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O GGTI Meeting, evento criado pelo Grupo de Gestores de Tecnologia da Informação,  chega à sua 6ª edição discutindo juntamente a gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) como é possível sair da teorização e implantar as ideias propostas no dia a dia de empresas, órgãos públicos e entidades. O evento acontecerá no dia 25 de outubro, das 8h às 18h, no Mar Hotel, em Boa Viagem. O evento é voltado exclusivamente para gestores de TIC convidados pelo GGTI.

A expectativa da organização é reunir cerca de 250 pessoas. A abertura será feita pelo presidente da Sucesu Bahia, Edson Leal. Em seguida, falará o presidente do GGTI, Luiz Fernando Fruet, que dará as boas vindas aos participantes e passará a palavra para o Executivo de TIC e um dos fundadores do GGTI, Washington Franco, que abordará o tema “Inovação e o radar do CIO”. 

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Posteriormente, o evento terá uma série de palestras como "Gestão do Conhecimento" pelo engenheiro de sistemas do CESAR, Edson Jordão Filho; "TI 2020: o novo papel do CIO" com o gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM Brasil, Cezar Taurion; "Inovação dos dados" com o consultor sênior do CESAR, Rodrigo Assad e por último uma palestra com a jornalista e editora do IDG Now, Cristina de Luca com o tema "Tendências no cenário da TI". Na ocasião, ela irá apresentar novos dados sobre o setor de Tecnologia da Informação e traçar um panorama do que o futuro guarda para o segmento. 

Novidades

O evento trará uma série de novidades para os convidados. Entre elas totens de autoatendimento na entrada do encontro, com uma estrutura desenvolvida especificamente para o evento, onde o convidado pode após informar os dados pessoais poderá imprimir a etiqueta de identificação e colar no crachá do Meeting. 

Além das palestras, a área dos estandes estará expondo produtos e serviços de onze empresas. Participantes poderão fazer o download do aplicativo do evento na App Store e na Google Play, desenvolvido pela Jalan, onde podem ser consultados itens como a programação, currículo dos palestrantes, mapas dos estandes entre outras informações. 

Gestores 

O Grupo de Gestores de TI de Pernambuco (GGTI), fundado em 2002, é uma organização sem fins lucrativos e que tem como membros efetivos vários executivos de TI em empresas públicas e privadas de empresas de médio e grande porte no Estado, com a proposta de permitir a troca de informações entre os gestores e fomentar o desenvolvimento tecnológico estadual. Hoje o Grupo reúne 25 membros de Gestão de Ti em diversas empresas como a CELPE (Grupo Neoenergia), SENAI, Indústrias Vitarella e SEFAZ-PE. 

Mais informações sobre o evento no link.

CIOs e diretores jurídicos (CLO) têm muito a falar sobre ​​privacidade de dados, e-discovery e políticas para dispositivos móveis, só para citar alguns tópicos. Mas uma pesquisa recente do Gartner com 70 diretores jurídicos de grandes companhias nos Estados Unidos descobriu que mais de metade (51%) deles disseram não conversar com os CIOs mais do que uma vez por mês.

O relatório do Gartner recomenda que os CIOs e os diretores jurídicoss tenham reuniões frequentes e que abordem os assuntos em profundidade, para que possam construir um relacionamento melhor e compreender os requisitos, capacidades e as questões pendentes de lado a alado. Dos diretores jurídicos que conversam com seus CIOs mais do que uma vez por mês, disseram ter mudado suas estratégias jurídicas ou políticas corporativas após a conversa.

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O estudo descobriu ainda que os entrevistados consideram os CIOs importantes parceiros estratégicos. "A gestão de riscos é uma preocupação cada vez mais importante paraos diretores jurídicos , e eles reconhecem que ela requer uma participação significativa de TI", diz o relatório do Gartner.

Muitos diretores jurídicos se queixam de que "os CIOs não são envolvidos cedo o suficiente e com a profundidade suficiente em atividades como fusões e aquisições", diz o relatório.

Do outro lado, os CIOs, de um modo geral eles estão satisfeitos com o suporte da área jurídica às atividades padrão de TI, e menos satisfeitos com suporte para tecnologias específicas, tais como e-discovery e disputas litigiosas.

O chefe de departamento jurídico pode ainda ser a chave em vários aspectos dasorganizações: na promoção do respeito pela privacidade de dados, na explicitação das disposições sobre a descoberta de informação, na criação de políticas para o uso de dispositivos móveis da empresa. A relação correta entre CIO e os responsáveis jurídicos pode gerar estratégias mais fortes nestas áreas.

O Gartner recomenda a realização de reuniões regulares e frequentes entre o CIO e os chefes de departamento jurídico. De acordo com os resultados do estudo, nas empresas onde se verifica essa relação, os CIO têm adaptado as suas estratégias jurídicas e políticas de negócios seguindo as recomendações dessas equipas. Trata-se da de que há essa necessidade de conhecer os aspectos legais.

Janis O'Bryan, CIO da imobiliária Hudson Advisors, diz que ela se reúne com sua equipe jurídica regularmente para debater temas como os regulamentos da da SEC e regras de privacidade de dados globais.

O'Bryan acrescenta que mantém uma pessoa em sua equipe de TI é responsável por e-discovery. "Temos de lidar com os mutuários insatisfeitos e angustiados, com dívida, por isso estamos constantemente do apoio da nossa equipe jurídica", diz ela.

A chave para um melhor relacionamento TI-legal é a de quebrar barreiras linguísticas, diz O'Bryan.  A TI não deve apenas explicar questões de tecnologia para a área jurídica, mas também "se informar sobre os riscos e traduzir isso para linguagem de negócios para que a equipe jurídica possa entender."

O CIO está especializado em linguagem técnica e funda as suas análises no ponto de vista da tecnologia. Mas a área jurídica também têm a sua linguagem técnica. É preciso transpor as barreiras de linguagem entre as áreas.

A maioria dos CIOs já passou a integrar os conselhos de administração das empresas, mas continua a ter pouca influência sobre as estratégias de negócio, segundo estudo recente da Bull Information Systems com 150 líderes de TI. Cerca de  80% dos CIOs ouvidos têm agora um lugar à mesa da administração e quase todos (93%) se reportam diretamente ao CEO. Mas a maioria ainda luta para ter qualquer influência real sobre as estratégias de negócio das empresas para as quais trabalha. Menos de 10%  deles têm liberdade para definir a sua própria agenda no seu emprego atual.

“Muitos CIOs ainda têm dificuldades para apresentar um plano de negócios que possa ganhar a atenção dos outros membros do conselho, incluindo o CEO e o diretor financeiro”, diz Andrew Carr, diretor de vendas e de marketing da Bull Information Systems.

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Segundo ele, “se os CIOs quiserem ser ouvidos pela administração e passarem a ter influência real na estratégia de negócios, precisam mudar a  mentalidade e concentrarem-se no desenvolvimento de planos com benefícios reais, incluindo métodos para reduzir custos e trazer rápido retorno  do investimento”.

O potencial é claro, como prova o estudo da Bull: 69% dos CIOs disseram que a TI é vista como um motor da inovação no seu negócio – tornando a sua incapacidade para passar a mensagem corretamente ao nível da administração ainda mais frustrante.

Outro estudo recente, do Gartner, realizado com 220 CEOs de organizações em todo o mundo, também destacou a desconexão entre os CIOs e o resto da direção, mostrando que o estereótipo do responsável de TI  preocupado apenas com questões técnicas para poder ser um líder eficaz no negócio ainda persiste.

Habilidade para liderar + investir nas relações com os pares tornou-se uma equação mais poderosa para executivos de TI que querem conquistar o sucesso na carreira. A competência técnica não deixou de ser importante e reconhecida, mas o desafio do CIO, hoje, inclui desenvolver essas capacidades-chave.

“O líder de TI deve ter conhecimento dos negócios, mas só isso não é o suficiente. O segredo é criar a habilidade de construir relacionamentos, motivar, inspirar e levar energia para as pessoas”, sintetiza Graham Waller, vice-presidente e parceiro executivo no Grupo de Programas para Executivos do instituto de pesquisas Gartner.

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O executivo reconhece que a tarefa não é fácil, mas é necessária. “Para muitos CIOs, com conhecimento tecnológico forte, é uma transição dura, especialmente a construção de uma aliança com a área de Negócios”, diz.

Com o profissional ganhando importância na empresa, agregando novas responsabilidades e gerando mais impactos na estratégia corporativa, ele deve entender às demandas e usar a tecnologia como meio para conquistar o objetivo esperado.

TI alinhada aos negócios não é uma dicussão nova, lembra Waller. No entanto, CIOs ainda têm muito trabalho pela frente para avançar no tema. A barreira entre esses dois universos ainda existe e tem de ser quebrada. O caminho das pedras? Apostar na comunicação e, mais uma vez, no relacionamento. Temas que Waller discorre no livro Excelência em Liderança para TI - Como Entregar Resultados Através das Pessoas, escrito por ele, George Hallenbeck e Karen Rubenstrunk. “Abordamos na obra sete habilidades que um líder deve desenvolver para ser um executivo de TI de sucesso. São capacidades que ajudam o profissional, de alguma maneira, a entregar resultados satisfatórios.”

Nesta entrevista, Waller fala sobre como o CIO pode combinar estratégia e liderança para maximizar a contribuição para a TI e para os negócios e de que forma tecnologias emergentes, como consumerização e cloud, impulsionam o papel do líder de TI.

CIO – Qual é, hoje, o maior desafio do CIO? As dificuldades dos executivos  brasileiros são semelhantes aos de outros em todo o mundo?

Graham Waller – Costumo dizer que nunca houve melhor momento para ser um CIO, porque acredito que as tecnologias que surgiram nos últimos tempos ajudam, de fato, os negócios a crescer. Por outro lado, esse cenário causa mais expectativas na entrega de resultados que buscam impulsionar a estratégia corporativa. O CIO tem de ter um papel mais transformador e não somente o de entregar serviços e tecnologias e isso tem valido mais do que as habilidades técnicas.

Os CIOs com maior performance são aqueles que estão em linha com as áreas de negócios. Eles têm de construir relacionamentos com os colegas de negócios e transformá-los em duradouros. O lado humano deve ser trabalhado com sabedoria. Tenho viajado, visitado diversos países, realizado workshops e descobri que esses desafios são globais.

CIO – Como o CIO pode combinar estratégia e liderança para maximizar sua contribuição para a TI e para os negócios?

Waller – Um importante passo é ter uma operação de excelência. Mas, mais do que isso, é cercar-se de um time de elite. Um grupo de profissionais que vai operar com qualidade a área de TI. Isso permite atender às necessidades do negócio e ajuda a fazer com que a organização conquiste sucesso no mercado de atuação.

CIO – Hoje, TI não pode somente usar a tecnologia, mas ela tem de fazer dela um meio para mudar o modelo de negócios. Os gestores estão preparados para esse cenário?

Waller – Para muitos, com conhecimento tecnológico forte, é uma transição dura, especialmente a construção de um relacionamento com a área de Negócios. Por outro lado, essa mudança é necessária, já que observamos que os CIOs de destaque são aqueles que pensam, em primeiro lugar, nas relações. Eles entendem que precisam gerenciar processos de TI para entregar resultados e atender às expectativas e que, além disso, devem liderar pessoas para cumprir essas metas. No entanto, o que muitos não entendem é a interação incrivelmente importante entre os dois.

CIO – Tecnologias emergentes, como cloud computing, consumerização, estão mudando o papel do CIO?

Waller – Novas tecnologias, especialmente redes sociais, cloud, e o fenômeno da mobilidade, estão transformando a TI e a forma que os CIOs atuam e pensam. No programa executivo do Gartner, fizemos uma pesquisa no ano passado para entender como as novidades afetam o trabalho do executivo de tecnologia, e identificamos que sem práticas adequadas de gestão é muito difícil lidar com esse universo e otimizar a capacidade de atuar nele.

CIO – Qual é sua recomendação para que CIOs lidem com essas novidades?

Waller – Trabalhar de forma próxima e em linha com a área de negócios é uma das dicas. Abraçar essas tecnologias e tirar vantagens delas é também um caminho. Envolver as áreas de Negócios é muito importante nesse contexto, porque contar com um padrinho interno é um grande passo para levar à empresa soluções inovadoras.

CIO – O livro Excelência em Liderança para TI - Como Entregar Resultados Através das Pessoas, fala sobre como um líder de TI pode motivar e conduzir as pessoas ao sucesso. Qual é o segredo para que esse desejo se torne realidade?

Waller – Na obra, falamos sobre sete habilidades que um líder deve desenvolver para ser um executivo de TI de sucesso. São capacidades que ajudam o profissional, de alguma maneira, a entregar resultados satisfatórios na área de Tecnologia da Informação, mas que acabam impactando toda a empresa. O CIO deve ter conhecimento dos negócios, mas só isso não é o suficiente. O segredo é criar a habilidade de construir relacionamentos, motivar e levar energia para as pessoas.

CIO – Qual é a mensagem principal do livro e como os CIOs podem colocá-las em prática?

Waller – Inspirar é a palavra-chave que diferencia um CIO tradicional de um de alta performance. O executivo deve acordar pela manhã e querer inspirar a equipe e todos aqueles que estão em  volta. Ele deve aproveitar que todos os holofotes estão sob sua figura e mostrar valores, conectar pessoas e entender o poder da comunicação.

CIO – Qual considera a grande mudança no papel do principal executivo de TI daqui para frente? Qual é o futuro do CIO?

Waller – Os melhores CIOs vestem duas camisas: a do líder de tecnologia e a do executivo que entende as necessidades dos negócios. Ele joga nos dois times e por isso é peça-chave na empresa. Em um futuro próximo, essa importante figura terá mais impactos e responsabilidades nos negócios, como já vem acontecendo nos últimos anos. Ele não pode mais se limitar ao departamento tecnológico. Com essa tendência se fortalecendo, o líder da TI terá papel transformador, e, nesse sentido, tecnologias e canais emergentes, poderão ajuda-lo a entregar resultados surpreendentes para a organização. O grande desafio que vejo desse quadro é a necessidade de o CIO mover-se rapidamente para atender demandas que mudam todos os dias. Para estar em linha é preciso agilidade e a única maneira de fazer isso é ter pessoas boas e de confiança em volta. Se ele estiver pronto e inspirar TI e demais setores, estará apto para registrar alto desempenho e entregar resultados, fazendo com que a empresa conquiste diferencial competitivo no segmento de atuação.

Daqui a cinco anos, o CIO será uma versão melhor, mais rápida e mais forte do melhor líder de TI de hoje, praticamente comandando a empresa com uma das mãos. Ou talvez outros executivos de negócios se tornarão mais educados no campo da TI e decidirão contratar companhias mais qualificadas para fazer tudo, deixando o pobre CIO murchando, forçando-o a fazer contratos de nível de serviço para viver.

Durante quase todo o tempo em que CIOs existiram, ouvimos uma constante especulação sobre se esse tipo de cargo vai durar, e, se sim, de que forma. Tal insanidade acaba por aqui. A tecnologia tem envolvimento com quase todos os produtos e serviços que pulsam por meio da economia, tecendo o mundo industrializado e desenvolvendo como nunca mundos de forma conjunta. Sem a TI, o comércio morre. Os CIOs não vão desaparecer. Mas o que esse trabalho vai se tornar?

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Estreantes no Hall da fama dos CIOs este ano, nos Estados Unidos, e líderes de TI que têm influenciado profundamente a paisagem dos negócios, foram ouvidos pela CIO americana para tentar responder a essa pergunta, considerando os vários fatores tecnológicos, econômicos, sociais e políticos que moldam o papel desse profissional. Também foram entrevistados os homenageados do programa anual Ones to Watch que seleciona  executivos que estão ganhando fama e que possivelmente irão se tornar a próxima geração de líderes de negócios. As previsões deles podem surpreender.

Existe pouco apoio à fraca ideia de que o cargo de CIO será dividido entre CTO e CIO, um par trabalhando junto no mapa da organização. Os CIOs muitas vezes têm CTOs reportando-se a eles, mas dificilmente esses cargos serão a mesma coisa, afirma Dave Weick, CIO da McDonald’s e homenageado do Hall da Fama dos CIOs. Essa divisão criaria uma falta de conexão desnecessária entre as estratégias de tecnologia e a informação, provavelmente atrasando a tomada de decisões e possivelmente gerando discórdia, diz Weick.

As grandes tecnologias de hoje – computação em nuvem e mobilidade, mídia social, consumerização e Big Data – também não alterarão por si só o papel fundamental do CIO. Pelo menos não para os melhores profissionais que já sabem que o trabalho deles é o de gerir a mudança, não a tecnologia; definir estratégias e não os limiares para os servidores. Mas certamente essas “cinco maiores" tecnologias continuarão a permitir que as empresas criem produtos e interajam com os clientes de novas e importantes formas, assim como as anteriores fizeram. É a habilidade de lidar com grandes mudanças comerciais, e de provocá-las, que passarão a determinar a eficiência de um CIO, diz Steve Rubinow, que atuou na NYSE Euronext e agora comanda a TI da FX Alliance.

“CIOs sempre compreenderam e devem sempre compreender o ritmo da mudança da tecnologia, decidirem o que está pronto para o horário nobre e utilizarem o que é certo para o negócio”, diz Rubinow, que também entrou no Hall da Fama dos CIOs este ano. “Agora, são apenas ciclos menores”. O que o CIO será em cinco anos? Um empresário que pode inspirar uma equipe global e persuadir fornecedores de TI a colaborarem.

O novo CIO será um futurista interno, avaliado pelas mesmas métricas financeiras que medem qualquer outro executivo de nível C, mas com um adicional: inovação. Nós já podemos ver sinais do futuro.

Tim Theriault, CIO da Walgreens, é um nítido exemplo do líder de TI do futuro. Ele está ajudando a transformar a rede de farmácias de 72,2 bilhões de dólares em um destino saudável e diário, em que os clientes poderão acessar informações pessoais de saúde e decidir sobre quais medicamentos tomar e quais comidas ingerir, por exemplo. Está criando uma linha para a Walgreens em um projeto chamado HealthCloud, que utiliza ferramentas de análise de Big Data para combinar as informações dos clientes de novas formas, oferecendo acesso por meio da computação em nuvem. Antes da Walgreens, Theriault comandou o grupo de serviços corporativo e institucional da Northern Trust, a maior unidade comercial e maior operação da firma financeira. Ele agora se junta ao Hall da Fama dos CIOs.

“Você precisa ser multifacetado e seus instintos políticos devem estar sincronizados com os dos líderes de negócios, para que eles aceitem o que você diz”, afirma Theriault.

O que move muitos executivos de TI, e aqueles que aspiram tal cargo, é a chance de exercer a influência. Mas o que irá determinar a longevidade é a habilidade de escolher as coisas certas para influenciar da forma correta.

As forças duplas de uma economia turbulenta e a impaciência dos executivos sêniores com algum conhecimento tecnológico vão peneirar os CIOs táticos e reacionários e eliminarão sua existência até 2017.

Até lá, os CIOs terão de desempenhar esses cinco papéis chave, descritos a seguir. Você está pronto?

O Empresário

Os CEOs exigirão que os CIOs tenham experiência em iniciar uma empresa, em comandar uma linha de negócios ou em elaborar uma linha de produtos. Sem exceções. A familiaridade com a comercialização de um produto ou serviço, até mesmo com a criação de uma campanha de lançamento, será parte do trabalho, diz Anna Frazzetto, vice-presidente sênior das Soluções Tecnológicas Internacionais da Harvey Nash USA, empresa recrutadora de executivos.  Mesmo se a  venda fosse para os funcionários, não para os clientes externos, a experiência conta.

CIOs já sabem como obter fundos para os projetos, mas terão de aprender como construir modelos realísticos de receitas e a fazer o marketing habilidoso que pessoas – seus clientes e colegas – esperam crescentemente de produtos baseados em tecnologia.

“O CEO irá buscar por um CIO que compreenda como os produtos funcionam no mercado”, explica Frazzetto. “Isso era algo impensável em 2010.” Para aprender a conceber novos modelos de comércio construídos com tecnologia e dados, comece a praticar agora, diz Srini Surapaneni, vice-presidente sênior dos Sistemas de Comércio e Informação do Western Union e vencedor do Ones to Watch. “Sincronia não é o bastante. Você precisa pensar como os clientes”, constata. Surapaneni utiliza a nuvem para testar novos serviços de clientes de forma rápida, recorrendo a pequenos fornecedores de desenvolvimento. Ele espera que a maior parte dos CIOs faça isso nos próximos anos. “Você experimenta com diferentes modelos de negócios em variados mercados mais rapidamente”.

O Conector

O CIO de 2017 deverá ligar pessoas e ideias em toda a empresa e entre empresas. A medida que comprar serviços de infraestrutura de TI de terceiros se tornar  norma, eles serão libertados de grande parte das justificativas de custo que dão hoje em dia para provar o valor de cada novo acordo, prevê Dawn Costello, vice-presidente sênior da Gestão Global de TI do Wyndham Vacation Ownership, clube de férias que faz parte da empresa hoteleira mundial Wyndham Vacation. Em vez disso, CIOs podem utilizar melhor esse tempo para criar mais relacionamentos benéficos com esses fornecedores, recomenda Costello, homenageado da Ones to Watch. Esse papel vai além do exercido pelos conectores de hoje que coordenam os terceirizados e os fornecedores em nuvem.

O CIO do futuro conectará fornecedores – componentes desse mercado iniciantes ou já estabelecidos – uns aos outros, para trabalhar em benefício de sua empresa, acredita Dana Deasy, CIO da BP Global, companhia de petróleo avaliada em 386,5 bilhões de dólares. Para acabar com a concorrência, os CIOs terão de criar ecossistemas de fornecedores de TI que trabalhem em conjunto, afirma Deasy, estreante no Hall da Fama dos CIOs. “Temos de ser mais inteligentes sobre como a colaboração nos ajudará e trará benefícios para eles também, em novas fontes de receita.”

A concorrente da BP, Royal Dutch Shell, criou uma fornecedora coletiva desse tipo. Alan Matula, estreante no Hall da Fama dos CIOs, relata que conseguiu fazer seus fornecedores colaborarem com a Shell para resolverem os problemas de comércio da companhia e, com o tempo, os convenceu a disponibilizarem seus trabalhos de pesquisa e desenvolvimento para ele. A Home Box Office, companhia de TV a cabo de propriedade da Time Warner, avaliada em 29 bilhões de dólares, gosta de trabalhar com pequenos e novos fornecedores de TI, muitas vezes fundados por capitalistas de risco, que têm conhecimento íntimo da indústria de mídia.

Greg Fittinghoff, vice-presidente sênior de Desenvolvimento de Aplicações da HBO e vencedor do Ones to Watch, capitaliza na experiência de pequenos fornecedores enquanto os ensina as necessidades da empresa. Por vezes, ele irá sugerir um produto para que construam, talvez em parceria com outra iniciante nesse nicho, para solucionarem um problema para a HBO. Isso abre as vendas para os fornecedores, diz ele. Ele espera que uma parte importante do papel do gestor de TI seja a capacidade de conectar ideias sobre para onde uma indústria está expandindo com fornecedores de TI em crescimento. “Você traça um futuro mutuamente”, aponta ele, “por razões defensivas e estratégicas”.

Também se espera que os CIOs conectem clientes à empresa. Isso significa, literalmente, permiti-los comunicarem-se por meio da mídia social e de tecnologias móveis, por exemplo, mas também conceitualmente, diz Bill Oates, CIO da City of Boston e homenageado do Hall da Fama dos CIOs.

Conseguir fazer com que clientes ou fornecedores de qualquer tipo tenham uma boa opinião sobre uma organização e incluí-los em suas rotinas pode levar a conversas que beneficiem os dois lados, conta Oates. Para uma empresa, isso pode trazer ideias para novos produtos que as pessoas realmente queiram. Para uma cidade, isso significa colaboração para melhorar a qualidade de vida. “Não é papel do CIO prever tudo que uma organização deve fazer. Mas ele pode conectar pessoas do lado de fora às brilhantes pessoas que temos na nossa organização”, diz Oates. “É assim que você poderá realizar feitos realmente grandes.”

O Caça-talentos

Daqui a cinco anos, os CIOs gastarão grande porcentagem de seu tempo viajando pelo mundo, conversando com funcionários sobre como utilizar a tecnologia para melhorar o negócio, prevê Weick da McDonald’s. Ele já faz isso. A cadeia, avaliada em 27 bilhões de dólares, tem 33.510 lojas e é crucial que Weick faça boas contratações nos escritórios locais. Caso contrário, projetos como os testes de software para pedidos de comida pelo celular na Austrália e a expansão dos restaurantes na China poderiam não dar certo.

“Quem você atrai, como os motiva, quando os move para trabalhos diferentes, como eles obtêm experiência nos campos organizacionais e funcionais – é a parte mais crítica do papel do CIO”.

Compreender a gestão global de talentos requer que os os executivos da área apaguem o conceito de que a sede é o escritório onde a maior parte das decisões importantes de TI é tomada, avisa Deasy.

Primeiro, os CIOs devem reconhecer para onde, geograficamente, suas indústrias estão indo e estabelecerem uma equipe de TI lá, afirma. Um segmento crescente dos negócios principais da BP e muitos de seus fornecedores estão centralizados na Ásia, e Deasy sabe que eventualmente funções-chave serão transferidas do Reino Unido para lá. Ele não sabe quando, mas diz que é estupidez acreditar que uma sede histórica sempre será o epicentro de uma empresa.

A TI têm de permanecer firme e forte em todas as regiões importantes. Cinquenta e dois por cento da equipe de TI da BP vive fora do Reino Unido. “Precisamos superar o pensamento de que o centro do universo é onde nossa sede está localizada”, adverte ele. “Não podemos acordar um dia e descobrir que nossas empresas se moveram para o leste, mas que de alguma forma nós não nos movemos com elas.”

O Futurista

CIOs são utilizados para projetar tendências tecnológicas. Mas ser um futurista interno vai exigir que prevejam as implicações de mudanças maiores: como os trabalhadores trabalham, como os clientes consomem e como os fornecedores fornecem. Depois, eles terão de moldar esses desenvolvimentos para ter vantagem competitiva. CIOs que estão preocupados com a perda do controle diante da consumerização revelam a maior de suas fraquezas: forte foco na tecnologia. Mas os que inspiram seu pensamento com ideais de especialistas em economia, ciências sociais, psicologia e outras disciplinas, vão gerar estratégias de comércio mais profundas e duradouras, ensina Nasir Khan, diretor-executivo de Informática da Blue Cross e Blue Shield Association, administradora de 38 prestadoras de cuidados de saúde BlueCross BlueShield, que cobrem 99 milhões de pessoas.

“Reacionários táticos serão obsoletos.” Uma área completamente aberta para a influência de futuros CIOs é a de como o trabalho será feito. Apenas distribuir iPads não ajudará na posição competitiva de uma empresa, chama a atenção Fittinghoff. Ele espera que mais de 30% de uma equipe típica de uma empresa trabalhe permanentemente a partir de casa em cinco anos, o que vai cortar os custos imobiliários pesados e talvez aumente a moral do funcionário. Os CIOs terão de descobrir uma forma de dar apoio a essa estrutura remota, para tornar algo discutível a localização de um empregado, diz ele.

No Western Union, Surapaneni observa que em cinco anos, metade da TI em sua companhia será especialista em tecnologia móvel. Em dez, toda a TI será móvel. Por quê? Clientes da companhia vão exigir isso. O Western Union está-se expandindo na Ásia e na África, que são áreas que ele acredita serem líderes no mundo no uso da tecnologia móvel. “Será um jogo diferente, e você tem de jogar na frente”, diz ele. Prever riscos será uma habilidade vital para o CIO. Esses executivos normalmente planejam como recuperar sistemas de TI e manter o negócio funcionando sem interrupções após um desastre.

Mas segundo Deasy, da BP, os CIOs do futuro terão de expandir seus pensamentos para incluírem outras dimensões de volatilidade, como as regulamentações governamentais, agitações políticas, desastres econômicos, agitação social e guerra. O CIO do futuro vai assumir mais responsabilidades em avaliar corretamente os riscos atuais e a força relativa da companhia para suportá-los, afirma Rubinow. Identificar o fardo é a “função primária” de um CIO, reforça ele. Os gestores devem se preparar também para acontecimentos de baixa probabilidade e de alto impacto. Um incidente similar ao vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010 pode ocorrer para qualquer empresa, diz Deasy. “A TI estava envolvida com todos os aspectos do acidente: como parar o petróleo, como organizar as operações de recuperação, trabalhar com as comunidades, enviar embarcações e pessoas, fazer a limpeza. Até mesmo hoje”, conta ele. “CEOs não vão tolerar que um CIO diga que ‘Nós nunca pensamos em algo assim antes’.”

O Mestre das métricas

Quando o CIO toma a responsabilidade de ajudar a criar produtos, atrair novos clientes e trazer novos rendimentos, o CEO o responsabilizará de novas maneiras. As métricas comuns da TI, como projetos dentro do prazo e orçamento e redução nas despesas operacionais permanecerão parte da avaliação de desempenho. Mas, em cinco anos, a compensação de muitos líderes de TI dependerá do cumprimento das mesmas metas comerciais do CEO e do CFO, diz Helen Cousins, CIO da Lincoln Trust e uma estreante no Hall da Fama dos CIOs. Isso já ocorre entre a elite de executivos de TI hoje em dia, mas será um fato cotidiano para a maioria deles no futuro.

Na Lincoln Trust, empresa de investimento de aposentadoria com 8 bilhões de dólares em recursos, Helen, assim como seus colegas de nível C, mostra números para demonstrar que a tecnologia que sua equipe criou tornou a companhia mais valiosa com aumento de novos produtos, menores taxas de erros entre os trabalhadores e uma maior satisfação do cliente, como também objetivos financeiros tradicionais como o crescimento da receita e o lucro por ação.

Fator imprevisível: a economia

Ninguém sabe como a situação econômica mundial estará em cinco dias, quiçá em cinco anos. Geralmente, uma boa economia é um passeio livre para executivos medíocres. Uma economia ruim pode expor problemas. Mas uma recessão prolongada também pode aumentar a vontade coletiva de uma empresa de mudar. E em tais épocas, um CIO bravo e astuto pode deixar sua marca. A forma completamente errada de fazê-lo é fixar caras atualizações de TI a projetos de negócios, diz Khan da Blue Cross e Blue Shield. Executivos podem falar com um CIO sobre uma proposta de projeto, o que alguns veem como uma chance de obter fundos para software e hardware. “A TI chantageia o negócio educadamente”, avalia ele. Isto corrói qualquer progresso que o CIO tenha feito em direção a ser visto como um parceiro estratégico, afirma Khan. Contudo, uma economia ruim pode criar uma boa base para novas ideias, destaca Helen da Lincoln Trust.

Ao passo que a recessão tomou espaço após 2008, os problemas em processos comerciais não eficientes tornaram-se evidentes quando a carga de trabalho aumentou e o número de funcionários diminuiu. Por exemplo, mais clientes começaram a sacar dinheiro de suas contas de aposentadoria, lembra. “Quando as coisas estão indo bem, muitas vezes a vontade de mudar é pequena. Uma economia fraca força todos na organização a pensar de forma criativa sobre cada parte do processo de fluxo de trabalho”, diz ela.

“Também foi muito mais fácil convencer a mesa de diretores sobre uma modificação tão grande assim, pois era óbvio que não poderíamos continuar fazendo as coisas da forma que fazíamos no passado.”

Helen construiu uma infraestrutura de tecnologia baseada na melhoria do processo já bem-sucedido e eficiente, comprado por um concorrente do lado IRA da empresa para sua plataforma de TI, conta. CIOs do futuro que conseguem capitalizar em tempos ruins demonstram uma maturidade de negócios atraente para os CEOs, adiciona Khan. Theriault da Walgreens recomenda que os CIOs estudem seus CEOs cuidadosamente.

“O papel do CIO é muitas vezes ditado pelos pontos fortes e fracos do CEO”, menciona. Saber o que seu CEO quer, talvez até mesmo antes dele ou dela saber, levará qualquer CIO longe no futuro.

Saber como colocar a inovação em prática e eliminar os fatores que impedem que essa cultura se espalhe pelo departamento de TI e para outras áreas da empresa. Esse foi o desafio colocado para os CIOs no primeiro dia da IT Leaders Conference 2012, que abriu ontem (23/05) e se estende até domingo, em Arraial D`Ajuda, na cidade de Porto Seguro (BA), promovida pela Computerworld.

Em um workshop conduzido por Christina Luna, consultora da Eagle Fligth, empresa canadense de treinamento e desenvolvimento de programas para mudanças, os CIOs tiveram oportunidade de avaliar o quanto estão próximos ou distante da inovação.

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Por meio de jogos que obrigaram os executivos a colocar sua criatividade em prática, Christina mostrou que a inovação é um efeito multiplicador que traz resultados para a companhia e que a TI tem de buscá-la o tempo todo.

“Inovar é descobrir novas abordagens para uma situação que já existe. É tornar algo melhor, fazendo diferente”, define a consultora. Ela chama atenção de que para desenvolver a inovação não basta apenas acordar com uma boa ideia e ter boas ferramentas nas mãos.

O CIO tem de saber como criar um ambiente adequado para incentivar sua equipe a ter a cultura de inovação e espalhá-la pelo seu departamento e companhia para trazer resultados aos negócios. A consultora sintetiza que inovação é um feito multiplicador de resultados e quanto mais a TI praticá-la, mais dinheiro e riqueza poderá trazer para a organização.

Contaminadores da inovação

A consultora da Eagle Flight avalia que a TI é muito amarrada a processos e recomenda que o CIO saia da caixa, ou seja, de seu mundo pensante para inspirar outras pessoas na geração de ideias. Ela lembra que inovação é apenas 10% inspiração e os que os outros 90% são transpiração, sinanlizando que é preciso arregaças as mangas e trabalhar.  

O CIO é chamado para liderar projetos de inovação e ele tem que desenvolver competência para lidar com esse tema. “Se a inovação não é a sua missão, ele ficará atendendo apenas aos requisitos operacionais”, adverte Christina.

Christina enumera cinco contaminadores da inovação que precisam ser vencidos pelos gestores de TI. São eles: crítica às novas ideias; medo de falhar; adoção de metodologia antiga; ideias preconcebidas e apatia ao novo.

Ela considera que a geração Y pode ser uma aliada nos processos de inovação, pois é cheia de ideias que podem ser aproveitadas. Mas os CIOs têm de saber como conduzir esses jovens, sem tentar moldá-los para não bloquear a criatividade deles.

Visão dos CIOs

CIOs reconhecem que por serem orientados a processos, às vezes têm dificuldade para colocar a criatividade em prática e buscar instrumentos para estimular sua equipe na geração de novas ideias.

 “Acho que os contaminadores da inovação somos nós mesmos”, diz o CIO Jens Hoffmann, da ZF do Brasil, admitindo que precisa encontrar equilíbrio entre criatividade e assuntos do dia a dia. O lado bom, segundo ele, é que nem sempre inovar significa fazer novos investimentos.

Na avaliação de Fernando Birman, CIO da Rhodia, a TI ainda tem dificuldade em lidar com a inovação porque fica imersa tentando apagar os incêndios do dia a dia. “O desafio é ser flexível, zelar pela segurança da empresa e não matar as boas ideias da equipe”, diz.

“Hoje o CIO tem o papel de trazer soluções e inovações para contribuir com os resultados da empresa”, afirma Marcos Roberto Pasin, CIO da BN Construções. Ele reconhece que o gestor dos novos tempos tem que ser menos técnico e mais antenado aos negócios para transformar a TI de centro de custos em área de inovação.

Luiz Felipe, Fuhrmeister, CIO da Santa Casa de Porto Alegre, conta que a TI se esforça para praticar a inovação, mas se esbarra muito no que a consultora Christina chama de ideias preconcebidas. “É difícil convencer as pessoas a mudarem. Como vou convencer alguém que está próximo de se aposentar a fazer diferente algo  fez a vida inteira de determinado jeito?”, questiona.

Confira a seguir sete dicas da Eagle Flight para estimular inovação:

1- Escolha algo que você queira mudar ou melhorar na sua empresa e defina o benefício real da transformação

2- Use a técnica de geração de ideias com sua equipe, fazendo brainstoring

3- Identifique prós e contras sobre as novas ideias

4- Resolva os contras

5- Eleja um padrinho/mentor para monitorar o processo de mudança escolhido

6- Crie um plano de ação. Distribua as tarefas, identifique os recursos necessários e estabelece prazos para o eu processo de mudança.

Gerentes de TI e CIOs precisam se concentrar menos na redução de custos quando da renovação de contratos e muito mais sobre a inovação, opina a analista da Ovum, Evan Kirchheimer, em debate promovido recentemente pera operadora BT, do reino Unido. Dois líderes de TI contestam. Segundo eles, embora a inovação seja importante, a redução de custos ainda é uma prioridade nestes tempos austeros. E você, o que diz?

"O que acho mais frustrante como analista especializado em empresas de TI, é como os CIOs implacavelmente se concentram na redução de custos em cada ciclo de renovação de contrato. Isso sufoca a inovação", diz Kirchheimer. "As pessoas precisam colocar de lado os custos e pensar um pouco mais sobre a forma como a rede pode permitir-lhes fazer negócios de uma maneira nova", acrescentou.

"Não sei quando isso vai mudar, mas gostaria de plantar uma semente na cabeça de todo CIO e de todo diretor financeiro pedindo-lhes para parar de bater nos fornecedores. Vocês precisam mantê-los interessados. Esse deve ser o seu principal objetivo, se você é um CIO".

Kurt Frary, gerente de TIC da arquitetura em Norfolk County Council, discordava Kirchheimer e argumenta que no setor público é impossível evitar priorizar a redução de custos.

"Seria errado dizer que esta é uma opção. A qualquer momento olhamos para qualquer um dos nossos grandes contratos com o objetivo de obter reduções de custo significativas na hora da renovação ", disse Frary. Ele reconhece, no entanto, que, por vezes, investimentos em inovação podem reduzir os custos em toda a empresa. E acredita que o impulso recente do setor público em adotar serviços de nuvem pública é um exemplo disso.

"Embora tenhamos de guardar dinheiro ano após ano, às vezes você precisa gastar dinheiro em TI para cortar custos em algum outro lugar no negócio", disse Frary.

"Por exemplo, a tendência é adotar mais e mais serviços de nuvem pública, e para isso teremos que montar uma rede muito diferente. Podemos precisar de mais largura de banda e melhor desempenho na web", acrescentou. "Portanto, teremos que investir mais em infraestrutura, para reduzir os custos em outros lugares, movendo mais serviços para a nuvem". O Norfolk County Council revelou recentemente que está envolvido em uma das maiores implantações de Google Apps em termos de números de usuários (148 mil).

Mike Mann, diretor de estratégia de tecnologia e planejamento da Standard Life, concorda com Frary que os custos são uma prioridade, mas argumenta que há espaço para introduzir a inovação também.

"Você pode fazer as duas coisas. Pode entregar as facilidades que você precisa para redes inteligentes, mas também pode ter redução de custos significativas ao mesmo tempo. Não acho que as opções sejam mutuamente exclusivas", diz Mann.

A Standard Life revelou detalhes de um acordo de outsourcing de 30 milhões de Euros com a BT, que fará a gestão da infraestrutura de comunicação da empresa nos próximos cinco anos. Segundo Mann, o acordo assegurou para a Standard Life uma "reduçãosignificativa" dos custos. "Não me interpretem mal, há uma pressão para reduzir preços, mas acho que você pode fazer isso e ainda obter serviços inovadores", disse ele.

O acordo com a BT abrange a entrega e ga estão de uma LAN e de uma WAN, bem como telefonia IP, contact centers, gestão de contratos, gestão de serviços e da transição da infraestrutura para a rede IP da BT Connect.

É tempo de reinventar, CIO, sob pena de sumir do organograma das empresas. O pagamento por uso e o modelo de cloud computing serão as principais causas para a redução significativa da importãncia dos CIOs, revela um estudo publicado pela Getronics, intitulado “The changing role of the CFO”. Essa é, pelo menos, a conclusão de um em cada cinco (17%) dos 203 CFOs entrevistados na Inglaterra para o estudo.

A mudança de paradigma é atribuída, principalmente, ao modelo de negócio de TI e ao consumo de tecnologia, ambos em mudança acelerada. O crescimento da oferta dos serviços na nuvem e o modelo de pagamento por uso são fenômenos que conduzem, ao que parece, ao desaparecimento do CIO como gestor e responsável por sistemas que podem deixar de existir na empresa.

A maioria dos executivos entrevistados também acredita que o papel da tecnologia na empresa é cada vez mais uma “utility” e, portanto, mais relacionada com o departamento financeiro e econômico do que com o departamento técnico. O estudo não esquece que as atuais soluções de TI, na sua maior parte, não agregam valor ao negócio ou constituem um valor diferencial no que diz respeito à sua competência, ambos aspectos que são fundamentais na atual crise econômica e de competência global.

Assim, os resultados fazem vislumbrar uma tendência para a fusão dos departamentos de TI e financeiro, com os diretores financeiros a assumirem a maior parte das responsabilidades e das decisões relacionadas com a tecnologia. A este respeito, quatro em cada 10 executivos ouvidos pela pesquisa acreditam fortemente que o CIO estará sujeito às decisões econômicas, acima das técnicas. Mais de metade também assegura que haverá uma integração entre TI e finanças que irá limitar as capacidades tecnológicas para alcançarem maiores economias para o negócio.

Por outro lado, cerca de um quinto das empresas dizem usar serviços de cloud, pelo menos como suporte para outros sistemas de TI. A reputação dos serviços em nuvem também está associada a uma mudança positiva para o negócio, responderam 64% dos entrevistados.

Passada a fase mais crítica da crise financeira internacional, no segundo semestre de 2009, as empresas localizadas no Brasil tendem a aumentar consideravelmente os orçamentos de TI. Pelo menos, de acordo com um estudo que acaba de ser realizado pelo Instituto Sem Fronteiras (ISF) — que atua com pesquisas na área de tecnologia da informação — em parceria com a consultoria brasileira IT Data.

O levantamento realizado em maio deste ano, com 240 CIOs de organizações com mais de mil funcionários, aponta que 77% dos executivos esperam um incremento substancial dos gastos com tecnologia da informação nos próximos seis meses (de julho a dezembro). “Mas isso não significa que eles devem utilizar todo o orçamento previsto para 2009”, destaca Ivair Rodrigues, diretor de pesquisas da IT Data. “Esses profissionais não sabem ainda se vão ser pressionados pelas empresas a cortar uma parte dos recursos”, complementa o especialista.

Neste ano, de acordo com o Instituto Sem Fronteiras, os gastos totais (em reais) com TI no Brasil devem sofrer uma queda de aproximadamente 0,2%, em relação a 2008. E o recente estudo aponta que as organizações só gastaram 31% desses recursos entre janeiro a maio deste ano. Um conservadorismo que se justifica pela própria incerteza em relação aos impactos da crise econômica nos diversos setores da economia, na visão de Rodrigues.

Ainda de acordo com o especialista, os orçamentos de TI das empresas dos segmentos de governo, utilities (energia, saneamento e gás) e finanças foram os menos afetados pela crise. Enquanto manufatura, comércio, agroindústria, óleo e mineração despontam como os setores com uma queda mais acentuada dos investimentos em tecnologia da informação.

Passe tempo suficiente na indústria de tecnologia, e você eventualmente se encontrará no inferno da TI - um local não muito diferente do submundo descrito por Dante em sua "Divina Comédia".

Nos centros de dados, salas de conferências e cubículos, a versão deste inferno na área de TI não é alegoria. É um teste muito real de sanidade e alma.

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Quantos de nós têm sido abandonados no limbo por nossos fornecedores de TI, só para venderem facilidades. Quantas vezes fomos acusados de heresia por argumentar a favor ou contra o uso de código aberto? Certamente muitos de nós foram vítimas de fraude e traição por parte dos fornecedores.

Felizmente, como no universo poético de Dante, há maneiras de escapar dos nove círculos do inferno de TI. Mas tenha cuidado: de uma outra para outra você pode ter que enfrentar seus próprios demônios para fazê-lo.

1° Círculo do Inferno de TI: Limbo

Descrição: Um pântano lamentável onde nada é feito e a mudança é impossível

Pessoas que você encontra lá: Usuários presos por fornecedores, departamentos algemados por bloqueios de software, organizações refém de desenvolvedores.

Há muitas maneiras de cair no Limbo.  Quando os problemas surgem e os vendedores começam a apontar o dedo uns para os outros, quando você está preso a um software de baixa qualidade, sem alívio à vista, quando seus programadores o deixam preso, sem nada poder fazer a não ser começar de novo a partir do zero.

Você sabe que está no Limbo quando "os caras software começam a dizer que o problema está no hardware enquanto os caras hardware dizem que o problema está no software", diz Dermot Williams, diretor da Threatscape, uma empresa de segurança de TI com sede em Dublin, na Irlanda . "Passe a eternidade neste círculo e você vai descobrir que, sim, é possível que ninguém seja culpado e todos se sintam culpados, ao mesmo tempo", completa o executivo.

Algo semelhante acontece quando os vendedores de aplicativos culpam o OS, e fornecedores de sistemas operacionais culpam dos desenvolvedores de aplicações, aponta Bill Roth, vice-presidente executivo da empresa de gerenciamento de dados LogLogic. "A Oracle diz que é culpa da Red Hat, enquanto a Red Hat culpa a Oracle", diz ele. "O suporte de TI é ruim de ambos os lados."

Como escapar: "Quando você está cavando um buraco no inferno, a primeira coisa a fazer é parar de cavar e escalar o seu caminho para fora", diz Roth. Isso significa ter certeza que você tem o conhecimento técnico em casa para resolver seus próprios problemas, pode adotar código aberto para evitar os bloqueios de software, e ter tempo para refatorar seu código para que você possa ser mais eficiente da próxima vez.

2° Círculo do Inferno de TI: Luxúria Techie

Descrição: Uma caverna profunda repleta de montanhas de aparelhos descartados, com criaturas lutando para alcançar o topo

Pessoas que você encontra lá: Quase todo mundo, em algum momento.

O círculo da luxúria techie permeia praticamente todas as áreas de uma organização.

Inclui desenvolvedores que abandonam a manutenção das ferramentas em uso para abraçar tecnologias mais recentes, sem parar para entender primeiro essas novas estruturas e metodologias. Gestores que querem aparelhos novos (como o iPhone) e inventam uma razão pela qual eles devem tê-los, independente do impacto sobre as políticas de TI. Executivos que se fixam em conceitos que mal entendem (como a nuvem) e acionam todos os recursos de uma organização por trás do medo de perder concorrência.

"Na realidade, todos nós visitamos o círculo da luxúria, cedo ou tarde", diz Lowe. "O problema com a luxúria techie é o acúmulo de coisas. Você pode ficar atolado para sempre no "nós não podemos terminar este projeto, porque uma nova ferramenta acabou de sair e estamos começando tudo de novo".

Como escapar: é difícil se libertar do círculo da luxúria techie, admite Lowe. "Nós todos amamos coisas novas", diz ele. "Mas você tem que saber o que é bom o suficiente para começar a trabalhar com, e aprender a ser feliz com o que você tem."

3° Círculo do Inferno de TI: Gula dos Stakeholders

Descrição: Um pântano fétido cheio de usuários de negócios insaciáveis que exigem mais e mais recursos, não importa o custo

Pessoas que você encontra lá: Demônios de vendas e marketing, finanças e administração.
Este círculo é dolorosamente familiar para qualquer um que já tentou desenvolver um aplicativo de negócios, diz Dermot Threatscape, da Williams.

"Até o fim do projeto, as especificações, orçamentos e cronogramas reais não têm qualquer semelhança com as que você começou estimou, graças aos usuários que continuam acrescentando mais recursos", diz Williams . "Um desenvolvedor que tenha a infelicidade de cair nesse círculo nunca vai realmente alcançar o nirvana de oferecer "todo os recursos ", porque a especificação, em si, nunca estará totalmente finalizado."

Como escapar: há apenas um caminho para fora, e isso implica enfrentar algumas duras realidades, diz Williams. "Para escapar deste círculo é melhor empunhar o espelho mágico da verdade dolorosa", diz ele. "Esta arma poderosa faz os demônios olharem em seus próprios corações escuros e perceberem que, em última análise, são eles que mais têm a perder com a inclusão desenfreada de recursos."

4º Círculo do Inferno de TI: a ganância corporativa

Descrição:Uma fornalha acre onde criaturas se afogam em um rio de ouro derretido

Pessoas que você encontra lá: Os executivos e acionistas. Também: Donald Trump

Este círculo é preenchido com aqueles que colocam o ganho financeiro pessoal à frente das necessidades dos clientes, diz Anthony R. Howard, consultor de tecnologia.

"Quando os arquitetos de TI estão trabalhando em projetos capazes de trazer dezenas de milhões de dólares, o pessoal da torre de marfim quer que a receita entre o mais rápido possível para que possam apresentá-la à turma de Wall Street - e recolher seus bônus", diz ele. "Ao mesmo tempo, os clientes querem tudo, incluindo os produtos que não existem ainda."

Como escapar: A habilidade política, a dedicação ao cliente, o suporte e a gestão são as únicas maneiras de sair desse círculo, diz Howard. "Você tem que descobrir como entregar os resultados que eles querem de alguma outra forma."

5º Círculo do Inferno de TI: Raiva do desenvolvedor

Descrição: Um poço de enxofre, fumaça e fogo onde geeks crescem

Pessoas que você encontra lá: programadores, desenvolvedores, executivos C-level

No mundo do desenvolvimento de software, os prazos são constantes, a pressão é intensa, e refletem nos temperamentos. Os habitantes deste círculo tendem a gritar primeiro e perguntar depois.

Larry Roshfeld, vice-presidente executivo de Sonatype, provedora de soluções de governança open source, diz que sua equipe trabalhou recentemente com uma grande instituição financeira para o desenvolvimento de software personalizado para a divisão comercial do banco. Mas quando a equipe jurídica do banco examinou o código, encontrou centenas de conflitos de direitos autorais que levariam semanas para resolver.

"A equipe da área comercial começou a gritar que precisava da aplicação o mais rápido possível", diz ele. "Outra equipe ficou sabendo disso e também começou a reivindicar a atenção do pessoal de desenvolvimento, preocupada com o fato da demora no desenvolvimento do aplicativo da equipe de vendas prejudicar o desenvolvimento que precisava." A equipe legal, por sua vez, garantia que o uso do aplicativo não seria liberado até que as questões com licenças e direitos autorais fossem resolvidos. "Ouvi palavrões que eu nunca tinha ouvido antes. As pessoas estavam literalmente espumando pela boca enquanto gritavam umas com as outras, em uma verdadeira guerra."

Como escapar: Você pode evitar a maioria dos conflitos mantendo todos informados de cada passo do caminho, diz Roshfeld. "Em nosso exemplo, se a equipe de desenvolvimento tivesse as informações de licenciamento nos estágios iniciais do desenvolvimento, poderia ter tomado decisões mais acertadas, capazes de evitar a crise", diz ele. "Tomar conhecimento de falhas críticas no final do processo de desenvolvimento inevitavelmente conduz ao caminho do quinto círculo."

6º Círculo do Inferno de TI: Heresia Tech-cult

Descrição: Um labirinto insondável, onde todos os caminhos levam ao mesmo destino, iluminado pelos fogos de descrentes queimando na fogueira

Pessoas que você encontra lá:Fanboys da Apple, Google e Microsoft, wikipedistas, defensores do uso doe código aberto, e qualquer outro membro de um culto da área de TI

Onde verdadeiros nerds crentes se reúnem, o resto do mundo é lançado na cova de heresia.

Sistemas aberto versus software proprietário, Apple versus Microsoft - não importa que lado você defenda, haverá sempre uma heresia, do outro lado, diz David O'Berry, engenheiro de sistemas estratégicos da McAfee.

Como escapar: Depende do grau de fanatismo e da crença no poder da "evangelização", diz O'Berry. Você pode evitá-los, mantendo a mente e os olhos bem abertos. "No momento em que você começa a tratar algo como um fanático, você reforça a noção de que o assunto é uma religião", diz ele. "Não é religião, é negócio. O mundo sobrevive com compromisso. Ir longe demais em um sentido ou no outro não fará você resolver os problemas."

7º Círculo do Inferno de TI: a violência do fornecedor

Descrição: Um local sombrio cheio de ogres com cortes de cabelo caríssimos, empunhando carteiras Louis Vuitton

Pessoas que você encontra lá: Advogados

No mundo da TI, a violência contra indivíduos é lamentável, mas felizmente rara. Já a violência entre as empresas é comum - e os danos colaterais muitas vezes muito mais extensos.

"Quando as empresas não podem competir de forma justa, elas ficam predatórias", observa O'Berry. "Acontece quando todos os processos de patentes começam a aparecer.

Como escapar: Saindo do círculo de empresa contra empresa, a violência só pode ser possível através de ação coletiva, diz O'Berry. "Quando você aperta o único ecossistema para a sua vantagem, e não se preocupa com as empresas que você matou ao longo do caminho, eventualmente, as pessoas vão dizer basta", diz O'Berry. "Precisamos equilibrar a nossa natureza capitalista com alguma forma de responsabilidade social."

8º Círculo do Inferno de TI: Práticas fraudulentas e hackers malévolos

Descrição: Um local escorregadio onde demônios espreitam nas sombras e nada é como parece

Pessoas que você encontra lá: Scammers, spammers, hackers black hat e administradores de sistemas desonestos

O oitavo círculo do Inferno de TI é povoado por almas perdidas que abusam de seus privilégios de acesso para roubar dinheiro, dados e propriedade intelectual, ou simplesmente promover danos em resposta a alguma percepção errada.

Como escapar: Você pode evitar cair no círculo de fraude melhorando o monitoramento dos privilégios de acesso. "As pessoas com mais poder - administradores de rede e de sistemas - muitas vezes não são controlados de forma alguma", diz ele. "Você precisa ser capaz de ver o que estão fazendo e controlá-los em um nível granular. Quando as pessoas sabem que estão sendo monitoradas, tendem a manter seus narizes limpos ".

9º Círculo do Inferno de TI: Traição techie

Descrição: Um deserto gelado, cheio de almas perdidas desesperadamente agarrando as facas nas costas

Pessoas que você encontra lá: funcionários descontentes, os rivais de trabalho, qualquer geek rancoroso

Inveja, calúnia, subterfúgios e sabotagem - todos eles são apenas infelizes partes da vida de TI, diz Anthony R. Howard.

Como escapar: A possibilidade de traição aconselha ter um bom gestor do seu lado, diz Howard.

Em um mundo perfeito, a sua rede não sofreria nenhuma degradação de serviço ou ataque. Você ficaria em conformidade perfeita com todos os regulamentos do governo, e seus usuários seriam todos auto-sustentáveis. A nuvem tomaria conta de quase todas as suas necessidades de infraestrutura, e não haveria um único dispositivo de acesso a rede você não aprovasse primeiro e controlasse.

Você receberia, finalmente, o respeito e a admiração que você realmente merece.

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Infelizmente, o fosso entre seus sonhos e a realidade ura e fria só fica maior a cada dia. Isso não significa que você deva desistir, mas que você precisa cair na real sobre o que você pode mudar e o que você deve aceitar.

Aqui estão 10 cenários que os times de TI devem aprender a conviver.

1:: A revolução do iPhone chegou para ficar

Mais e mais nos dias de hoje os locais de trabalho se assemelham a uma festa nerd do tipo BYOD (traga seu próprio dispositivo). O problema? Muitos departamentos de TI nunca receberam um convite ou se dispuseram ao RSVP.

Pesquisas realizada pela IDC para a Unisys, em maio de 2011, descobriu que 95 por cento dos profissionais da informação utilizam tecnologia pessoal no trabalho - ou seja, aproximadamente o dobro do que os executivos das mesmas empresas entrevistadas estimaram. E a IDC prevê que o uso de smartphones de propriedade dos empregados no local de trabalho vai dobrar até 2014.

Nathan Clevenger, arquiteto chefe de software de dispositivos móveis da empresa de gestão ITR e autor ddo livro "iPad na empresa" (Wiley, 2011), diz que o iPhone e iPad são os catalisadores para o consumo de TI. Departamentos de tecnologia podem permitir que eles sejam usados ​​de forma segura ou assumir as conseqüências do risco.

"É melhor que a TI suporte os dispositivos e as tecnologias demandas pelos usuários, porque de qualquer modo eles usarão a tecnologia pessoal para fins comerciais", diz Clevenger. "Essa é uma situação muito mais perigosa do ponto de vista de segurança do que apoiar a dispositivos de consumo, em primeiro lugar."

É preciso encontrar um meio termo entre tentar (sem sucesso) manter a tecnologia de consumo fora do local de trabalho, e permitir o acesso irrestrito à rede a partir de qualquer dispositivo, diz Raffi Tchakmakjian, vice-presidente de gerenciamento de produtos da Trellia.

"O BYOD é um cenário com o qual os departamentos de TI estão aprendendo a conviver, mas lutam para gerenciá-los com segurança", diz ele. "Torna-se muito difícil garantir a conformidade com padrões corporativos e ainda atender às necessidades de negócios. Eles precisam de uma solução de gestão que garanta a segurança dos dados corporativos e permita gerir os custos com um impacto mínimo nas operações de TI e infra-estrutura."

2:: Você perdeu o controle sobre como sua empresa usa a tecnologia

Não são apenas os dispositivos pessoais de consumo que estão invadindo o local de trabalho. Hoje, um usuário da empresa sem absolutamente nenhum talento para a tecnologia pode contratar serviços de terceiros, na nuvem, com apenas um telefonema e um cartão de crédito ou, em muitos casos, um formulário Web e um clique. A TI perdeu o controle sobre ele.

Isso não é necessariamente uma coisa ruim. O universo crescente de nuvem e aplicativos móveis pode dar aos usuários de negócio acesso rápido aos recursos de tecnologia que precisam, sem criar uma carga adicional sobre a equipe ou os orçamentos de TI.

"Durante anos, a TI tem controlado a cada aplicação, e o processo em torno da tecnologia", diz Jeff Stepp, diretor da Consultoria Copperport. Agora, seu trabalho não é mais o de fornecer todas as soluções, mas permitir que os usuários de negócios tomem as decisões corretas, diz Scott Goldman, CEO da TextPower, fabricante de plataformas de mensagens de texto para o negócio.

"Em vez de lutar para recuperar o controle, os departamentos de tecnologia devem se esforçar por algo mais valioso: ter influência", diz ele. "Quando os departamentos de TI passam a tratar seus usuários como clientes em vez de queixosos, ficam mais próximos dos resultados que desejam. Os dias do todo-poderoso departamento de TI se foi. Quanto mais cedo eles percebem isso, mais rápido eles vão realmente recuperar algum nível de controle."

3:: Você sempre enfrentará algum tempo de inatividade

Eventualmente, até mesmo os data centers com melhor manutenção vão cair. E, nessa hora, se você tiver redundância, perfeito. Você é um dos poucos sortudos a trabalhar em um ambiente ideal.

Em setembro de 2010 , uma pesquisa com mais de 450 gerentes de data center, patrocinada pela Emerson Network Power e realizada pelo Instituto Ponemon, revelou que 95 por cento deles já sofreram pelo menos um desligamento não planejado durante os últimos 24 meses. A duração média do tempo de inatividade: 107 minutos.

Em um mundo perfeito, todos os centros de dados seriam construídos em torno de arquitetura altamente redundante, onde nunca a carga máxima seja superior a 50 por cento, diz Peter Panfil, um vice-presidente de Liebert AC Power, uma divisão da Emerson Network Power. Eles seriam capazes de lidar com cargas de pico, mesmo quando os sistemas críticos falhassem e outros estivessem em manutenção, com a possibilidade de recuperação separada pronta para entrar em operação em caso de um desastre de toda a região.

No mundo real, no entanto, 100 por cento o tempo de atividade só é possível se você estiver disposto a pagar por ele, e a maioria das empresas não é, diz Panfil.

Organizações onde o tempo de atividade é essencial para a sobrevivência estão segmentando seus data centers, acrescenta ele, reservando-se a alta disponibilidade para seus sistemas mais críticos e aceitando menos em outro lugar. Se seu e-mail cai por meia hora, é chato, mas não é fatal. Se o seu sistema de transações em tempo real cai, sua empresa pode perder milhares de dólares por minuto.

"É sempre melhor ter a capacidade e não precisar usá-la e a não ter", diz ele. "Mas as pessoas que estão assinando os cheques nem sempre fazem essa escolha."

4:: Seus sistemas nunca serão totalmente compatíveis

Como o tempo de atividade, a adesão 100 por cento é um objetivo nobre, mais teórica do que prática. O seu nível de cumprimento irá variar dependendo de que indústria você está, diz Mike Meikle, CEO do Grupo Hawkthorne. Organizações em áreas fortemente regulamentadas, como as de saúde ou finanças, provavelmente não estarão em plena conformidade porque as regras mudam com muita frequência, assim como as diferentes maneiras que podem ser interpretadas.

"É seguro dizer que, assim como nenhuma rede pode ser 100 por cento segura, nenhuma organização pode ter certeza que é de 100 por cento compliance", diz ele. "Se um fornecedor está tentando vender um produto que garante o cumprimento perfeito, está mentindo."

Outro risco é cair na armadilha de conformidade, em que as organizações gastam demasiados recursos tentando ficar em sincronia com os regulamentos, ignorando outras partes mais vitais de suas operações, diz Meikle.

"As organizações que lutam pelo cumprimento de regulamentos, muitas vezes caem em outras áreas", diz ele. "Estar em conformidade com os regulamentos não significa necessariamente que você está fazendo o que você precisa fazer para o seu negócio. Compliance é realmente apenas um componente de gestão de risco, que é um componente de governança corporativa. É uma questão de negócios abrangente que precisa ser tratada como tal."

5:: A nuvem não vai resolver tudo (e pode até romper algumas coisas)

Nuvens estão no horizonte das equipes de TI. De acordo com pesquisas do Gartner, mais de 40 por cento dos CIOs esperam executar a maioria das suas operações de TI na nuvem, até 2015.

Mas, mesmo a nuvem não é a solução definitiva. Confiabilidade, segurança e perda de dados continuarão a causar dores de cabeça para os departamentos de TI - eles simplesmente têm menos controle sobre o material que está na nuvem.

"A perda de dados é inevitável em qualquer organização e ainda pode acontecer na nuvem", diz Abhik Mitra, gerente de produto do Kroll Ontrack, empresa de consultoria especializada em gestão de informações e recuperação de dados. "As empresas devem se preparar para o pior, planejando com o seu fornecedor o tempo de inatividade e de recuperação de dados, de migração e de perda catastrófica. Segurança dos dados será sempre uma preocupação, apesar dos avanços das soluções de cloud."

A nuvem também introduz um novo problema: como as organizações podem medir com precisão os gastos com TI, especialmente porque os usuários de negócios contratam seus serviços em nuvem sem supervisão de TI. O chamado "shadow IT" pode causar dores de cabeça para empresas e departamentos de tecnologia forçando-os a valorizarem mais os serviços que prestam, diz Chris Pick, diretor de marketing da Apptio, fornecedora de soluções de tecnologia de gestão de negócios.

"Pela primeira vez, os usuários de negócios têm uma escolha entre as ofertas do departamento de TI e as que os usuários podem contratar por conta própria", diz ele.

6:: Você nunca terá o suficiente

Os departamentos de TI muitas vezes querem o mais justo quando se trata de terceirização, mas não é provável obtê-lo, diz Meikle.

A indústria de terceirização de tecnologia é muito mais madura do que, digamos, a de terceirização de serviços de RH. A solução para os problemas de mão de obra de TI, diz Meikle, é aproveitar os terceirizados e integrar com eles, tanto quanto possível.

"Os profissionais de TI precisam entender que eles trabalham para eles mesmos primeiro, e depois para a organização", diz ele. "Eles precisam continuar desenvolvendo sua rede de contactos e de marketing, e desenvolver uma marca pessoal, mesmo quando eles são empregados. Goste ou não, os profissionais de TI podem ter que desembolsar algum dinheiro, pessoalmente, para pagar a sua educação, lembrando que isso pode render dividendos quando a situação fica ruim."

7:: A sua rede já foi comprometida

Todo mundo quer que as suas redes para sejam fáceis de gerenciar e de difícil violação. De acordo com a pesquisa mais recente do Computer Security Institute, 4 em cada 10 organizações experientes já sofreram com infecção por malware, ataques de bot nets, ou foram alvo de alguma tentativa de invação em 2010. Outros 10% sequer sabiam se as suas redes tinham sido violadas.

Uma abordagem mais inteligente é começar com a suposição de sua rede já foi comprometido e projetar a segurança em torno disso, diz Wade Williamson, analista sênior da ameaça a segurança da rede da empresa Palo Alto Networks.

8:: Os segredos mais profundos da sua empresa estão a apenas um tweet de distância

Seus funcionários estão usando redes sociais no trabalho, seja isso permitido ou não. O problema? De acordo com pesquisas da Panda Software, um terço das pequenas e médias empresas sucumbiram às infecções de malware distribuídas através de redes sociais, enquanto que quase um aem cada quatro organizações enfrentaram vazamentos de dados confidenciais.

"O comportamento de pessoas usando a mídia social é como o seu comportamento através de e-mail há 10 anos", diz Rene Bonvanie, vice-presidente de marketing mundial da Palo Alto Networks. "Com o e-mail, nós aprendemos a nunca clicar em nada. Mas por dentro da mídia social, as pessoas clicam em cada URL porque confiam no remetente. É por isso que botnets controladas há cinco anos estão voltando à ativa agora, via redes sociais. É um grande risco."

Mesmo as organizações que usam soluções de segurança para mídias sociais ou ferramentas de prevenção de perda de dados não podem impedir que os fãs do Facebook ou do Twitter vazem segredos da empresa ou outros fatos embaraçosos para o mundo, diz Sarah Carter, vice-presidente de marketing da Actiance, fabricante ferramentas de segurança Web 2.0.

"O mais importante é a educação", diz Carter. "Educar, reeducar e educar novamente. Coloque a tecnologia de treinamento de soluções no lugar, onde você pode lembrar os usuários sobre os riscos e também sobre a política da empresa para uso de sites não são relevantes para os negócios."

9:: Seus usuários nunca deixarão de precisar de suporte

É o sonho de qualquer departamento de TI. Se eles pudessem tirar os usuários carentes das suas costas, poderiam ter mai tempo para se dedicar a outras tarefas mais nobres. Mas apesar dos investimentos em bases de conhecimento on-line e soluções de suporte automatizado, a noção de que as organizações podem abandonar o suporte presencial é ainda a coisa de ficção científica, diz Nathan McNeill, diretor de estratégia da Bomgar, fabricante de aparelhos de suporte remoto.

"A TI pode tratar de vários problemas comuns nos ambientes de auto-suporte - como redefinições de senhas, etc - mas sempre será mais fácil o contato pessoal para lidar com as questões pontuais e mais complexas", diz ele. "Mesmo que a tecnologia milagrosamente funcione 100 por cento do tempo, os usuários não serão capazes de descobrir o que precisam nelas 100 por cento do tempo."

Em vez do suporte self-service, as organizações fariam melhor se investissem em soluções de assistência remota, diz Chris Stephenson, co-fundador da empresa de consultoria de gestão Arryve.

10:: Você nunca vai ter o respeito que você merece

Não importa o quanto sua equipe trabalhe e como é vital para a existência de uma empresa. Os profissionais de TI não devem esperar obter respeito fora de suas próprias fileiras.

"O que o pessoal de TI quer é ser apreciado, valorizado e entendido", diz Steve Lowe, fundador e CEO da Innovator, desenvolvedora de software personalizado. "E isso acontece tão raramente."

A melhor maneira de conseguir algum respeito? Conquistá-la todos os dias, diz Lowe.

"A principal coisa que os líderes de TI podem fazer para combater esses equívocos é o foco na prestação de serviços de extraordinário valor para a empresa", diz Lowe. "Encontre um lugar onde um pouco de tecnologia terá um retorno enorme. Se você puder demonstrar que a TI faz a diferença, que torna as tarefas mais fáceis para os executivos, estará a um passo de dar à equipes de TI o respeito que merece ."

A fornecedora de equipamentos de telecomunicações Huawei nomeou um ex-CIO do governo britânico para supervisionar os sistemas da empresa que garantem sua segurança cibernética, num movimento que pode ajudar a melhorar a reputação da companhia chinesa.

A empresa é a terceiro maior do mundo em vendas de equipamentos de rede, atrás da Cisco e da Ericsson. Mas a Huawei tem brigado para concluir negócios nos EUA, onde tem enfrentado acusações de ter ligações com militares chineses.

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Parte das alegações se apoiam no fato de que o CEO, Ren Zhengfei, atuou como engenheiro do Exército de Libertação Popular da China antes de iniciar a companhia. Legisladores dos EUA têm demonstrado preocupação de que as tecnologias compradas da Huwaei poderiam ser secretamente utilizadas pelos militares chineses para pertubar ou manipular as telecomunicações nos Estados Unidos.

A Huawei, no entanto, intensificou seus esforços para limpar a sua reputação depois que o governo dos EUA pediu para empresa reverter um acordo que fez para adquirir uma companhia norte-americana. Em fevereiro, a companhia divulgou uma carta aberta, na qual salientou que ela pertence aos funcionários e que nunca investiu em tecnologias militares.

Também contratou auditorias de segurança para garantir que em seus produtos que não há "back doors" que permitem ao governo chinês ter acesso aos seus equipamentos.

Na segunda-feira, a Huawei anunciou que o ex-CIO do governo britânico, John Suffolk, se tornaria diretor da empresa na área segurança a partir de 1 de outubro. Suffolk irá desenvolver a estratégia cibernética de garantia de segurança, que será implementada em todas suas áreas de negócios. Ele se reportará diretamente ao CEO da Huawei.

Em comunicado, a Huawei informou que seu sistema de garantia de segurança cibernética opera para proteger produtos que envolvam a computação em nuvem, redes de telecomunicações, dispositivos e processos de negócios. Suffolk atuou como CIO do governo britânico por quase cinco anos, mas renunciou no ano passado.

A nomeação de Suffolk para a posição é um "passo positivo" para a Huawei em seus esforços para mudar a percepção sobre empresa, disse o analista da Ovum, Matt Walker. "Não acredito que terá impacto significativo em relação aos desafios políticos da Huawei. No entanto, ajuda os clientes da Huawei a terem dados concretos para a ter fé na empresa", disse ele.

A nomeação também tranquiliza clientes em potencial, já que a Huawei move-se para expandir ainda mais em mercados corporativos. "A segurança é extremamente importante nestes mercados. A Huawei - como um concorrente entrante, essencialmente – terá uma maior obstáculo do que seus rivais, que estão estabelecidos e são mais conhecidos", acrescenta Walker.

Há muitas contradições no papel do CIO. A figura está intimamente envolvida em cada aspecto do negócio, mas muitas vezes está separada dele. O executivo é ainda aquele que busca sempre reduções de custos, mas especialmente agora também deve impulsionar a inovação. Não há como negar que tecnologia é fundamental para o sucesso da empresa, mas é difícil de demonstrar seu valor. 

A CIO Magazine identificou cem CIOs em todo o mundo que estão à frente de projetos inovadores usando liderança, parcerias de negócios, pensamentos estratégicos e grandes equipes. Veja a seguir o que eles têm feito para ser bem-sucedidos na missão.

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1- Conheça o seu público. Todo CIO conhece o olhar vazio de executivos que não conseguem ver o valor dos investimentos em infraestrutura. Steve Agnoli, CIO mundial da empresa de advocacia K and L Gates, superou esse desafio com um projeto bem-sucedido para centralizar os data centers e realizar a integração de aplicações e redes em uma única plataforma.

Ao apresentar o projeto para o board, Agnoli focou na principal preocupação dos clientes internos (os advogados): a entrega ao cliente. "Fizemos nossa lição de casa e citamos clientes que gastam milhões de dólares ao ano por usar nossos serviços. O pulo do gato foi esse, já que os advogados querem saber o que está acontecendo com seus clientes", diz Agnoli. 

2- Estabelecer governança em várias camadas. Em janeiro, a Hess, que atua no setor de Oil&Gas, completou a transição de seus processos financeiros empresariais e de suporte da SAP para vários provedores globais de outsourcing. O projeto envolveu uma grande área de TI da Hess, unidades de negócios e vários fornecedores. Por esse motivo, o estabelecimento de linhas claras de comunicação era vital.

O CIO da companhia, Jeff Steinhorn, acredita que o sucesso do projeto está relacionado ao modelo de governança da Hess. "As pessoas pensam que governança é apenas o estabelecimento de direitos para a tomada de decisão", diz Steinhorn. "Mas eu penso como comunicação, gestão, atividades operacionais e o ritmo do projeto". Steinhorn afirma que o processo envolveu todas as camadas da organização.

"Nós alinhamos especialistas em negócios e em tecnologia com os seus respectivos fornecedores para que eles pudessem estabelecer os seus objetivos diários, semanais e mensais de reuniões e depois passasse para mim e os executivos de negócios. Montamos um conjunto estruturado de atividades de comunicação e isso é estabelecer boa governança”, afirma.

3- Envolva todos. Quando Maria Gendron foi para a Celestica, que fabrica eletrônicos, como CIO em 2008 a empresa estava rodando dois sistemas de manufatura, um deles era customizado. O processo de manufatura é um diferencial competitivo para a empresa, por isso a companhia queria padronizar a tecnologia. "Dabatemos muito sobre qual sistema iríamos usar", diz Gendron. Um comitê escolheu a solução personalizada, mas ainda precisava da aceitação da comunidade de negócios.

"Nós usamos nossa plataforma de networking profissional para dar voz aos usuários internos", diz Gendron, que usou um wiki com os requisitos do projeto. Em seis meses, o wiki registrou 16 mil visitas de um grupo global de colaboradores e a fase de definição de requisitos foi muito mais rápido do que em projetos gerenciados por meio de teleconferências e e-mails.

"Foi muito interessante essa metodologia e poderosa, porque todos se sentiram como parte do projeto e eles podiam ver os resultados da sua contribuição", diz Gendron. "Quanto mais pessoas você pode inserir no processo melhor", finaliza.

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