Tópicos | Caso promotor

O réu José Maria Domingos Cavalcante foi condenado pelo homicídio do promotor Thiago Faria na noite da quarta-feira (14). O júri, entretanto, absolveu José Maria pela tentativa de homicídio contra Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor na época do crime, e Adautivo Elias Martins, tio de Mysheva.

Ao todo, o acusado foi condenado a 19 anos de prisão em regime inicial fechado. Como ele já havia cumprido dois anos e 11 dias, resta 16 anos, 11 meses e 19 dias de pena.

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O julgamento de José Maria Domingos Cavalcante durou três dias. No primeiro dia, houve a ouvida de Mysheva e de duas testemunhas arroladas pela acusação, o delegado da Polícia Federal Alexandre Alves e a tia de Mysheva, Cláudia Tenório.

Na terça-feira (13), cinco testemunhas arroladas pela defesa foram ouvidas. Na ocasião, o perito criminal da Polícia Federal Carlos Eduardo Palhares Machado também prestou esclarecimentos técnicos. Por fim, o acusado foi interrogado.

Durante o último dia de julgamento, os membros da acusação e da defesa realizaram os debates e, em seguida, houve a leitura da sentença. 

Histórico - Outros três réus foram julgados em outubro deste ano. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como mandante do crime, recebeu pena de 50 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Marisvaldo Vítor da Silva foi condenado a 40 anos e oito meses de prisão em regime fechado, já Adeildo Ferreira dos Santos foi absolvido. Um quinto indiciado, Antônio Cavalcanti, encontra-se foragido.

Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, saindo do município de Águas Belas rumo a Itaíba, no Agreste de Pernambuco. As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).

A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo do crime. O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como o mandante.

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A partir da próxima segunda-feira (12) tem início o julgamento de José Maria Domingos Cavalcante, o quarto acusado de assassinar o promotor Thiago Faria. O júri popular acontecerá no edifício-sede da Justiça Federal, no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife, a partir das 9h.

Em outubro, houve o julgamento dos outros três réus. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, acusado de ser o mandante da morte do promotor foi condenado a 50 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Marisvaldo Vítor da Silva recebeu a sentença de 40 anos e oito meses de prisão em regime fechado. O réu Adeildo Ferreira dos Santos foi absolvido.

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Cavalcante responde por homicídio doloso e pela tentativa de homicídio contra Mysheva Freire Ferrão Martins, viúva de Thiago Faria, e Adautivo Elias Martins, tio de Mysheva. O acusado seria julgado junto com os demais réus em outubro, mas seu advogado não compareceu ao primeiro dia da sessão e o Juízo da 36ª Vara Federal determinou o desmembramento do julgamento.

O caso – Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, saindo do município de Águas Belas rumo a Itaíba, no Agreste de Pernambuco. As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).

A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo do crime. O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como o mandante.

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O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, acusado de ser o mandante da morte do promotor Thiago Faria, foi condenado a 50 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. O réu José Marisvaldo Vítor da Silva recebeu a sentença de 40 anos e oito meses de prisão em regime fechado. Já o réu Adeildo Ferreira dos Santos foi absolvido.

O julgamento da morte do promotor começou na segunda-feira (24). O último dia do júri teve início na manhã da quinta-feira (27) e só foi encerrado por volta das 4h desta sexta (28).

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Os dois réus foram condenados pela prática de homicídio duplamente qualificado contra Thiago Faria. Para o irmão da vítima, Daniel Faria, a Justiça foi feita. "As provas demonstraram a culpa dos réus e agora meu irmão Thiago vai poder descansar em paz. Ainda há um acusado foragido e outro para ser julgado em dezembro, e queremos que todos os responsáveis por esse crime covarde paguem pelo que fizeram", contou.

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--> Julgamento da morte do promotor chega ao segundo dia 

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O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Carlos Guerra de Holanda, também avaliou o resultado como positivo. "Com essas condenações, passamos um recado para a sociedade pernambucana, que aguardava com muita ansiedade esse momento, que serve de exemplo contra a impunidade", disse.

Último dia - Os debates entre defesa e acusação marcaram o último dia de julgamento. Segundo o MPPE, a acusação enfocou a aparente contradição no fato de José Maria Pedro Rosendo Barbosa ter uma longa lista de crimes, mas nunca ter sido condenado. "As pessoas têm receio de condenar uma pessoa como ele, porque em vez de esperar uma resposta da Justiça, José Maria Rosendo quer resolver suas pendências no grito da pistola", acusou o procurador da República Bruno Magalhães.

A acusação também reforçou que a desavença entre as famílias do fazendeiro e da companheira de Thiago Faria, Mysheva Martins, surgiu com o ajuizamento, em agosto de 2013, de uma ação de remoção de inventariante. Caso fosse aceita, a ação substituiria o cunhado do réu, Carlos Ubirajara, da condição de inventariante da Fazenda Nova pelo pai de Mysheva, Lourival Martins.

O advogado de defesa João Olympio de Mendonça chegou a pedir aos jurados que examinassem os dois lados da história. Ele apontava que a investigação do crime criou apenas provas indiretas. O advogado de José Marisvaldo, Anderson Flexa, afirmou que os jurados deveriam condenar os réus com base em certezas e, caso fosse insuficiente o que constava nos autos, tinham a obrigação de inocentá-los. 

O caso – Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de outubro de 2013, na PE-300, saindo do município de Águas Belas para Itaíba, no Agreste de Pernambuco As investigações foram iniciadas pela Polícia Civil. Em agosto de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a federalização do caso. Em 15 de janeiro de 2015, o Juízo da 35ª Vara Federal, em Pernambuco, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).

A Polícia Federal (PF) concluiu que a disputa por terra foi o principal motivo do crime. O réu José Maria Pedro Rosendo Barbosa, preso no dia 28 de outubro de 2014, foi apontado como o mandante.

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O julgamento da morte do promotor Thiago Faria chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira (26). No decorrer de hoje, todos os três réus devem ser ouvidos. Cada interrogatório é feito separadamente, impedindo que um réu ouça o outro.

A sessão começou com a ouvida do fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como mandante do crime. Além deles, devem ser interrogados os réus Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. O indiciado Antônio Cavalcante Filho está foragido enquanto o preso José Maria Domingos Cavalcante teve o julgamento adiado para o dia 12 de dezembro.

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Falso testemunho - A testemunha Carlos Ubirajara pode responder pelo crime de falso testemunho após o julgamento da morte do promotor Thiago Faria. 

Carlos Ubirajara foi uma das testemunhas arroladas pela defesa. Ele é irmão do agricultor Edmacy Ubirajara, que passou dois meses preso apontado como executor, mas foi liberado em seguida.

A acusação encontrou contradições entre o depoimento de Ubirajara e as informações passadas por Mysheva Martins, noiva da vítima na época do crime, e pelo delegado federal Alexandre Alves. 

Os jurados deverão, ao final do julgamento, decidir se consideram que Carlos mentiu. Caso isso se confirme, será encaminhado um ofício para a Polícia Federal para instaurar um procedimento policial e apurar o crime de falso testemunho.

Segundo dia – Além de Ubirajara, outras quatro testemunhas foram ouvidas na terça-feira (25), sendo três delas arroladas pela defesa e uma pela acusação. Em seguida, houve a reprodução de peças como vídeos de reportagens e de depoimentos. O dia foi encerrado por volta das 20h. 

O caso - O promotor Thiago Faria foi assassinado no dia 14 de julho de 2013, enquanto seguia do município de Águas Belas para Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Ele estava acompanhado da companheira Mysheva Martins e do tio dela, que sobreviveram. A Polícia Federal apontou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa como mandante do crime. José Maria havia perdido a posse de suas terras para Mysheva após um leilão da Justiça Federal.

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Mais um suspeito de estar envolvido na morte do promotor Thiago Faria Soares foi preso nesta quarta-feira (29). A Polícia Federal (PF) cumpriu o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Segundo a PF, José Marisvaldo Vitor da Silva, de 51 anos, conhecido como Passarinho, teria ligação com o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo, de 55 anos, apontado como o mandante do crime, e que resolveu se entregar na terça (28). 

Marisvaldo foi pego no município de Senhor do Bonfim por policiais civis da Bahia. A PF informou que o suspeito estaria envolvido no homicídio e que teria ainda saído de Águas Belas no mesmo dia do crime, junto com Zé Maria. O suspeito deve chegar ao Recife até esta sexta-feira (31).

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"A investigação apontou a participação dele no crime, mas ainda não podemos falar como, porque ainda estamos investigando. O depoimento será essencial no decorrer do caso", informou o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro.

Sobre os outros envolvidos, o superintendente afirmou que outras pessoas estão sendo investigadas. "Não podemos dizer quantos estão foragidos. Pretendemos resolver este caso o mais rápido possível", disse.

Mandante

Zé Maria vai prestar um novo depoimento nesta quinta (30), no Cotel, para onde foi encaminhado ainda na noite dessa segunda (28). O principal suspeito de ser o mandante do crime foi conduzido para o Instituto de Medicina Legal (IML) ontem para fazer exame de corpo e delito.

Noiva

 

"Não podemos falar que Mysheva Martins, a noiva do promotor, teve envolvimento no caso. Não trabalhamos com suposições, mas se ela tiver participação, responderá pelo crime", afirmou Diniz.

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Passado um ano da morte do promotor de Itaíba, Thiago Faria, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo resolveu se entregar à Polícia Federal nesta terça-feira (28). Ele, que estava foragido, é apontado pela Polícia Civil de Pernambuco como o mandante do crime.  

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Zé Maria, como é conhecido, chegou à sede da PF por volta das 18h15, acompanhado da esposa. Em rápida entrevista, o suspeito disse não temer ser preso e negou ser o responsável pela morte do jurista. "Resolvi me entregar agora para ajudar as investigações da Polícia Federal (...) A Polícia Civil nunca me deu o direito de voz (...) Durante o tempo que passei foragido cheguei até a dormir em cemitérios", disse. 

A PF informou que o suspeito será interrogado pelo delegado responsável pelo caso e irá para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, ainda nesta terça. Zé Maria recebeu mandado de prisão com validade de 30 dias, o qual pode ser revogado por mais trinta. Ainda de acordo com a PF, o suspeito ficará numa cela reservada no presídio.

Abaixo, assista ao vídeo com a fala completa de Zé Maria: 

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Histórico do caso

14 de outubro de 2013

promotor foi morto enquanto seguia de carro para a cidade de Itaíba, no Agreste, pela rodovia PE-300.  Ele estava acompanhado da noiva, Mysheva Freire Ferrão Martins, e de um tio dela, quando outro automóvel teria se aproximado e feito os disparos. Os passageiros conseguiram escapar ilesos.

15 de outubro de 2013 

O agricultor Edmacy Cruz Ubirajara se apresenta na Delegacia de Águas Belas, no Agreste, para prestar depoimento e é preso, apontado como autor dos disparos.

16 de outubro de 2013 

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco diz que a disputa pelas terras da Fazenda Nova, em Águas Belas, no Agreste pernambucano, é o principal motivo do conflito entre as famílias da noiva do promotor Thiago Faria. E o homem apontado como mandante do crime é o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa. 

17 de outubro de 2013 

O MPPE nomeia um novo promotor para assumir em Itaíba e cria uma força-tarefa para agilizar o andamento dos processos parados na 5ª Circunscrição Ministerial. 

22 de outubro de 2013

Família do agricultor Edmacy Ubirajara rebate a SDS e apresenta vídeos de câmeras de segurança de comércios da cidade e uma lista com testemunhas que podem provar a inocência do agricultor. Secretário de Defesa Social descarta os vídeos e diz que existe a imagem de uma câmera de segurança da cidade de Águas Belas que registra o momento em que Edmacy entra no carro que interceptou o veículo de Thiago. Imagens essas que nunca foram apresentadas.  Diante destas especulações sobre a ausência de provas que fundamentassem o inquérito, a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) decidem manter a investigação em sigilo.

18 de dezembro de 2013 

Edmacy Cruz é liberado por falta de provas. 

23 de dezembro de 2013

É feita uma reprodução simulada do assassinato do promotor em Itaíba.

28 de janeiro de 2014 

O fazendeiro Zé Maria, ainda foragido, manda um segundo vídeo para imprensa. Ele acusa a noiva do promotor, a advogada Mysheva Martins como mandante do assassinato. 

29 de janeiro de 2014

Advogado de Mysheva diz que cliente não teria dado a certeza de que de fato teria sido Edmacy o homem que atirou no promotor.

06 de março  

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) enviou um pedido de federalização ao Ministério da Justiça para que o caso passe a ser investigado por um delegado da PF.

09 de abril 

Ministério afasta equipe que investiga morte de promotor. Substituto de Thiago Faria em Itaíba, Marcelo Grenhalgh também foi afastado

6 de junho de 2014 – O STJ negou a federalização do caso. 

13 de agosto de 2014 – Após dez meses do crime, o STJ decide entregar as investigações à Polícia Federal.  

Há mais de quatro meses ainda sem resultados, a morte do promotor Thiago Faria Soares, de 36 anos, assassinado em 14 de outubro do ano passado, no município de Itaíba, no Agreste de Pernambuco, deve ser investigada pela Polícia Federal.

A mudança deve ocorrer após pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), ao Ministério da Justiça, para federalização do caso.

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Poucos dias depois do assassinato, o agricultor Edmacir Ubirajara foi preso após ser apontado pela noiva da vítima, Mysheva Martins, como o assassino, mas foi liberado por falta de provas dois meses depois. Apontando como mandante do crime, o fazendeiro José Maria Rosendo, permanece foragido e acusando Mysheva pelo assassinato.

Nos bastidores do MPPE há a preocupação de que o caso seja encerrado sem investigações. Sem progresso, há comentários de que não haja investigações em andamento. Mysheva faz parte de uma respeitada família na região.

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Completa quatro meses, nesta sexta-feira (14), o crime que chocou os pernambucanos no ano passado: o assassinato do promotor de Itaíba, Thiago Faria, de 36 anos. Apesar do tempo, o caso ainda não foi desvendado, nem o inquérito chegou a ser concluído. Cada mês surge uma nova versão para o crime, que está sendo investigado sobre sigilo.

Uma briga por terra ou morte encomendada pela noiva em troca de pensão aparecem como os principais motivos para o assassinato. Essa primeira hipótese chegou a ser divulgada 48h após crime, pelo então secretário de Defesa Social do Estado (SDS), Wilson Damázio. Logo em seguida, o agricultor Edymacir Ubirajara foi preso, apontado como principal suspeito dos disparos, mas solto em dezembro por falta de provas.

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Procurado pelo LeiaJá, o arsenal montado pelo Governo do Estado para desvendar os motivos da morte não apresentou nenhuma resposta sobre a data de finalização do inquérito. “A delegada que está à frente do caso (Josineide Confessor) está de férias, mas as investigações estão andando. Talvez peçam mais uma extensão de prazo para a entrega do inquérito. Ainda não temos previsão de encerrar”, disse o delegado substituto, Paulo Rameh.

Já o Ministério Público, respondeu por meio da assessoria, que o prazo para entrega do inquérito é hoje, mas não confirma se foi finalizado, pediu que a nossa equipe retornasse a ligação somente nesta tarde para que eles possam apresentar algum posicionamento.

Enquanto isso, em Águas Belas, a família de Edmacy clama por um desfecho desse caso. “Estamos esperando uma resposta para poder processar o Estado por danos morais. Meu irmão é inocente e passou por um sufoco desnecessário na cadeia”, conta Cláudio Ubirajara.

Ele ainda criticou a forma como a polícia agiu antes de chegar à prisão do irmão. “Ele se entregou porque tava com a consciência limpa. De repente anunciaram que ele foi reconhecido por Mysheva como o autor dos disparos, e agora ela vem e se contradiz?”, questiona.

A dúvida de Ubirajara é baseada na recente declaração do advogado de Mysheva, José Augusto Branco. Ele disse à imprensa, em janeiro desse ano, que a cliente não teria dado a certeza de que de fato teria sido Edmacy o homem que atirou no promotor. A partir daí, surgiram mais especulações sobre os principais responsáveis pelo assassinato.

Histórico do crime 

14 de outubro de 2013

O promotor foi morto enquanto seguia de carro para a cidade de Itaíba, no Agreste, pela rodovia PE-300.  Ele estava acompanhado da noiva, Mysheva Freire Ferrão Martins, e de um tio dela, quando outro automóvel teria se aproximado e feito os disparos. Os passageiros conseguiram escapar ilesos.

15 de outubro de 2013 

O agricultor Edmacy Cruz Ubirajara se apresenta na Delegacia de Águas Belas, no Agreste, para prestar depoimento e é preso, apontado como autor dos disparos.

16 de outubro de 2013 

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco diz que a disputa pelas terras da Fazenda Nova, em Águas Belas, no Agreste pernambucano, é o principal motivo do conflito entre as famílias da noiva do promotor Thiago Faria. E o homem apontado como mandante do crime é o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa. 

17 de outubro de 2013 

O MPPE nomeia um novo promotor para assumir em Itaíba e cria uma força-tarefa para agilizar o andamento dos processos parados na 5ª Circunscrição Ministerial. 

22 de outubro de 2013

Família do agricultor Edmacy Ubirajara rebate a SDS e apresenta vídeos de câmeras de segurança de comércios da cidade e uma lista com testemunhas que podem provar a inocência do

agricultor. Secretário de Defesa Social descarta os vídeos e diz que existe a imagem de uma câmera de segurança da cidade de Águas Belas que registra o momento em que Edmacy entra no carro que interceptou o veículo de Thiago. Imagens essas que nunca foram apresentadas.  Diante destas especulações sobre a ausência de provas que fundamentassem o inquérito, a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) decidem manter a investigação em sigilo.

18 de dezembro de 2013 

Edmacy Cruz é liberado por falta de provas. 

23 de dezembro de 2013

É feita uma reprodução simulada do assassinato do promotor em Itaíba.

28 de janeiro de 2014 

O fazendeiro Zé Maria, ainda foragido, manda um segundo vídeo para imprensa. Ele acusa a noiva do promotor, a advogada Mysheva Martins como mandante do assassinato. 

29 de janeiro de 2014

Advogado de Mysheva diz que cliente não teria dado a certeza de que de fato teria sido Edmacy o homem que atirou no promotor

 

Foragido há mais de três meses, o homem suspeito de ser o mandante do crime que resultou na morte do promotor Thiago Faria Soares falou mais uma vez sobre o caso. Em um vídeo, divulgado nesta terça-feira (28) pela TV Jornal, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa disparou diversas acusações contra a noiva da vítima, a advogada Mysheva Martins Ferrão.

Ele aponta Mysheva como mandante do assassinato que chocou Itaíba. “Pessoas que conversaram comigo dizem que esse carro que praticou o atentado vinha dando sinal de luz atrás do carro do promotor. E ela (Mysheva) mandou o promotor parar. Contudo que ela mandou ele (Thiago Faria) parar, foi de encontro aos executores, que desceram e executaram. Essas verdades ela não fala”, disparou. 

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Ainda segundo o fazendeiro, após o homicídio, um casal teria oferecido ajuda a advogada, que recusou. “Ela não quis, dispensou”, contou. Zé Maria também fala a suposta origem do dinheiro para o pagamento dos pistoleiros. Segundo ele, veio da venda de uns  gados que pertenciam ao jurista. “As 35 vacas, que o promotor tinha na fazenda, todas de primeira linha que custariam de R$ 4 a 5 mil, foram vendidas na outra semana. É isso que tem que investigar”, detalhou.  

O fazendeiro reiterou uma suspeita já levantada por parentes deles anteriormente: o interesse que a noiva tinha no dinheiro do promotor. “Como o noivo morre na segunda-feira, se enterra na terça, na quarta, ela entra com pedido de aposentadoria alegando união estável? Isso é estranho”, questiona. 

E pela segunda vez alegou inocência. “No dia da morte foi feito uma operação de guerra dentro de Águas Belas, sem necessidade (...) daria para prender 10 ou 20 terrorista da Al-Qaeda. Se apresentarem uma prova concreta que fui eu que mandei o crime, eu me entrego. Mas sou inocente”, concluiu. 

Entenda o caso - O promotor Thiago Faria Soares foi assassinado, quando dirigia seu carro em direção ao trabalho na PE-300, entre Águas Belas e Itaíba, Agreste de Pernambuco. De acordo com a polícia, os assassinos executaram o promotor com quatro tiros de espingarda 12.

No momento do crime, ele estava acompanhado de sua noiva, a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins, que depois do primeiro disparo, saiu do carro com alguns arranhões e foi medicada em um hospital de Itaíba. Um parente de Mysheva Martins também estava no veículo, o tio dela, Adautivo Elias Martins, e conseguiu sair ileso. Esses dois são testemunhas oculares e uma terceira pessoa teve a identidade preservada pela polícia.

A investigação da polícia aponta uma briga por terras como o principal motivo do assassinato. E José Maria Pedro Rosendo Barbosa, segundo a polícia, teria encomendado a execução do promotor e o cunhado dele, Edmacy Ubirajara, chegou a ser preso, suspeito de ser o executor e passou dois meses no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), de onde saiu em dezembro. 

Depois de dois meses preso, o suspeito de matar o promotor Thiago Faria Soares, o agricultor Edmacy Cruz Ubirajara, de 47 anos, deixou na tarde desta quarta-feira (18), Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. “A justiça está começando a ser feita”, declarou Edmacy na saída do presídio. 

O alvará de soltura do agricultor foi expedido pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), onde o suspeito já respondia a outra ação por homicídio qualificado naquele estado. “Esse processo é outro absurdo e não tem nada a ver com a morte do promotor. As pessoas começam a criar fantasias por causa desse passado, mas ele vai provar a inocência nos dois”, declarou o irmão do suspeito, Carlos Ubirajara. 

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Ainda segundo Ubirajara, a família está preparando uma festa para Edmacy. “Com fogos e tudo, estamos muito felizes. Águas Belas toda sabe que ele é inocente. A gente torce para que a polícia descubra os verdadeiros culpados e ele possa se livrar de vez desse pesadelo. Foi uma verdadeira violência que fizeram com meu irmão, agora ficou tachado de bandido”, comentou.  

Edmacy foi preso 48h após o crime, ele é apontado pela polícia como o executor do crime. Na mesma semana da prisão, a família entregou à polícia e divulgou para a imprensa vídeos de câmeras de segurança de comércios da cidade e uma lista com testemunhas que podem provar a inocência do agricultor. A equipe do LeiaJá foi até o local e refez o roteiro do álibi do suspeito. Confira a matéria.  

Entenda o caso - O promotor Thiago Faria Soares foi assassinado, quando dirigia seu carro em direção ao trabalho na PE-300, entre Águas Belas e Itaíba, Agreste de Pernambuco. De acordo com a polícia, o carro do promotor foi seguido por outro veículo escuro, modelo Fiat Uno, e depois do primeiro disparo teria sido bloqueado. Os assassinos executaram o promotor com quatro tiros de espingarda 12.

No momento do crime, ele estava acompanhado de sua noiva, a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins, que depois do primeiro disparo, saiu do carro com alguns arranhões e foi medicada em um hospital de Itaíba. Um parente de Mysheva Martins também estava no veículo, o tio dela, Adautivo Elias Martins, e conseguiu sair ileso. Esses dois são testemunhas oculares e uma terceira pessoa teve a identidade preservada pela polícia. A investigação da polícia aponta uma briga por terras como o principal motivo do assassinato. José Maria Pedro Rosendo Barbosa, segundo a polícia, teria encomendado a execução do promotor. Até o momento, José Maria encontra-se foragido. Edmacy Ubirajara era o suspeito de ser o executor. 

Thiago Faria Soares foi aprovado no último concurso público para Promotor de Justiça de Pernambuco, em 2008. Ele era graduado em Direito na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, com especializações em Direito Privado. Além da vida jurista, ele era autor de livros voltados para prova da OAB e para concursos públicos. O promotor também escreveu diversos artigos publicados em Revistas especializadas, e era professor de cursinhos para concursos.

Um homem, cuja identidade ainda não foi divulgada pela polícia, foi encontrado morto nesta segunda-feira (21), na Zona Rural de Águas Belas, Agreste de Pernambuco. Segundo a polícia, o corpo foi localizado em um sítio da região e ao lado da vítima, estava um pedaço de uma estaca. Peritos fizeram uma varredura no local em busca de pistas.

A polícia acredita que esse caso não apresenta ligação com a morte do promotor Thiago Soares, mas essa hipótese não será descartada das investigações. O jurista foi morto na última segunda-feira (14), na rodovia PE-300, que liga Itaíba a Águas Belas.

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Mais cedo, os policias já haviam investigado um carro que foi encontrado carbonizado também em Águas Belas. O veículo, um Corsa Hatch, que tinha o mesmo modelo do carro usado pelos criminosos que perseguiram e assassinaram há uma semana o promotor, gerou suspeitas. Porém, a polícia informou que o carro achado era branco, enquanto o utilizado no crime era de cor escura.

Ainda de acordo com a polícia, o automóvel encontrado hoje no bairro de Pé de Serra foi queimado pelo proprietário em um momento de descontrole. Os agentes informaram que o motorista estava embriagado, e se irritou com um problema mecânico e resolveu atear fogo.  

O Disque-Denúncia Pernambuco está oferecendo R$ 10 mil por informações que levem à prisão de José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como mandante do assassinato do promotor Thiago Faria Soares. O suspeito possui mandato de prisão preventiva expedido pela Justiça e está foragido.

“Esperamos contar mais uma vez com a participação ativa da população. O serviço se coloca à disposição para ser uma ponte entre o público e a polícia, recebendo dados que possam auxiliar efetivamente com a resolução do caso”, explica a superintendente do Disque-Denúncia Pernambuco, Carmela Galindo.

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Conforme o órgão, foram recebidas cinco denúncias sobre o possível paradeiro do acusado. As informações, vindas do Grande Recife e do Agreste, foram repassadas para a Secretária de Defesa Social (SDS).

As denúncias podem ser realizadas pelos números  3421-9595 e (81) 3719-4545. Informações também devem ser repassadas pelo site da central

Com informações da assessoria

 

Cinco dias após o promotor Thiago Soares ter sido brutalmente assassinado, o crime ainda é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Internautas, a todo instante, questionam os mistérios sobre o caso. Comentários como: “História mal contada”, “Parece caso de novela” e “É muita ficção” estão entre as rodas de conversa. Pensando nisso, a equipe do LeiaJá procurou o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, para esclarecer algumas dúvidas. Veja:

- A família de Mysheva Martins, noiva de Thiago Farias, é conhecida na região pelo crime de pistolagem. Segundo dados da polícia, em menos de sete anos, os parentes da noiva do promotor teriam envolvimento em mais de 10 mortes. Esse não foi o principal motivo para o assassinato? O crime foi absolutamente pessoal e não se coaduna mais com a realidade violenta daquela região. O mandante do assassinato, o fazendeiro José Maria de Paula, não estava satisfeito em ter perdido a propriedade localizada no município de Águas Belas para o promotor e se sentiu prejudicado. O problema dele era somente com Thiago.

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- As informações da polícia dão conta de que o pai da noiva do promotor teria arrematado 25 hectares dessa propriedade, alvo da briga, em um leilão da Justiça do Trabalho. E essa compra aconteceu antes mesmo do promotor conhecer Mysheva Martins. Se foi anterior ao início do relacionamento dos dois, então porque Thiago foi o alvo? Quando ele passou a ter esse relacionamento, ela já tinha essa fazenda. No entanto, Mysheva não havia tomado posse ainda. Não teve a emissão, que é um processo relativamente lento. E foi aí que Thiago apareceu, defendendo o interesse da noiva. Ele passou a acompanhar o caso e, inclusive, no dia da emissão foi até a fazenda com o oficial de justiça e os policias para a retirada de Zé Maria do local, então isso aí é a razão pela qual esse crime ocorreu.  

- A polícia diz que foram disparados mais de 20 tiros, o carro foi alvejado de balas. Levando em consideração que em cada disparo desse surgem pequenos estilhaços que se dispersam, como é que Mysheva e o tio, que estavam no veículo junto com o promotor, saíram ilesos?  O primeiro tiro foi certeiro, atingiu Thiago. Quando a noiva sentiu que os algozes estavam voltando e que iriam novamente atirar, ela fugiu do carro, se jogou e o tio também. O promotor não teve como, já tinha sido atingido, só encostou o carro. A gente acredita que apesar da esperteza dela de ter se jogado, o alvo era somente o promotor. Até pela razão de Mysheva ser integrante de uma família muito importante na região e com histórico de violência. Talvez o Zé Maria não quisesse bancar esse novo confronto com a família da moça.

- Só uma pessoa ia ser responsável por todos aqueles tiros? O atirador teve tempo de recarregar a arma ou tinha mais de um revólver na mão? Nós estamos tentando identificar quem estava no carro que perseguiu o promotor, mas não é assim tão simples, até porque os suspeitos estão negando a participação no crime. A  Mysheva é a testemunha principal e não sabe a quantidade de pessoas. Ela só viu o atirador e o motorista. O matador já foi identificado e preso, nós agora estamos trabalhando para encontrar o fazendeiro mandante e o motorista. E vamos continuar a investigar a participação de outras pessoas.

-  O Movimento Sem Terra diz que tem um assentamento desde 2004 em um dos hectares do terreno da Fazenda Nova onde o promotor morava com a noiva. Eles alegam que não conseguiram ainda a desapropriação porque a propriedade é improdutiva. Ainda segundo o MST, ela nem poderia ter sido leiloada por se tratar de território indígena. Pelo o que eu tenho conhecimento, a fazenda é de herdeiros. Tinha um proprietário, uma pessoa muito influente da região, que deixou um espólio que foi divido entre várias pessoas e uma parte estava com Zé Maria, tudo documentado e o processo tramitou legalmente. Agora, o MST realmente tem um acampamento nas proximidades. Só não tenho conhecimento se área e improdutiva até porque lá tem uma fonte de água mineral que rende muito dinheiro e isso teria também contribuído para o acirramento dessa disputa.  

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