na Feira do Livro, ele lança "Encantarias da palavra", seu 18º livro de poesia. Logo após a conferência, o poeta recebeu leitores e amigos na sessão de autógrafos, no estande da Editora da UFPA. “Vim aqui nesta noite de autógrafo adquirir esse exemplar dessa poesia maravilhosa que ele escreve. O João de Jesus Paes Loureiro é o poeta da vanguarda do estado do Pará e do Brasil também”, disse o empresário Cleo Oliveira.

Por Marcelle Medeiros (com a colaboração de Brenda Lima).

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O governo publicou novo decreto convocando a 3ª Conferência Nacional de Educação (Conae) no Diário Oficial da União. O decreto substitui o publicado em maio do ano passado, ainda no governo da presidenta Dilma Rousseff. O novo texto, assim como o antigo, não traz uma data para a conferência. Pelo decreto de 2016, a conferência seria realizada no primeiro semestre de 2018. Agora, no decreto assinado pelo presidente Michel Temer, consta apenas que será realizada em 2018, em Brasília.

A Conferência deverá reunir diversos setores da educação. Serão realizadas etapas municipais e estaduais antes da etapa nacional. A última conferência de educação foi realizada em 2014. O tema da próxima conferência será A Consolidação do Sistema Nacional de Educação e o Plano Nacional de Educação: monitoramento, avaliação e proposição de políticas para a garantia do direito à educação de qualidade social, pública, gratuita e laica.

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O decreto publicado hoje também define que a supervisão e a orientação das atividades para a realização da Conae ficarão a cargo da Secretaria-Executiva do Ministério da Educação. A coordenação, bem como a elaboração do regulamento geral da conferência, será feita pelo Fórum Nacional de Educação (FNE), que reúne MEC, entidades civis e representações dos estados e municípios.

Plano Nacional de Educação

O Plano Nacional de Educação (PNE) é uma lei federal que prevê 20 metas da educação infantil até a pós-graduação, incluindo a valorização dos trabalhadores em educação e a ampliação do investimento em educação dos atuais 6,1% para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano em educação. As metas devem ser todas integralmente cumpridas até 2024.

O último relatório de monitoramento do PNE mostrou que o Brasil não cumpriu todas as metas intermediárias previstas para os primeiros anos de vigência da lei. No quesito investimento, a educação precisará de R$ 225 bilhões a mais para atingir o percentual mínimo previsto na lei até 2024.

Entre as metas que não foram cumpridas está a instituição do Sistema Nacional de Educação (SNE), que estabelecerá a colaboração entre União, estados e municípios para a oferta educacional. Isso deveria ter sido feito até o ano passado. A consolidação do SNE será agora um dos principais focos da Conferência.

As Nações Unidas advertiram nesta terça-feira sobre a situação "desesperadora" dos refugiados sírios, um dos aspectos abordados pela conferência de dois dias organizada entre a ONU e a União Europeia (UE) em Bruxelas para discutir o futuro da Síria e a ajuda internacional.

"A situação está ficando vez mais desesperadora", disse em um comunicado o alto comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, que celebrou as doações "já realizadas", mas advertiu que "elas não respondem na realidade às necessidades".

As agências da ONU para os Refugiados (ACNUR) e para o Desenvolvimento (PNUD) indicaram que a ONU recebeu apenas 433 milhões de dólares dos 4,63 bilhões considerados necessários para ajudar em 2017 os cinco milhões de refugiados que vivem no Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia.

"Sem fundos adicionais, todas as áreas serão limitadas neste ano", alertam no comunicado. De acordo com Grandi, "já estamos vendo crianças que não podem ir à escola, famílias que não podem ter acesso a um refúgio adequado ou cobrir suas necessidades básicas".

A ajuda da ONU também serve para atender aos cerca de 4,4 milhões de habitantes dos países vizinhos, cujas vidas são afetadas pela presença de um grande número de refugiados. "A história é a mesma em toda a região", disse Helen Clark, administradora do PNUD.

Esperava-se que a conferência, à qual foram convidados mais de 70 países e organizações internacionais, servisse para fazer um balanço sobre as promessas e doações feitas pela comunidade internacional em fevereiro de 2016 durante um encontro similar em Londres. Na época, foram prometidos cerca de 11 bilhões de dólares em ajuda e 41 bilhões de dólares em empréstimos com taxas de juros reduzidas e a vários anos.

Mas a ONU fechou o ano de 2016 sem financiamento para quase a metade de seus programas relacionados ao conflito sírio, que descreveu como "a pior catástrofe provocada pelo homem desde a Segunda Guerra Mundial". Nas cidades sitiadas, os poucos hospitais que resistiram aos bombardeios, ou nos campos de refugiados nos países vizinhos, as necessidades são enormes.

Para 2017, as Nações Unidas calculam que precisarão de 8,1 bilhões de dólares, 4,7 bilhões dos quais seriam destinados aos refugiados sírios e às comunidades dos países da região que os acolhem.

Além disso, a União Europeia (UE) espera que a conferência também seja útil para as negociações entre a oposição e o regime sírio, sob os auspícios da ONU, discutindo as possíveis ações para reconstruir a Síria.

Embora a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, tenha admitido há alguns meses que conversar sobre o pós-guerra na Síria poderia parecer um pouco "surreal", afirmou na segunda-feira que estas negociações "não começarão até o início de uma transição política."

Participando de uma conferência com o tema “Neoliberalismo, desigualdade, democracia sob ataque”, em seu pronunciamento, na tarde desta quarta-feira (15), em Lisboa, a ex-presidente Dilma Rousseff falou sobre eleições e a necessidade de colocar o Brasil novamente nos “trilhos”.

“Nós precisamos de eleições livres e também precisamos de paz para voltar a crescer. É fundamental. Nós também precisamos da solidariedade e da atenção de vocês. Estejam atentos para que o caminho democrático seja, de fato, democrático no Brasil”.

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Dilma também disse que perder, dentro da democracia, não é vergonha nenhuma. “Saber perder é um momento essencial da democracia”, disse. 

O nome da petista está entre os nomes da temida lista de Janot, que foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ela foi citada na delações de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Hoje, a assessoria de imprensa divulgou uma nota esclarecendo o fato ressaltando que “suspeitas são sempre lançadas contra ela no terreno das ilações ou citações indiretas em conversas de terceiro”. 

A nota ainda afirmava que Rousseff “defenderá sua honra e provará sua inocência na Justiça, mesmo sem saber sequer do que está sendo acusada desta vez”.

Representantes de 40 países se comprometeram neste sábado a criar um fundo financeiro e uma rede de refúgios para proteger o patrimônio em perigo em zonas de conflito, durante uma conferência internacional em Abu Dhabi.

Estes dois compromissos estão incluídos na "Declaração de Abu Dhabi", adotada por consenso na conferência convocada após as destruições cometidas pelos extremistas em Iraque, Síria, Mali e Afeganistão nos últimos anos.

"Nos comprometemos a manter dois objetivos ambiciosos e perenes para garantir a mobilização da comunidade internacional em favor da preservação do patrimônio", afirma a declaração aprovada pelos participantes.

Por um lado, "a constituição de um fundo internacional para a proteção do patrimônio cultural em perigo em período de conflito armado, que permitiria financiar ações de prevenção ou de urgência, lutar contra o tráfico ilegal de bens culturais, assim como participar da restauração de bens culturais danificados".

Por outro lado, "a criação de uma rede internacional de refúgios para proteger de forma temporária os bens culturais em perigo devido a conflitos armados ou terrorismo, em seu território (...) em um país limítrofe, ou, em último recurso, em outro país, de acordo com as leis internacionais e a pedido dos governos afetados".

Esta declaração foi adotada por consenso na presença do presidente francês, François Hollande, do príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed ben Zayed al Nahyan, e da diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.

A Universidade da Amazônia (Unama) sediou, entre os dias 9 e 11 de novembro, a V Conferência sobre Relações Exteriores (CORE). Uma das principais discussões no encontro foi a vitória do candidato republicano Donald Trump sobre a democrata Hillary Clinton nas eleições presidenciais norte-americanas. Vários participantes da conferência deixaram suas impressões sobre os impactos que o mundo vai sentir com a confirmação de Trump como novo mandatário da maior potência econômica do mundo. Veja alguns depoimentos no vídeo abaixo.

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A V Conferência sobre Relações Exteriores (CORE) abriu o terceiro e último dia falando sobre a importância da integração da Amazônia no cenário internacional. O ministro Paulo Roberto de Almeida, diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI/Funag), foi o moderador do painel, que ocorreu na sexta-feira (11), no campus BR da Universidade da Amazônia (Unama). A democratização do conhecimento de relações internacionais foi o tema do debate.

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O embaixador Paulo Roberto de Almeida enfatizou a transparência e a democratização do conhecimento como missões do Ipri/Funag. “Devemos transparência sobre nossas ações. Nem tudo na diplomacia pode ser divulgado publicamente quando se está em negociações sensíveis, sobretudo na área comercial, ou na área de tecnologias sensíveis, mas de certa forma o Itamaraty mantém registros complexos e abrangentes”, afirmou o embaixador.

Segundo o presidente da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), Sergio Eduardo Moreira Lima, os desafios agora são as agendas ambientais, a preservação, a criação de condições para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. “O objetivo é criar uma reflexão mais aprofundada por parte das universidades em parceria com a fundação Alexandre de Gusmão, contribuindo com a perpetuação da riqueza amazônica para as gerações futuras”, afirmou o presidente.

O coordenador do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Unama, professor Mário Tito Almeida, comemorou a realização do evento e falou da lição deixada para os estudantes que participaram. “A Unama fica muito agraciada por ter podido sediar um evento tão importante do ponto de vista da diplomacia brasileira. O que é que fica para os alunos? Primeiro, a sensação de que aquilo que eles estudaram em sala de aula tem realmente uma reverberação muito grande na vida prática. Segundo, abre caminhos de pesquisa. Se fala muito pouco da Amazônia e isso pode abrir horizonte de pesquisa para novos pesquisadores, a partir da Universidade da Amazônia. O pensamento diplomático brasileiro vai crescer muito, com certeza, aqui”, explicou o professor.

Para o coordenador do curso de Relações Internacionais da Unama, professor Willian Corrêa, a V CORE veio para coroar muito coisa, duas em especial: “A primeira delas, os 45 da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag). E a segunda, os dez anos do curso de Relações Internacionais. Não poderia ter um evento melhor neste momento para mostrar aos alunos a importância da região. O evento foi exatamente para discutir isso. Na mesa falou-se sobre a Amazônia e se ressaltou o papel da região, o papel do profissional internacionalista, pensando na região. E também se ressaltou muito que a tarefa do internacionalista não é fácil, mas uma tarefa que precisa ser pensada em prol da região. A Unama, a Funag, estão todos de parabéns”, contou.

Durante o evento, foram apresentadas cerca de 600 obras na área de relações internacionais, disponíveis na biblioteca digital e que podem ser baixadas de forma gratuita. Para ter acesso ao acervo é só se cadastrar através do site da Funag ou pela página no facebook da fundação.

Reportagem de Gabriel Rodrigues, Lucas Mota, Clayton Viana, Levi Lima e Nilde Gomes. Fotos: Lucas Mota e Levi Lima.

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O comércio internacional está entre as prioridades do governo brasileiro, segundo o ministro Colbert Soares Pinto Junior, chefe de gabinete do subsecretário-geral de cooperação, cultura e promoção comercial do Ministério das Relações Exteriores. O ministro afirmou que a promoção comercial passa por uma espécie de revisão dentro do governo do presidente Michel Temer, entendida como uma das áreas prioritárias da ação diplomática. “No discurso de posse do ministro José Serra como chanceler isso ficou bastante claro: das dez diretrizes que foram elencadas como diretrizes da política externa brasileira, seis delas se referiam a temas de promoção comercial”, enfatizou o ministro.

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Colbert Junior participou do terceiro painel da programação do segundo dia da V Conferência sobre Relações Exteriores (V CORE), ocorrida na quinta-feira (10), no campus BR da Universidade da Amazônia (Unama), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Em explanação, o ministro discorreu sobre o papel da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que tem uma grande capilaridade no Brasil, por ter um contato intenso com entidades e associações de produtores brasileiros de todos os setores da economia. A Apex tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos (IED). Colbert Junior registrou o papel da promoção comercial brasileira do ponto de vista do Itamaraty. “A promoção comercial brasileira existe como área autônoma e individualizada dentro do Itamaraty há 50 anos. O departamento de promoção comercial é formado por quatro divisões que se ocupam, de forma articulada, com as nossas unidades no exterior, ligados aos postos consulares e diplomáticos”, disse.

A professora Mayane Bento, docente da Unama, foi a moderadora da mesa de trabalhos. Em suas palavras iniciais, a professora introduziu o tema do painel. Falou sobre as causas dos grandes desafios que norteiam os investimentos internacionais, que podem ser de ordem estrutural, institucional bem como desafios de agenda.

Compuseram a mesa, além do ministro Colbert Junior, a conselheira Paula Aguiar Barboza, chefe da Divisão de Negociações Comerciais com a Europa e a América do Norte do Ministério das Relações Exteriores; o professor José Augusto Guilhon de Albuquerque, assessor especial da Presidência da Apex-Brasil; a professora Patrícia Nasser de Carvalho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e a professora Maria Antonieta Del Tedesco Lins, da Universidade de São Paulo (USP).

A conselheira Paula Barboza falou sobre a política comercial. “Nos anos 90, a política comercial brasileira estava voltada ao eixo multilateral, na constituição da OMC (Organização Mundial do Comércio). No contexto regional, na América do Sul, a grande preocupação brasileira era a formação do Mercosul. Nos anos 2000, essas preocupações se alteram: no âmbito regional, a preocupação passou a ser transformar o Mercosul em uma plataforma de exportação e integração dentro da América do Sul”, esclareceu a conselheira, fazendo uma retrospectiva. A conselheira disse que um dos grandes desafios hoje, para o Brasil, é fazer parte de um conjunto de acordos internacionais e discutir o que está sendo tratado nesses acordos.

O terceiro conferencista do painel, professor Augusto Guilhon de Albuquerque, falou sobre a relação entre comércio e investimento, que, na prática, destacou, sempre estão juntos. “Nas grandes economias do mundo, os principais exportadores são também os principais importadores, são também os principais investidores, são também os principais focos de investimento externo”, disse. O Brasil é uma exceção dentro deste contexto, informou Albuquerque, pois é um grande exportador, com uma pequena gama de commodities, que são produtos "in natura", cultivados ou de extração mineral, que podem ser estocados por certo tempo sem perda sensível de sua qualidade, mas tem uma participação mínima no comércio internacional em geral, sendo também um investidor de pouquíssima relevância no exterior. Em contrapartida, assinalou o professor, é um dos maiores receptores de investimentos estrangeiros, caracterizando um desequilíbrio muito grande.

A professora Patrícia Nasser de Carvalho iniciou sua palestra falando das dificuldades da conclusão da Rodada Doha da OMC, a partir de 2001, no Qatar, hoje com 164 membros e uma grande agenda, o que dificulta chegar-se a uma conclusão sobre regras, regimes e acordos gerais. “Trabalhamos, nos últimos anos, com investimentos, várias técnicas antidumping, vimos os endereços dos países desenvolvidos para colocarem serviços para a propriedade intelectual, às vezes, rixas de interesses entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Nesses últimos anos, há uma dificuldade maior de concluir certos temas, embora tenham-se acordos para todos esses assuntos, ainda que sejam acordos incipientes, iniciantes”, disse.

Nesses últimos anos, informou Patrícia Nasser, foi observada uma certa resistência dos países em desenvolvimento em aceitar todas as regras e todas as demandas dos países desenvolvidos dentro da OMC. O Brasil, segundo ela, deu sempre muita ênfase às negociações multilaterais dentro do GATT (em português: Acordo Geral de Tarifas e Comércio) e depois da OMC. “Nos últimos anos, tanto os Estados Unidos como a União Europeia têm colocado esses países em desenvolvimento como países intransigentes para as negociações dentro da OMC. De alguma forma, usaram isso como justificativa para que não continuem as negociações nessa instância multilateral”, concluiu.

A última conferencista do dia, a professora Maria Antonieta Lins, da USP, economista, propôs um exercício mais macroeconômico em detrimento de um enfoque mais detalhado do comércio ou em algum aspecto mais preciso de investimento. Fez uma comparação entre os anos de 2006 e 2016, em que houve mudanças profundas na posição do Brasil dentro da economia mundial. “O mundo mudou de uma forma absurda, em muitos aspectos: o ranking dos países com maior PIB (produto interno bruto) e o ranking dos países com maiores reservas internacionais tiveram grandes alterações. Essa mudança na distribuição das importâncias relativas dos países significa também uma mudança no peso desses países nos fóruns de discussão internacional”, disse. Encerrada sua explanação, o espaço foi aberto para as perguntas do público.

Por Carol Boralli.

Após a vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, o mundo se pergunta como ficarão as relações internacionais dos americanos a partir do dia 20 de janeiro do ano que vem, data da posse do novo presidente. Para o professor José Augusto Guilhon de Albuquerque, assessor especial da presidência da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), organismo que atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira, o cenário não deverá ser alterado. José Albuquerque foi um dos palestrantes na V Conferência sobre Relações Exteriores (V CORE), realizada no campus BR da Universidade da Amazônia (Unama), localizado na BR-316, em Ananindeua, onde falou sobre os desafios e oportunidades do comercio no País.

A vitória do magnata americano, pelo Partido Republicano, derrubou bolsas de valores de diversos países. Mas isso, segundo Albuquerque, é uma reação normal do mercado. “Esse tipo de mudança da bolsa é um sinal, não quer dizer, necessariamente, uma tendência, mas apenas um susto”, disse o professor.

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Para José Albuquerque, a vitória de Trump representa mais que uma simples mudança de governo. “Significa uma mudança na política nas grandes democracias, é uma reação antigoverno, antielite de uma boa parte das classes média e baixa”, afirmou o professor. Essa reação, segundo ele, se dá pela falta de ação do governo americano ante as demanda sociais.

Mas como um homem tão controverso e conservador pode conquistar tantos eleitores e virar o resultado das pesquisas norte-americanas? A resposta, para Albuquerque, está no modo de fazer política de Trump. “A vitória dele representou alguém capaz de juntar a insatisfação popular de forma enganosa, dando a impressão de que tudo é possível, apesar de sua falta de experiência em gestão pública”, afirmou o professor.

A eleição de Trump desencadeou diversos protestos de ativistas em todos os Estados Unidos. Uma das propostas do presidente eleito é criar um muro na fronteira entre o México, financiado pelo México, para barrar a entrada de imigrantes, além de impedir a entrada de muçulmanos no país, como forma de proteger os EUA de possíveis ataques terroristas. “Ele não pode pegar 10% a 15% da população dos Estados Unidos, que são imigrantes, e dizer que vai mandar embora, isso vai acabar com a economia. Ele aproveita as diversidades dos grupos de pessoas e diz o que cada grupo quer ouvir”, avaliou Albuquerque.

Em campanha, Trump disse que determinaria a volta ao país dos militares espalhados pelas bases americanas em diversos países, sobretudo na Europa e Oriente Médio. “Já existe uma divisão muito forte na política americana entre os que apoiam a política mais ‘suave’ do Obama e outros que acham que deveria haver um intervencionismo maior. Isso não vai mudar, vai continuar a dinâmica. A política da elite americana não vai mudar por causa dessa eleição”, afirmou o professor.

Outra preocupação é quanto à relação EUA e Rússia, principalmente por conta das tensões na Síria, país que está mergulhado em guerra civil. “Não acredito que isso vai mudar. Putin possui sua estratégia e qualquer que seja o presidente americano ela irá continuar. Uma delas é fazer certas bravatas e ir contra os Estados Unidos”, disse José Albuquerque.

Quanto às relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos, forte parceiros econômicos [o presidente Michel Temer, em coletiva após a vitória de Donald Trump, reiterou que nada mudaria entre os dois países], Albuquerque foi enfático: “O comércio e as empresas americanas presentes aqui não vão embora, vão continuar aqui, e quem tem interesse de importar continuará importando, essa é uma necessidade da sociedade, não depende do governo”.

Para o professor José Albuquerque, não é possível prever o que o novo presidente americano fará em seu mandato. “Qualquer expectativa é um grau de incerteza muito grande, há um grau muito grande de imprevisibilidade. Mas não acho que tudo [as promessas de governo] seja possível, temos de esperar e ver como tudo vai se ajeitar”, assinalou.

Com informações de Renato Carneiro.

A política externa brasileira diante do novo governo dos Estados Unidos, a partir de janeiro com o republicano Donald Trump na presidência, norteou as discussões dentro da V Conferência sobre Relações Exteriores (V CORE), que está sendo realizada no campus BR da Universidade da Amazônia (Unama), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. O tema provocou discussões nas reuniões e painéis e também serviu de pauta central do programa Globalizando, da Rádio Unama FM 105.5, apresentado pelo diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da universidade, professor Mário Tito Almeida.

A V CORE, que ocorre pela primeira vez na Amazônia, marca os 10 anos do curso de Relações Internacionais da Unama e os 400 anos da capital paraense. Foi aberta na tarde de quarta-feira (9) e tem como tema central “O Brasil e as tendências do cenário internacional”. A programação segue até sexta-feira (11), com painéis e reuniões.

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A posição do Brasil no processo de mudança de governo nos EUA atravessou os debates. Maiane Bento, professora de Relações Internacionais da Unama e doutoranda pela Universidade de Brasília (UNB), destacou a importância dos americanos para o comércio brasileiro. “Sempre é desejável expandir o comércio internacional com os EUA até porque os EUA são um grande parceiro comercial do Brasil. O Brasil vem sendo criticado por essa relação comercial sul-sul que vem sendo praticada desde o governo FHC e ao longo do governo Lula. O teor do governo Temer busca construir uma política comercial que insira o Brasil nos mega-acordos e aproxime o País dos EUA”, afirmou, acrescentando que isso seria mais viável num governo democrata. “A política unilateral de Donald Trump pode afetar as pretensões de bilateralidade do governo brasileiro.”

Para o conselheiro Cristiano Figueirôa, chefe da Divisão de Paz e Segurança Internacional do Ministério das Relações Exteriores, a CORE tem uma importância muito grande para aprofundar o diálogo entre a diplomacia e as universidades. “Nós estamos sempre em Brasília ou em outros países e precisamos ter a contribuição das diversas regiões, sobretudo a Amazônica, que tem tantas características próprias, tem um processo de integração do Tratado de Cooperação Amazônica e uma realidade especial e importante para nós”, afirmou.

A vice-reitora da Unama, professora Betânia Fidalgo, afirmou que a CORE consolida uma das missões do curso de Relações Internacionais da Unama. “O curso de Relações Internacionais, fazendo seu 10º aniversário exitosamente, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores através da CORE, é fundamental. Os nossos alunos estão recebendo uma aula prática de todas as teorias que desenvolvem na sala de aula. Não se poderia comemorar esses 10 anos de outra forma: ouvir os embaixadores, discutir sobre a politica de segurança mundial, as interpelações, as multiplicidades de oportunidades dentro do preceito da ética, do desenvolvimento sustentável, discutindo o meio ambiente, no lugar mais propício para isso que é a região amazônica. A CORE já é vitoriosa. Eu acho que a universidade hoje está muito feliz”, afirmou.

Para a acadêmica Mayara Oliveira, aluna de RI na Unama, o evento “é uma oportunidade de entrar em contato com embaixadores e diplomatas e aprender sobre a carreira, os caminhos e as tendências no Brasil e como isso reflete no Brasil e no mundo”. Larissa Steiner Chermont, coordenadora de Relações Internacionais do governo do Pará, disse que o fundamental na realização da CORE é a retomada do debate da pan-amazônia, que envolve o Pará e outros oito países. “O Pará é a síntese da Amazônia porque ele tem todas as formas de desafios, socioeconômicos, ambientais. Nós temos uma identidade comum, de ser amazônico”, observou.

William Rocha, coordenador do curso de RI, considerou um sucesso o primeiro dia do encontro. “Nós vivemos um dia histórico com a eleição do novo presidente dos EUA e isso foi tema das discussões. A CORE tem uma importância simbólica e acadêmica. É papel da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag, parceira na realização da Conferência) e das universidades criar uma ponte de diálogo entre a academia e a diplomacia. E isso foi feito com excelência e certamente vai seguir ao longo da programação”, assinalou.

Acompanhe o programa Globalizando todos os sábados, às 11 horas, e todas as quartas, às 21 horas, na Rádio Unama FM.

Com informações de Tatiane Monteiro, da rádio Unama FM 105.5

 

 

 

 

Centenas de guerrilheiros comunistas armados marcharam através de pântanos e pela selva colombiana para uma reunião onde eles baixaram suas armas, vestiram camisas brancas a apresentaram uma nova face de paz aos seus compatriotas.

A conferência de uma semana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nas planícies ao sul do país tem sido em parte um seminário pedagógico, parte Woodstock e parte um esforço de marketing para melhorar a imagem pública de um grupo bastante criticado por sua campanha de anos de assassinatos, sequestros e atentados.

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A reunião deve se encerrar nesta sexta-feira, com uma nota histórica: o maior líder dos rebeldes deve ratificar uma acordo de paz com o governo da Colômbia que tenta encerrar um uma insurgência de 52 anos e permitir que o grupo procure um movimento político.

O real significado da conferência é que as guerrilhas notoriamente sigilosas abriram as portas para convidar centenas de jornalistas e convidados especiais. O propósito é mostrar um grupo mais gentil, que agora busca o poder apenas por meios políticos pacíficos.

Ao serem questionados por jornalistas sobre o que fariam em paz, muitos rebeldes simplesmente disseram que fariam o que a liderança das Farc pedisse, com a maioria vendo um papel como ativistas políticos pressionando por um Estado marxista-leninista.

Em seu discurso aos rebeldes no meio da floresta, o supremo comandante das Farc, Rodrigo Londoño - que é mais conhecido como Timochenko - disse que a Colômbia abriria agora um novo e pacífico capitulo. "Nessa guerra não há vencedores ou perdedores. O que as Farc ganharam foram garantias de que pode continuar sua luta através das eleições", completou. Fonte: Dow Jones Newswires.

As principais bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira, 26, com os investidores reagindo ao discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Janet Yellen, na conferência anual da autoridade monetária em Jackson Hole, no Wyoming. Yellen sinalizou que os argumentos que justificam uma alta nos juros se fortaleceram nos últimos meses, mas ainda há incertezas no cenário.

Durante toda a semana, o mercado acionário operou com cautela, na expectativa pela fala de Yellen. O entendimento da Europa com o discurso desta sexta é que uma elevação dos juros da economia norte-americana mostraria que os Estados Unidos estão crescendo de forma sustentável - e deve ter um efeito positivo nos outros mercados. Assim, o índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,50% e fechou aos 343,72 pontos, alta acumulada de 1,05% na semana.

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Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 subiu 0,31%, aos 6.838,05 pontos, mas acumulou queda de 0,30% na semana. Num primeiro momento, Londres acompanhou as outras praças europeias e caiu, porém, as perdas foram revertidas rápido, com os investidores compreendendo que os juros nos EUA devem permanecer onde estão por mais algum tempo.

O destaque positivo em Londres ficou com as mineradoras, que se recuperaram das perdas de Quinta-feira (25) e avançaram, com a Glencore subindo 3,21%. Na segunda-feira, 29, o mercado londrino ficará fechado devido a um feriado.

Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 0,55%, aos 10.587,77 pontos, e acumulou alta de 0,41% na semana. A Volkswagen teve um dos maiores avanços do índice e subiu 3,16% depois de fazer um acordo com concessionárias americanas no fim da quinta-feira.

Milão e Madri tiveram as maiores altas porcentuais, avançando 0,80% e 0,70%, respectivamente. Na Itália, o FTSE Mib acumulou alta de 3,27% na semana, com os bancos apresentando ganhos respeitáveis. Já na Espanha, o Ibex 35 teve alta de 2,47% na semana, também puxado pelas ações do setor bancário.

Em Paris, o CAC-40 avançou 0,80%, aos 4.441,87 pontos, e alta de 0,94% na semana. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,43%, aos 4.697,46 pontos. Na semana, o índice acumulou queda de 0,08%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Apesar dos "avanços significativos" alcançados na luta contra a Aids, os participantes da XXI Conferência Internacional sobre a Epidemia, inaugurada nesta segunda-feira (18) na África do Sul, insistem nos "enormes desafios" levantados pela doença, principal causa de morte de adolescentes na África.

A conferência, realizada de forma bianual, foi organizada neste ano na cidade portuária de Durban (leste), uma escolha simbólica: no ano 2000, o ex-presidente Nelson Mandela convocou na mesma cidade o trabalho pelo acesso aos tratamentos antirretrovirais para todos os doentes.

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Apenas um milhão de pessoas no mundo, principalmente nos países do Norte, tinham acesso a estes medicamentos no ano 2000, lembrou nesta segunda-feira a associação AIDES. "Dezesseis anos depois, já são mais de 15 milhões. Com isso foram evitadas quatro milhões de mortes", disse.

No entanto, adverte, "estes avanços não devem esconder a realidade": ainda há 38 milhões de pessoas no mundo que vivem com o vírus, a maioria na África subsaariana.

"Todos os meses, 100.000 pessoas morrem de Aids e 160.000 se contagiam", segundo a AIDES, que denuncia as "desigualdades sociais inaceitáveis" que seguem ocorrendo entre países pobres e ricos.

"Na África subsaariana, mais de 2.000 jovens de menos de 24 anos se infectam todos os dias", afirmou Bill Gates, muito comprometido na luta contra a doença, na noite de domingo em Pretória, antes de viajar a Durban.

"Cerca da metade das pessoas com Aids não são diagnosticadas", o que reduz suas probabilidades de sobreviver e aumenta o risco de contaminação, lembrou o multimilionário fundador da Microsoft.

A Aids continua sendo a primeira causa de mortalidade nas pessoas entre 10 e 19 anos na África, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Para conseguir erradicar a doença em 2030 - objetivo fixado pela ONU - são necessários esforços colossais, advertem as organizações não governamentais, num momento em que a vacina contra a Aids ainda não se materializou.

- Sistemas de saúde saturados -

Para fazer pressão sobre os 18.000 participantes que devem chegar à conferência de Durban - entre eles cientistas, autoridades políticas, doadores e personalidades como o príncipe Harry da Inglaterra ou a atriz sul-africana Charlize Theron -, nesta segunda-feira será realizada uma manifestação de doentes de Aids na cidade.

"Existe uma enorme distância entre as promessas políticas e a realidade em terra, com financiamento insuficiente e sistemas de saúde à beira da implosão", denunciaram nesta segunda-feira várias organizações especializadas e a justiça social.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) convocou os participantes da conferência a "colocar em andamento um plano de ação para resolver o acesso crítico ao tratamento do HIV" na África Ocidental e Central, onde as taxas de tratamento são inferiores a 30%.

"Se não agirmos, as conquistas durante conquistadas na África subsaariana nos últimos 15 anos podem ser anuladas", advertiu Bill Gates.

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