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A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) decidiu, nesta quarta-feira (22), substituir o atual comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o tenente-coronel Wanbergson Correia Melo, pelo major José Rogério Diniz Tomaz. A informação é do repórter Raphael Guerra, do JC. 

Segundo a PM, a decisão foi tomada "em decorrência dos acontecimentos na Iputinga na última segunda-feira (20), e com o intuito de assegurar total lisura e transparência nas investigações em andamento". 

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Na ocasião, nove policiais do Bope são suspeitos de terem invadido uma residência, na comunidade do Detran, no bairro da Iputinga, zona Oeste do Recife, e matado dois homens. Seis policiais tiveram a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira, e os outros três responderão em liberdade condicional. 

 

A Justiça determinou, em audiência de custódia, nesta quarta-feira (22), a prisão preventiva de seis dos nove policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), envolvidos na morte de Rhaldney Fernandes da Silva e Bruno Henrique Vicente da Silva, em uma operação policial no bairro do Detran, zona Oeste do Recife, na última segunda-feira (20). 

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Carlos Alberto de Amorim Júnior, Ítalo José de Lucena Souza, Josias Andrade Silva Júnior, Brunno Matteus Berto Lacerda, Rafael de Alencar Sampaio e Lucas de Almeida Freire Albuquerque Oliveira tiveram as prisões em flagrante convertidas em prisões preventivas, tendo sido apresentadas prova de materialidade e indícios de autoria. A determinação ainda se fundamentou na garantia da ordem pública. Eles serão encaminhados ao Centro de Reeducação da Polícia Militar de Pernambuco (Creed), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

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Os outros três policiais que haviam sido autuados, Jonathan de Souza e Silva, Carlos Fonseca Avelino de Albuquerque e Valdecio Francisco da Silva Júnior receberam liberdade provisória, por requerimento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), mediante cumprimento das seguintes medidas cautelares:

1- comparecimento perante o juízo para o qual for distribuído o processo, no primeiro dia subsequente, e, após, mensalmente, para informar e justificar suas atividades (art. 319, I, CPP);

2- proibição de acesso ou frequência ao local onde ocorreu o fato e suas proximidades, por ser esta circunstância ligada aos fatos, devendo os autuados permanecerem distantes de tais locais, para evitar o risco de novas infrações (art.319, II, CPP);

3- suspensão de suas atribuições, devendo suas atividades se restringirem à área interna dos seus batalhões e sem uso de arma de fogo (art. 319, VI, CPP).

 

Nove policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que participaram da operação que deixou dois mortos na Favela do Detran, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, foram detidos em flagrante na Diretoria de Polícia Judiciária Militar; eles foram ouvidos na Casa nesta terça-feira (21). A ação policial, que ocorreu na noite da segunda-feira (20), teria acontecido após uma denúncia de presença de homens armados e tráfico de drogas na comunidade, segundo a versão da Polícia Militar. 

A corporação citou que houve troca de tiros com o efetivo e que os suspeitos teriam sido alvejados em confronto. Já vizinhos e familiares alegam que não houve confronto e que o Bope chegou ao local atirando; outros relatos citam ainda que a família de Bruno Henrique Vicente da Silva, de 28 anos e um dos suspeitos, teria sido retirada da residência para não assistir ao que, supostamente, seriam execuções. Bruno era pai, casado e esperava o segundo filho. Ele também era o dono da casa onde o caso ocorreu. O segundo homem morto foi um amigo de Bruno, identificado como Rhaldney Fernandes da Silva Caluete, de 31 anos. 

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Imagens cedidas anonimamente à TV Globo mostram um registro de vídeo e áudio no qual um policial do Bope fala para outro “mata os cara”. Não há mais contexto para a declaração do PM e o material ainda deve ser periciado. As polícias Civil e Militar irão investigar o caso.  

Em entrevista nesta terça-feira (21), o diretor adjunto de Planejamento Operacional da Polícia Militar, coronel Fred Saraiva, divulgou as informações parciais sobre o caso. De acordo com o militar, os familiares das vítimas ainda não entraram em contato com a PM, o que pode dificultar na elucidação do caso. A câmera de vigilância que registrou, em vídeo, a operação, não pôde ser apreendida; no entanto, imagens cedidas devem auxiliar na investigação. As armas utilizadas na ação também foram apreendidas. 

"Com a chegada da equipe, foram avistados dois indivíduos em frente a uma residência. Os suspeitos fugiram, adentraram, e de lá efetuaram os disparos de arma de fogo. Essa é a versão dos policiais, de que houve entrada e revide, levando duas pessoas a óbito. [...] O que ocorreu na residência a gente ainda não tem como saber. Na verdade, esse é o objeto de apuração do procedimento realizado na Delegacia do Judiciário Militar. A atuação é para investigar o crime militar, a delegacia serve justamente para isso”, informou Fred.

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Perguntado sobre o procedimento de invadir a residência sem mandado de prisão ou apreensão, Fred disse que a equipe estava autorizada, pois teria flagrado suspeitos armados ainda em via pública, antes dos homens entrarem na residência onde posteriormente foram alvejados. “Numa situação de flagrância, é possível sim. Foi um flagrante de crime que iniciou em via pública. Os policiais não sabem a quem pertenceria aquela residência, então, a entrada de suspeitos numa casa poderia ensejar perigo a quem estivesse lá dentro”, acrescentou. 

Segundo Fred, a presença do tráfico de drogas é forte na comunidade e a PM não pode recuar no combate às organizações criminosas, mas também há preocupação sobre os excessos policiais e desvios de missão, o que feriria o código de conduta militar diretamente, podendo acarretar punição. O coronel ainda afirma que, caso seja confirmada, a conduta dos agentes pode resultar numa prisão administrativa pelo descumprimento de alguma norma administrativa da corporação ou uma atuação em flagrante por crime militar. 

"Há a possibilidade de crime de descumprimento de missão, por exemplo, se eles estavam indo para Casa Amarela, mas deliberadamente, sem ordem superior, desviaram para outro local, isso caracteriza um descumprimento de missão. [...] A gente precisa entender que existe a presença de tráfico em algumas comunidades e isso é grave, indivíduos violentos, relativamente bem armados e dispostos para o confronto. A gente não pode dizer que todo confronto tem sua origem na vontade do policial, pelo contrário, em troca de tiros, a vida do policial também está em risco", disse. 

Dois homens morreram durante uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) nessa segunda-feira (20), na Favela do Detran, comunidade no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Segundo a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), as mortes aconteceram durante um confronto entre o efetivo e suspeitos de tráfico de drogas. O caso aconteceu por volta das 19h30 e foi registrado por uma câmera de vigilância residencial. Imagens mostram o momento em que as equipes chegam armadas ao local, arrombam uma casa e, em seguida, abrem fogo. 

Poucos minutos depois, o mesmo registro mostra dois policiais removendo um corpo enrolado por um lençol branco e levando-o ao camburão. Os dois homens mortos foram identificados como Rhaldney Fernandes da Silva, de 31 anos, conhecido como “Moranguinho”, e Bruno Henrique Vicente da Silva, o “BH”, de 28 anos. Relatos de moradores citam, pelo menos, 20 disparos de arma de fogo durante a ação. Apesar da versão policial falar em troca de tiros, vizinhos e familiares alegam que a polícia já chegou atirando, sem a confirmação da denúncia.

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Ainda de acordo com a polícia, na casa, foram apreendidos 527 gramas e mais 28 embrulhos pequenos (“big-bigs”) de maconha, 150 pedras de crack, uma balança de precisão, dois revólveres calibre 38 e 12 munições, sendo nove deflagradas. O material das apreensões ainda não foi apresentado à imprensa.

Os suspeitos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, mas não resistiram aos ferimentos. "Houve troca de tiros entre as vítimas e o efetivo policial. As vítimas foram socorridas, porém não resistiam aos ferimentos", afirmou a Polícia Civil. 

Na manhã desta terça-feira (21), nove policiais, envolvidos na operação, foram ouvidos pela Diretoria de Polícia Judiciária Militar. Só após, será apurado se houve quebra dos protocolos policiais, para que se possa definir responsabilidades na operação. O caso foi registrado na Polícia Civil como tentativa de homicídio e homicídio decorrente de intervenção policial e as investigações seguem "até o esclarecimento do caso". 

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Seis homens foram mortos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro durante supostos confrontos na favela da Cascatinha, em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã da quarta-feira (27). Segundo a PM, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Ambiental e do Grupamento Aeromóvel estavam fazendo patrulhamento na região do Parque Estadual da Pedra Branca quando foram surpreendidos por criminosos que atiraram contra os policiais.

Houve revide e seis suspeitos morreram. Eles chegaram a ser conduzidos pela PM ao hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na zona oeste, onde chegaram mortos.

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A PM apreendeu um fuzil e cinco pistolas que estariam com os mortos.

Segundo a corporação, as vítimas seriam envolvidas com o tráfico de drogas. O nome delas não foi divulgado.

Durante todo o dia, a PM manteve policiamento reforçado na favela da Cascatinha, onde estaria ocorrendo um confronto entre criminosos de facções rivais. Ninguém foi preso.

O ex-candidato à presidência Padre Kelmon (PTB) entregou as armas usadas por Roberto Jefferson durante troca de tiros com agentes da Policia Federal, que cumpriam ordem de prisão, neste domingo (23), ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). 

Kelmon chegou à residência de Jefferson, localizada em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, na tarde de hoje, acompanhado de outras pessoas. Na ocasião, o ex-presidenciável foi aplaudido por apoiadores de Roberto Jefferson. Em um vídeo que circula pelas redes sociais, Kelmon aparece negociando a rendição do aliado junto ao Bope e entrendo as armas aos policiais.

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Na manhã deste domingo, Alexandre de Moraes, ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF),  revogou a prisão domiciliar de Jefferson. O ex-deputado resistiu à decisão e trocou tiros com a polícia. Dois agentes ficaram feridos com estilhaços.

Uma suspeita de bomba ameaçou a reunião entre Jair Bolsonaro (PL) e empresários da Indústria de Minas Gerais, na noite dessa quinta-feira (6). A rua do Teatro Sesi Minas, em Belo Horizonte, chegou a ser interditada, mas foi liberada após os policiais militares descartarem a suspeita de explosivo.

A PM foi chamada por volta das 18h04 e acionou o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) para intervir. A ocorrência foi motivada por uma caixa preta deixada em cima de uma lixeira na Rua Padre Marinho, bairro de Santa Ifigênia, próximo do local onde o presidente conversava com integrantes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

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Antes da possibilidade da caixa ser um explosivo ser descartada, o deputado bolsonarista coronel Sandro (PL) confirmou que a situação se tratava de uma ameaça de bomba. A rua ficou interditada até às 21h e pessoas que acompanhavam o evento precisaram sair por uma porta lateral. A entrevista programada com o candidato à reeleição foi suspensa. 

Participaram do encontro os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); e do Distrito Federal, Ibaineis Rocha (MDB). Ninguém ficou ferido.

Uma criança que era ameaçada pelo próprio pai com uma faca de açougue foi resgatada por policiais militares na noite dessa segunda-feira (15), em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O homem sofre de distúrbios mentais e foi encaminhado ao Hospital Ulisses Pernambucano. 

A ocorrência foi atendida na Rua Lins de Andrade, no bairro de Socorro. Ao verificar o risco ao refém, os policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) iniciaram uma negociação, que durou 1h20.  

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Sem que o pai liberasse a criança, foi deliberada a entrada da equipe tática, que conseguiu imobilizar o homem. De acordo com a Polícia Militar (PM), nenhum dos dois sofreu ferimentos. 

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada e levou o homem ao hospital psiquiátrico, na Zona Norte do Recife. 

Os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) envolvidos na perseguição que resultou na morte da menina Heloysa Gabrielly, de seis anos, na comunidade de Salinas, foram afastados das atividades na praia de Porto de Galinhas, Litoral Sul de Pernambuco. A criança foi morta com um tiro no peito, dentro de casa. A origem do projétil centraliza uma investigação das polícias Civil e Militar do estado, mas a versão unânime entre família e populares é de que os policiais chegaram atirando.

O anúncio do afastamento foi feito pelo secretário estadual de Defesa Social, Humberto Freire, na tarde desta quarta-feira (6), no Palácio do Campo das Princesas, onde os pais da menina foram recebidos pelo governador Paulo Câmara (PSB).

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"Os policiais que estavam na ocorrência, eles precisam realmente passar por todas as oitivas necessárias. E o comando da Polícia (Militar) já retirou daquela localidade, dessa atuação naquela localidade, e as investigações prosseguem. Não só nesse inquérito policial militar, mas na Polícia Civil, onde também serão ouvidos, e na Corregedoria", afirmou o Freire.

O secretário reforçou que os policiais não foram afastados das ruas, mas apenas da unidade que fica em Porto. "O Bope é uma unidade que normalmente fica aquartelada. Então, naquela localidade onde há um emprego, eles já foram retirados daquela operação", disse Humberto Freire.

Na saída do Palácio do Campo das Princesas, o pai de Heloysa deu uma declaração à imprensa. "Nós só queremos justiça. Eles (governo) estão em total apoio a nós. Eles passaram confiança de que não vai passar impune essa morte", afirmou o jangadeiro Wendel Fernandes.

“Nos solidarizamos com os pais de Heloysa, escutamos o que eles tinham a dizer, assim como os representantes das entidades de direitos humanos que os acompanharam, e asseguramos que a investigação do caso será rigorosa e célere”, completou o governador Paulo Câmara, por meio de sua assessoria.

Conflito entre as versões

Policiais do Bope alegam ter entrado em confronto com suspeitos de tráfico de drogas, que teriam fugido da abordagem policial em uma motocicleta durante patrulhamento na comunidade Salinas, onde a criança atingida morava. O coronel Alexandre Tavares, diretor Integrado Especializado da Polícia Militar, declarou anteriormente que não houve abordagem violenta e chegou a afirmar que os policiais não seriam afastados.

A família de Heloysa e diversas testemunhas da comunidade Salinas discordam da versão policial. Eles alegam que não houve confronto entre policiais e traficantes, e que o Bope chegou atirando, como já costuma fazer em operações na região. Moradores relataram medo e denunciaram abordagens ostensivas e abusos policiais

- - > LeiaJá também: 'Ninguém viu troca de tiros', diz tia de Heloysa

A luta por justiça e respostas sobre a morte de Heloysa Gabrielly chega ao Recife nesta segunda-feira (4), através de um ato público realizado em frente ao Palácio do Campo das Princesas, junto à família da menina, moradores de Porto de Galinhas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais, além de parlamentares do município, às 10h.

A criança foi morta aos seis anos de idade, no fim da tarde da última quarta-feira (31), em Porto de Galinhas, no Litoral Sul. Heloysa foi atingida por uma bala no peito durante um suposto conflito entre policiais e suspeitos de associação ao tráfico.

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Antes do ato, parlamentares e a equipe jurídica que acompanha a situação de Porto de Galinhas e o caso da morte da menina participaram de uma reunião no Ministério Público de Pernambuco, parte de uma articulação que pede maior rapidez e transparência na investigação do caso. De acordo com a família da vítima e moradores da comunidade Salinas, onde tudo ocorreu, não houve confronto e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) entrou na rua atirando.

O ato também cobra ao Governo do Estado responsabilização e afastamentos de todos os policiais envolvidos no patrulhamento que ocorreu no dia da morte, a saída do Bope das comunidades de Socó, Salinas e Pantanal, além de denunciar que não houve trocas de tiros, conforme mencionado pela polícia, e que a família de Heloysa vem sendo ameaçada desde o assassinato da criança.

Após três dias de protestos em Porto de Galinhas, na Região Metropolitana do Recife, pela morte da menina Heloysa Gabrielly, a Polícia Civil informou que a situação foi controlada neste sábado (2) e que as ruas do município estão tranquilas. Mais de 300 agentes de segurança foram enviados no âmbito da Operação Porto Seguro para conter ações violentas dos manifestantes.

Com as atividades suspensas pela pressão das mobilizações que cobram punição aos policiais do Bope envolvidos na suposta troca de tiros que vitimou a criança de seis anos, restaurantes, padarias, hotéis, pousadas e serviços turísticos retomaram o funcionamento normal nesta manhã, apontou o secretário executivo de Defesa Social de Pernambuco, Rinaldo de Souza.

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“Estamos em efetivo superior a 300 profissionais, das polícias Militar, Civil, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal, coordenados pelas duas secretarias, a partir desta central, onde estão representantes de todas as forças, o que facilita o fluxo de informações e tomada de decisões. Percebemos o funcionamento normal da cidade e manteremos nossos esforços por tempo indeterminado”, afirmou o gestor do Centro Integrado de Defesa Social Municipal (Cidem).

O Cidem cedeu salas para a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco e realiza o monitoramento da região com 129 câmeras. "Queremos dar toda a condição para que o comando da SDS possa realizar o trabalho deles e, assim, evitarmos a demora na atuação como no dia de maior inferno que Ipojuca já viveu”, acrescentou a prefeita Célia Sales

Nesta sexta (1º), o Secretário de Defesa Social Humberto Freire reuniu a imprensa, na sede da SDS, na região central do Recife, para dar esclarecimentos sobre a Operação Porto Seguro, deflagrada na última quinta (31) no município de Ipojuca (PE). A ação contou com forças de segurança para restabelecer a ordem no local, onde vinham acontecendo protestos em virtude da morte de uma criança de seis anos após tiroteio durante uma perseguição policial ocorrida na comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas. 

Após a morte da menina Heloísa Gabrielle, de apenas seis anos, na última quarta (30), a população local promoveu diversas manifestações com bloqueio de vias. Em alguns locais, foi ateado fogo para impedir a passagem de veículos. O comércio em Porto de Galinhas não funcionou durante todo o dia de quinta (31), bem como passeios turísticos, escolas, e os visitantes do balneário tiveram que ficar com circulação restrita aos seus hotéis em virtude do clima de insegurança. 

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Durante coletiva realizada nesta sexta (1º), o secretário Humberto Freire afirmou que foram empregados mais de 250 policiais civis e militares em uma operação “sem precedentes” no Estado. Ele garantiu, ainda, que a operação não tem prazo estipulado e só será encerrada quando “tudo estiver tranquilo”. Participam da ação as polícias Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros. 

Ainda a respeito da Porto Seguro, o secretário disse que a operação continuará “dia e noite, não havendo toque de recolher” na localidade. O objetivo é  “garantir que esses ataques sejam rechaçados e não voltem a acontecer", restabelecendo assim a segurança dos moradores, funcionamento do comércio e fluidez das vias, todos já normalizados. Humberto também revelou que, na última quinta (31), oito pessoas que estariam ligadas aos ataques a ônibus e depredação ao patrimônio foram detdas, sendo uma delas menor de idade.

Bope

Durante a entrevista, Humberto Freire revelou que a investigação sobre a ocorrência que culminou na morte de Heloísa começou imediatamente. Foi apreendida uma arma de fogo com quatro munições deflagradas, no entanto, ainda não se sabe de onde o tiro que vitimou a criança partiu. “Houve um confronto e a investigação vai buscar revelar de onde partiu aquele disparo. Nós vamos aprofundar o que for necessário para trazer a dinâmica real do que houve naquela noite. Nós temos um prazo legal de 30 dias, mas temos uma determinação para que a investigação seja feita da forma mais rápida possível. Temos que entregar uma resposta e um serviço de excelência que é a marca da Policia Civil de Pernambuco”. 

Além disso, o secretário exaltou o trabalho do Batalhão de Operações Especiais, o Bope, que mantém uma base em Salinas desde o ano de 2018. Ele garantiu que o grupo permanecerá atuando na região uma vez que vem apresentando “bons resultados”. No entanto, alguns moradores da comunidade relatam que o tiro que amatou a criança teria sido efetuado por um policial do grupamento. “O Bope não vai sair. O Bope será fortalecido porque sabemos que a força policial que é empregada com técnica visando o bem comum e à população tem trazido benefícios na redução da criminalidade naquela região”, disse Humberto. 




 

O coronel Alexandre Tavares, diretor Integrado Especializado da Polícia Militar, afirmou que os policiais que participaram da investida do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em uma comunidade de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, nessa quarta-feira (30), não serão afastados de suas funções até que a apuração seja concluída pela Polícia Civil. A operação policial resultou na morte de uma criança de seis anos, a menina Heloísa Gabrielle, atingida por uma bala no peito.

Policiais do Bope alegam ter entrado em confronto com suspeitos de tráfico de drogas, que teriam fugido da abordagem policial em uma motocicleta durante patrulhamento na comunidade Salinas, onde a criança atingida morava. A versão diverge dos relatos de moradores, que negam o confronto e afirmam que a polícia chegou ao local atirando. O coronel Tavares afirma que não houve abordagem violenta. 

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“A investigação foi iniciada ontem pela Polícia Civil, para que ao final, o relatório informe de onde partiu a bala, qual a arma e o calibre. Eu posso garantir que a polícia não chegou de forma ostensiva, disparando tiros de forma aleatória. Na verdade, estava ocorrendo um patrulhamento e, ao avistar dois suspeitos, os agentes do Bope foram abordados por armas de fogo. A gente não segue esse critério (de afastar os policiais). Será iniciada a investigação para saber quem disparou, se a arma é compatível com o projétil que atingiu a vítima. Ainda é o início da investigação”, afirmou Tavares. 

O militar ressaltou que os policiais do Bope passam por capacitação e que os agentes envolvidos na última operação se apresentaram à direção após o ocorrido, para sinalizar “transparência na atuação”. Ninguém foi preso durante o suposto confronto e não houve feridos além de Heloísa. Alexandre Tavares alega que, possivelmente, um dos suspeitos foi atingido durante confronto, mas a polícia não conseguiu confirmar a informação. 

“Quando iniciou o tiroteio, foi verificado que uma criança havia sido atingida. De imediato foi realizado o socorro da vítima, numa das viaturas da Polícia Militar. Momentos depois, a vítima foi transferida para uma unidade de pré-atendimento com um maior suporte”, continuou. 

O diretor da PM informou ainda que a abordagem ostensiva é comum à rotina do Bope e que se faz necessária em áreas onde a atividade criminosa ganha maior espaço. “Existe uma determinação que é da gente realizar o papel constitucional, o policiamento ostensivo e preventivo, seja na comunidade ou no subúrbio. A gente tem um protocolo a seguir. O ostensivo é para prevenir o cometimento de crimes, para trazer a tranquilidade e a paz social da região”, disse. 

Tavares declarou que os policiais militares não se feriram porque a viatura serviu como “trincheira”. Duas munições atingiram as laterais da viatura, segundo o coronel. Por fim, ele informou que as ações devem continuar na região. 

“Aquela área vem mostrando um aquecimento de atividade criminal. Em decorrência da atividade policial naquela área, nesse trimestre, foram realizadas 480 prisões e 78 apreensões de armas de fogo. Ou seja, praticamente uma vez por dia, a gente retira uma arma de fogo das mãos de criminosos. As operações vão continuar até que a gente possa trazer mais tranquilidade na região”, concluiu. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil, a mando da Secretaria de Defesa Social. 

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- - > Escola não abre após morte de criança em Porto de Galinhas 

 

Uma menina de seis anos foi morta por uma bala perdida enquanto brincava no terraço da casa da avó, no fim da tarde dessa quarta-feira (31), em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, no Grande Recife. A Polícia Civil vai investigar uma troca de tiros entre o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e suspeitos de tráfico na comunidade Salinas que ocorria no momento em que ela foi atingida.

A criança identificada como Eloíza foi socorrida por agentes do Bope e moradores da comunidade com um tiro no peito. Ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento de Porto de Galinhas e depois seguiu para a UPA do centro da cidade, onde a morte foi confirmada.

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Moradores denunciaram que o tiro partiu do Bope

Durante o socorro, moradores saíram às ruas em protesto contra a violência policial na região e chamaram o Bope de 'assassino'. O ato foi transmitido ao vivo nas redes sociais e percorreu algumas ruas do município antes de encerrar por volta das 20h30.

O caso será investigado pela 15ª Delegacia de Polícia de Homicídios, da Delegacia de Homicídios Metropolitana Sul (DPH/DHMS), que tem a missão de descobrir a origem do disparo.

O soldado Allan da Silva Vigna, de 32 anos, morreu durante um treinamento do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro, durante a tarde da última sexta (9). Ele participava de uma travessia aquática em Ribeirão das Lajes, em Piraí, no Sul do estado, e teria sofrido uma hipotermia ao entrar em um lago com temperatura de -15 graus. As informações são do jornal O Dia.

O policial chegou a ser socorrido pelos instrutores, recebendo atendimento dos profissionais de saúde que acompanham o curso, mas não respondeu aos primeiros socorros. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será realizada a necropsia e um Inquérito Policial, com o objetivo de esclarecer as circunstâncias da morte.

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O soldado era lotado no Bope desde 2019, ano que em terminou o Curso de Ações Táticas (CAT), mas já fazia parte da corporação há cinco anos e meio. Vigna deixa esposa.

Diálogos transcritos a partir de grampos telefônicos sugerem que comparsas do miliciano e ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega recorreram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo reportagem do The Intercept Brasil. As conversas integram relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Polícia Civil do Rio, elaborado com a quebra de sigilo telefônico e  telemático de suspeitos de ajudar o chefe do Escritório do Crime durante os 383 dias em que esteve foragido.

Após a morte do miliciano, em fevereiro de 2020, os cúmplices fizeram contato com "Jair" e "HNI (PRESIDENTE)", e disseram que iriam conversar com "cara da casa de vidro". Para fontes do Ministério Público do Rio de Janeiro ouvidas pelo The Intercept, o conjunto de circunstâncias permite a conclusão de que os nomes são referências ao presidente Jair Bolsonaro. O termo "cara da casa de vidro" seria uma referência aos palácios do Planalto, sede do Executivo e da Alvorada, residência oficial do presidente, com fachada de vidro.

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O Ministério Público do Rio pediu que a justiça encerrasse as escutas após as citações. A postura reforça a ideia de que as referências são a Jair Bolsonaro, pois o MP do Estado não pode investigar o presidente da República. O órgão tem a obrigação constitucional de encaminhar o processo à Procuradoria Geral da República. A PGR não informou se recebeu a investigação.

Segundo as transcrições, Ronaldo Cesar, o Grande, apontado como um dos elos entre os negócios legais e ilegais de Adriano, diz a uma mulher não identificada que iria ligar para o "cara da casa de vidro". O contato ocorreu horas após a morte do miliciano. Na ligação, Grande demonstra preocupação com questões financeiras.

Quatro dias depois da morte do ex-capitão, Grande fala com HNI (PRESIDENTE) - a sigla significa homem não identificado. O telefonema de mais de cinco minutos foi reduzido na transcrição por duas frases: "GRANDE fala sobre que está tendo problemas com a família devido às divisões dos bens. HNI se coloca à disposição de GRANDE caso venha a ter algum problema futuro" (sic).

No mesmo dia, o nome "Jair" aparece em conversas de outros comparsas de Adriano. O pecuarista Leandro Abreu Guimarães e sua mulher, Ana Gabriela Nunes, segundo as investigações, esconderam o miliciano em uma fazenda da família após ele ter escapado de um cerco policial na Costa do Sauípe, no litoral baiano. Ana Gabriela relata a uma interlocutora identificada como "Nina" que Leandro está querendo falar com Jair".

Minutos depois, Ana Gabriela faz telefonema de um minuto de duração. O documento da transcrição diz que o diálogo se deu entre Ana Gabriela e Jair. A conversa não está transcrita e os analistas apenas reproduzem a frase anterior: "Gabriela diz que Leandro quer falar com Jair".

O analista da Polícia Civil sugeriu que não fossem renovados os grampos do casal nem de Grande. O Ministério Público do Rio aceitou a recomendação. O Intercept questionou o MP sobre os motivos para encerrar as escutas, mas não obteve retorno.

Em 9 de fevereiro de 2020, Adriano da Nóbrega foi cercado por policiais do Rio e da Bahia quando estava escondido no sítio do vereador Gilson Batista Lima Neto, o Gilsinho de Dedé (PSL) em Esplanada-BA. Os agentes contaram que Adriano reagiu a tiros e foi baleado duas vezes.

Em 2005, Adriano foi condecorado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro com a medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio. O miliciano estava preso preventivamente por assassinar um guardador de carros. Jair Bolsonaro disse que pediu para o filho fazer a homenagem. Flávio também empregou a mãe e a ex-mulher de Adriano em seu gabinete na Alerj.

Equipes do 17º Batalhão da Polícia Militar (BPM), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para conter um policial militar que, segundo a PM, estava de posse de arma de fogo "em um momento de surto psicológico" dentro de um estabelecimento comercial. O caso ocorreu em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), na tarde deste sábado (10).

A Avenida A, onde fica o estabelecimento comercial, foi interditada durante a ocorrência. A grande quantidade de viaturas atraiu muitos curiosos, que acompanharam a ocorrência. Segundo os bombeiros, o caso foi classificado como "ameaça".

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Após negociações, o policial se entregou. "A ação exitosa resultou na entrega da arma de fogo e munições por parte do policial militar envolvido. Ele foi conduzido para o Hospital da Polícia Militar para receber os cuidados médicos necessários", disse a PM em nota. Ninguém ficou ferido.

Citado pela ala governista como um defensor dos trabalhadores, um vídeo do 'surto' do soldado Wesley Góes contradiz seu status de herói. Nesse domingo (28), a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) o homenageou e incitou o descumprimento das ordens de controle à pandemia no Brasil. O policial foi morto em Salvador, após efetuar disparos de fuzil contra colegas de farda.

A presidente Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) apagou a mensagem do seu perfil oficial do Twitter em que afirmava que o soldado "morreu porque se recusou a prender trabalhadores" e ir de encontro à quarentena instituída pelo Governo do Estado. “Chega de cumprir ordem ilegal!”, estimula a parlamentar.

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Reprodução/Twitter

Contudo, um registro que antecede o confronto direto com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) mostra Wesley intimidando um ambulante. Ele pega os materiais do autônomo e joga no mar do Farol da Barra. Em seguida, joga uma bicicleta na água.

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Após cerca de 3h30 de negociação, o policial não se rendeu e começou a atirar contra os colegas de farda, quando foi atingido por disparos de revide. Wesley chegou a ser socorrido e intubado no Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

O policial militar que sofreu um surto psicótico e deu tiros para o alto na tarde desse domingo (28), em Salvador, morreu após ser baleado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ocorreu um protesto da categoria.

Lotado há quatro anos na 72ª Companhia Independente de Polícia Militar, Wesley Soares Góes foi baleado após cerca de 3h30 de negociação com o BOPE. Ele foi visto por volta das 14h com o rosto pintado de verde e amarelo, dando tiros de fuzil no Farol da Barra.

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Após os primeiros-socorros, ele foi encaminhado para o HGE onde chegou a ser intubado, de acordo com o major Hosannah Santos Rocha. Wesley era noivo e nunca apresentou surtos, indicaram os familiares ao G1.

Com a confirmação da morte do soldado, policiais foram à porta do HGE e ameaçaram deflagrar greve.

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A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou que ele foi atingido após atirar contra os agentes do BOPE que negociavam sua rendição. Em nota, a Polícia Militar lamentou o assassinato do soldado e reconheceu os erros da guarnição, que efetuou disparos de borracha contra a imprensa local.

"A corporação tomou conhecimento ainda de um vídeo do momento em que a imprensa acompanha o fato e é interpelada por um policial militar. A instituição ressalta o respeito à liberdade de expressão e ao trabalho dos jornalistas. O fato será devidamente apurado", diz parte do comunicado.

Uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) resultou na morte de dois homens em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, na noite da terça-feira (19). José Pedro Santos de Souza Moreira, de 19 anos, e Hilquias Antonieto da Silva, 35, são suspeitos de envolvimento no assassinato do policial alagoano Johnson Bulhões da Rosa Silva, 27, em Porto de Galinhas em novembro de 2020.

Segundo a Polícia Militar (PM), o Bope fazia o acompanhamento de um carro que estaria transportando armas e entorpecentes. Ainda de acordo com a corporação, dois ocupantes do veículo atiraram contra os policiais, que revidaram.

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"Os suspeitos foram atingidos, momento em que, ao ser realizada a aproximação, foram encontradas, ainda na mão dos mesmos, armas de fogo  e, no veículo, duas sacolas plásticas contendo 60 invólucros de entorpecentes com características semelhantes à maconha", diz nota. Os feridos foram levados a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde faleceram.

De acordo com a PM, a equipe do Bope recebeu a informação de que os suspeitos teriam envolvimento na morte do militar de Alagoas na UPA. Um deles seria gerente do tráfico na comunidade Salinas, em Porto de Galinhas. Os materiais apreendidos foram levados ao Departamento de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife.

O policial alagoano fazia turismo em Porto de Galinhas. Ele caminhava pela orla ao lado de familiares quando dois suspeitos se aproximaram. Johnson reagiu à tentativa de assalto e foi alvejado. Os criminosos levaram a arma dele.

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