Tópicos | comentários racistas

Chris Harrison, o apresentador do programa de TV americano "The Bachelor", anunciou que vai deixar o cargo após ser criticado por fazer comentários racistas.

No sábado (13), no Instagram, Harrison admitiu que errou ao defender uma concorrente do programa que teve que se desculpar por participar de uma festa cujo tema era o "Velho Sul", ou seja, a era colonial dos Estados Unidos caracterizada por plantações de algodão baseadas em trabalho escravo.

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"Ao justificar o racismo histórico, eu o defendi", escreveu.

"Tenho vergonha de como estava desinformado. Eu estava muito errado. Para a comunidade negra, para a comunicade BIPOC: sinto muito. Minhas palavras doeram", escreveu Harrison, usando uma sigla que, em inglês, designa comunidades indígenas e negras.

Harrison, que apresenta o reality show "The Bachelor" desde 2002, disse que depois de consultar a Warner Bros. e a ABC, "se afastará por um período de tempo" de seu cargo.

O reality show "The Bachelor" é centrado em um homem solteiro que escolhe uma esposa em potencial de um grupo de mulheres que competem por seu afeto.

A atual temporada conta com seu primeiro protagonista negro, e uma das concorrentes, que é branca e tida como favorita, foi criticada nas últimas semanas após o surgimento de fotos dela na festa temática que aconteceu em 2018.

Harrison já havia se desculpado na quinta-feira, mas uma petição por sua demissão ganhou força e, no domingo, havia alcançado quase 40.000 assinaturas.

Líderes republicanos na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos puniram duramente um deputado de suas fileiras na segunda-feira (14) por comentários considerados racistas, e alguns até pediram sua renúncia.

Steve King, cujos recentes comentários reivindicando a supremacia branca provocaram indignação em ambos os lados do espectro político, será afastado de todos os comitês dos quais fazia parte, informou o gabinete de Kevin McCarthy, líder da minoria republicana na Câmara.

"Os comentários de Steve estão abaixo da dignidade do partido de Lincoln e dos Estados Unidos", afirmou McCarthy, referindo-se ao presidente Abraham Lincoln, que aboliu a escravidão em 1864.

Em uma entrevista publicada esta semana no New York Times, King, um defensor aberto do presidente Donald Trump, opositor da imigração ilegal e defensor da cultura branca, questionou por que os termos "nacionalista branco" ou "supremacia branca" eram ofensivos para os americanos.

O único republicano negro no Senado, Tim Scott, imediatamente lançou um feroz ataque a King e contra o "silêncio" nas fileiras republicanas quando esses comentários foram feitos.

O líder do Senado, o republicano Mitch McConnell, disse que King era "indigno de seu cargo eleito", enquanto o senador Mitt Romney pediu ao congressista que renuncie e deixe o partido.

Enquanto isso, o presidente Donald Trump respondeu aos repórteres que perguntaram sobre sua reação às declarações de King: "Eu realmente não acompanhei o assunto".

King denunciou as reações de seus colegas como um "ataque sem precedentes a minha liberdade de expressão". No passado, ele empregava um vocabulário racista, geralmente sem consequências.

Em 2018, declarou que "não podemos restaurar nossa civilização com os bebês de outras pessoas". Em novembro, foi reeleito para um nono mandato.

O centro universitário Unifavip, situado em Caruaru, Agreste de Pernambuco, recebeu denúncias contra uma professora. De acordo com relatos compartilhados nas redes sociais, uma docente de direito teria feito comentários racistas durante uma aula, ao comparar “cheiro de presídio” com “cheiro de negro”.

Em uma postagem no Facebook, foram compartilhadas as supostas palavras da docente. “Se a gente pudesse definir como é o cheiro de presídio, poderíamos definir como negro. Sabe cheiro de negro? Aquela coisa horrorosa? Aquele cheiro sabe? Horrível, então, negro", consta no texto que faz referência ao suposto comentário racista. Outros internautas também criticaram conteúdo com teor preconceituoso.

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Por meio de nota, a DeVry Brasil, empresa responsável pela Unifavip, informou que está apurando as denúncias e fez questão de destacar que condena atitudes discriminatórios. Confira a nota: “Esclarecemos que a DeVry Brasil não compactua com mensagens e atitudes preconceituosas e/ou discriminatórias de quaisquer tipos. A instituição está apurando as denúncias recebidas”.

Nas redes sociais, circulam informações de que a professora foi demitida. Porém, a assessoria de imprensa da instituição de ensino não confirmou a demissão. A identidade da docente também não foi revelada. 

 

A polícia californiana sofreu um duro golpe com a divulgação de uma série de comentários racistas e homofóbicos realizados por um alto oficial de Los Angeles e um agente de São Francisco.

O número dois do departamento do xerife do condado de Los Angeles, Tom Angel, enviou mensagens em seu email profissional entre 2012 e 2013 brincando com muçulmanos, negros, latinos e mulheres.

Em um dos emails relata vinte razões pelas quais "os muçulmanos terroristas são muito mais rápidos ao cometer suicídio", revela o jornal Los Angeles Times, que divulgou as mensagens na terça-feira.

"Em minha prova de biologia me perguntaram quais são as duas coisas que mais encontramos nas células. Ao que parece 'negros' e 'mexicanos' não eram as respostas corretas", escreveu Angel, que na ocasião trabalhava em uma delegacia de Burbank, na região de Los Angeles.

O funcionário também chamou de "estúpida" a advogada Gloria Allred, conhecida por defender as mulheres que supostamente sofreram abuso sexual por parte do ator Bill Cosby. "Peço desculpas se ofendi alguém, mas minha intenção não era divulgar estas brincadeiras", declarou Angel a um jornal de Los Angeles.

Em São Francisco, uma investigação sobre o agente Jason Lai por suposta agressão revelou que ele trocou "emails que continham comentários racistas e homofóbicos" com outros dois oficiais. Lai foi suspenso e poderá ser demitido da polícia. Os emails insultam os negros com frases como "são animais selvagens em liberdade".

A atriz Cris Vianna, da TV Globo, sofreu comentários racistas na noite do último domingo (29) em sua página no Facebook. Na rede social, a atriz declarou que as ofensas foram imediatamente registradas e encaminhadas à Justiça.

"Infelizmente, ainda passamos por isso em pleno 2015. Recentemente, a vítima foi a competente jornalista Maria Júlia Coutinho. E agora, apenas um mês após minha linda colega Thaís Araújo também ter sido vergonhosa e covardemente atacada, aqui estamos novamente precisando enfrentar racistas escondidos sob o pretenso anonimato da internet", desabafou ela, que interpreta a personagem Indira, na novela "A Regra do Jogo".

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A atriz ressaltou que orgulha-se da cor de sua pele e que não se calará quando for vítima de ataques racistas. "Se meu trabalho me permite alguma expressividade, usarei minha voz por muitos que sofrem esse tipo de ataque racista diariamente e voltam para casa calados, cansados de não serem ouvidos, para chorar sozinhos. Como todos vocês, tenho orgulho da minha pele, do meu cabelo, da minha origem e de tudo o que sou", escreveu.

O crime foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil como injúria por preconceito. Cris acrescentou que sente vergonha e tristeza pelas pessoas que a ofenderam, que são, segundo ela, "pequenas, pobres de espírito e de coração vazio". "Em 2015, ainda insistem em reproduzir pensamentos há muito ultrapassados e desde sempre absurdos. São covardes com mentes limitadas, incapazes de enxergar e aceitar que somos todos, com as nossas diferenças e peculiaridades, dignos do mesmo respeito. A essa minoria cega e burra, minha pena", registrou. Os responsáveis podem ser condenados por injúria racial, cuja pena pode chegar até três anos de prisão.

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