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O Natal de 2011 para o varejo foi "decepcionante", na avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior. Segundo ele, a categoria esperava um crescimento em torno 8% nas vendas a prazo, mas a expansão em dezembro na comparação com o ano anterior foi de apenas 2,42%.

"O Natal foi decepcionante, ficou aquém do que a gente esperava. Houve uma frustração especial em relação à linha branca", afirmou o executivo. De acordo com Pellizzaro, grande parte do décimo terceiro salário dos trabalhadores foi usada para a quitação de dívidas, tanto que a recuperação de crédito - retirada do nome do SPC - cresceu 1,26% em dezembro, algo incomum para o último mês do ano.

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Para o presidente da CNDL, também houve transferência de compras, ou seja, muita gente deixou de comprar em dezembro para aproveitar as liquidações de janeiro. "E como sobraram estoques do Natal, as ofertas estão mais agressivas neste começo de ano", acrescentou.

Ainda assim, Pellizzaro considerou positivo o crescimento de 4,79% no acumulado das vendas a prazo de 2011, por ter ocorrido sobre uma base de comparação já elevada. Para 2012, a CNDL espera uma expansão de 4,5% nas vendas, impulsionadas pelo crescimento do salário mínimo, pela queda na taxa de juros e pela estabilização da inflação. "Comércio deve ser mais uma vez a grande locomotiva que vai puxar o PIB nacional", completou.

Pelas mesmas razões, apesar de a inadimplência nas vendas a prazo do varejo ter crescido 5,34% em 2011, Pellizzaro espera uma desaceleração nos calotes ainda no primeiro semestre deste ano. "A inadimplência deve aumentar ainda em 2012, mas no máximo 2,5%", concluiu.

As vendas do varejo brasileiro cresceram 2,33% no Natal deste ano na comparação com igual período de 2010. O número foi divulgado hoje pela Confederação Nacional de Dirigentes de Lojistas (CNDL) com base em dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). "Apesar de positivo e comparado a uma base bastante elevada - alta de 9,48% registrada no ano passado em relação a 2009 -, o crescimento ficou bem abaixo do esperado pela CNDL, que estimava aumento nas vendas de cerca de 8% em 2011", diz a nota da entidade.

A avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, é de que o nível alto de endividamento do brasileiro e o aumento da inadimplência acabaram se refletindo no varejo. Segundo ele, o décimo terceiro salário foi utilizado em grande parte para o pagamento de dívidas e não para as compras de Natal.

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A CNDL também destaca o processo inflacionário registrado ao longo deste ano como ponto negativo e corresponsável pela desaceleração no comércio, além do cenário internacional que teria influenciado o movimento do varejo no Natal. "O consumidor tem estado cauteloso em virtude da situação internacional. A perspectiva de a crise gerar alteração no emprego pode ter levado as pessoas a gastarem menos", destaca. O levantamento do SPC Brasil considera as vendas efetuadas dos dias 1º a 24 de dezembro.

A preocupação das famílias em não se endividarem às vésperas do Natal e a injeção de novos recursos na economia, como o pagamento do 13º salário, permitiram que os consumidores limpassem seu nome e honrassem compromissos, fazendo com que a inadimplência registrasse uma queda de 12,11% em novembro sobre outubro. A avaliação é da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), responsável pelos números divulgados hoje.

No entanto, na comparação com novembro do ano passado, houve um aumento da inadimplência de 9,46%. No acumulado de 2011, a elevação é de 5,69%. Os técnicos da CNDL citaram que a economia está passando por um período de instabilidade devido à crise externa. "Diante deste cenário adverso, consumidores e empresários estavam menos confiantes, o que dificultou o pagamento das dívidas", argumentaram.

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Eles disseram ainda que o encarecimento do crédito no início deste ano, com o aumento da taxa de juros, contribuiu para a elevação do número de registros de inadimplência este ano ante 2010. (Célia Froufe)

Queda no varejo - As vendas no varejo registraram queda de 5,24% em novembro na comparação com outubro, mas subiram 4,32% ante novembro do ano passado. No acumulado do ano, o desempenho do comércio está 5,32% melhor que em idêntico período de 2010.

A queda de outubro para novembro foi atribuída pela entidade a uma base de comparação relativamente forte por conta da comemoração do Dia das Crianças. "Entende-se ainda que, dada a deterioração do cenário econômico, devida à crise econômica internacional, muitos consumidores estão mais cautelosos com seu orçamento, procurando gastar menos e poupar mais para poderem ter seu consumo garantido no Natal", analisaram os técnicos da CNDL.

Em relação ao crescimento das vendas em novembro ante o mesmo mês de 2010, a confederação destacou que a desaceleração da atividade, nesta base de comparação, já era aguardada em função do aquecimento da economia no ano passado. "Contudo, o comércio se mostra sólido, sustentado pelo mercado de trabalho e pelo crédito", comentaram os técnicos da instituição por meio de nota.

A CNDL enfatizou que a redução da Selic e a reversão das medidas de restrição ao crédito à pessoa física, que haviam sido impostas no início do ano, contribuem para um desempenho melhor da atividade comercial.

A inadimplência no comércio varejista subiu em agosto tanto na comparação com julho (5,14%) quanto na comparação com o mesmo mês de 2010 (6,37%). O crescimento do calote no mês passado mostra a continuidade de uma tendência verificada deste o início do ano, já que, em 2011 até agosto, o volume de calotes no setor ficou 5,14% maior do que nos oito primeiros meses de 2010.

Segundo dados divulgados hoje pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), obtidos por meio das consultas realizadas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), pode-se atribuir o resultado ao comprometimento de parte do orçamento das famílias. De acordo com as entidades, muitas ainda têm parcelas de presentes para o Dia das Mães e dos Namorados a serem pagas.

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"Algumas famílias excedem nos gastos e acabam tendo dificuldades de honrarem seus compromissos", pontuou a CNDL. A confederação também citou o fenômeno das férias como um item a mais de comprometimento da renda da família. "Há gastos realizados na euforia do mês de julho e que não foram planejados, não cabendo assim no orçamento das famílias."

Na avaliação do ano, o ciclo de aperto monetário verificado ao longo do primeiro semestre também exerceu pressão negativa no custo de crédito. Além disso, a falta de critérios para o uso de financiamento acaba elevando os índices de inadimplência.

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